9/30/2005

Olá queridos e queridas!
A patroa, como é costume, já se baldou para fim de semana e deixou-me cá a mim de serviço. Por isso sou eu que anuncio o prémio do 2º Festival de Cinema da Padaria, ou seja, estou a fazer o papel de Bárbara Guimarães, mando as postas de pescada mas não tive nada a ver com isso. Mais ou menos.
Então vamos lá ver o guião:
Como houve casos de clientes que votaram em mais do que uma obra, uns indicando um ordem de preferência, outros nem por isso, optou-se pelo seguinte:
Atribuir 3 pontos por cada voto em 1ºs lugares, 2 pontos por cada voto em 2ºs lugares e 1 ponto por cada voto em 3ºs lugares
Atribuir 3 pontos a cada obra votada isoladamente ou em ex aequo.
Assim, o resultado foi o seguinte:
1º classificado – Inspiração de Luz com 31 pontos,
2º classificado – Triste País de Barbed Wire com 26 pontos,
3ºs classificados ex aequo – A Mosca e Boy, ambos de Bagaço Amarelo com 22 pontos,
4º classificado – Ninja Potatoes II de Bagaço Amarelo com 21 pontos,
5º classificado – Golo de Papá Urso com 20 pontos,
6º classificado – Ninja Potatoes de Bagaço Amarelo com 18 pontos,
7º classificado – Não tenho jeito para isto de Japinho com 8 pontos,
8º classificado – No Pago de Barbed Wire com 4 pontos,
9º classificado – Coração Voa de O’Sanji com 3 pontos,
10º classificado – Wave de Badalo com 2 pontos,
11ºs classificados – os outros todos.

Portanto já deu para ver, a lambona da Luz ganhou isto outra vez ficando nomeada cliente Honoris Causa em duplicado. Parabéns!

A patroa mandou-me ainda deixar aqui umas palavrinhas, a saber:
-A treta do costume a agradecer a todos os participantes que, obviamente, não devem ter mais que fazer, bem como uma palavra de apreço aos que analisaram (?) e votaram nas obras a concurso.
-Um agradecimento especial aos clientes Bagaço Amarelo e Barbed Wire pela extra-pachorra demonstrada, aquilo é que foi trabalhar o rato! Boa!
-Uma recomendação ao Bagaço Amarelo relativamente à saga Ninja Potatoes: Essas cenas são sempre feitas em trilogia! Com uma bilogia nunca serás um verdadeiro cineasta!
-E finalmente queridos, esta é da minha lavra, vocês são uns amores mas caiam na real, nenhum de vocês tem futuro no cinema de animação. Se fosse eu sim, se fosse eu... mas a parva da patroa não me deixou concorrer, essa frustrada que lá porque não a deixaram ser campeã de lançamento de caroço agora vinga-se a cortar a ganza dos outros.

A patroa mandou-me ainda fazer aqui, oficialmente, o lançamento do próximo passatempo da padaria: os cartazes oficiais dos filmes apresentados a concurso. Pois é. O próximo cliente Honoris Causa vai ser o que fizer o cartaz mais bonito. Escolham um dos filmes, façam o cartaz e mandem para um dos nossos mails. Aqui vão dois exemplos para homenagear os dois concorrentes que mais deram à mãozinha nesta edição:
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Finalmente e antes de passar às perguntas da semana quero só acrescentar que não me apeteceu hoje fazer links, estou em TPM.

PERGUNTAS DA SEMANA:
O Bagaço Amarelo pergunta, não sem um veiozinho de maldade a correr-lhe naquela mente perversa (porra estou mesmo inspirada!) porque é que os portugueses usam fatos de treino com sapatos. Oh Bagaço, tu estarás a insinuar que os portugueses têm mau gosto? Deixa-te disso!
Já o nosso habitual cliente Descansa em Paz mas Pedro para as pessoas normais como eu pergunta se por me escrever comentários muito grandes poderá ficar grávido. A minha resposta é um lugar-comum, mas na verdade Pedro, o tamanho não importa. Podes ficar grávido com qualquer tamanho, embora eu seja capaz de jurar, sem te fazer palpação do útero, que neste momento pelo menos não estás, dadas as grandes torrentes hemorrágicas de inspiração que jorram no teu blog.

Bom fim de semana queridos! Divirtam-se!

9/27/2005

SÓ PARA LEMBRAR...


...que têm até amanhã para concorrer ao 2º grande festival de cinema de animação da padaria.
O regulamento está aqui!

ESTOU SEM TEMPINHO NENHUM

Por isso fiquem com esta, esta, esta, e esta.

PS: Estou a ouvir uma parva na TVI, com ar de catequista, a ensinar a medir pilas com o mesmo ar com que se vai às finanças entregar o IRS. Será que a parva alguma vez já viu alguma? Não há pachorra...

9/25/2005


Estava eu sentadita no cinema Oita a ver este filme, quando a meio duma cena de sexo daquelas com (quase) tudo o que vem no cardápio, dei por mim a pensar:
- Aqueles móveis não combinam mesmo nada com a cor das paredes...

Haverá alguma coisa de errado comigo?

9/23/2005

Ora então cá estou eu para a rapidinha de sexta-feira.

Para começar estou amuada. A patroa não me deixa participar no festival de cinema porque diz que eu sou da casa. Logo eu que sou tão jeitosinha de mãos (que o diga o meu ex Alberto) e até realizei o meu próprio filme gore em homenagem a um cota maluco de quem sou grande fã, o George Romero. Por isso, já que tive o trabalho, vejam pelo menos o filme para poderem avaliar da injustiça de que estou a ser vítima nesta casa, não há respeitinho nenhum pela classe trabalhadora! E se forem capazes, façam melhor! O regulamento está no post abaixo.

Em segundos a pergunta desta semana, que vem de um dos nossos melhores clientes (já que passa a vida a copiar coisas que cá temos), o Sr Cangalheiro. Gosto muito dele e a amizade é recíproca. Pergunta ele qual a praia aqui da zona com as melhores ondas. Ora bem meu, eu tenho cara de surfista é? E um cangalheiro quer ondas para quê? Para se deitar a afogar, só se for!

Quanto à crítica desta semana, é já que estamos com a mão na massa, vai no mesmo. O bog do Sr Cangalheiro é o melhor exemplo de literatura surrealista que já vimos aqui na padaria. Uma verdadeira pérola da estética do absurdo (acabei agora mesmo de inventar esta expressão, que tal?). Senão vejamos:
O seu autor apresenta-se como
Moderno – Moderno como os modernistas ou como os móveis da MoviFlor?
Urbano – Urbano de Lisboa como diz lá ou urbano dos arrabaldes tipo Cova da Moura?
Bem Sucedido – Bem sucedido de sucesso ou de sucedâneo?
Arrogante – Confere.
Polémico – Polémico é o Aeroporto da Ota e custa milhões... enxerga-te.
Rude – Confere.
Inteligente – Inteligente por saber escrever umas frases em latim ou por saber apagar comentários?
Rico – Só ainda não tem internet em casa, só posta durante o horário de expediente da função pública.
Suave – Tipo papel higiénico colhogar?
Sofisticado – Sabemos de fonte segura que tem um bibelot em cristal d’arques lá em casa a representar um taco de golfe.
Giro – Quando o mandam claro. Assim tipo, “Oh meu! Gira! Circula!”
Posto isto, só não percebemos porque é que quando entramos lá no blog temos que nos agarrar muito bem às paredes para não cairmos. É que aquilo é para ali uma humidade que nem vos digo nada! Sério! Só para assistir a esse fenómeno vale a pena passar por lá.
E agora, Pedrocas, o meu NIB segue por mail, que publicidade à borla não faço. E não me venhas com a história de que publicidade fazes-me tu a mim porque anunciar no teu estabelecimento é o mesmo que anunciar na Maria, só se chega a um “target”.

9/22/2005

FESTIVAL DE CINEMA DA PADARIA - 2ª EDIÇÃO

Regulamento:
1. Podem concorrer todos os habitantes do planeta, com ou sem bilhete de identidade;
2. A paricipação constará da realização de um filme aqui e o posterior envio do endereço do filme para o mail writetodidas@gmail.com até ao final do dia 28 de Setembro de 2005 (quarta-feira);
3. O tema é livre e o estilo também. Podem dedicar-se à comédia, romance, drama neo-realista, porno-erótico ou o que muito bem vos apetecer;
4. Não há limite para o número de filmes que cada participante pode entregar.
5. O primeiro lugar será decidido por votação popular e o prémio constará da distintíssima honra de figurar como cliente honoris causa desta padaria mais uma peça de panificação sem calorias.

Cartaz oficial do festival:
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Informações adicionais:
Já temos dois filmes participantes que sobreviveram, contra ventos e marés, da edição anterior.
O filme de demonstração desta edição, extra-concurso, é esta maravilhosa obra-prima realizada aqui na padaria. É suposto os clientes fazerem melhor do que isto.

Dica:
Evitem fazer apenas um frame para cada movimento, porque isso resulta em filmes de acção demasiado... activos. Quem é amigo quem é?

A minha cultura geral encontra-se beliscada no seu orgulho. Ontem à noite fartei-me de ouvir falar de PORNO CHIC num programa de televisão e não sei que raio é isso. Até porque pensava que o porno era sempre, por definição, reles, condição sine qua non para poder cumprir os objectivos a que se propõe.
Até ao momento já formulei algumas hipóteses mas ainda estou muito longe da solução do problema. O porno chic é:
1. Um filme porno com mais de cinco minutos seguidos de diálogo;
2. Igualzinho ao outro porno todo muda de nome quando é consumido por pessoal com nomes de família diferentes de Silva e Santos e profissões diferentes de trolha, picheleiro e electricista;
3. Uma marca nova de roupa;
4. Outro. Qual? _______________________
Pede-se a colaboração dos clientes na resolução deste mistério.

9/21/2005

NÃO HÁ CONDIÇÕES

Foi a ver uma reportagem na TVE que eu descobri. Um campeonato de lançamento de caroços de azeitona e fez-se luz! É por isso que eles são mais felizes e têm um PIB superior! Eles dão largas, sem complexos, a todas as suas potencialidades! Nós, armados em sérios, deixamos escapar grandes chances de êxito!
Já eu, quando era canuquita, estava uma vez a treinar para este desporto com o meu irmão (não com azeitonas mas com cerejas o que na essência dá no mesmo)quando o meu pai chegou a casa. Quando ele perguntou "Mas que é isto? Quem atirou estes caroços para o chão?", eu ainda tentei explicar "Eu atirei, mas foi para o ar!". Totalmente inútil! Levámos um chapadão, tivemos que aspirar a casa e fomos totalmente proibidos de voltar a treinar.
E assim se perderam dois potenciais campeões de lançamento de caroço a favor dum arquitecto e duma "técnica superior de empata a vida ao pessoal para manteres o emprego". Assim... não há condições!
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9/20/2005

SERÁ UMA QUESTÃO DE ESTRATÉGIA?

Sem fazer qualquer juízo de valor,nem a favor nem contra, posso afirmar que aqueles gajos do PNR (é assim?) que fizeram a manifestação contra a homossexualidade estão a falhar desastrosamente nos seus objectivos.
É que, quando eu vi as reportagens na televisão, só conseguia pensar uma coisa: Se todos os homens fossem assim eu queria ser lésbica.

E A TUA MÃEZINHA O QUE É QUE FAZ? É SUBSTITUTA!

Esta história das mulheres dos militares a receberem guias de marcha dos maridos para convocarem manifestações por eles faz-me lembrar aqui um colega que já se reformou: Fazia promessas à Nossa Senhora de Fátima que a mulher lá iria a pé se determinado pressuposto se concretizasse... e ela ia.

9/19/2005

E NA SEQUÊNCIA DO POST ANTERIOR

Já me tinha esquecido do que é subir Coimbra por ali acima até à faculdade, a pé e num dia quente.
E aquele chão irregular de pedras castanhas? Ui!

Estou toda partida. Vou dormir.

PRECISA-SE

Inspiração, motivação, força anímica e desbloqueador de preguiça para iniciar, finalmente, a elaboração de uma dissertação de mestrado.
Urgente.

9/16/2005

Olá queridos! Na semana passada faltei porque tive um pequeno percalço como já devem estar inteirados. Andei o fim de semana todo num atrofio com os novos pensinhos evax tanga. Mas o pior já passou...
Hoje não vou responder a questões dos leitores. Vou fazer uma coisa que, com o meu gabarito intelectual, já devia estar a fazer há muito tempo: Crítica Literária. De blogs.
É uma nova rubrica que vou estrear e que alternará, de agora em diante, com o consultório.
Portanto já sabem. Se quiserem uma crítica ao vosso blog feita por “moi-même”, é só dizerem. Até porque passa a ser uma coisa que poderão pôr no vosso curriculum. Se não quiserem tudo bem, arriscam-se a tê-la na mesma.
Inauguramos com esta pérola encontrada hoje por acaso.
Posto isto...

Trata-se de um blog que privilegia a vertente ético-filosófica, ou seja, através de histórias simples e de linguagem acessível – “E ele comeu-a avidamente e, enquanto lhe metia o dedo no rabo...” – pretende chegar a uma conclusão que nos remete para uma moralidade, retomando o infelizmente perdido hábito da “moral da história”, tão recorrente no tempo das clássicas fábulas de La Fontaine e mais tarde nos cadernos de duas linhas durante a vigência do Sr. Salazar.
Senão vejamos, a exemplo, a última história apresentada que resumiremos:
Trata-se de uma senhora, de nome Mafalda, que, tendo como cônjuge um senhor mais velho que tem o hábito de dormir em tudo quanto é canto, se esqueceu um dia da porta do quarto destrancada, dando azo a que um seu serviçal (neste caso o motorista) entrasse numa altura inapropriada – “Mafalda olhou para as suas calças e viu que estava cheio de tesão por a ter apanhado em flagrante” – o que resultou naquilo que habitualmente se chama Cúnfia a Mais – “Em segundos, ele estava completamente nu em cima dela”, “Pô-la de quatro em cima da cama e enrabou-a ali mesmo” – o que, como se sabe, é uma coisa perigosíssima quando se trata da criadagem. Deus me livre e guarde de eu um dia vir a ter uma empregada e ela entrar-me no quarto de repente quando eu estivesse, sei lá... refastelada na cama a ver o Preço Certo. A partir daí era um fartar vilanagem e já estou a ver as bocas da gaja aqui no bairro. Era o que faltava!
Foi o que aconteceu com a D. Mafalda, depois de ter deixado o marmanjo entrar e servir-se à vontadex, ainda cometeu o desplante de a tratar mal. “Cala-te, puta!”, “ Fazes bons broches, cadela!” e “Ah, puta fina dum raio!” foram alguns dos mimos que se sujeitou a ouvir, ficando até o pobre do marido, um senhor que não fazia mal a ninguém, sujeito a impropérios de igual calibre – “Vês, cabrão velho , tu tens o dinheiro mas eu é que lhe fodo o cú!” – Não há direito! (Por falar nisso filha, cu não leva acento).
Através desta simples história concluímos facilmente que a D.Mafalda era uma senhora ingénua e de coração puro, que inocentemente deixava que o motorista lhe pusesse os sacos das compras no quarto de dormir (onde é que já se viu, as batatas, os tampões e o peixe congelado, tudo em cima da cama!), e às tantas era ela própria que depois as ia arrumar à cozinha, pacientemente. Está mal!
Por tudo isto, podemos concluir que a moral da história é: “Se queres a criadagem no lugar, tem cuidado com o que deixas pousar”.
Trata-se então de um bom blog para a família, podendo ser lido inclusive aos serões com as crianças e os avós, aproveitando para criar um espaço lúdico e ao mesmo tempo de reflexão para todos.

Assim sendo, resta-me então desejar-vos boas leituras e, se puderem, leiam antes a lista telefónica. Não vos faz bem, mas também não vos faz mal. Fiquem com um beijo da vossa Rosarinho.

9/15/2005

NATIONAL GEOGRAPHIC - EPISODE FOUR - O GAIJO CASADO

O Gaijo Casado é uma espécie que se divide em várias categorias. Existe uma espécie simplesmente chamada de Casado que é por vezes confundida com o Gaijo Casado mas erradamente. Estas duas espécies distinguem-se precisamente porque o Casado, ao contrário do outro, vive com um grau razoável de tranquilidade, não precisando de caçar a todo o instante.
Já o Gaijo Casado caracteriza-se essencialmente pela necessidade constante que demonstra de acasalar com variadas fêmeas, característica que partilha com a maior parte dos animais ditos irracionais, como primatas, canídeos e répteis.

O Gaijo Casado apresenta duas características principais:
1. É sempre casado com uma fêmea da espécie cornutis mansa;
2. Apresenta batimentos cardíacos acelerados devido às constantes corridas que faz durante as caçadas, a maior parte das quais infrutíferas, bem como olhos bem abertos e esgazeados que evidenciam o estado de subnutrição.

O Gaijo Casado apresenta-se em várias subespécies consoante o método de abordagem à peça de caça, as quais passamos a enumerar e resumir:
a) O Básicus: Representa a maioria. Tem um Q.I. entre o mau e o sofrível, apesar de ter conseguido aprender a ler e a escrever, e a frase que mais utiliza é “O meu casamento está acabado e eu sofro muito com isso”. O seu pequeno cérebro emite sinais que lhe permitem também usar a frase “A minha mulher é fria e distante”, consoante o grau de receptividade que consegue perceber na vítima.
b) O Filhus Putis: Limita-se a usar a frase “A minha mulher morreu. Sou viúvo”.
c) O Magna Lata: Usa a frase “O meu casamento é liberal. Temos um acordo e podemos ambos sair com quem quisermos.” O resto da frase, que esta subespécie já não verbaliza em voz alta mas somente em pensamento é “desde que ela só queira sair com a mãe para ir às compras”.
d) O Magníssima Lata: Usa a frase “Faço isto para salvar o meu casamento, para que ele não morra devido à rotina. Tu podes ser a salvadora da minha vida”.
e) O Parvus de Todus: Usa frases como “És a mais bela mulher que já conheci. Como gostaria de mergulhar nas magníficas ondas dos teus cabelos”. “O brilho dos teus olhos faz-me sonhar com o mar imenso”.
f) O Estúpidus: Usa a frase “Estou com um tesão do caneco, vamos aí mandar uma queca”, e diz-se que raramente caça.

E é tudo neste episódio. Em breve nos debruçaremos sobre uma nova espécie.

HÃ?!

Acabei de vir lá de baixo doutro gabinete.
A minha colega contava que, tendo-lhe alguém oferecido uma galinha viva e, não tendo ela coragem de lhe afinfar a faca à goela, a meteu na arca congeladora.
Sim.
Leram bem.

Por favor, alguém me confirme que ainda há sol e meninos a cantar e a brincar e flores a desabrochar e aquelas coisas todas que tomamos por boas.

9/14/2005

AS MELHORES TÉCNICAS PARA FAZER SEXO ORAL NA PERFEIÇÃO

Há uns anos vi em Espanha (mais precisamente em Sevilha) uma cena que nunca mais esqueci: Numa fila para entrar numa coisa qualquer que já nem me lembro o que era, uns putos dos seus dezoitos, daqueles matulões, todos equipados de igual (portanto um grupo desportivo de qualquer coisa), resolveram cantar e dançar umas musiquinhas enquanto esperavam. Mais propriamente sevilhanas, com muitas palminhas e gemidos, não sei se estão bem a ver!... Putos de fato de treino, bem alimentados e sãozinhos, a fazer aquilo, e ninguém parecia achar estranho a não ser eu e quem me acompanhava. Compreende-se. Imaginem a equipa de basket do S. Bernardo, por exemplo, a cantar as “Caxopas do Minho” de bracinhos no ar e aos pulinhos... está bem está... no mínimo alguém chamava o 112 para internar os rapazes, e com razão!
Mais tarde, vim a fazer amizade com uma brasileira de nascimento mas portuguesa de ascendência. Depois de uns tempos em Portugal e já com alguma confiança ganha, um dia perguntou-me:
- E àquelas mulhéris si esgoelando, àqui num teim naum?
Aquelas mulheres se esgoelando eram os ranchos folclóricos a actuar na Casa de Portugal em S. Paulo nos jantares de confraternização. Tive alguma dificuldade em explicar que aqui, essas mulheres se esgoelando fazem parte de uma sub-cultura polidamente ignorada ou ostensivamente gozada, mas sempre devido à vergonha e ao embaraço que nos causam.
De facto, há toda uma sucessão de gerações pós 1940 que sofre de um trauma de orfandade, é lixado! Um povo inteiro que não se consegue identificar com aquilo que para os outros são as suas raízes e a sua essência é uma merda. E porquê?
1. A nossa bandeira é uma peça de design gráfico deplorável. Deus dê muitos anos de vida às canucas que, à pala do futebol, lhe conseguiram dar alguma vida útil em lencinhos e tops. A sério.
2. Nem uma porcaria dum rei temos. Assim sendo, só damos uso às ditas bandeiras quando a selecção se porta bem. Não há casamentos de príncipes e princesas, não há nascimentos nem baptizados reais, nada que nos anime, é uma tristeza.
3. O nosso folclore, tal como o conhecemos hoje, é fruto duma campanha de propaganda e lavagem cerebral levada a cabo nos idos 1940’s pelo estado novo que, na sua fúria de destruição, não deixou nada de pé. Foi decidido então quais as romarias que seriam institucionalizadas como emblemas nacionais. Foram, claro, as assépticas. Foi decidido que o traje domingueiro da lavradeira do litoral norte seria alindado com umas chinelinhas de verniz e passaria a traje oficial do parolo português. Foi decidido que o campino, até aí de preto, passava por decreto a ser mais colorido e feliz, ostentando as cores da pirosa bandeira. Foi decidido que um galo toscamente e autenticamente moldado nas mãos de Rosa Ramalho passaria a figurar, depois de devidamente adaptado, em cima dos fogões de todas as cozinhas. Foi decidido acabar com instrumentos musicais rudimentares (demasiado “pobres” e deprimentes) e substituí-los pelos acordeões reluzentes. Foi feita a exaltação da aldeia portuguesa, lindinha e atrasadinha, viveiro do analfabeto domesticado.
Alguém consegue viver em paz com isto? Eu não.
E vocês? O que têm a dizer sobre este assunto. Vá lá, desengomem-se, que aqui no estabelecimento, de vez em quando, também se fala de coisas sérias, ah pois é!

“fazei as leis de um povo, mas deixai-me fazer as suas canções e veremos qual de nós governa esse povo”
António de Oliveira Salazar
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PS: Pedimos mais uma vez desculpa aos clientes pelo lapso da troca de título, que deveria ser “Reconciliação Precisa-se”. Aos que leram o post por terem ido atrás do título, informo que, de facto, ir atrás nem sempre tem o resultado que esperamos. Vão por mim que sou mais velha.

E PARA QUE SERVEM?

O JN vai começar a distribuir aos seus leitores, nada mais nada menos que uma colecção de folhas de parra. Juro.
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9/13/2005

A Tolinha aqui do escritório, assim conhecida precisamente por ser tolinha, foi pôr uma prótese dentária. Depois passou o dia ao telefone com os colegas:

- Olá! Tudo bem?
- ...
- Ah, eu nem por isso... mas não te quero chatear com este assunto...
- ...
- É que fui fazer uma cirurgia dentária e correu muito mal. Estou arrasada! O meu marido quando me viu perguntou logo “Oh mulher! Estás com um bocado de nhanha ao canto da boca, o que é isso?” e eu “Oh filho, sabes bem o que estive a fazer!” Depois o pior foi que me enfiaram demais num dos lados e do outro não conseguiram enfiar, estou toda dorida!
And so on...

Sabem aqueles momentos em que ninguém pode cruzar olhares com ninguém senão é uma desgraça? Aqueles em que está uma sala cheia de gente a concentrar-se na próxima visita da sogra para não se desatar a rir? Tem sido assim.

MAIS UMA

Não sei de nada. A culpa disto é do besinho.

As 5 coisas que me tiram do sério:
5 gajos iguais ao meu chefe.

Gosto especialmente de:
literatura comparada, história da arquitectura medieval, estratégia militar e fonologia das línguas aramaicas.

5 Álbuns:
sem ser de fotografias??!!

5 canções:
pode ser. Mas rapidinhas fáxabor.

5 álbuns no IPod:
para quê?

Isto passa para:
quem tiver pachorra.

9/12/2005

QUESTÃO

Porque é que sempre que estou na fila do supermercado a senhora da caixa resolve telefonar a alguém?
No princípio ainda pensei que era por me ver. Pegava logo no telefone e dava a notícia:
- Olha! Sabes quem é que aqui está na minha fila??? A Didas!!!

Mas como nunca apareceu ninguém para me pedir o autógrafo, concluí que deve ser só azar mesmo, tipo um código de barras que não passa...

2ª FEIRA - MAS PODIA SER PIOR

Logo pela manhã, ligo a televisão numa tentativa de acordar com o desagrado e só ouço: "dificuldades para superar os semáforos de Algés", "dificuldades para superar os semáforos do Campo Alegre", "acessos difíceis de superar pelo IC19", "dificuldade de superar a 2ª circular" e por aí fora.
Que bom é morar aqui e pelo menos não ser obrigada a participar todas as manhãs no Jogo do Ganso!

9/08/2005

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1750€ cada outdoor de campanha???!!! Não seria mais barato um modelo único que resumisse todas as mensagens de todos os cartazes???

GRANDE FESTIVAL DE CINEMA DA PADARIA-CERIMÓNIA DE ENTREGA DE BRIOCHE

Terminado então o escrutínio, o publicozinho escolheu o vencedor, não deixando qualquer margem para dúvidas: O grande Brioche vai para o filme realizado por Luz, Férias.
Houve também, no entanto, simpatizantes para os filmes do Papá Urso, Blow My Head Off , do Japinho, Aqui , da vencedora absoluta Luz, Amor Canibal , da muito speedada Inha, Crucible , de dois filmes da Maria Divas, nomeadamente Everest (dedicado à Rosarinho) e Acidente Aéreo com Perda de Submarino e ainda do O Piadas, Despe Didas .
À organização resta deixar aqui uma palavra de apreço e agradecimento a todos os participantes, porque se for mais que uma palavra, muito provavelmente demorará mais o discurso do que a maioria dos filmes.
Para a Luz, a grande vencedora e nova cliente Honoris Causa deste estabelecimento, temos já preparado o diploma e o troféu/brioche. A ela caberá fazer chegar à padaria, por mail, o local para onde quer que enviemos o prémio.
Para já, e dada a boa receptividade a esta primeira edição, estamos a preparar a segunda. Já temos dois participantes: Um por nabice da organização (que deixou fugir o comment), outro por nabice do realizador (que deixou fugir o filme).
Fiquem então com o cartaz oficial do filme vencedor que, estamos certos, irá muito em breve surgir nos circuitos comerciais com grande sucesso.

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9/07/2005

AVEIRO, OU EM INGLÊS, "IRO" BIRD

Hoje recebi, via mail, de uma destas senhoras, uma planta da cidade de Lisboa devidamente traduzida para inglês e não resisti.
Aveiro, uma cidadezinha tão bonita e sempre tão cheia de turistas que vêm dar voltinhas de moliceiro, comer ovos moles e comprar barriquinhas e lindas estatuetas de sal nos tasquinhos da zona pára-quedista, também merece um guia internacional. Para que ninguém se perca.
”Eize-lo”!
E a Rota da Luz nem precisa de agradecer, temos que ser uns para os outros.

9/06/2005

NATIONAL GEOGRAPHIC – EPISODE THREE – O MACHUS LATINUS

O machus latinus vive por toda a península ibérica e orla mediterrânica, nomeadamente Itália.
Trata-se de um espécime com características físicas bem definidas, pelo que é possível detectá-lo de imediato, até mesmo pelo cheiro: After Shave Lavanda. Usa fato branco ou pérola por cima de camisa com dois ou três botões desapertados, óculos escuros, farta pilosidade a proteger o lábio superior e um produto escorregadio e pegajoso a proteger a pilosidade capilar, que fica assim toda voltada para o mesmo lado sem se mover. Costuma também usar artefactos dourados dos quais se desconhece ainda o significado e sapato luva com meia branca. Usa telemóvel de 3ª geração. Estes espécimes só se fabricam no género masculino.
O machus latinus, apesar da aparência agressiva, é inofensivo, pois é herbívoro, ou seja, há sempre algum espécime do género feminino a mandá-lo pastar.
O machus latinus, apesar de herbívoro, descende directamente da raça canina, o que se pode verificar através de reflexos automáticos que condicionam o seu comportamento. O exemplo mais visível é que, tal como o seu primo canino tem o hábito de correr atrás de pneus de automóveis, motos e bicicletas, ladrando muito mas sempre sem os conseguir agarrar, o machus latinus procede de igual forma, substituindo apenas os pneus por espécimes do género feminino.
O machus latinus é sexualmente abstémio, por esse motivo possui a extremidade do membro superior direito bastante treinada e desenvolvida.
O machus latinus sofre de fobias várias. A mais característica, no entanto, é aquela que o faz pensar que o facto de apanhar as meias sujas do chão e colocá-las no roupeiro pode provocar a queda instantânea de um ou mesmo de ambos os testículos.
No que toca também aos testículos, o macho latino desconhece tratar-se de um órgão que faz parte do sistema reprodutor, pensando tratar-se de um artefacto que lhe proporciona um status social superior ao das fêmeas, o que está demonstrado cientificamente ser completamente errado, pois além da função reprodutora, os ditos testículos servem apenas para provocar incómodo ao cruzar as pernas ou se mal arrumados dentro de calças justas.
O machus latinus, além dos testículos, possui também um apêndice designado por pénis que lhe causa grande padecimento, pois está convencido que, se este não tiver um tamanho idêntico ao dos animais de grande porte, o seu estatuto social encontra-se diminuído, desconhecendo por completo que o pénis do macho humano é, por natureza, de menores proporções que o de um cavalo e que é essa a situação considerada normal. Na sequência disso, o machus latinus costuma adquirir extensões para o pénis que se vê geralmente à rasca para pagar, têm nomes como BMW, MERCEDES ou JAGUAR e que, ainda por cima, são completamente inúteis na função pretendida.

É tudo. Para a próxima debruçar-nos-emos sobre outra espécie.

(A votação do festival de cinema da padaria é dois posts abaixo)

9/05/2005

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Eu gosto é do Verão
De passearmos de prancha na mão
Saltarmos e rirmos na praia
De nadar e apanhar um escaldão
E ao fim do dia,
bem abraçados
A ver o pôr-do-sol
Patrocinado
por uma bebida qualquer

(A votação no festival de cinema é no post abaixo)

9/04/2005

GRANDE FESTIVAL DE CINEMA DA PADARIA - PART II

Terminado então o prazo para apresentação das obras cinematográficas, a organização vem colocar à votação democrática (o que é sempre de desconfiar mas pronto) as dez obras-primas apuradas para a final, ou seja, todas as que cá chegaram. Temos para todos os gostos, desde o filme de acção ao drama emocional, passando pelo gore, porno e comédia. Uma coisa podemos garantir, mesmo jurar: O caro cliente não vai levar seca com nenhum, mas absolutamente nenhum dos filmes. Não tem tempo para isso.
A lista dos finalistas é, então:

1. Luz,
Amor Canibal

2. Inha,
Crucible

3. Papá Urso,
Blow My Head Off

4. Japinho,
Aqui

5. O Piadas,
Despe Didas

6., Maria Divas,
Everest (dedicado à Rosarinho)

7. Maria Divas,
Acidente Aéreo com Perda de Submarino

8. Maria Divas,
Atira o Pau

9. Maria Divas,
123 321 Contigo

10. Luz,
Férias.


E pronto. Agora, o que se vos pede é bem pouco:
Vejam com muita atenção cada uma das obras
Reflictam bastante para que a vossa decisão seja inteligente
E cumpram o vosso dever cívico. Deixem o vosso voto nos comentários.

Têm até quarta-feira.

9/02/2005

Pronto! Pronto! Eu sei que estou atrasada mas também não vale a pena atiçarem a patroa contra mim (obrigadinhos Papagaio, um dia a gente fala, meu). Vamos lá então ao nosso consultoriozinho. Só há uma pergunta mas é profunda:
Pergunta então a nossa professora preferida:
Não podes fazer aí um cacete ou um bolinho qualquer que tenha uma poção mágica e que ponha a ministra da educação a ver as escolas como elas REALMENTE SÃO e não como ela acha que são?? Uns cacifos onde mal cabem professores e alunos e que ela julga uns palácios como os gabinetes do habitat dela??)
Então é assim querida, primeiros, se os professores não cabem lá devem andar a precisar de umas dietazinhas, é que mesmo que fossem do tamanho duma latrinazinha, francamente... até a Simara lá cabia. Não?
Segundos, a senhora ministra não é cliente desta padaria. Se fosse, ela ou os colegas, há muito que andariam mais inspirados do que demonstram andar. Por isso, nada feito.
E por últimos, não tens nada que te queixar porque aqui a parva da patroa já esteve na tua escola que eu bem sei e ela disse-me que é bem catita. Até anexos para pássaros e para minhocas tem. Aliás, o Einstein, que percebia destas merdas à brava é que te podia explicar bem isto mas eu vou tentar. Trata-se da tal teoria da relatividade, a que diz que tudo é relativo. Olha bem para esta escola. Parece-te ter melhores condições que a tua? Não, pois não? Pois fica sabendo que é de escolas destas que têm saído grandes génios da humanidade como o inventor do Kuduro e o famosíssimo falsificador de passaportes Mantorras. Ao pé desse, o Alves dos Reis era um amador!

E pronto, vou voltar para a minha vida, a ver se não me voltam a chatear hoje.Deixem as vossas questões! Eu depois vejo se tenho pachorra para elas.

CUSQUICE MODE

Enretanto fiquem a saber uma das técnicas para sair dum restaurante sem pagar.