7/29/2005

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Mas... nem pensar dar de frosques sem deixar aqui a minha participação no concurso O ESCRITOR FAMOSO, cujo regulamento pode ser consultado aqui e aqui. A parva da Rosarinho participou no primeiro, com um texto cheio de badalhoquice e sem a minha autorização. Agora sou eu que participo, assim ficamos as duas com fama de más escrivas e ninguém se chateia.
Quero também deixar três recomendações:
1. Participem que é para o meu não dar tanto nas vistas.
2. Votem, no meu ou noutro qualquer que achem menos merdoso.
3. Fiquem bem até ao meu regresso.

E agora cá vai:

O Sorriso
"Preciso de me lembrar das nossas tardes no baloiço do parque, do meu vestido vermelho de pintas brancas a esvoaçar e das nuvens lá em cima que se afastavam e aproximavam em movimentos sucessivos. Dos risos que a vertigem me provocava. De ti ao meu lado, silencioso, sorridente e feliz.
Preciso de me lembrar dos recados em forma de poema que me escrevias nas aulas. Ainda os tenho todos, mas é só na memória que os guardo sem pó. Também tenho todos os teus livros, alinhados na estante e todos os dias os abro para que eles não se desabituem de ser manuseados. Tu sempre me disseste que os livros têm que ser manuseados, que não podem ficar só para ali, perdidos na estante.
Preciso de me lembrar do teu sorriso. É importante não esquecer o teu sorriso.
Preciso de me lembrar do dia em que comprámos a nossa primeira mobília a prestações porque não tínhamos dinheiro para a pagar de uma vez, mas estávamos tão felizes! Era a mobília mais cara da loja e nós comprámo-la mesmo sem termos dinheiro. Lembro-me que me disseste - “Agora somos ricos” – e eu ri muito e estava nervosa porque não sabia como íamos pagar aquilo, mas estava feliz. Nesse dia tinha o meu vestido azul, que era novo, e tinha apanhado o cabelo com um elástico.
Preciso de me lembrar da boneca que me ofereceste no meu aniversário. Era exactamente meia-noite quando a tiraste do armário, toda amarrotada porque estava escondida debaixo das malas. Eu estava sentada no sofá e já tinha vestido a camisa de noite, era cor-de-rosa e tinha uma renda branca. Tinha calçadas aquelas meias grossas a que tu achavas sempre piada porque vestia uma camisa de algodão e meias grossas de lã. Ficava mal, eu sei. Mas eu tinha sempre os pés tão frios! Ainda hoje tenho! Compraste a boneca porque achaste que era parecida comigo e eu achei que não, mas não me importei, por causa do teu sorriso.
Preciso de me lembrar do dia em que me pediste para ficar contigo para sempre. Lembro-me de todas as palavras que trocámos e da ordem exacta delas. Lembro-me do teu sorriso. Lembro-me que estávamos sentados num banco do jardim e passou uma criança de mão dada com a mãe. Calámo-nos um bocadinho enquanto eles passavam, para que não nos ouvissem. Só depois é que te disse que sim. E tu sorriste.
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Preferia não me lembrar do dia em que te despediste de mim depois do almoço. Mas lembro. Com todos os pormenores que ainda hoje me fazem doer o peito por dentro. O médico diz que é sistema nervoso. Lembro-me que almoçámos peixe e eu me esqueci de pôr sal mais uma vez. Era péssima na cozinha. Tu voltaste a dizer – “Quando formos mesmo ricos contratamos uma cozinheira” – e riste. Eu fingia sempre que amuava quando dizias isso e dessa vez fingi também. Depois beijaste-me, disseste-me até logo e saíste. Eu levantei a mesa e pensei como era horrível aquela toalha bordada que a minha mãe nos tinha oferecido. Trinta e cinco minutos depois telefonaram-me do hospital e contaram-me do teu acidente. Eu não quis acreditar logo, porque acho que as pessoas nunca acreditam nessas coisas de imediato, demoram aqueles segundos em que o mundo pára. Depois, quando tudo recomeça, algo muito escuro e pesado se abate sobre elas, durante muitos anos. Foi o que aconteceu comigo, sabes?
Agora tenho este teu retrato em cima da mesinha de cabeceira para poder falar contigo todos os dias e recordar-te todas estas coisas, para que tu também não te esqueças e te lembres de mim quando eu chegar. Já não deve demorar muito porque cada vez estou mais fraca e doente. Mas não faz mal.
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Os teus netos brincam muito comigo. Riem-se por eu nunca saber onde pus as chaves, onde arrumei as compras, o que jantei ou que recado me deram para eles ao telefone. Dizem que a Avó Helena está a “bater mal”, é assim que eles dizem. Bater mal. Mas como posso eu perder tempo a lembrar-me dessas coisas se tenho outras muito mais importantes que não posso esquecer? O teu sorriso, por exemplo..."

7/28/2005

DEUS SEJA LOUVADO!

Depois de muitas novenas na Igreja de Vila Pouca de Baixo, o grupo de oração da D. Maria conseguiu o milagre de uma chuvinha. Pouca, é certo, mas ainda assim alguma.

Agora sim, com isto mais fresquinho, podem voltar a vestir os xailes.

7/27/2005

O ESCRITOR FAMOSO

O escritor tomou-lhe o gosto e recusa-se a partir. Continua a visitar os nossos blogs.Mas foi neste que ele começou. Abram-lhe também vocês a porta, vão ver que não é má pessoa.

7/26/2005

MAIS UM MOMENTO DE ARTE NA PADARIA

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A maior parte das pessoas desconhece que Edgar Degas tinha por hábito espreitar as bailarinas mas que um dia lhe correu mal. Também o que pouca gente sabe é que quando era pequenino costumava ir para a praia da Barra em Agosto e a mãe o chamava assim "Oh É-de-gaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaar! Anda comer o arroz de fraaaaaaaaango!"

É isto e eu a precisar de ir de férias.

PENSAMENTO PARVO PARA COMEÇAR O DIA

Às vezes ponho-me imaginar as barrigadas de riso que devem acontecer nas reuniões de políticos, tipo conselhos de ministros e outras. Não propriamente na parte das decisões, mas mais na parte em que o chefe diz - "Agora vamos lá decidir os argumentos que vamos passar aos jornalistas para justificar isto" - depois diz um - "Desenvolvimento estratégico?" - e aí começa a bandalheira. Passado um bocado, já com o discurso oficial decidido, eles limpam as lágrimas dos olhos de tanto rir, tomam ums minutinhos para se recompor e vêm cá para fora chuchar connosco. Só pode.

7/25/2005

...

Comprei uma t-shirt com uma frase em alfabeto cirílico, bem à frente, que obviamente não sei descodificar. Espero que não signifique qualquer coisa do género "Sou uma monga de todo o tamanho". De qualquer modo, se um dia destes vir um gajo louro de 2 metros de altura a olhar para mim e a escangalhar-se a rir já sei o que é.

RECOMENDAÇÃO DA PADARIA: VEJAM ISTO QUE É GIRO


(Clicar na imagem)

7/22/2005

Olá meus amores. Para começar quero agradecer a todos os queridos que convenceram a invejosa da minha patroa a não me despedir e também aos que foram e aos que ainda hão-de ir votar em mim aqui. Quero também dizer-vos que estou muito inclinada a prometer um strip em cima do balcão se ganhar aquela cena do Escritor Famoso, desta feita com a inclusão do meu número exclusivo de lamber chávenas. Só que ainda estou a pensar melhor porque da última vez que fiz strip estava uma bequinha para o grogue (mas só uma bequinha) e não correu muito bem. Ainda tenho a cicatriz dos 4 pontos que levei depois de ter caído da mesa e ter aberto a testa contra uma coluna, embora a culpa não tenha sido minha mas sim da porcaria do vestido que era da Zara e estava com o fecho eclair encravado. De qualquer forma a audiência, toda ela constituída pelo mulherio da família, também não estava muito entusiasmada com a ideia e só me pedia para parar e beber uma água das pedras, por isso não se perdeu nada.

Agora vamos à pergunta da semana que é do Kase Wo Atsumete. Pergunta ele "as patilhas já estão demodée, mas eu gosto de usar.O que é que eu faço???"
Meu caro Kase, tens um problema parecido com o da minha Tia Dores, toda a gente lhe diz para não usar bigode porque já não se usa mas ela, quando vê a vasilha da cera quente lá no cabeleireiro da Zezinha entra sempre em pânico e foge por ali fora com as pratas no cabelo e tudo. Até já lhe aconteceu atropelar um carro que ia a passar cá fora nesse momento e ele ficar sem conserto.
No teu caso, como não te conheço pessoalmente, dou-te duas hipóteses:
Hipótese 1: Tens uma pinta parecida com esta e deixas-te estar que estás muito bem.
Hipótese 2: Tens uma pinta mais para este estilo e nesse caso é melhor optar por esta solução.

E pronto. Não se esqueçam de colocar as vossas questões, aqui ou por mail. Eu respondo à sexta-feira. Beijocas.

7/21/2005

AVISO

Se alguém vir por aí a Rosarinho, a minha empregada, é favor dizer-lhe que, ou tem uma boa desculpa para o que fez ou está despedida.
Primeiro: Descobri, não importa como, que tem por hábito lamber as chávenas dos clientes antes de servir o café, a badalhoca.
Segundo: Ainda faz gala disso como se de uma grande virtude se tratasse, tendo chegado ao ponto de concorrer ao passatempo "A Visita do Escritor Famoso" sem autorização, onde aproveitou para contar as suas façanhas de porcalhona, sujeitando este estabelecimento a uma inspecção sanitária e os promotores do concurso ao descrédito total por a terem deixado entrar. Os contos apresentados estão a votação aqui. Por favor vão lá votar mas, façam o que fizerem NÃO VOTEM NELA!

Posto isto vamos a outro assunto, também de gravidade elevada. Houve uma tal gentinha arrogante que me tirou o link, no post anterior, para duas musiquinhas que eu queria que os clientes ouvissem para poderem avaliar a que pontos isto já chegou. Devo dizer que esta atitude estouvada me deixou deveras irritada. Por isso aqui vão os endereços. Têm que os copiar para o browser mas acho que assim vai dar.

http://ouviste.com/music/play.php?band_id=4&song_id=56&mode=song_hifi

http://ouviste.com/music/play.php?band_id=4&song_id=55&mode=song_hifi

UMA NUNCA VEM SÓ

Para não dizerem que somos fúteis e para mostrar que também sabemos divulgar e valorizar os talentos nacionais, de que estamos tão necessitados nesta época de défice e de incêndios, ouçam Os Aguedenses em dois belos exemplos de como se faz boa música.
Aqui, num tema sobre o património gastronómico regional e as várias formas de recolher as matérias-primas que o compõem, bem como a sua preparação.
Aqui, num magnífico ensaio vocal. Não sairia melhor se o cantor estivesse a executar este trecho e ao mesmo tempo a provar a iguaria referida no tema anterior. Se calhar até estava.
Aqui no farinha estamos até a pensar contratar esta banda para a festa dos dois anos de vida do estabelecimento, mas isso agora depende de preços, ou seja, de quanto é que eles pagam.

7/19/2005

UMA QUESTÃO DE PATRIOTISMO

Quando ouvi dizer que uma das recomendações do Serviço Nacional de Protecção Civil, devido à seca, era "evitar lavar os carros" até me senti crescer.
Eu já pressentia que havia algo de sublime na minha falta de pachorra para mandar lavar o carro. Finalmente descobri o que era: Patriotismo puro.
Agora, quando passarem pelo meu chasso, todos vão poder dizer, com genuína inveja:

7/18/2005

Estávamos a conversar sobre trivialidades quando de repente um terceiro olho, redondo e azul como os dela, lhe subiu pelo queixo, passou pelo nariz e se foi alojar entre os outros dois. Aí, os três seguidos, a formar uma linha de formas curvas, fixaram-me durante um breve segundo e... explodiram na minha frente. Abri a boca de espanto e fiquei sem palavras. Devia estar com com um ar de pânico incrível porque ela parou de falar e perguntou-me - "Que se passa? Estás bem?". Então pestanejei e tudo voltou ao normal.
Mas depois desse dia nunca mais joguei Puzzle Bubble.

A Visita do Escritor Famoso
A minha colega Carminho aproximou-se, excitada. Tocou-me no braço com o braço dela naquele gesto que se quer discreto e murmurou – “Olha o escritor que aparece na televisão ao sábado! Está ali ao balcão!”. A Carminho é loira e branca e tinha as faces ruborizadas. Tremia. Foi só por isso que pude perceber que algo se passava, já que o barulho do moinho de café não deixava ouvir frases sussurradas. “O quê?” – perguntei aproximando o meu rosto do dela – “Não olhes agora!” – foi a resposta que, como se sabe, tem sempre o efeito inverso, pelo que me virei de imediato na direcção oposta, a do balcão. O meu olhar cruzou-se com o dele e senti crescer de repente uma bola de ar comprimido dentro do peito. Subiu a temperatura na minha cabeça toda e voltei-me de novo para o moinho do café – “É o escritor da televisão!” – disse para a Carminho tentando controlar o tom de voz embora esteja quase certa de ter sido um esforço vão. - “É o que te estou a tentar dizer há que tempos!” – retorquiu ela rematando com um sonoro “Parva!”, enquanto se afastava lá para dentro para me deixar ser eu a atendê-lo.
Lá na pastelaria todas sabiam o fascínio que eu nutria por ele, o escritor de olhar calmo, que tinha um programa na televisão ao sábado, a horas tardias e naquele canal que ninguém vê. Aquele homem muito mais velho e tão diferente dos rapazes suburbanos que me tentavam impressionar em manobras com as motorizadas potentes e me mandavam postais com erros de ortografia.
Todas sabiam que eu lhe devorava as palavras sem as entender na sua totalidade, que ficava noite dentro a ouvi-lo falar de coisas simples que ao saírem da sua boca eram grandiosas. Acho mesmo que todas sabiam que, nas minhas fantasias mais secretas, ele era só meu.
O que nenhuma sabia era os inúmeros cadernos de linhas comprados no supermercado que eu preenchia com tentativas de poemas e contos. E o desejo inconfessado que ele os lesse. Aproximei-me do balcão à toa. – “Um café” – pediu – “cheio, se faz favor”. Ali tão perto pude sentir o seu cheiro, que se sobrepunha ao do café, do pão fresco, dos pastéis de nata. Fechei os olhos e decorei-o, para ficar para sempre com ele.
Por fim, numa tentativa desesperada de o possuir mas sem saber como, murmurei um “Só um momento” e fui lá dentro ao armazém. Peguei numa chávena. Apertei-a entre as minhas mãos. Encostei-a à minha face. Depois fixei-a um pouco com o olhar, concentrei-me e, num movimento lento mas firme, passei a língua toda por ela.
Voltei e servi o café. Fiquei a ver quando ele pegou na chávena e a levou à boca. Foi nesse momento que nos beijámos sem nunca nos termos tocado. Porque nem mesmo quando recebi a moeda e lhe fiz o troco consegui aproximar a minha mão da sua a ponto de poder sentir a sua pele. Depois, vi-o afastar-se e sair. Segui-o com os olhos até ele dobrar a esquina.
Tive a certeza que nunca mais o veria, mas levei a chávena para casa e guardei-a junto dos meus cadernos de poemas e contos.

7/15/2005

A BELEZA DA RECIPROCIDADE

Um comentário do meu + k tudo ao post anterior fez-me reflectir na justiça da reciprocidade.

Exemplo 1:
Se a padralhada passa a vida a arrotar postas de pescada sobre as mais diversas
matérias que não lhe dizem respeito como a homossexualidade, o aborto, o divórcio e o sistema educativo (para dar só alguns exemplos), não deveríamos nós ter o direito de opinar nos assuntos que lhes dizem respeito a eles e eles terem que amochar?
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Exemplo 2:
Se nós, os cidadãos comuns, resolvêssemos de um momento para o outro cortar o trânsito nas pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, o que é que nos acontecia?
Vinha a polícia de choque e, pimba.
Então, se os polícias estão a ameaçar cortar o trânsito nas ditas pontes, porque é que o governo não nos convoca a nós para prestarmos os serviços mínimos e irmos todos lá dar na cabeça aos gajos? Estou certa de que se arranjaria facilmente voluntários para tão patriótica tarefa. Aliás, eu só não abro já inscrições aqui no farinha para não me entupirem a caixa de comentários.

7/14/2005

DEVO SER MESMO BURRINHA MAS HÁ COISAS QUE ME ESCAPAM

Há uma coisa que eu gostava de perceber e ainda não percebi. Por isso venho pedir ajuda aos estimados clientes. Trata-se do seguinte:

Alguém me pode explicar para que é tanto estrilho à volta dos casamentos de homossexuais?
Alguém saberá dizer-me porque é que cá ainda é proibido? Qual é a lógica de haver uma lei a proibir?
E com que direito é que se proíbe?

Expliquem-me por favor.

Mas se for com aquela história do "homem com homem" ou "mulher com mulher não dá filho" dispenso porque essa treta cai por terra a partir do momento em que se permite a união legal de heterossexuais que já não têm idade para procriar, além do que também dispenso, na qualidade de heterossexual, o rótulo de maquinazinha de fazer filhos. Também pedia para por favor me pouparem a citações bíblicas porque quem se guia por um livro de instruções escrito há milhares de anos nem devia ir ao supermercado. Devia estar a cavar batatas e a criar ovelhas para comer.

Fora isso podem-me dar qualquer explicação porque se for lógica eu consigo lá chegar com os meus pouquinhos neurónios.

Obrigada.

PEQUENOS MOMENTOS - PARTE NÃO SEI QUANTOS

Na Repartição de Finanças, um velhinho puxa de um valente molho de notas que trazia enrolado no bolso e começa a entregar uma por uma à funcionária que, paternalista, lhe diz:
-Mas o senhor não devia andar com tanto dinheiro! Pode ser assaltado!
E o velhinho, sem pestanejar:
-Fui ainda agora minha senhora, fui ainda agora...

(Por Num É Isso, o meu colega de gabinete)

7/13/2005

AND NOW FOR SOMETHING COMPLETELY CLEAN

o Papá Urso ofereceu-me (talvez em troca do meu último presente do género) a oportunidade de partilhar convosco os cinco filmes e as cinco músicas de que mais gosto. Só que eu, como tenho a mania de ser diferente só que não sou coisa nenhuma, resolvi juntar as duas coisas.
Aqui estão os cinco filmes de que mais gostei (não só mas também) por causa da música que traziam a acompanhar. São filmes de ver e ouvir. Não estão por nenhuma ordem em particular porque não lhes consegui atribuir uma ordem. Vão "ao calhas" portanto.

Este, realizado por este e com música deste.
Este, realizado por este e com música deste.
Este, realizado por esta e com música deste.
Este, realizado por este e com música deste.
Este, realizado por este e com música destes.

E esta, passo a todos os que têm link ali ------------> ao lado.
Felizes?

7/12/2005

ODEIAS O TEU EMPREGO?

Repugna-te a forma como toda a gente tem que fingir que anda satisfeita mesmo que traga o estômago mais revolvido do que o orçamento de estado?
Preferias não ter que dar sequer bom-dia aos tachistas incompetentes que lá andam, quanto mais os parabéns no aniversário e os sentimentos quando morrem as avós?
Achas que não é possível descer mais baixo do que mostrares que gostas de escrever aquele relatório inútil para agradar a um gajo ainda mais inútil?
Então lê estes excertos de uma entrevista dada por Eva San Marcos, uma actriz porno espanhola... e alegra-te. Escusámo-nos a traduzir porque em português a porcaria saía por fora do balde e no fim a Rosarinho tinha que desinfectar o estabelecimento todo com aguarrás o que era uma trabalheira. Além do que, assim, podemos dizer que neste blog se fala estrangeiro.

"cuando haces una peli porno es de verdad, no finges y esas cosas?cuando yo follo delante de una camara es como si follara sin ella." (que é como quem diz, também não deve fechar a porta quando vai à casa de banho fazer xixi ou mudar o penso)
"Has llegado a tener orgasmos en los rodajes?Siempre. Si no tengo un orgasmo es que la escena no sirve, no me ha gustado" (Si si... cariño... a gente acredita)
"Siempre? ¿De veras, Eva? (Eva se rie y sin venir a cuento empieza a chuparme la polla) - de pequeña me enseñaron a no hablar con la boca llena. ¿Me decias?" (A gente bem desconfiava)
"Qué es lo que mas te gusta hacer cuando haces porno?Pues, me gusta chupar pollas, yo creo que he nacido para ello. Es algo que lo hago muy bien porque pongo toda la carne en el asador." (Portanto a Eva está na mesma categoria dum assador, duma torradeira ou dum micro-ondas. Começa a fazer sentido.)
"Como es tu tecnica de comer pollas? Tengo una tecnica especial para ello. Primero despacito, luego voy acelerando la marcha. Siempre mirando a los ojos, al "interlocutor"El resto lo dejo para cuando veais mis videos...ah, me gusta mucho tambien que me den por detrás. El sexo anal es algo que yo disfruto muchisimo." (Sim. E nós gostamos muito de ser atropelados por camiões TIR captas?)
"Eres una chica completita, parece... y que te gusta que te hagan a ti?Que me llenen de leche, que me pongan perdida. Me gustan las grandes corridas, y si es posible en mi boca. Saborearla caliente despacio... Es algo que me gusta mucho" (Pois, ah pois! Até vão lançar um livro de receitas dessa merda!)
"con cuantos tios has estado al mismo tiempo?En mi vida personal, cinco. Me gustaba uno de ellos. Y todos querian follarme. Y ya sabes eso de "o follamos todos o la puta al río", al final como queria follarme a Oscar me folle a todos los demas. Jose vomitó, de la borrachera que llevaba, asi que la fiesta no duro demasiado.Pero luego consegui lo que queria. Quería follarme a Oscar y no me importaba chupar unas cuantas pollas mas para llegar hasta la suya" (Ya chavala, tirando os cinco bêbedos em cima, isso até parecia um pic-nic)
"Y como es currarselo?Solo hay que follarme sin mas." (É o que se chama Bater no ceguinho. Quando ele fica farto de apanhar diz que já consegue ver)
"Cuántos polvos has llegado a echar en un dia?Eso es muy dificil de medir. Hay amantes que me han follado durante tres horas, ellos se han corrido una vez y yo quince. ¿Eso como se cuenta? " (E eu pesquei um peixe deste tamaaaaaaaaaaaaaaaaaaaanho!)

7/11/2005

MAIS UM POST SOBRE PINTURA

Hoje vou explicar aos clientes como as experiências vividas pelos artistas no seu dia a dia têm uma influência decisiva na sua obra.

Por exemplo, Salvador Dali pintou este quadro
depois de ter estado mais de duas horas à espera do estafeta com a pizza que tinha encomendado e já com o estômago a dar horas. Finalmente descobriu que o rapaz se tinha enganado na rua e entratanto a pizza já chegou fria e com aquele sabor de sopa do dia anterior.

Já a Paula Rego, inexcedível contadora de histórias em imagens,
nunca se esqueceu das nenas de caixão à cova que apanhou enquanto estudante. E então os de artes!...

Renoir, por sua vez, vingou-se deste modo
da mãe nunca o ter deixado ir às festinhas de aniversário dos amigos quando era pequenino.

Voltaremos mais tarde com mais cultura. E isto não é uma promessa, é uma ameaça.

7/10/2005

Esta semana, excepcionalmente, haverá um Pergunta À RosarinhoII. O motivo é a actualidade do tema da pergunta, que chegou já bastante tarde na sexta-feira pela mão do nosso cliente Bagaço. Depreendo no entanto tratar-se de uma sub-contratação porque a pergunta não me parece do próprio. Então é assim:

Sou um indiano, casado com uma chinesa, ambos comerciantes, e vou emigrar para a ilha da Madeira onde tenciono abrir uma loja. Só não sei de que ramo. O que é que me aconselha?

Bagaço, diz ao teu amigo que vá para os Açores. É que na Madeira já não é possível intrujar ninguém, esse ramo está esgotado desde que um marmanjo qualquer abriu lá uma filial da mafia disfarçada de governo regional, há uns vinte e tal anos.

7/08/2005

Ora então cá está a vossa amiga Rosarinho para responder às questões desta semana!

Comecemos pelo Finúrias que diz: Detesto ter o pénis grande. O meu órgão sem erecção, mede cerca de 25 centímetros, e por isso, acontece muitas vezes sentar-me em cima dele, o que me causa muita dor. Além disso, cada vez que uma mulher me vê despido, foge. Que posso fazer ?
Querido Finúrias, com essas dimensões todas, antevejo para ti uma bonita e duradoura relação com um pipeline de gás natural. Também poderás abraçar uma brilhante carreira como varão de guarda fatos. Parabéns!

Os Malucos do Brasil, que pelo nome depreendemos estarem internados em psiquiatria mas não sabemos quem são, perguntam, de forma assaz sintética, "o que vocês acham dos brasileiros?" Vocês, ou seja nós, tugas, certo?
Bem lindos, os brasileiros, como tudo na vida, têm o seu lado A e o seu lado B. Vou tentar fazer então uma resenha do que eu gosto e do que não gosto neles. Mas é claro que só posso falar por mim.
Não gosto:
Das legendas do canal MGM, que acompanham uma cena dramática com uma frase tipo: "Você é um cafajéstchi cara!"Daqueles cantores de calças à boca de sino e chapéu que tocam viola à beirinha de uma fogueira ao pôr-do-sol com uma palhinha na boca.Daquelas cantoras que berram até lhes sair os pulmões pela boca e que entre duas estrofes gritam desalmadamente qualquer coisa que nunca ninguém entende.Do vocabulário esquisito que vocês usam e que geram cenas extremamente delicadas como de uma vez que eu estava num momento... intenso... com um namorado brasuca que tive. Ele perguntou - "Quirida! Cê tá gôzando?" - e eu - "Não! Nem pensar! Estou a levar isto muito a sério!" É mau.De ir a um restaurante e o empregado chegar ao pé de mim e dizer: "Oi!"... Oi o quê? Oi???Dos ficheiros em PPS que estou sempre a receber com muitas imagens de anjinhos, gatinhos e outras paneleirices... e muitos erros de português.
Gosto:
Das caipirinhas.De terem ganho recentemente um jogo de futebol à Grécia. Bem feito para eles!De terem recebido aí de braços abertos os nossos ranchos folclóricos (aqueles em que as mulheres gritam muito e têm o tal bigode). Espero que por aí fiquem por muitos e largos anos.Dos Skank, do Carlinhos Brown e outros que não me lembro agora.Outra vez das caipirinhas. Hmmmmm!Está respondido?

Passamos agora à nossa cliente Rosário/Divas: Rosarinho, porque é que os terroristas não se juntam todos numa ilha deserta e se fazem explodir todos ao mesmo tempo? Antes até podiam fazer um acordo com os media para que um satélite filmasse a cena, tudo o que quisessem!
Shhhhh!!! Olha se o Eduardo Moniz ouve?! É o fim desta choldra toda! Shhhhhhhh!.......................

Por fim, O Patrãozinho pergunta "Rosarinho, qual a sua opinião sobre o Orgasmatron? Quais as vantagens e desvantagens em relação ao Alberto?"
Então Patrãozinho, é assim: Essa pergunta é de índole muito pessoal e foge um pouco à filosofia deste consultório. No entanto por ser para si eu respondo. O Orgasmatron nunca experimentei, mas também não acredito nessa treta. Pior que o ranhoso do Alberto, que andava sempre cheio de cerveja até acima e até se esquecia das calças em casa quando bebia demais, não deve ser. Mas bom bom era o aumentozito prometido que até agora não veio! Isso sim é que era uma excitação! Porque, patrãozinho, eu vou-lhe contar um segredo: Na verdade, esse tal de ponto G é no fim da palavra shopping!

E pronto meus queridos, é tudo por hoje. Vão deixando as vossas questões que a Rosarinho volta na sexta-feira!


NOTA: A patroa manda dizer que fai-lur quer dizer failure, que é o que aparece quando um e-mail é devolvido: "message delivery failure", que é interpretado como: "Não posso mandar mails porque o délive está a dar fai-lur".

(NOT) NICE...


Nunca defini muito bem na minha cabeça os meus sentimentos em relação aos britânicos, mas duma maneira geral irritam-me. Irrita-me aquela fleuma que se afoga toda numa caneca de cerveja em menos de um minuto, irritam-me os hooligans, irrita-me a arrogância com que se demarcam da europa, irrita-me aquela palavra "Nice" que serve para designar tudo, desde o chá que até nem está muito mal servido até um prémio de milhões na lotaria.
Por outro lado invejo o seu sentido de humor em forma de ácido puro.
Hoje vi uma cena nas notícias que aguçou o meu pro-british side. Um senhor de fato e gravata, com uma pasta de executivo, chorava baixinho junto de um polícia que lhe tocava o braço e lhe dizia algumas palavras. Como é que esta gente consegue ser tão discreta numa situação destas?

E por falar em inglês, um pequeno desafio para os nossos clientes:

Sabem o que é um fai-lur?
É uma palavra nova descoberta pelo meu chefe. Têm até logo ao fim da tarde, quando entrar ao serviço a Rosarinho, para descobrir o que é. Força nesses brains.

7/07/2005

(...)

Porque é que os padres e os polícias têm todos pronúncia beirã (leia-se serrana)?
Ainda ontem vi um cardeal qualquer de que não retive o nome a explicar na televisão que "O normal é uma crianxa ter um pai e uma mãe, se tem doisx paisx ou duasx mãesx, cumo bai ela xubrebiber nesce meio prumíxcuo?" Pois claro. E enquanto imaginava a sorte que têm as criancinhas deste mundo que têm um pai macho e uma mãe fêmea mesmo que passem fome todos os dias e levem porrada de criar bicho, lembrava-me da pança do Xê-Éne-Érre que nos multou por não termos parado num stop numa estrada deserta e de um outro que há uns anos achou que não ter os documentos do carro comigo punha em causa a segurança de todos os outros veículos, quiçá da humanidade.
A sério. Aquilo deu uma volta tão grande na minha cabeça que hoje andei todo o dia a precisar de comprimidos para a dor de cabeça.

Se fosse do interior, iniciava um abaixo assinado para proibir que esse pessoal usasse o mesmo sotaque que eu. É uma afronta.

7/05/2005

HOJE ESTOU SEM TEMPO

Por isso fiquem só com esta música, que é a que eu imagino em fundo quando o meu chefe se levanta, olha no horizonte ao style Serafim Saudade e diz:

"Eu sei que de nada vai adiantar! Mas assim... posso ficar em paz com a minha consciência... e quando ela perguntar - Lutaste até ao fim? - eu respondo - Sim! Lutei até ao fim!"

Isto sobre a greve da função pública anunciada para o próximo dia 15 claro.

7/04/2005

O ANIVERSÁRIO DA INHA

E porque hoje é o aniversário de uma das nossas clientes mais regulares, que teve a gentileza de nos encomendar o bolo, aqui vai o estafeta que contratámos especialmente para o efeito, com a encomenda.




Parabéns INHA!

O QUE FAÇO AQUI?

Passei a manhã rodeada de mulheres com mais anos no rosto e no corpo do que no bilhete de identidade que, com ar sofrido, trocavam impressões sobre os filhos, uns a raiar a deliquência, outros já com essa meta claramente ultrapassada. Mostravam fotografias da primeira comunhão, tempo em que para elas a maternidade ainda não era um peso mas sim um prazer. Outras contavam histórias que terminavam sempre em "Quem dera que ele encaminhasse! Quem dera!..."
De repente veio-me à cabeça uma estrofe daquela canção do Paulo de Carvalho: "O que faço aqui?"
Fui acordada das minhas divagações pela minha filha mais nova, a que meteu na cabeça que quer fazer um curso profissional e tinha acabado de sair da entrevista de admissão:
"Isto é tão podre! Mas tão podre!" - comentou.
E eu perguntei - "E ainda queres vir para cá?"
Acenou que sim, que não tem nada a ver com a pinta dos colegas, só quer fazer aquele curso.

Eu espero que ela aprenda mesmo só aquilo que quer... e não a roubar auto-rádios nem a enrolar canhões. E vou rezando, a quem não sei porque não sou crente. E vou continuando a estar do lado dela enquanto ela deixar...

7/03/2005

PARA OS DEVIDOS EFEITOS...

...se declara que esta padaria não teve nada a ver com aquela ideia do pão com chouriço de novecentos e tal metros de comprimento fabricado em Viseu para entrar no Guinness Book of Records.
Em primeiro lugar, nem eu nem a Rosarinho nos metemos nos cogumelos marados nem na cannabis.
Em segundo lugar privilegiamos a qualidade e não o tamanho e estamos plenamente convictas que um chouriço, para ser bom e proporcionar ricos e variados pratos, não precisa de ter nem um milésimo desse tamanho.
Em terceiro lugar, estamos certas que os nossos clientes concordam connosco neste último ponto e não alinham em cenas pindéricas e serôdias como esta ou outras, como por exemplo aquele casal que vimos há pouco nas notícias, ela grávida de sete meses, à procura de "uma bolas ou uns vibradores marados" na Feira do Sexo na FIL. Esperamos que a família tenha gravado a reportagem em cassette para no futuro poderem mostrar ao puto que vai nascer porque, se ele não vier já com os fusíveis queimados de tanto ter levado com coisas a pilhas na carola, vai adorar ver os papás com cara de parvos a serem apalpados por uma stripper de terceiras categorias, à procura de um estímulo para a relação.

7/01/2005

Mais uma Sexta-feira e mais uma visita minha para desenjoarem da choca da patroa!Antes de mais nada, um recado para os que estiverem em Aveiro ou até um raio de 500 km à volta porque esses ainda vão a tempo de organizar uma excursão: Amanhã na Navio de Espelhos há uma apresentação do livro e dos filmes do meu amigo Ivar, mais conhecido por Bagaço Amarelo, na livraria Navio de Espelhos às 21:30. Para os distraídos isto fica ali ao ladecos das bilheteiras do Teatro Aveirense, perto da tasca do Evaristo. Podem aparecer todos que aquilo é grande. Digo eu, que mais uma vez não vou lá pôr os pés, quem deve ir são os patrões e eu fico a tomar conta da loja como é costume. Cinderella is my middle name!...


Agora vamos então à perguntinha da semana, mandada (e muito bem) pelo já meu cliente especial Batatas:
Tendo uma empregada a dias CUSCA que trabalha até tarde em casa, à hora em que regresso do trabalho, qual será a melhor forma de obter privacidade para poder tocar umas canholas de forma a esquecer a completa frustração do dia de trabalho?
Primeiro, querido, peço-lhe que não use essa linguagem por consideração à Senhora Canholas, respeitabilíssima (e sentada, recomendo eu) candidata a deputada do nosso tão estimado parlamento pelo Partido Nacional Renovador, como posso comprovar aqui. Posto isto passo a responder.Olha filho, essa empregada que lá tens, por acaso chama-se Balbina? É que se é essa aviso-te já que é minha vizinha e tem andado pela freguesia toda a apregoar que trabalha na casa dum chavalo mais lá para cima (onde o abeirense acaba e o morcão começa) e que se farta de limpar nhanha das paredes, do chão e dumas toalhas que ficam sempre por ali atiradas pelos cantos. E mais, diz que além dum punheteiro que lhe passa a vida a micar as pernas por depilar e cheias de varizes quando se baixa para limpar o pó dos roda-pés, és um desleixado e deixas as revistas pornográficas debaixo da cama e com as páginas todas coladas! A gaja não tem respeito nenhum pelos patrões (ao contrário de mim que nunca digo mal da estúpida da minha patroa) e é mas é uma despeitada porque o que ela precisa é de peso e tu pelos vistos nunca te chegaste à frente. Já foi a mesma coisa com o meu ex Alberto, passava a vida lá na barraca a pedir uma salsazinha emprestada (coisa que ele nem sabia o que era porque só usava cerveja), só para se fazer ao bife. É uma vacarrona! Se queres um conselho de amiga, mete-a já no olho da rua!

POST COM ENDEREÇO



Temos que ser pragmáticos, dizias-me muitas vezes. E eu concordava e era. Só daquela vez em que estavas a olhar para mim distraído e eu te perguntei "O que foi?", quando tu me respondeste "Gostava de poder envelhecer contigo", é que eu escondi o rosto e chorei um bocadinho. De resto fui sempre pragmática não fui? Pelo menos até àquele dia...