Já todos entrámos, mais ou menos vezes, naquelas lojas onde o preço de venda ao público dos objectos se separa do custo de produção dos mesmos a uma velocidade superior à da luz. Por exemplo, um pratinho de sobremesa que custou 50 cêntimos a produzir, (ordenados incluídos) é vendido por 250 euros porque entretanto passa por um processo de construção de imagem que nos leva a acreditar piamente que a sua posse nos permite atingir um nível superior de existência.
O que eu nunca vou entender é porque motivo, quando eu faço involuntariamente e irresistivelmente, cara feia ao preço que o(a) empregado(a) me informa, este(a) olha para mim com ar de desdém, de nariz empinado, como quem está a pensar qualquer coisa como: "Esta pelintra não tem dinheiro para ter pratos destes."
O que eu penso sempre nessas alturas é: "Mas afinal quanto ganha este(a) gajo(a)?"
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