1/29/2004

Xixi

Hoje celebra-se o Dia da Incontinência Urinária. Este é o cartaz criado para o efeito, é baril... e até pode dar umas ideias ao pessoal das empresas de transportes que andam sempre atrasados.

Só lhe falta o factor humano, não tem modelos vivos. Já quando for criado o Dia da Incontinência Verbal em Política vai ser preciso alugar um destes novos estádios para lhes tirar o retrato a todos, a fazer a onda.
Só que eu nunca percebi muito bem o que é que acontece nestes dias especiais que não chegam a ser feriado. Quer dizer que vamos poder urinar (que palavra tão soft urinar) em tudo o que não gostamos e nos incomoda? Se assim for, que se cuidem os chefes, as sogras e as vizinhas melgas!

1/28/2004

St. Valentine's Day

Aproxima-se esse apatetado dia que graças à influência benéfica dos lobbies do comércio importámos da América, onde vive uma gente chunga que como todos sabemos só tem metade de um cérebro normal e que por estas alturas anda já a vender coraçõezinhos de plástico, ursinhos de peluche com folhinhos e outras paneleirices dessas que os namorados costumam trocar entre si e depois atirar para um canto.
Por isso nós aqui no farinha tentámos fazer uma busca por forma a permitir aos nossos leitores e fãs (modéstia!) um verdadeiro Dia de D. Valentim à maneirex. Em vão!
Encontrámos nos links deste blog um site que promete todo o tipo de afrodisíacos possível para uma farra memorável. Uma decepção!
Começa por considerar que a mais que famosa punheta de bacalhau é um prato afrodisíaco! Erro crasso! Lembro-me de ver a minha vizinha do lado a fazer aquilo ao pobre do bacalhau com as unhas todas negras e ninguém se excitava... que eu me lembre! Depois os primários pensaram que lá por ter a palavra punheta (coisa que eles próprios muito devem praticar) no título, já era o suficiente para transformar a coisa num afrodisíaco. Coitados! Não sabem eles que o uso dessa palavra se deve a um dia em que a Ti Jaquina (a tal minha vizinha) estava a fazer o tal serviço de desfiar o peixe e se lembrou: "Olha! Foi mesmo isto que eu estive a ajudar o mê Manel a fazer antes de vir para aqui fazer o jantar pr'ós mês netinhos! (Não tinha lavado as mãos) Vou-lhe dar o mesmo nome!" E assim ficou.
Seguidamente temos o Frango Esperto. Esta meus amigos nem vale a pena comentar, porque se o frango fosse mesmo esperto nem fazia parte da merda da receita! Enfim!
Mas os conselhos... sim, os conselhos... não lembraria nem ao Alberto João amandar bujardas deste calibre. Ora vejam:
Comer corno de rinoceronte é afrodisíaco (???!!!). Primeiro deve dar é uma conta daquelas no dentista , depois, por estas bandas (acordem!!!) ninguém acha que coisas como cornos ou palitos ou outras do género sejam afrodisíacos. Pelo menos quem come com eles...
E esta? Vá alugar um filme erótico. Ahahahah! Tradução: Não arranjou gaja para este dia? Azarito. Vá ao clube de vídeo, traga as "Orgias no Colégio" ou outro qualquer, tire a boneca insuflável do armário e reze para não lhe ter dado nenhuma dentada da última vez.
Agora esta é o supraSUMO dos conselhos. Não sirva sumos da pacote à sua namorada nesta noite. Porquê???!!! Bem... rebuscando rebuscando só se for para a cachopa não se pôr a fazer associação de ideias do género "Olha tão giro um sumo de pacote! Ah! Por falar nisso, não me vais ao pacote que eu não curto!"
And last but not least... Segundo a mitologia grega (dizem eles) Hércules comeu uma suculenta sopa de feijão antes de desflorar 45 virgens durante uma noite. Já sei o que estão a pensar, eu também, não digam nada...
Comprem um postal... ou mandem um da net, fica mais barato.

1/27/2004

Um cabaret de pernas para o ar

Só fui duas vezes a sítios destes, e ambos já depois de ter ultrapassado os 50% daquela que é, segundo as implacáveis estatísticas, a esperança de vida média duma mulher portuguesa. Já para o tarde portanto.
Em ambas entrei com a sensação de alien acabado de aterrar no globo terrestre e saída directamente da nave para ali. Acompanhada dum terráqueo habituado às andanças(do mal o menos).
Na primeira deparei com um cantinho no meio de nada onde umas senhoras roliças e de avental aos folhinhos, a fazer lembrar os abat-jours que se vendem nas lojas de chinês, nos indicavam simpaticamente uma mesa e nos punham um menu à frente. Era Verão. Muitos estrangeiros levados pelos folhetos das agências de viagens.
A segunda experiência foi mais recente e o local era mais requintado. O empregado ajudava-nos a tirar o casaco, ajustava-nos a cadeira e servia-nos o vinho (e pelos preços que praticam deviam ir connosco à casa de banho e ajudar-nos a fazer a higiene sumária, mas com a língua). Adiante.
Quer num quer no outro local de que falo, apercebi-me de que não estava num simples restaurante. Estava num templo, num local de culto. Um local onde se bebe o vinho e se come o pão em comunidade, de uma forma ao mesmo tempo religiosa e pagã. Um local onde a forma intimista como se baixa a intensidade da luz e consequentemente a intensidade do som, indica que se vai proceder ao ritual de fazer amor.
É uma forma de viver e de estar e de se relacionar com os locais e as pessoas que se ama. Onde a pretexto de se cantar o amor ausente e a saudade se acaricia ao de leve a tristeza e ao mesmo tempo se enaltece a vida.
Ao contrário do que pensei (eu, mulher do norte, habituada ao som agreste do mar e das gaivotas - outra vez elas), gostei da experiência. Se isso tem ou não a ver com o facto de em ambas as vezes ter estado acompanhada da pessoa que amo profundamente não sei, mas desconfio que sim. Ou talvez não totalmente.
Ah! Estou a falar de casas de fados, o título roubei-o a José Gomes Ferreira que o usou no livro O Mundo dos Outros.
Questão de gostos

Gosto de cidades de gaivotas. Vivo em duas, felizmente. Uma à beira Tejo, outra entrecortada por canais, ao norte. O dilema permanente que vivo entre estes dois locais não tem, portanto, a ver com este tipo de afectos mas sim com outro, mais difícil de resolver.
Tenho mentalmente o hábito de dividir as cidades entre cidades de gaivotas e cidades de pombas. Nestas últimas passeamo-nos nos cafés e nas esplanadas por entre uns seres domesticados que fazem crruuu crruuu e esperam migalhitas das torradas de pão de forma com manteiga e milho nas praças.
Nada que se compare ao acto de sair de casa numa manhã cinzenta de inverno e ver o céu dominado por magníficas aves que sobrevoam entoando o seu grito que ecoa por sobre uma cidade que ignoram e quase desprezam...
Mas são coisas minhas claro, não liguem muito.

1/26/2004

Últimas

Mais uma vez, rodeado das habituais mordomias, chegou a Portugal este senhor para sacar algum em euros já que o real está como si sabi né?
Para grande desespero de todos, o encontra-se ocupado a colaborar na última missão a marte (onde já apareceu inclusive em algumas fotos), pelo que teve que ser substituído por este: , que está obviamente a dar o seu melhor (como já todos tivemos oportunidade de ver nas diversas reportagens televisivas), embora seja muito difícil substituir com mestria o original, por muito parecido que se seja com ele. Força Roberto estamos contigo meu!

1/25/2004

Nós somos bué à frente

Os chineses entraram agora no ano do macaco. Nós já lá estamos há que tempos e a ver se conseguimos sair. Somos bué à frente.

1/24/2004

Informação

Qual TVI, qual SIC notícias qual carapuça... vejam só a quantidade (e qualidade) de informação que recolhi só com uma leitura da revista VIP n.º 340 enquanto tomava a bica:

- A Srª Arquitecta Cristina Santos e Silva divide-se entre o trabalho e duas filhas betosas (não sei quem é a personagem mas deve ser importante, pelos retratos usa uns pullovers horrorosos).
- A actriz Geena Davis está grávida e andou a ver roupa pré-mamã (isto é importantíssimo para a conjuntura política mundial).
- Os Beckham também foram comprar umas "rupinhas", mas a Milão (eu por acaso ainda há bocado fui ao Intermarché, tenho que informar a VIP rapidamente).
- O Príncipe Carlos desmente suspeitas de ter engendrado a morte de Diana (pois... notícia notícia era ele com uma ganda moca a dizer "Claro que mandei despachar essa galdéria! Eheheheh").
- Paris Hilton (mais uma que eu não sei quem é) foi eleita a pior vestida de 2003 (Em primeiros não se diz a pior vestida mas sim a mais mal vestida, depois isso foi porque eles não conhecem a Srª Arquitecta Cristina Santos e Silva e em terceiro não sei se um dos critérios é usar ou não usar cuecas).
- Sophia Loren tem 69 anos e, como mãe dedicada, está a promover a primeira longa metragem do puto Edoardo Ponti (Parabéns por ter chegado ao 69 e sobretudo por ter um puto que em vez de lhe pedir uns trocos para o cinema lhe pede uma longa metragem, vão longe os dois).
- Pedro Santana Lopes (esta já é velha como o cagar), lançou um livro sobre cultura. Só podia ser, vindo de um homem que descobriu os originais dos concertos para violino de Chopin e que anda a ler um livro sobre Lourenço de Médicis, coisa fina!. Presentes estiveram o Gonçalo, o Zé Maria, o Duarte, a Carolina e o Diogo (grande produção!), que foram à recolha da mesada. Ausente esteve alguém "que não pôde aqui estar" segundo a revista. Ok, nós dizemos, foi o manhoso do Cavaco, que continua a não ser da Sobreda e se pôs ao fresco desta palhaçada.
- O mais que cota Malcolm MacDowell espera o nascimento dum bebé duma chavalita que vive com ele e que pela foto não tem mais que uns 25 anos (Há homens de fé!).
- De acordo com fontes próximas do Príncipe Felipe, Isabel Sartorius (e não esta tal de Letícia que o anda agora a papar) foi o grande amor da sua vida (por isso é que eu não quero mulheres a dias cá em casa estão a ver? Já estou a morder a cena toda. "Pois pois" - diz a sopeira aos jornalistas - "O menino gostava era de ir lá para cima com a Isabelinha, aquilo é que era uma animação no palácio enquanto a gente andava aqui na lida, de aspirador e pano do pó!").
Por isso não se esqueçam! Instruam-se sempre! Uma pessoa instruída vale por duas carago!

1/23/2004

Simples como as fontes

Acho que acabei de entender o verso do poema do meu post anterior que fala em ser "simples como as fontes".
Como tenho ali no fundo do armário (ainda dentro do prazo de validade) umas latas de chucrute, fui à net procurar umas receitas que incluíssem o dito para fazer o almoço.
Pois bem. Encontrei uma receita que é literalmente isto:

Salsichas com chucrute

Compra-se uma lata de chucrute já feito e serve-se com salsichas.


Mainada.

1/22/2004

...

Hoje não posso escrever. Vai aqui um poema de José Gomes Ferreira que resume a vida. Vou ver se consigo acreditar nele. Fiquem bem.

Vivam Apenas



Vivam, apenas

Sejam bons como o sol.

Livres como o vento.

Naturais como as fontes



Imitem as árvores dos caminhos

que dão flores e frutos

sem complicações.



Mas não queiram convencer os cardos

a transformar os espinhos

em rosas e canções.



E principalmente não pensem na Morte.

Não sofram por causa dos cadáveres

que só são belos

quando se desenham na terra em flores.



Vivam, apenas.

A Morte é para os mortos!

1/20/2004

Boa notícia

Nem tudo é mau! Afinal sou rica! Faço parte do grupo de funcionários públicos que, por ganharem mais de 1000 euros (MIL!!!), já não precisam de mais nada por enquanto e recomendam-se. Obrigada Manelita por esta boa nova! Acho que vou celebrar, sugestões?
Love Story

Fico sempre muito cu... enganei-me, comovida com histórias de amor. Esta particularmente.
Estes pombinhos, de sua graça o Sr. Konishiki e a Menina Lijima, casaram após dois anos de namoro. Ele (quem diria) é lutador de sumo e ela era médica mas vai deixar de ser porque no Japão parece-me que é assim, casou morreu. Mas adiante.
O Sr Konishiki afirmou em conferência de imprensa que gostaria de ter 350 (?)filhos mas não faz questão que todos venham a ser lutadores de sumo. Já a esposa afirma que vão trabalhar os dois em conjunto para que ele possa perder algum peso.
Eu cá por mim, e olhando a foto dos dois pombinhos tão felizes, não posso evitar uma lágrima ao canto do olho com a emoção. Só que, não sei porquê, só me vem à cabeça o título de um filme que eu por acaso nunca vi: "Woman on Top". Porque será?



1/19/2004

Ai os homens os homens...

Está decidido. Quando for grande quero ser psicóloga ou taróloga (não sei bem o que é isto mas deve vir da palavra tarada) para estudar este fenómeno tão interessante e curioso. Nada mais nada menos do que aquela panca tão tipicamente masculina de querer ter uma pila grande.
Vejam por exemplo este site. Promete o dito aumentar o tamanho do pénis entre 2,5cm a 7cm usando técnicas e exercícios 100% naturais. Nem comprimidos, nem bombas (bombas???!!!), nem cirurgia. O método exige apenas 10 a 20 minutos diários de exercícios que podem ser efectuados em privado. Haja Deus não é? Já agora ponham-nos a todos num ginásio daqueles envidraçados a fazer os tais exercícios (já lhe tinha ouvido falar muita coisa como por exemplo aquela a começar por pu, a acabar em ta e com nhe no meio mas enfim). Estes pagam para os ensinarem a exercitar. Tirem-me deste filme!
Mas não acaba por aqui!, no capítulo testemunhos deparamos com uma série de fotografias daquelas tipo "antes" e "depois" mas com birimbaus em vez de americanas gordas, de gajos que ganharam 200 euros de desconto no tratamento para deixarem tirar-lhes o retrato de calças em baixo. Aqui chamo a vossa atenção para o Pedro, rapazinho que mal consegue esperar que a namorada volte a universidade. Pobre da rapariga, acaba de fazer frequências, dá de caras com aquele espectáculo, só queria ser mosca para lá estar a ver a cara dela!

Para finalizar, o objectivo da coisa. Os meus queridos leitores respondam-me se souberem. Para que diabo querem os homens fazer crescer estas coisas se depois nem cabem devidamente nas calças?
Hipótese A: Têm falta de cabides em casa;
Hipótese B: Têm um complexo que os faz crer serem o Shaka Zulu e divertem-se a pensar que podem empalar pessoas;
Hipótese C: Pensam que (ahahahahahahahahah!!!) as mulheres (eheheheheheheheheheheheheh!!!) gostam mais assim! (ahahahahah! eheheheheheh! ihihihihi! ahahahah!)
Rotina

Às sete horas e quatro minutos da manhã de segunda feira entro no comboio que me leva para mais uma semana de trabalho.
Enrosco-me no meu lugar para ficar mais pequena e vou ocupando o meu tempo assistindo a mais um "render da guarda celeste". Após uma série gradual de variações policromáticas no céu, que vão do azul esmorecido ao laranja forte quase sangue, a lua acaba por dar definitivamente lugar ao sol por volta das oito horas da manhã, sobre uma qualquer planície pantanosa ainda sul e Tejo. Vou ouvindo algumas conversas de circunstância que se passam à minha volta como se fossem ecos de longe: "Este comboio vai cheio, o Porto é mesmo uma grande cidade!" ou "Em Espanha os comboios não é nada disto" e, invariavelmente, adormeço.
Acordo já rodeada dos pinheiros bravos e dos eucaliptos do norte, as casinhas de azulejo já minhas conhecidas, do subúrbio da minha cidade, indicam-me que está na hora de vestir o casaco e pegar na mala.
E o pior de tudo isto é que, na Gare do Oriente, deixei acenando-me um adeus pouco convicto, a minha alegria de viver, suspensa até ao fim de semana seguinte.
Mas não sou infeliz. Tenho no olhar e nos braços e na voz de outra pessoa um conforto imenso e um amor recíproco. Quem se pode gabar de ter isto?

1/16/2004

Mas ninguém apanha esta gajo???

Ouvi hoje uma entrevista em que o presidente deste clube afirmava que a culpa das pressões exercidas sobre os árbitros (Pressões=um dá um Ferrari para marcar um penalty ao outro e o outro dá um loft para marcar um penalty ao um? Nunca percebi muito bem estas coisas sou tão fraquinha de cabeça meu Deus!) não é dos dirigentes desportivos mas sim do SISTEMA.
Ora, sabendo nós há Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii de anos que esse gajo tem sido o responsável por tudo o que é mau neste mundo, desde a pobreza, as desigualdades sociais, a escravatura, a prostituição, o consumo e tráfico de droga, a corrupção, as injustiças e até a cruxificação deste infeliz, porque é que não o prendem de vez?
Nós aqui no farinha (cada vez mais um serviço público, quase uma segunda GNR), resolvemos ajudar nesta causa e procurar chegar a um retrato-robot para que o culpado seja definitivamente apanhado e deixe de fazer marotices como esta dos árbitros. Após uma longa busca, acho que chegámos lá. Será este o sacana?

1/15/2004

A Vida é Bela!

Pois é. Ando com muitas alterações de humores. Só que, apesar do TPM, já recebi hoje uma notícia que me deu vontade de encarar a letra desta canção, que por acaso até faz parte da banda sonora de um dos meus filmes preferidos. Monty Python's Life of Brian, já viram?
Nem tudo é mau!
Agora meus amigos, se me tirarem os links vão vocês à procura. Eu escrevo outro post e faço de conta que não foi nada.
Processo de sair da fossa

Ora bem. Num esforço épico para sair da fossa em que presentemente me encontro, resolvi procurar nos recantos da minha mente. Quem poderá ser tão mau tão mau que me faça sentir feliz? Ok eu sei que este é um processo execrável mas às vezes é necessário. Pensei, pensei... o Incrível Hulk? Não. A Manuela Ferreira Leite? Também não chega. De repente tive um clique! A Farrah Fawcet! Porquê???
1. Porque ficou conhecida usando este penteado horrível;
2. Porque depois de ter entrado na primeira versão dos Anjos de Charlie, que mais não podia ser considerado do que tristemente hilariante, nunca mais ninguém ouviu falar nela;
3. Porque depois desta desgraça toda ainda fez uma tentativa para se tornar cantora, gravando este disco que, tanto quanto sei, só serviu para assustar as criancinhas que não comiam a sopa toda.
Tenho dito!

1/14/2004

Dia de merda

Tendo em conta tudo o que me aconteceu hoje, no emprego e não só (até o meu processo de promoção desapareceu, deve estar junto com os papéis desaparecidos do caso do aborto), sinto-me assim uma espécie de Joli. Devia ter dado ouvidos à Conchita e sempre tinha ao menos chocolates em casa.
Que mais me irá acontecer?
Referendo

A propósito do julgamento que está a decorrer em Aveiro por causa duns abortos clandestinos, veio-me à memória o exemplo da senhora simples, de uma aldeia da qual já não sei o nome, crente na igreja, no Sr Presidente da Junta e no Sr. Prior lá da terra, que, ao ser questionada sobre o sentido do seu voto no último referendo terá esclarecido:
- Eu voto contra! Abortar é matar!
- Então e se acontecer uma gravidez indesejada como é que a senhora acha que se deve resolver? - Insiste o jornalista.
- Ah! Isso faz-se um desmanchozito!
É sempre bom saber que alguns milhões de votantes assim iluminados e devidamente formatados por quem sabe, decidem o nosso futuro...

1/13/2004

Hoje é assim que eu me sinto.
Amanhã vamos ver.
Stress

Há dias em que mais vale nem sair de casa. Já é o terceiro sistema de comentários que instalo hoje. Além de perder todos os comentários que já tive de cada vez que o faço, está-me a começar a parecer que isto é obra de uma associação de crime organizado.
Para cúmulo os meus links foram parar ao cu de judas, que é como quem diz ao do Blog.
Acho que hoje vou escrever muitos posts para aliviar o stress.
Agora vou fazer um chá.
#*@&/*#

Só me faltava esta!
Depois do Blogspeak ter deixado de funcionar (paz à sua alma e p... que o p...), os meus links fugiram todos lá para baixo.
Porra só me falta agora ir lá a baixo tomar café e dar de caras com o chefe desta choldra!

1/12/2004

Dúvida

Uma amiga minha contou-me que foi a uma sex-shop e quando estava a ver os vibradores a dona aproximou-se e o diálogo foi qualquer coisa como isto:
- Posso ajudá-la?
- Não obrigada, estou só a ver.
- Se precisar de alguma coisa esteja à vontade.
- Bem... procuro um presente para uma despedida de solteira...
- Ah... então estes vibradores aqui são muito bons! É preciso é ter cuidado e nunca deixar as pilhas lá dentro. Eu por exemplo tiro-as sempre e o meu está impecável! Já a minha filha tinha o hábito de as deixar lá dentro e já teve que levar um novo...

A minha amiga ficou de queixo no chão... e eu também quando ouvi a história.
Por isso peço a todos (especialmente os mais jovens) que me esclareçam. Sou eu que estou cota ou isto é mesmo surrealista?
Outra vez insónias

Estou acordada desde as 6:00 e já desisti de voltar a dormir antes de começar a trabalhar hoje.
Liguei a televisão... ops, não liguei esteve ligada toda a noite, e já vi várias coisas dignas de registo.
Uma menina (que eu não digo quem é para não a comprometer e principalmente porque não sei o nome dela, mas que apresenta este programa ) fez uma profundíssima crítica a este filme (que suponho que ela já tenha ido ver), nestes termos: "Não é tão mau como eu esperava porque não tem assim aquela violência tás a ver, é como se fosse uma história passada em Bervelly (assim mesmo) Hills, só que não é passado em Bervelly Hills." Esta cachopa tem seguramente futuro e, se souber arranjar as companhias certas, daqui a uns anitos estará a apresentar programas culturais com subsídios do estado. Força!
A seguir uma piada seca (e com esta é que perdi mesmo o sono). Qual é a laca que a Madonna usa? Laca Virgin. Parti-me toda.
Para terminar uma pergunta no ar (e esta é minha). Será que a Britney Spears vai ter o momento alto da sua carreira no próximo Rock in Rio? Tenho cá um palpite que sim...

1/09/2004

...

Quando eu era criança só havia um canal de televisão a preto e branco que começava às sete da tarde.
Quando eu era criança esperava pacientemente que o telejornal em tons de cinza parasse de mostrar inaugurações de chafarizes para ver o Bugs Bunny e o Duffy Duck a preto e branco.
Quando eu era criança o homem que mandava inaugurar os chafarizes caiu duma cadeira e toda a gente falou nisso.
Quando eu era criança houve uma reunião na aldeia para decidir se era verdade que uns americanos tinham chegado à lua e se ela nos iria cair sobre as cabeças por causa disso.
Quando eu era criança andava numa escola que ficava num sítio chamado Carocho.
Quando eu era criança andava 2 km por caminhos de lama para chegar ao Carocho.
Quando eu era criança apanhava girinos no caminho para a escola e atirava-os para dentro do tanque onde as mulheres lavavam a roupa, no Carocho.
Quando eu era criança a professora batia-nos quando não sabíamos calcular o preço de 1 kg de batatas se uma arroba custava 5$00 e isso era normal.
Quando eu era criança Portugal não era um país mas sim um império.
Quando eu era criança ofereceram-me um jogo de loto em que o menino africano se chamava “O Escarumbita”.
Quando eu era criança a minha mãe não pôde ir a Vigo comprar caramelos porque era preciso autorização do marido para passar a fronteira e o meu pai não estava cá.
Quando eu era criança o meu pai estava em África a defender o império porque era o trabalho dele.
Quando eu era criança o meu pai chegou de África e já não era o mesmo, mas eu não percebi porquê.
Quando eu era criança a Coca-Cola era um mito mais misterioso que o Pai Natal.
Quando eu era criança bebia-se laranjada e gasosa Camor aos domingos, quando se fazia frango assado.
Quando eu era criança a minha mãe mandava-me à mercearia da D. Madalena com 1$00 e dava para comprar o jantar todo.
Quando eu era criança 1 tostão dava para comprar 4 rebuçados que traziam cromos com animais para colar numa caderneta. Vinham todos pegajosos e tínhamos que os lamber e pô-los a secar primeiro.
Quando eu era criança quem conseguisse encher quatro cadernetas de cromos ganhava uma bicicleta mas ninguém conseguia arranjar o “bacalhau” por isso ninguém tinha bicicleta.
Quando eu era criança a costureira fez-me um vestido azul com folhos para ir ao exame da quarta.
Quando eu era criança sabia os nomes de todos os reis, de todas as montanhas, de todos os rios e de todas as linhas de caminho de ferro para poder passar com distinção no exame da quarta.
Quando eu era criança a minha mãe comprou uma máquina de lavar roupa e todos os vizinhos vieram ver.
Quando eu era criança aprendi a tocar acordeon.
Quando eu era criança tocava no acordeon uma música cuja letra era “Até o mar é casado, até o mar tem mulher, é casado com a areia, bate nela quando quer.”
Quando eu era criança as costureiras riam-se muito quando se dizia que qualquer dia haveria lojas a vender roupa já feita.
Quando eu era criança tive um vestido de princesa para vestir no carnaval e fui feliz.
Quando eu era criança via todos os episódios da Pippi das Meias Altas e queria ser como ela.
Quando eu era criança pensava que os bebés eram comprados em lojas secretas onde as crianças não podiam entrar. Essas lojas ficavam nas traseiras dos hospitais.
Quando eu era criança o meu irmão teve um carro telecomandado com fio. Era um Anglia creme. Eu tive uma boneca com um fio no pescoço que se puxava para ela dizer “Te quiero mucho!”. Todas as crianças da aldeia vieram ver.
Quando eu era criança andava um senhor nos autocarros com uma maleta ao ombro a vender os bilhetes. Ir à cidade mais próxima custava 7 tostões.
Quando eu era criança só havia roupa desconfortável que picava.
Quando eu era criança aprendi a escrever em cadernos de duas linhas.
Quando eu era criança os cadernos de duas linhas traziam na capa a Mocidade Portuguesa ou o Luís de Camões a nadar só com um braço.
Quando eu era criança ensinaram-me que o Luís de Camões perdeu um olho a defender a bandeira portuguesa.
Quando eu era criança morava numa casa com árvores de fruto no quintal.
Quando eu era criança trepava às árvores do quintal para ficar a ver o meu avô a semear e a colher.
Quando eu era criança o meu avô ainda era vivo mas eu não achava isso importante.
Quando eu era criança morreu a minha bisavó e foi a primeira pessoa que eu conhecia e morreu mesmo.
Quando eu era criança a minha bisavó pensava que os locutores da televisão falavam para ela e respondia “boa tarde”, “até amanhã se Deus quiser” e “obrigada”.
Quando eu era criança eu ria-me muito quando via a minha bisavó a falar com a televisão.
Quando eu era criança havia um detergente que se chamava Tide e patrocinava folhetins radiofónicos.
Quando eu era criança havia uma farinha que se chamava Amparo e trazia brindes.
Agora já não sou criança mas deu-me um terrível ataque de nostalgia. Deve ser da 6ª feira. Aturem-me!
Manhã

A diversidade linguística é muito gira!
Hoje quando vinha para o emprego assisti a uma conversa entre três estudantes que, ao que tudo indica, são da "Imbicta" e estudam cá. Foi mais ou menos assim:

- Oh meue! Quántas cadêiras é cum gaijo puode deixar por fazier???
- Tuodas!
- Tuódas non que assim repruóbas!
- Repruóbas mas num bais prieso!
- Oh pá! Este caralho inda nem fiez os exámes e já está a pensar em reprubar!

Se eles fossem de Évora e não do Porto, a conversa seria qualquer coisa assim:
- Oh moço! Quantas cadêras é que podemos dêxar por fazêri?
- Todas!
- Todas nã senhor senã reprovas!
- Reprovas mas nã vais preso!
- Oh pá! Nã é queste cabrão inda nem fez os exames e já está pensando em reprovári?

Ah! E isto não tem nada a ver mas reparei que fecharam um banco para abrir uma loja de chinês. Há uns anos fecharam os cafés todos para abrir os bancos... Estou a sentir aqui umas más vibrações...

1/08/2004

Coisas que Aconteceram Ontem

Houve ontem dois acontecimentos que me marcaram profundamente. A saber:
1. Pelas 17:15, uma senhora num Corsa preto fez a rotunda da Rua de Viseu, em Aveiro, em sentido contrário. Na boa, de braços no ar e a modos que a dizer qualquer coisa como "Oh anormais, como é? Saiam da minha frente que quero passar!" Juro por tudo que não foi aqui que lhe calhou a carta de condução, deve ter sido no Skip.
2. Estava eu já a dormir quando dei conta que não tinha desligado a televisão. Quando olhei para a dita ainda pensei que era do sono mas não. Era mesmo verdade. Estava a dar um documentário norte-americano na Sic Radical, sobre motins, daqueles assim ao estilo "vamos mostrar porrada ou mamas ou rabos ou qualquer coisa que nos faça subir as audiências, não importa!" Nesse momento via-se uma cena em que para aí umas 500 pessoas com pedras e paus na mão corriam de um lado para o outro num campo de futebol no Rio de Janeiro e davam com esses artefactos na cabeça umas das outras à força toda. Foi aí que o apresentador do programa afirmou, muito sério e com aquele sotaque de cowboy, "these... ARE NOT soccer players!" Que os americanos ainda percebem menos de futebol do que eu já se sabe porque football para eles é uma cena em que se atira um melão de uns para os outros, que eles pensem que futebol é aquilo já é outra coisa. Deve ser a gordura que lhes está a subir ao cérebro...

1/07/2004

Moral e Bons Costumes

Nos velhos e saudosos tempos em que imperava a moral e os bons costumes, em que as senhoras, em vez de perderem tempo a fazer destas poucas vergonhas, estavam em casa a pregar botões e a arrancá-los para os pregar de novo (até havia cursos para isto!), em que estas coisas só se faziam de luz acesa e sem escafandro quando os chefes de família iam às putas, por respeito à esposa que tinha mais que fazer a pregar e despregar botões, o Dr. José de Almeida Correia deu à  estampa, em 1938, o Compêndio de Educação Moral e Cívica para os I, II e III anos dos liceus, livro esse de que um exemplar me veio afortunadamente parar à  mão, ou seja, dei 5 euros por ele na feira do livro.
Se não fossem agora uma cambada de velhinhos depravados e badalhocos, muito teriam os felizes alunos que tiveram a oportunidade de estudar por esta maravilhosa obra a ensinar-nos sobre a moral. Mas já que assim é aqui estou eu para os substituir, qual bastião da velha guarda, e transmitir-vos alguns dos singelos mas profundíssimos preceitos expostos no compêndio de que vos falo.
Sobre a Mocidade Portuguesa, na página 167 explica-se que uma das suas funções é combater e rejeitar o comunismo. Estão no bom caminho então estes rapazes, desde que não comecem para aí a defender a legalização do aborto. Senão qualquer dia ainda os apanhamos a fumar! Mau!
Nas páginas 159 e seguintes somos esclarecidos de que as distracções são necessárias para restabelecer o equilíbrio. Porém "há distracções que em vez de recrearem o espírito, o tornam agitado e inquieto", como é o caso do "jogo, teatro, cinema, bailes, chás-dançantes, ceias à americana (???) e festas de caridade". E perguntam então vocês, se até a merda das festas de caridade com as tias vesgas são demasiado excitantes, que raio pode a malta fazer para se distrair? Muita coisa. O autor nada refere sobre orgias loucas, consumo de Álcool e drogas, lutas na lama ou sessões de sado maso. Como vêem o leque continua enorme, só não vão ao teatro e outras secas do género! Fácil!
Embora este livrinho seja perene de bons e edificantes exemplos e lições, não me alongarei, referindo apenas para finalizar os perigos do desporto. Entre outros, o nosso amigo Zé Almeida refere a tendência do desportismo a transformar-se numa indústria que certas pessoas exploram em seu proveito. E neste tempo ainda nem se via disto! Esperto!
Enfim! Resumindo e concluindo, este Zé era um radical e devia ser uma queca e tanto! Até fico com afrontamentos só de pensar, meu deus!

1/06/2004

Declaração

Para todos os efeitos se declara que isto é uma tentativa de achincalhar o nosso respeitável blog e um complot organizado que só tem como objectivo arruinar a excelente reputação, a nível mundial, do farinha amparo. Pedimos a todos os leitores que não se deixem levar por estes actos de propaganda e que, se forem contactados por estas pessoas, exijam identificação. Todos os instrutores do farinha estão devidamente credenciados.

1/05/2004

Catedrais

Quando ouço o pessoal que tem esta mania estranha de chamar catedrais aos estádios de futebol, vem-me sempre à cabeça esta anedota de brasileiros. E não é que eu tenha nada em particular contra os brasileiros a não ser estar lá um tempinho do caraças agora e eu aqui a gramar 4 graus de temperatura... enfim.

"Um grupo de brasileiros veio de visita à Europa. Quando se encontravam a visitar uma catedral gótica o guia turístico, para dar ideia da verdadeira dimensão do monumento, explicou:
-Esta catedral é tão grande que nem o Zidane, nem o Figo, nem o Ronaldinho, conseguiram alguma vez chutar uma bola de forma a que ela pudesse ir de um lado ao outro do edifício.
Depois de alguns momentos de silêncio, um dos brasileiros perguntou, olhando para os magníficos vitrais:
-Pôxa! E deixaram essis cara jôgá futchibóu áqui dentro?!"

1/04/2004

Etiqueta

Que a D. Paula Bobó, ops... Bobone, escreve utilí­ssimos livros cheios de conselhos para que os saloios como nós se saibam comportar condignamente, já sabíamos. Agora porém, descobri que essa senhora (cujo nome sugere ser especialista em alfinetes de peito) é apenas uma amadora, pelo menos se a compararmos com a não menos Dona, Maria João Saraiva de Menezes (que é da famí­lia dos Menezes, gente finíssima que só faz os ditos alfinetes de peito às vezes, como bem reza o dito popular). Pois tive a grande felicidade de deparar com um livrinho da autoria desta última, intitulado O Pequeno Livro da Etiqueta e do Bom Senso, que (apesar de este blog não ser dedicado à  crí­tica literária), recomendo vivamente a todos. Trata-se de uma edição das publicações D. Quixote de 2001.
Para aguçar o vosso interesse por esta bela obra, vou apenas deixar aqui alguns exemplos da grande inspiração e sabedoria nela contidas e que, como verão, dispensam comentários da minha parte.
No capítulo "Como ser Civilizado":
- Não cuspa para o chão, nem para o ar.
No capí­tulo "Boa Apresentação":
- Não mastigue palitos.
- Não use meias brancas.
- Não gagueje, faça terapia da fala.
- Use desodorizante.
No capí­tulo "À Conversa":
- Nunca diga que vai à  retrete, quando muito à  toilette. Mas o melhor mesmo é dizer que vai ali e já vem.
- Nunca torne públicas as suas maleitas, especialmente as intestinais.
No capí­tulo "Dar e Receber Presentes":
- Se quiser reciclar um presente, oferecendo-o de novo, não se engane e não o dê à mesma pessoa.
No capí­tulo "Conselhos à  Mulher", em relação ao respectivo cara-metade:
- Prive-o da visão dos seus pensos e tampões usados.
- Não use a roupa dele. Gostava que ele andasse com os seus vestidos?
- Não seja feminista. Está fora de moda.
No capí­tulo "O Divórcio":
- Evite (...) atirar as malas do futuro ex pela janela.
Ok, acabo por aqui, se quiserem ver as restantes pérolas comprem o livro, que até nem deve ser caro porque esta obra-prima pode considerar-se uma ilustração da célebre frase, "O tamanho não é importante", porque é tão pequenino que cabe em qualquer bolso, mas tão cheio de conteúdo!...

1/02/2004

No fundo só mudam as moscas

Hoje quando estava a ler o mais recente post deste blog lembrei-me do tempo em que era preciso fazer manifestações para que, por exemplo, fossem criadas leis que regulamentassem direitos tão básicos e tão simples como "Trabalho igual salário igual" e sorri, pensando como isso vai longe!
Depois fui tomar café e peguei numa revista feminina dessas que se publicam por aí agora aos montões e se calhar nem tudo mudou assim tanto. Se há 30 ou 40 anos era normal ler na Crónica Feminina ou noutra qualquer, uma frase do género "Aprenda a fazer uma boa tarte de maçã para prender o seu marido em casa", quando abrimos a Cosmopolitan ou outra qualquer, actualmente, é normal aparecer qualquer coisa do género de "Aprenda a fazer sexo oral em condições para prender o seu marido em casa". A frase pode não aparecer exactamente assim mas a ideia base está sempre lá. Os defensores da nova vaga podem argumentar que, ok, pelo menos é mais giro fazer sexo do que tarte de maçã!... Mas a verdade é que, dependendo do dia e da disposição, uma fatia de tarte pode cair bem melhor.
Fazer coisas por obrigação (nem que seja pela obrigação de ser super modernaça e bué à frente) é que é sempre uma merda não é?