9/16/2005

Olá queridos! Na semana passada faltei porque tive um pequeno percalço como já devem estar inteirados. Andei o fim de semana todo num atrofio com os novos pensinhos evax tanga. Mas o pior já passou...
Hoje não vou responder a questões dos leitores. Vou fazer uma coisa que, com o meu gabarito intelectual, já devia estar a fazer há muito tempo: Crítica Literária. De blogs.
É uma nova rubrica que vou estrear e que alternará, de agora em diante, com o consultório.
Portanto já sabem. Se quiserem uma crítica ao vosso blog feita por “moi-même”, é só dizerem. Até porque passa a ser uma coisa que poderão pôr no vosso curriculum. Se não quiserem tudo bem, arriscam-se a tê-la na mesma.
Inauguramos com esta pérola encontrada hoje por acaso.
Posto isto...

Trata-se de um blog que privilegia a vertente ético-filosófica, ou seja, através de histórias simples e de linguagem acessível – “E ele comeu-a avidamente e, enquanto lhe metia o dedo no rabo...” – pretende chegar a uma conclusão que nos remete para uma moralidade, retomando o infelizmente perdido hábito da “moral da história”, tão recorrente no tempo das clássicas fábulas de La Fontaine e mais tarde nos cadernos de duas linhas durante a vigência do Sr. Salazar.
Senão vejamos, a exemplo, a última história apresentada que resumiremos:
Trata-se de uma senhora, de nome Mafalda, que, tendo como cônjuge um senhor mais velho que tem o hábito de dormir em tudo quanto é canto, se esqueceu um dia da porta do quarto destrancada, dando azo a que um seu serviçal (neste caso o motorista) entrasse numa altura inapropriada – “Mafalda olhou para as suas calças e viu que estava cheio de tesão por a ter apanhado em flagrante” – o que resultou naquilo que habitualmente se chama Cúnfia a Mais – “Em segundos, ele estava completamente nu em cima dela”, “Pô-la de quatro em cima da cama e enrabou-a ali mesmo” – o que, como se sabe, é uma coisa perigosíssima quando se trata da criadagem. Deus me livre e guarde de eu um dia vir a ter uma empregada e ela entrar-me no quarto de repente quando eu estivesse, sei lá... refastelada na cama a ver o Preço Certo. A partir daí era um fartar vilanagem e já estou a ver as bocas da gaja aqui no bairro. Era o que faltava!
Foi o que aconteceu com a D. Mafalda, depois de ter deixado o marmanjo entrar e servir-se à vontadex, ainda cometeu o desplante de a tratar mal. “Cala-te, puta!”, “ Fazes bons broches, cadela!” e “Ah, puta fina dum raio!” foram alguns dos mimos que se sujeitou a ouvir, ficando até o pobre do marido, um senhor que não fazia mal a ninguém, sujeito a impropérios de igual calibre – “Vês, cabrão velho , tu tens o dinheiro mas eu é que lhe fodo o cú!” – Não há direito! (Por falar nisso filha, cu não leva acento).
Através desta simples história concluímos facilmente que a D.Mafalda era uma senhora ingénua e de coração puro, que inocentemente deixava que o motorista lhe pusesse os sacos das compras no quarto de dormir (onde é que já se viu, as batatas, os tampões e o peixe congelado, tudo em cima da cama!), e às tantas era ela própria que depois as ia arrumar à cozinha, pacientemente. Está mal!
Por tudo isto, podemos concluir que a moral da história é: “Se queres a criadagem no lugar, tem cuidado com o que deixas pousar”.
Trata-se então de um bom blog para a família, podendo ser lido inclusive aos serões com as crianças e os avós, aproveitando para criar um espaço lúdico e ao mesmo tempo de reflexão para todos.

Assim sendo, resta-me então desejar-vos boas leituras e, se puderem, leiam antes a lista telefónica. Não vos faz bem, mas também não vos faz mal. Fiquem com um beijo da vossa Rosarinho.

2 comentários:

Anónimo disse...

Excelente rubrica, esta, porque cumpre importante função social.
Esta rubrica enquadra-se no serviço público de blogagem.

José Teixeira disse...

Hora Legal : 10:31h.