5/31/2007

TEORIA DA RELATIVIDADE


Querido cliente:
Sente-se a atravessar uma fase má? Anda deprimido? Em maré de azar? Nunca saem os seus números no euromilhões? O chefe lixa-lhe a cabeça todos os dias?
Então ponha os olhos
nesta criatura e veja o que é, realmente, azar.

5/30/2007

PELO SIM PELO NÃO, VOU REGISTAR A PATENTE DA IDEIA


Inspirada na última tirada brilhante desses grandes fumadores de cenas esquisitas, os Holandeses, que resolveram transformar a vida de três doentes renais e de uma doente terminal numa espécie de feira popular com barraca de farturas, tive uma ideia:
Vou propor à TVI que compre os direitos das próximas eleições presidenciais e as anime um pouco. Por exemplo, os candidatos são postos a viver numa casa durante o período de campanha, onde terão que mostrar os seus talentos lavando a loiça, fazendo a comida e outras tarefas simples que, de qualquer modo e para gáudio da populaça, não vão conseguir levar a cabo satisfatoriamente. Ciclicamente terão também que superar provas extra, como terem que ficar sentados duas horas em cima dum formigueiro, serem sodomizados por um cavalo sem o auxílio de vaselina ou convencerem o público da sua capacidade através de um discurso com os pés mergulhados em caldo verde a ferver. Pelo meio, teríamos entrevistas de rua onde o povo daria a sua opinião sobre o seu candidato preferido e porquê. Todas as semanas seria expulso um, com base na votação do maralhal, que depois teria a oportunidade de ganhar a vida dando algumas entrevistas à “Maria” até cair no esquecimento de vez.
Basicamente, isto era tão válido como a descarada campanha de marketing liderada por brasileiros que são as eleições, e teria a vantagem de assumir, de uma vez, a fantochada que é a República em si.
Alguém tem ideias melhores? Aceitamos sociedade.

5/28/2007

A PRIMEIRA (E POSSIVELMENTE ÚLTIMA) INCURSÃO DESTE ESTABELECIMENTO NA PRODUÇÃO DE PORNOGRAFIA



Este fantástico filme foi injustamente rejeitado por um site pornográfico onde tentámos inseri-lo. Até hoje não percebemos porquê. Dos cerca de 50000 filmes que lá estão, uns 10000 são de doggystile, uns 20000 de frango no espeto, e o resto, de pessoal que se dedica a enfiar coisas onde pode, assim tipo um concurso a ver quem enfia as maiores. Essa parte não percebemos muito bem. O que já percebemos é que o pessoal do porno não procura originalidade. Vamos, portanto, continuar a dedicar-nos à panificação. É melhor.

Olá queridos! Ontem fui ao Porto.


Fui por dois motivos: Primeiro, porque sei que tenho éne fãs lá, o que me deixa super-inchadona. Infelizmente, não devo ter passado por nenhum deles na rua porque ninguém me pediu autógrafos. Ou então são tímidos, coisa pouco provável no Porto, digo eu. Segundo, porque vou ter um casório na família para o qual, apesar de ser a ovelha ranhosa da família, já fui convidada, e resolvi ir até ao Corte Inglês comprar uma roupinha para levar porque, decididamente, roupa para levar a casamento de saloios, daqueles em que o pessoal vai todo comer em bancos corridos no pátio da casa do pai da noiva e as cotas vão aguentar no máximo 15 minutos até tirarem os sapatos altos e andarem para lá descalças a contar a toda a gente que não se aguentam por causa dos joanetes, é mesmo no El Corte Inglês. Tem outro salero. Mas os queridos clientes não pensem que, lá por ter uma família destas, eu sou alguma chunga! Nada disso! Como já dissse muitas vezes aqui, fiz o nono ano completo sem currículos alternativos e sou praticamente a intelectual do clã!


Bem, mas como eu ia dizendo, gostei muito de ir ao Porto. Vim de lá com a certeza que sou a rapariga mais atinadinha e bem-educada deste mundo. Aquilo à minha volta, durante todo o dia, foi só c*ralhadas! Não, não estou a exagerar. Sentei-me para tomar um café, como não havia mesas livres pedi a uns cavalheiros para ocupar a ponta da mesinha deles e eles responderam logo - "Fuóda-se menina, esteija à bóntade!" - Logo a seguir estava uma "tiazona" no super-mercado com cara de quem anda de jipe e vai a chás de caridade, a dizer ao puto que se estava a portar mal: - "Estou farta de tiaturar meu c*ralho! Bai-te fudiêr!".


Foi bonito! O Porto é, decididamente, a cidade mais expansiva de Portugal! Por isso é que os gajos ganham os campeonatos todos. Nós, os outros, andamos sempre para aqui cheios de m*rdas, nem o árbitro conseguimos mandar para o c*ralho sem nos engasgarmos, depois é o que se vê! Vou passar esta mensagem à claque do Beira, é isso!





Bem, queridíssimos clientes, era basicamente isto que vos queria contar, que hoje não estou em maré de me meter em políticas. Está quase para me chegar o período e já ando um bocado passada da cabeça, se penso nesses gajos, nem com dois Nimeds. Não se esqueçam que amanhã é o Dia Mundial dos Vizinhos. Nada de assar sardinhas à varanda nem atirar os restos de comida para o terraço do gajo do rés-do-chão que passa o dia a ouvir Santa Maria aos berros. Vá lá, só por esta vez. Também não se esqueçam que depois de amanhã vai ser greve geral! Vai ser preciso ter isto na lembrança porque algo me diz que não se vai conseguir dar por nada. Quinta-feira é o dia da criança, apressem-se a mandar já hoje um chapadão nos putos porque nesse dia vai parecer mal.





Fiquem bem e com toneladas de beijocas da vossa





Rosarinho

5/24/2007

Aconteceu aquilo que eu nunca pensei que pudesse acontecer: Esta padaria foi oficialmente nomeada como “Blog com Tomates”.
Cum carago! Com tomates porquê?! Não deve ser no sentido de testículos porque nesta padaria só há ovários, e sinceramente, faço votos para que nunca tenha passado pela cabeça de ninguém que, por baixo do recato das roupinhas destas padeiras, possa haver algo mais protuberante!
Depois, resolvi ir às fontes, e descobri que a autora da ideia, não só é fêmea como define blog com tomates aquele que luta pelos direitos fundamentais do ser humano. Para ser franca, ainda mais baralhada fiquei. Porque não pondo em causa nem por um instante a nobreza que reside em lutar pelos direitos fundamentais do ser humano, não percebi porque é necessário que, para isso, se tenha tomates, sejam eles de salada ou dos outros. Menos ainda percebi em que fase da bandalheira que por aqui grassa é que nós já lutámos pelos mesmos. Basicamente estamo-nos a borrifar para isso desde que nos deixem fazer umas comprinhas, beber uns copos e mais uma coisinha ou duas.
A nomeação teve a ver com a minha pachorra para aturar a parva da empregada, o que é justíssimo embora já seja uma adulteração da filosofia inicial.
Por isso, queridos clientes, não faço mesmo ideia nenhuma de quem hei-de nomear como “Blog com Tomates”. Assim sendo, quem achar que possui o atributo, é favor deixar na caixa de comentários, devidamente justificada, a candidatura, que depois eu e a estúpida da empregada vamos pensar no assunto.
De qualquer maneira, obrigada ao Bagaço pela nomeação. É sempre fixe ser nomeado qualquer coisa.

5/23/2007

CASO CHARRUA: POSIÇÃO OFICIAL DA PADARIA


A choldra tem, a partir de hoje, um novo mártir da liberdade, tão ao gosto de um povinho cheio de complexos de esquerda mal resolvidos. É bem.

Se fosse na América já estaríamos a produzir o respectivo merchandizing: T-shirts, canequinhas e canetas. Aqui nem isso.


Este estabelecimento, pressionado pelos muitos milhares de fãs, viu-se na obrigação de assumir uma posição oficial sobre o assunto. Que é a seguinte:


O professor Fernando Charrua é com toda a certeza mais um carreirista que conseguiu ser requisitado pela DREN, certamente não pelos seus méritos profissionais. Ainda por cima, deve ser um gajo insuportável que já ninguém aguentava ver por lá. A directora regional não deve ser melhor. É tudo uma cambada de tachistas com uma boa horinha. Assim, esta padaria quer que eles se "cozam" todos e está-se bem a cagar para essa porcaria. Que se entendam.

5/21/2007

FOI SEM QUERER

Mas os dois últimos livros que li, seguidinhos (este e este), têm a palavra "putas" no título.
Quando tiver tempo e pachorra hei-de fazer uma análise profundíssima sobre o carácter filosófico desta coincidência e a sua influência decisiva na minha vida.

5/20/2007

Olá queridos, hoje venho uma bequita chateada porque, estão a ver, lá vamos nós outra vez ter o maior estádio do mundo ocupado por uma equipa que não está na liga principal de futebol. Por um lado é bom, porque quer dizer que aqui em Aveiro, fónix, é tudo em grande, e quando vieram cá jogar aqueles clubes que nem se sabe bem o que são e com nomes terminados em ense até vão ficar baralhados, mas por outro é mau porque uma merda destas é sempre um desconsolo. Agora que mereceu mereceu, vamos ser honestos. Uma equipa capaz de ganhar ao Boavista com dez desde o início, só pode ter andado a baldar-se ao serviço, está visto, e foi no que deu. E hoje era impossível recuperar o prejuízo todo duma vez porque os jogadores deviam estar borradinhos com o stress. Aquilo deve ter sido uma corrida para as retretes dos balneários que faz favor! Eu ainda estava com esperança que o Paços de Ferreira se desorientasse por causa do mau ambiente, mas vai lá vai! Aquilo é pessoal rijo, que fabrica móveis estilo Luís XV e é capaz de aguentar com aquela merda em casa e ainda uns quadros do menino que chora. Não havia hipótese! Adiante.

O verdadeiro assunto que vos trago aqui hoje é a política, ou seja, estou a pensar muito seriamente entrar no ramo, e acho que tenho muitas hipóteses. Senão vejam:
O CDS, que nas últimas sondagens apontava para qualquer coisa como 0,8% dos votos, tem uma cobertura do caraças em tudo quanto é televisão, jornal e rádio. O Paulo Portas anunciou a candidatura de Telmo Correia à Câmara de Lisboa como se aquela merda fosse a entrega dos Óscares e todo o mundo estivesse suspenso do que ia sair do envelope. Ora, se eu sou, de looonge, muito melhor que o Paulo Portas e do que o Telmo, porra, tudo quanto fosse jornalista baldava-se logo para o meu lado. Ou não? Além disso descobri aqui uma ideia que vai ser infalível. Há uma mocinha na Bélgica que resolveu candidatar-se às eleições prometendo nada mais nada menos que 40.000 broches aos eleitores que votem nela. Deve resultar porque também já resultou com o nosso primeiro quando ele prometeu 150.000 empregos. Está visto que a moça há-de cumprir com as 40.000 chamadas para Tóquio tanto quanto o Sócrates cumpriu com os empregos, até porque, ou levava anos a cumprir a promessa ou ficava à rasquinha dos maxilares. Mas o que interessa pelos vistos é prometer em grande. Por isso, eu, é assim: Vou lançar a minha campanha à Câmara de Lisboa e vou prometer a cada eleitor, um brioche. É parecido, pelo menos foneticamente (pode ser que consiga intrujar os mais distraídos), e sempre escuso de dar cabo dos meus ricos joelhinhos. Até porque desconfio que no mundo da política já há muita malta a usar joelheiras…

Beijinhos para todos e até para a semana.
Da vossa

Rosarinho

5/18/2007

PEDIDO DESESPERADO


Dá-se alvíssaras a quem soubar dar informações sobre o paradeiro do Compal Light Lima-limão, que levou um sumiço tal que nunca mais apareceu à venda em lado nenhum.

A padeira considera este facto o resultado de um complot organizado propositadamente com o objectivo de a prejudicar pessoalmente, por alguém que a sabia a consumidora mais fiel deste produto.

5/17/2007

O L***, PATRIMÓNIO HISTÓRICO AVEIRENSE

Hoje vi um ex-colega, reformado há anos, que protagonizou um episódio que faz parte do meu top-ten de memórias porreiras.
Era o L***, gajo barrigudo e solteirão, eterno ar de carneiro mal-morto, mais conhecido no círculo de conhecidos próximos como “O Ratazana Velha”. Só claudicou perante o aparecimento dos computadores, esses estranhos intrusos que ousavam querer saber mais que os humanos. A parir daí nunca mais ninguém obteve do L**** aquelas informações secretas que só tem quem é o mais velho e de que ele tanto se orgulhava. “Metam-me o fio dessa merda no cu e pode ser que a resposta apareça aí nessa televisão!” – era o que ele respondia a quem tentava socorrer-se do banco de dados da sua memória – “Então esses tais de computadores não sabem mais do que eu?”

Um dia apareceu um arquitecto de fora à procura de informações sobre antigos prédios de Aveiro de que não havia qualquer registo. Claro que lhe indicaram o L***, guardião de todas as histórias, todas as cusquices e todos os mitos da terra. Lá conversaram, e o L***, que embirrou desde o início com aquilo que para ele era um emproado cheio de mania, tratou-o por colega durante toda a conversa. No fim, o outro questionou-o:
-Então, o senhor é colega?
-Sou, sou! Também estive quase para ser arquitecto!
-Ah foi? Que interessante! Eu por acaso vi logo que estava a falar com alguém com conhecimentos, com…
O L*** interrompeu-o:
-Só que desisti na quarta-classe.

5/16/2007

POMPOUS ASS, OU EM PORTUGUÊS, PALHAÇO DE MERDA

Eu não ia mesmo falar do caso Madeleine McCan, até porque não tenho nada de útil a acrescentar para além da convicção de que a todos os gajos que molestam crianças devia crescer um corno no cu, logo, não faz falta nenhuma o meu contributo com mais um bitaite na matéria.
E assim me aguentei até hoje, até para evitar misturar um assunto tão sério com a desbunda que habitualmente reina cá no estabelecimento. Só que não deu mais. Desculpem. Mas o cabrão do engenheiro que desenhou a casa onde vive Robert Murat, gajo inglês que vive em território nacional há (notem bem) 30 anos sem saber pronunciar uma palavra em português, teve o desplante de aparecer num canal de televisão a criticar a polícia por ter telefonado para uma esquadra e não haver lá àquela hora ninguém que falasse inglês. Acrescentou ainda um pormenor de malvadez que foi ter telefonado mais tarde e já lá estar alguém que arranhava a língua mas com dificuldade.

Primeiro: Se eu fosse viver, nem que fosse para o Paquistão, passados trinta dias (quanto mais trinta anos), já havia de arrancar umas frases em urdu nem que tivesse que dar com a cabeça na parede. É uma questão básica de educação e de respeito para com quem nos recebe.
Segundo: Tal como cá, fiquei a saber que também os ingleses põem os engenheiros a fazer arquitectura, coisa que nunca consegui compreender e pensei que fosse tique só nosso. Mas enfim, com a faltinha de gosto que eles têm não é de admirar. Quem nunca viu as cortinas e o papel de parede que as criaturas usam, mesmo sem estar à espera de um ataque de formigas?
Terceiro: Para mostrar ao senhor engenheiro que apesar de tudo há cá quem se dê ao trabalho de aprender a língua deles, vou dizer o que é que em inglês se chama a um palhaço como ele - POMPOUS ASS.

5/15/2007

CONSELHO IMBECIL PARA MOMENTOS DE ÓCIO

Ver um filme porno sem som e com uma companhia divertida. Eu sei, eu sei, não se consegue ver todo porque não há pachorra, mas naqueles minutinhos que se consegue aguentar dá para imaginar uns diálogos muita giros entre os actores.

Exemplo:
-Oh filha, acho que perdi as chaves do carro.
-Ai amor, procura. Dá-te jeito assim?
-Assim tá bem… mas espera, não consigo encontrar.
-Vê lá bem, devem estar aí. Foi aí que andaste ontem à noite.
-Espera, espera, abre mais… sim, já estou a sentir qualquer coisa… oh! Afinal é o faqueiro que tínhamos perdido a semana passada.
-Ai que fixe! Mas o chato é as tuas chaves…
-Pois é. Devem estar muito lá para o fundo. Vou desistir. Deixa lá.
-Ok.




Ou então:
-Oh filha, guarda-me aí isso um bocadinho para não apanhar frio.
-Tá bem... podes pôr aí. Mas não demores muito que vai dar a novela.

...

-Tens aí uns tremoços ou qualquer coisa assim?

HÁ SEMPRE ALGUÉM QUE CONSEGUE INVENTAR QUALQUER COISA QUE NUNCA FOI INVENTADA

-Bom dia.
-Bom dia.
-Trago aqui os impressos que me deu ontem.
-Muito bem...
-Mas não preenchi. Tive aqui umas dúvidas.
-Sim...
-Porque é que vão pôr em espaços sombrios? Eu não quero ir para espaço sombrios!
-Desculpe... Espaços sombrios?!
-Sim. Está aqui escrito. Eu acho mal, não sou menos que ninguém.
-Onde?
-Aqui! - apontou - Está a ver? Os espaços sombrios destinam-se ao requerente!
-Sombreados.
-Sim. Sombreados, sombrios, é a mesma coisa. Isso quer dizer que me vão pôr onde?
-Isso quer dizer que estes quadradinhos cinzentos do impresso são aqueles que deve preencher.
-Ah!...

5/14/2007

Olá queridos clientes. Cá estou eu de novo, desta vez a estrear um novo look. Espero que gostem. Eu cá pelo menos acho que já estou a ficar demasiado importante para continuar com aquela fotografia horrorosa tirada no tempo em que ainda andava com o parvalhão do Alberto e ainda por cima no casamento duma prima vacarrona dele onde até (imaginem!) os convidados bateram pratos, apanharam nenas e andaram à porrada. Não dá!
Bem, e posto isto vamos ao que interessa. A sonsa da patroa prometeu que eu ia desvendar hoje o grande segredo de Fátima. Não me parece muito relevante mas pronto, aí vai.
“A Fátima é uma gaja que trabalhou aqui na padaria durante uns dias e foi logo despedida por indecente e má figura, já que se fazia a tudo quanto era pila e se mexesse. Não podia ser. Andava a lixar a reputação do tasco e mais dia menos dia já só cá vinham empreiteiros e donos de stands. Bem, a gaja armava-se de tal maneira em boa que até fazia aflição, com a mania que dava um passo e parava o trânsito todo. Só que eu apanhei-a uma vez a mudar de roupa lá atrás no fim do turno a descobri o segredo dela: Usava chumaços no soutien.”
Pronto. Tal como eu desconfiava, o segredo de Fátima não tem interesse mesmo nenhum nem ninguém está interessado nele. E agora para acabar vou pôr aqui um filmezito que foi a patroa que mandou pôr por ser o primeiro post a seguir ao 13 de Maio, diz ela, e como ainda é ela que manda no estabelecimento, aí vai.
Ah, ela diz que tem que ser visto com som senão não vale o mesmo!



Tenham uma semana porreirinha e fiquem com uma beijoca da vossa

Rosarinho

5/10/2007

OS NOVOS MILAGRES DE FÁTIMA


Correm notícias de que andam a distribuir um folheto aos peregrinos em Fátima que, além de um mapa que ensina a chegar ao santuário e publicidade a lojas de artigos religiosos, contém contactos de empresas que fornecem produtos/serviços sexuais. Até apareceu um senhor na televisão a explicar que telefonou para um número que lá vem e atendeu-lhe uma menina e tal… E que isto é uma grande falta de respeito e uma brincadeira de mau-gosto.
Nós, aqui na padaria, não concordamos nada com esta indignação e achamos que tem tudo a ver. As moças que se anunciam no folheto só podem ser santinhas. Para estarem dispostas a levar com aquele público, são santinhas de certeza… Se fazem milagres, ainda não sabemos.

5/09/2007

UM EXERCÍCIO PURAMENTE CIENTÍFICO

Vamos pôr uma hipótese académica. Mas atenção, agradecia que não me acusassem de nada esquisito porque isto é mesmo um exercício, motivado pelo mais puro espírito científico.
Imaginemos que, hipoteticamente claro (nada disto vai acontecer), no próximo dia 13 de Maio, em Fátima, onde são esperadas cerca de 500 mil… pessoas... caía um avião daqueles bigalhaços mesmo em cheio no meio do santuário e não havia sobreviventes. Por favor, mantenham o espírito científico, isto é meramente uma hipótese académica. Imbuídos deste mesmo espírito analítico, dêem-me a vossa opinião sobre os seguintes pontos:
Tendo em conta que 500.000 representa 5% da população portuguesa, o que não é pouco, mesmo tendo em conta que muitos serão estrangeiros e baixando assim a percentagem para, vamos lá, 2,5%, acham que haveria oscilações facilmente perceptíveis em algum destes itens?

Número de eleitores de um partido em particular?
Número de profissionais disponíveis num determinado ramo?
Número de adeptos de um determinado clube?
Número de consumidores de uma determinada marca de roupa? Sapatos? Produto alimentar?
Moradores de uma determinada região?
Alteração na taxa nacional de analfabetismo/baixa escolaridade?


Ora digam-me lá, o que e que vocês acham?

5/08/2007

SE EU FOSSE...

A Marta foi uma querida e passou-me a corrente que até agora me deixou mais desorientada! É que eu, juro-vos queridos clientes, não sabia mesmo o que responder a isto. Mas lá se deu um jeito.
Martita, a próxima que me calhar vai direitinha para ti filha! Lol!


Se eu fosse...
Se fosse uma hora do dia, seria o meio-dia que é quando está mais calorzinho e já apetece sair da cama.
Se fosse um astro, seria uma estrela binária. Não sei o que é mas gosto do nome.
Se fosse uma direcção, seria uma com código postal, ou seja, completíssima, como nos anúncios.
Se fosse um móvel, seria um psiché. Gaita, sempre adorei o conceiro deste móvel inútil!
Se fosse um líquido, seria whisky velho, sem gelo. O gelo tem tendência a arrefecer muito as coisas.
Se fosse um pecado, seria um pecado capital, isto de cenas secundárias não está com nada.
Se fosse uma pedra, seria ... sim, às vezes sinto-me um bocado calhau... but don't we all?
Se fosse uma árvore, seria de fruto.
Se fosse uma fruta, seria melancia. Ou é em grande ou não é em grande.
Se fosse uma flor, seria uma daquelas amarelas que nascem aí por todo o lado quando começa a primavera, tipo praga. É impossível não dar por elas.
Se fosse um clima, seria um clima seco. É uma alternativa a meter água.
Se fosse um instrumento musical, seria uma campainha de porta que é o que eu sei tocar melhor.
Se fosse um elemento, seria o quinto.
Se fosse uma cor, seria amarelo. Na liga de honra :(((
Se fosse um animal, seria uma tartaruga. Não stressam e chegam a netos.
Se fosse um som, seria uma derrapagem. O perigo é a minha profissão.
Se fosse música, seria a banda sonora da série Pippi das Meias Altas, mas eu sueco, versão original. Desde que pus isto como toque de telemóvel não quero outra coisa.
Se fosse estilo musical, seria kitsch selecto. Não existe, fui eu que inventei agora.
Se fosse um sentimento, seria uma paixão assolapada. Ao meu estilo.
Se fosse um livro, seria um best-seller. Pelo menos gostava de ser.
Se fosse uma comida, seria um bife. Daqueles altos, mal passado. Com picante.
Se fosse um lugar, seria Hogwarts.
Se fosse um gosto, seria caril.
Se fosse um cheiro, seria caril.
Se fosse uma palavra, seria um verbo.
Se fosse um verbo, seria redimensionar. Não é por nada, só me soa bem.
Se fosse um objecto, seria uma mulher-objecto. Nunca percebi o que é isso nem se existe de facto.
Se fosse peça de roupa, seria um carapim. Conheço uma pessoa que adora esta palavra.
Se fosse parte do corpo, seria um rim. Um rim tem um formato tão fofo!
Se fosse expressão facial, seria de sonsa, a responder a isto.
Se fosse personagem de desenho animado, seria Heidi, a menina dos Alpes. Mas aquela da versão manga que dava muitos gritinhos enquanto corria pelos montes atrás das cabrinhas, era um must!
Se fosse filme, seria uma curta-metragem. Sou muito sintética.
Se fosse forma, seria uma forma para brioche. Não, para pão-de-ló! Não, para tarte! Pronto, nem sei…
Se fosse número, seria infinitos, como dizem os putos para ganharem os jogos. Infiniiiiitooooos!!!
Se fosse estação, seria … playstation… vale?
Se fosse uma frase, seria interrogativa.

Se não fosse ter respondido a isto, jamais me teriam passado tais coisas pela cabeça.

E, como é suposto passar a corrente a mais cinco, resolvi escolher cinco vítimas homens. Para variar.

O Zebedeu!

O Bagaço!

O Japinho!

O Aceçôr!

O Kim!

Parabéns a todos! Pode ser que para a próxima tenham mais sorte!

5/07/2007

MAIS UM GÉNIO INJUSTAMENTE IGNORADO


E o cavalheiro, com o ar mais sério deste mundo, continuou a esclarecer a minha pobre mente ignorante:
-É o que eu lhe digo, eles nas finanças agora conseguem ver tudo o que a gente tem e, pimba! Tudo! Eu vou-lhe explicar, eles vêm pelo ar, vêem tudo lá nos computadores deles!
-…
-Ah pois! O meu filho, que percebe dessas coisas de computadores, consegue lá entrar nesses programas que eu já vi. Vê-se tudo do ar, tudo! Casas, carros, quintais, piscinas, tudo! Pode acreditar! É assim que os gajos lá das finanças nos apanham! Não há hipótese!

E eu a imaginar o filho do artista a dizer-lhe qualquer coisa como:
-Pai, é assim. Preciso dum carro com uma cilindrada de 6000. Mas mesmo muito urgente! Há uns gajos, marcianos, que me mandaram umas mensagens para o computador, numa linguagem encriptada que só eu é que aprendi a decifrar porque saio a ti e sou um tipo muita esperto, a dizer que quem não tiver um carro desses vai deixar de poder acabar os cursos na universidade. Mas não digas a ninguém, porque isto é uma ciência que só eu é que já consigo dominar e depois ficam todos a saber.
-Ai é filho? Está bem, está bem! Ai o meu menino é tão esperto! Posso contar só à tua mãe? Posso?

Olá queridos, hoje vou focar dois assuntos que tiveram relevo durante a semana que passou e, que sem a minha interpretação pessoal, dificilmente serão compreendidos na sua total dimensão:

1.Carmona Rodrigues, o grande herói pop da política do momento, disse em grande apoteose que tinha contribuído para fazer da Câmara Municipal de Lisboa a maior e melhor do país. Ora a lógica desta afirmação é quase igual à da batata, tubérculo como se sabe bastante básico. Primeiro, a Câmara Municipal de Lisboa já é a maior do país há bué. E não é por causa do Carmona, é por ser o concelho com mais eleitores inscritos. Segundo, é pouco provável que um presidente de Câmara que não saiba isto possa fazer da sua autarquia, a melhor… Ser arguido num processo judicial, creio que também não ajuda. Talvez o senhor devesse dedicar-se a outra coisa com objectivos mais modestos. Abrir uma imobiliária por exemplo.
2.Alberto João Jardim, esse verdadeiro almanaque da sabedoria bronca, disse hoje aos jornalistas que se está nas tintas para as falcatruas cometidas durante as eleições regionais. Só que, como ele fala madeirense e não português, o que ele disse mesmo e que toda a gente ouviu foi que está nas tetas. Mas que aquilo era uma mama nós já sabíamos. Só não percebi muito bem foi a razão de queixa do PS, que se foi chibar à CNE de terem deixado votar os tolinhos. Pois claro que deixaram, para aí uns sessenta e tal por cento deles. E?... A democracia é assim, até as gajas da bela e o mestre votam… se forem capazes de desenhar uma cruz.

E pronto meus queridos, por hoje é tudo. Para a semana voltamos a encontrar-nos e, até lá, fiquem com a tal beijoca da vossa

Rosarinho

5/06/2007

TENHO UMA RECLAMAÇÃO:

Deviam deixar tirar fotografias nos museus à vontade.
Primeiro porque toda a gente tira na mesma.
Segundo, porque como aqueles senhores de farda estão sempre a olhar para as pessoas com aquele ar desconfiado, a ver se as apanham com a máquina na mão, as fotografias acabam todas por ficar uma merda.
Como esta.

5/05/2007

NÃO VOU FALAR DO CARTÃO VERMELHO AO EDUARDO, NÃO VOU FALAR DO CARTÃO VERMELHO AO EDUARDO, NÃO VOU FALAR DO CARTÃO VERMELHO AO EDUARDO!


Pronto. Vou falar de cinema. Isto porque depois do árbitro expulsar o guarda-redes do Beira aos 14 minutos eu ia tendo um fanico e resolvi ir ver um filme para me acalmar.

Fui ver este. Foi fixe, escorreito, agradável. Só não percebi muito bem porque é que algumas legendas dos diálogos em inglês não estão tão fiéis como deveriam.

Sobretudo, não me senti gozada como quando vejo coisas daquelas tipo Branca de Neve e depois no fim constato que foi tudo pago com os meus impostos. Este também foi, mas pelo menos tem trabalho que se veja.

Não sei porquê, ando a ficar cada dia mais reaça no que diz respeito a estes assuntos.

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Ah, e o Beira ganhou na mesma. Afinal, Deus existe. Mas só aparece de vez em quando.

5/03/2007

DESAFIO


Desafio os clientes a encontrar qualquer coisa que seja mais insuportável do que aquelas três enjoadas da tvcabo a fazer trrim trrim.

Claro que não vale referir a campanha eleitoral ultra-porca do boçal Alberto João. Assim era de caras.

O CONFORTO DO ANONIMATO


Vivo numa cidade pequenina, no entanto consideravelmente maior do que era há cerca de quarenta anos quando a minha família se mudou para cá. Pode dizer-se que atingiu a dimensão em que já não é humanamente possível saber quem é quem duma forma pormenorizada. O que para mim, pessoa de temperamento pouco dado a intimidades indiscriminadas, é bom. Agrada-me poder entrar no café aqui mesmo ao lado de casa e saber que, com excepção dos “cuscos” profissionais, o máximo que alguém vai saber é que devo morar por aqui porque apareço todos os dias. Agrada-me frequentar locais de anonimato garantido daqueles que só existem nas cidades: o hiper-mercado, o centro comercial, os cinemas… Agrada-me só conhecer os meus vizinhos quando os encontro na escada e, fora do nosso habitat, apenas tenho a vaga sensação de já ter visto aquela pessoa algures. É assim que eu sou. Não fria, mas reservada, diria. E selectiva. Mas foi apenas há algum tempo que eu tive a verdadeira consciência de que a cidade cresceu a um ritmo talvez demasiado rápido para que algumas pessoas, habituadas a viver numa quase aldeia com uma avenida e uma estação de comboios ao fundo, o conseguissem acompanhar.
Uma senhora de uns sessenta anos que eu atendi no meu local de trabalho mostrava-se visivelmente incomodada com o facto de não saber quem eu era. Eu, embora com a delicadeza a que a consciência profissional me obriga, fingia ignorar esse facto. Até que ela (que devia estar desde o início à procura das palavras certas na cabeça), desabafou:
- Ai, Aveiro agora tem tanta gente! Dantes é que era bom, não havia ninguém que eu não conhecesse!
- É natural D. ****** - disse eu tentando esboçar um sorriso que saiu amarelo – e continuei a tratar do assunto dela.
- Mas por exemplo a menina, é de cá?
- Sou. Há muitos anos. – e o estúpido do sorriso insistia em já não sair agora, nem amarelo.
- Está a ver o que eu digo? Eu não a conheço, não sei quem é! … - e depois a pergunta fatal – É de que famílias?
Nessa altura contei até dez enquanto mentalmente, apenas mentalmente, saltava para cima da mulher e lhe desfazia completamente o irritante capacete que tinha acabado de fazer na sua cabeleireira conhecida de má qualidade. Logo a seguir, imperturbável, respondi-lhe:
- Não creio que esse seja um elemento importante neste contexto.

5/01/2007

O PESADELO DE DARWIN

A DIDAS E OS MISTÉRIOS BÍBLICOS




Graças ao convívio com uma avó que adorava histórias fantásticas e que, mesmo sem saber ler nem escrever, a levou a ver o Quo Vadis, A Túnica e Os Dez Mandamentos, a Didas, ainda de tenra idade, conhecia quase todas as histórias da bíblia. No entanto, se quase todas exigiam do ouvinte uma capacidade de raciocínio que ultrapassava a necessária para aprender a resolver equações ou saber para que lado e com que vigor era preciso mexer a maionese para ela não desandar, havia uma da qual a Didas, mesmo depois de muito se esforçar, nunca conseguiu juntar as peças de forma a fazer sentido: Babel.


Durante algum tempo e para desespero dos adultos circundantes, a Didas continuou a fazer perguntas cujas respostas a poderiam levar, talvez, à resolução do mistério. Depois, outros interesses acabaram por adquirir um maior espaço nas suas preocupações e desistiu. Apesar disso, mesmo depois de crescida, a Didas nunca chegou a perceber como é que um grupo de técnicos vários, a trabalhar num projecto comum, conseguiu diversificar as linguagens de tal forma que teve, em extremo, que abandonar os trabalhos. Porque a lógica mais básica era que, estando os gajos a construir um arranha-céus daquela envergadura, a acordar todos juntos nos contentores da obra, a andarem juntos nos andaimes e nas gruas e até quem sabe a partilhar a marmita, o mais certo era que ao fim de pouco tempo desenvolvessem um código linguístico comum. Mesmo que houvesse para lá bué de imigrantes.