12/17/2006

Juro. Quase que já estava a ficar fã do Dr. Rui Rio quando o vi correr à paulada com aquela canzoada que ocupou o Rivoli (em sentido figurado, claro) porque, tal como ele mas embora não pelas mesmas razões, também eu não posso com o pessoal que se acha particularmente iluminado e a salvação para a falta de cultura do resto da saloiada, nós todos incluídos. Pelo menos iguais, mas quem sabe talvez piores, são os saloios, eles próprios, que os apoiam que é para assegurarem o seu lugarzinho no seio do pessoal que está acima dos demais, mesmo que não sejam capazes de distinguir na prática uma ópera de Mozart dum concerto do Quim Barreiros.
Claro que podemos questionar uma série de coisas nomeadamente, porque não pagarmos a um ou dois ou mais bandos de lunáticos para parirem produtos de pura cultura, caríssimos, subsidiados e para meia dúzia de amigos e família (já que mais ninguém tem a pachorra de lá pôr os pés embora depois em público apoie para não passar por ignorante) se também pagamos salários a administradores e políticos e filhos e filhas e afilhados e uma catrefada sem fim de coisas que a malta nem sonha. Mas não vale a pena, queridos clientes, irmos por aí, porque na volta acabamos todos a anti-depressivos.
Eu pessoalmente, acho que essa cambada toda devia era passar uns mesitos a amassar e a trabalhar aqui nos fornos para ver o que é bom para a tosse e logo se veria se eram capazes de dar valor àquilo a que se chama vulgarmente o erário público mas que ninguém na verdade vê como seu.
Mas, como ia dizendo, queridos clientes, faltou-me o quase para me tornar fã do Dr Rui Rio. Porque agora o cavalheiro (tão distinto apesar daquele sotaque de vendedor de peúgas da raquete), acabou de borrar a escrita toda ao dar de bandeja o Rivoli ao inqualificável Filipe La Féria. Não, nem o Porto, berço de Pintos e Carolinas, merece tal coisa. Concordo que a coisa tá preta e não há cacau para sustentar uma casa que só gera em receitas um sexto das despesas. Concordo que seja preciso dar a volta a isso senão aquela merda acaba por ser mais um poço sem fundo. Mas se o objectivo era o lucro puro, então tinha sido mais honesto transformar o Rivoli num híper-mercado tipo Corte Inglês, numa casa de shows de sexo ao vivo ou mesmo, porque não, num local de tráfico de drogas.
Pôr os murcons a alucinar com as cantorias esganiçadas e mais que requentadas do Música no Coração ou da Amália é que não!

Olhem meus queridos, fiquem com o POSTALINHO N.º 15 e com uma beijoca da vossa Rosarinho.

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