5/29/2006

Hoje pudemos assistir à beatificação da Madre Rita Amada de Jesus, como é habitual no meio de grande algazarra do beatério excitado. Digamos que só pelo nome, o acontecimento já merecia destaque aqui na padaria. Alguém chamar-se “Rita Amada de Jesus” é obra. Mas na verdade o que nos chamou a atenção foram outros pormenores da história, tão importantes quanto insólitos.

Primeiro:
Ouvimos o bispo dizer que era com grande alegria que a Madre Rita ganhava finalmente o direito de ser chamada de “Beata”. Isto, confesso, baralhou-me um bocado, até porque nem sabia que agora, beata já era elogio. Pelo menos aqui na minha freguesia, só se chama isso às gajas que não têm ponta por onde se lhes peque e que, à falta de melhor, se dedicam a fazer crochet para a igreja e a cortar na casaca do resto da malta. Mas adiante.

Segundo:
Vimos pelo menos duas (sim, DUAS!) velhas a testemunhar que tinham sido beneficiárias dum milagre da Beata, e nos dois casos tratava-se de problemas intestinais que supostamente a Madre Rita curou por intervenção divina. Ora, com a selecção sub21 a precisar tanto dum milagre para ganhar à Alemanha (e, sim, vimos lá um puto a rezar no intervalo), porque é que a Madre dá prioridade aos chamados “Milagres de Merda”?
Será por não conseguir realizar dos outros, daqueles que exigem mesmo grande potência mística?
E porque é que se faz tanta festa por duas velhas se terem curado da prisão de ventre?
Enfim queridos clientes, como se costuma dizer, os desígnios divinos são insondáveis, vá lá a gente entender.

E só mais uma questão, que não tem nada a ver com isto mas talvez alguém me saiba responder: Aquele vídeo que anda agora a ser promovido na televisão, "Eram Três Pastorinhos", por acaso já alguém comprou? Se sim, do que é que trata? É um filme porno sobre uma pastorinha que encontra 3 pastores matulões numa serra isolada? É só uma curiosidade minha.

Tenham uma boa (?) semana de trabalho e fiquem com um grande xoxo da vossa
Rosarinho

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