8/31/2011

Não é para todos!


E o staff da padaria acabou de atribuir o título de "melhor atleta portuguesa nos mundiais de atletismo". Não foi uma decisão fácil e foi preciso chamar a senhora que faz as limpezas para desempatar, uma vez que ela, já tendo andado enrolada com o porteiro do pavilhão e desconfiando até que o filho mais novo seja dele, é a pessoa mais directamente ligada ao desporto aqui no tasco. Assim, e mesmo tendo falhado a final do triplo salto, foi eleita, pela enorme coragem com que exibe o nome na camisola, Patrícia Mamona! Não é para todos!

8/30/2011



Fui pela primeira vez, primeirinha na vida, ao alemão da Vagueira. Salvo seja. Mas deixem-me explicar melhor. Há um tasco na Vagueira chamado EI, que está sempre atulhado de clientela, que é propriedade dum alemão qualquer e onde os clientes são tratados mais ou menos como os cubaninhos que tentam fazer a travessia para os estados unidos em cima duma câmara de ar. Ou seja, mal como tudo. Além disso, vende cuecas de nylon rendadas à entrada, numa daquelas máquinas onde se mete uma moeda e se dá ao torniquete A parte mais gira é que só na semana passada é que eu descobri a existência deste tasco, sendo oficialmente a última pessoa do distrito de Aveiro a conhecê-lo. Hei-de ver se a façanha me rende ou não uns trocos no guinness, não se pode dizer que seja menos prestigiante do que fabricar um pão com chouriço de 2 km, mas essa parte fica para mais tarde.



Para já, o que vos quero contar é o que se passa lá dentro para além das cuecas. Então é assim: A gente entra e, se forem detectadas mais do que seis pessoas que se conheçam entre si, são logo todas corridas. O que não é muito mau porque no tempo do Salazar bastava serem três. Vá, por agora escapa. A comida consta de salsichas cozidas à mistura com batatas e choucroute, coisa que se eu desse a comer a alguém aqui na padaria iam-me perguntar se eu os estava a achar com cara de pan*leiros. Mas o melhor de tudo é a primeira folha do menu, da qual constam ameaças várias como podem os caríssimos clientes constatar na foto que eu tirei (à socapa, antes que o alemão me levasse para as catacumbas e eu nunca mais fosse vista), o que era chato porque acho que da minha família ninguém ia dar pela falta e a patroa, essa, ia fazer uma festa e abrir um champanhe.



Ora o que me intriga é o seguinte: Como é que o gajo tem clientela? Pelo menos muito mais clientela do que nós aqui, que tratamos bem toda a gente que cá entra e só cuspimos na chávena da meia de leite dos gajos que já estão a dever dinheiro e não há meio de pagar? Quanto a vocês, queridos clientes, não sei, mas para mim está cientificamente provado o motivo de nós sermos pobres e eles ricos. Os c*brões fazem dinheiro de tudo quanto mexa! E do que não mexa também. Não nos adianta nada trabalhar. Eu cá vou mas é ver se me mudam o nome para Ingrid, pinto o cabelo de amarelo mulher-a-dias e faço umas tranças daquelas que nos dão um ar, ora estúpido ora de actriz porno. Está decidido. Agora sim, vou enriquecer. Depois dou notícias!

8/26/2011

Serviço público é serviço público

O Gabinete de Inserção Profissional da Câmara Municipal de Aveiro tem as seguintes ofertas de emprego:



CARPINTEIRO NAVAL (M/F)/ Nº DE VAGAS: 1

Descrição da função
Executa trabalhos de carpintaria num estaleiro naval, cortando, armando e instalando peças de madeira e calafetando juntas, para construir ou reparar armações e trilhos de lançamentos, escoras, andaimes, mastros, pisos e outros suportes, revestimentos e acessórios de embarcações em construção ou conserto:
1. Serra os descansos de madeira de embarcações, utilizando instrumentos apropriados, para dar-lhes o tamanho desejado;
2. Constrói a armação de lançamento, cortando, serrando, encaixando e utilizando ferramentas adequadas, para possibilitar o apoio do fundo do casco das embarcações;
3. Levanta as escoras e andaimes, empregando processos e instrumentos usuais, para compor as armações de suporte das embarcações em construção ou reparação;
4. Vigia a colocação do casco, das cavernas e dos acessórios da embarcação, supervisionando os trabalhos referentes, para assegurar-se de sua correspondência aos padrões requeridos;
5. Procede à construção e fixação dos mastros, serrinhas, armações de anteparo e tábuas de convés, utilizando procedimentos e instrumental específico, para compor a parte de madeira da embarcação;
6. Dirige a montagem das guarnições, fazendo os sinais necessários com marcadores especiais, para facilitar a colocação das mesmas;
7. Efectua a construção, encaixe e montagem dos trilhos de lançamento, efectuando as operações pertinentes, para possibilitar o deslizamento das embarcações até o mar.
8. Pode colocar os vaus e vigas transversais do casco do banco que sustenta o convés.

Deverá apresentar as seguintes competências:
1. Experiência mínima de 2 (dois) anos no exercício da função de carpinteiro naval;
2. Boa capacidade física;
3. Gosto por actividades ao ar livre;
4. Residência próxima do local de trabalho (Aveiro)



APRENDIZ DE SOLDADOR E/OU SERRALHEIRO (M/F)/ Nº DE VAGAS: 15

Descrição da função
Soldar peças metálicas, utilizando equipamento apropriado, para unir, reforçar ou reparar peças ou conjuntos mecânicos (ser-lhe-á concedida formação)
Executar serviços especializados de serralheira, utilizando ferramentas e maquinaria apropriadas; executar outras tarefas, conforme necessidade do serviço e orientação superior.

O candidato ideal deverá apresentar as seguintes competências:
1. Vontade de aprender;
2. Experiências de trabalho similares (preferencial);
3. Boa capacidade física;
4. Gosto por actividades ao ar livre;
5. Residência próxima do local de trabalho (Aveiro)

Promotores Comerciais (m/f)

Local de trabalho: Espaços Comerciais na cidade de Aveiro e/ou Aveiro Norte
Descrição da função: serão integrados em espaços comerciais, e assumirão a responsabilidade pela divulgação do produto, angariação de clientes e comercialização dos cartões de crédito.

Perfil pretendido:
• Habilitações literárias ao nível do 12ºano ou Frequência Universitária;
• Experiência profissional em funções similares (factor preferencial);
• Aptidão e gosto pela área comercial; trabalho por objectivos; e, forte orientação para o cliente;
• Capacidade de Comunicação e de trabalho em equipa;
• Disponibilidade para trabalhar por turnos, e em regime de part-time (6h/dia; 6dias/semana; 1 folga semanal).

Oferecem:
• Contrato de trabalho;
• Remuneração base + Subsidio de Almoço + Remuneração variável atractiva;
• Formação Inicial e Contínua;
• Integração numa empresa dinâmica e em fase de expansão, proporcionando fortes possibilidades de progressão profissional.


Os interessados deverão contactar o Gabinete de Inserção Profissional da Câmara Municipal de Aveiro, sito nas instalações da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, no período da manhã através dos n.º 234 404478 / 360 e 92 6730823

Câmara Municipal de Aveiro / Divisão de Habitação Social

8/21/2011

E até nestas pequenas coisas se vê o povo que somos...


Adivinhem o que me deu para fazer hoje. Fui à bola! Pois é, raramente o faço mas hoje bati com a cabeça em qualquer lado e resolvi ir à bola ver o Beira-Mar - Sporting. O resultado, o que os jornalistas dizem sobre o resultado, o ambiente, o jogo em si... tudo isso seria interessante se não tivesse acontecido algo mais interessabte ainda!
Antes do início do jogo foram mostradas algumas imagens em ecran gigante que, segundo o senhor da voz off, eram as melhores dum concurso lançado pela rádio Terra Nova. E, para minha grande surpresa e mesmo sem eu ter concorrido, uma delas era minha! Uau! Pois, de facto não concorri porque ela foi anunciada como sendo dum tal Rafael Pereira que imagino seja um puto a precisar duns estalos para aprender a ser um homenzinho. Se for cota, pior, porque aí já não tem remédio.

8/15/2011

Que inteligentes somos, senhor!


Hoje estive numa localidade portuguesa com todos os motivos do mundo para estar cheia de turistas num feriado a meio de Agosto, ali para os lados de Coimbra. Não estava. Aliás, na primeira volta que demos só vi velhinhos sentados à sombra... e as respectivas sombras. Depois fomos à procura dum restaurante para almoçar. Encontrámos dois. A diferença entre eles é que um estava aberto e o outro estava fechado. De resto ambos tinham nomes terminados com a palavra "Cabrito". Entrámos no que estava aberto (no outro não dava) e mandaram-nos sentar. A sério, os tipos que por ali se moviam à laia de quem trabalha pareciam genuinamente boas pessoas e até tentavam ser simpáticos, mas além de demorarem o mesmo tempo que levou a erigir o convento de Mafra para porem uma toalhita de papel na mesa mais um cestinho com duas carcaças e umas azeitonas só se passeavam por ali como se estivessem perdidos e à procura dum polícia. O casal ao nosso lado começou a perder a paciência. Ele só tremia com um pé e ela ameaçava partir aquilo tudo nos cinco minutos seguintes. Eu cá só pedia ao meu cara-metade que por favor se aguentasse calado antes que nos cuspissem no famoso cabrito. Qualquer gajo (ou gaja) minimamente inteligente sabe que nos restaurantes só se reclama no fim. É como os prognósticos no futebol.
Até ao fim da aventura ainda decorreram umas quantas peripécias como devolvermos louça que estava suja, haver garrafas de vinho guardadas na casa de banho e perguntarem-nos cinco vezes se queríamos salada. Finalmente, saímos com aquela sensação f*dida de a nossa conta ter sido mais elevada que a do pessoal da terra, depois de o velhinho matreiro que mandava naquilo nos ter informado com orgulho de quem ganhou o campeonato que já tinha máquina para pagar com o multibanco.
Se é assim que tratamos o turismo neste país (a única coisa que nos pode salvar da desgraça tendo em conta a qualidade do nosso petróleo), mais vale mesmo entregarmos a chave disto à Troika e eles que fechem esta m*rda depois de venderem as tralhas para pagar as dívidas.

8/02/2011

Coisas incompreensíveis


Se há coisa que me chateia no facto de ter que ir renovar a carta dentro de pouco tempo graças à nova lei são aqueles exames médicos em que nos mandam apontar para o lado e depois para o próprio nariz algumas vezes repetidas. Porque só consigo formular aqui três hipóteses para justificar esta m*rda e todas elas são estúpidas:

1. Querem ver se a gente é boa a dar uns passos de disco sound, o que não interessa nada para a tarefa "conduzir".
2. Os tipos estão mesmo convencidos que, no meio do trânsito, é bom apontar para o lado e para o próprio nariz.
3. Os gajos estão mesmo só a gozar connosco, o que é chato.

Não entendo porque é que não se limitam a pedir-nos que reproduzamos todo o vernáculo que conhecemos, que demonstremos que ainda estamos com agilidade manual para levantar tão e tão só o dedo médio e que saibamos onde fica a porcaria da buzina. Aí sim, mostramos que já podemos ir para a Lourenço Peixinho em hora de ponta fazer gincana entre os gajos estacionados em segunda fila na direita e os que vão a dez à hora na esquerda!

8/01/2011

Apenas durante um intervalinho na TV, apenas um, ouvi duas das expressões mais fofas que o mundo do espectáculo tem para nos brindar:

1 - Alternativa - usa-se no mundo tauromáquico e quer fazer crer que aquela gente, se não fizesse aquela cretinice, era mesmo capaz de fazer outra coisa qualquer.

2 - One man show - aplica-se ao Fernando Pereira e quer fazer crer que um gajo que atira os foguetes , bate palmas e vai apanhar as canas sem que mais ninguém à volta se entusiasme, é um artista.