Fiquem com um pequeno momento de publicidade.
A
Divas, essa incansável crente no talento dos bloggers, promoveu a 4ª edição do concurso O Escritor Famoso, no qual eu participei, claro, com esta formidável peça entre o épico clássico e o arrebatamento romântico.
65. Poema para a minha avó, que nasceu muito antes de inventarem a playstation, por Didas
Nesse tempo as ruas andavam cheias de chapéus com pessoas em baixo
E também havia bigodes que moravam nas caras dos homens.
Alguns pareciam hélices,
Outros asas.
Mas não voavam.
Os chapéus das mulheres dormiam muito em cima delas
Porque nunca tinham nada para fazer.
Os dos homens não, porque tinham que saltitar muitas vezes
Para dizer Bom Dia, Boa Tarde e Boa Noite.
Nesse tempo as pessoas ficavam perfiladas
Em frente a uma máquina
De onde saíam depois quietas e cinzentas.
Nesse tempo nasceu a minha avó.
E tiraram-lhe logo um retrato para ela ficar quieta e cinzenta.
Mas ela não ficou.
Para ler os todos os poemas (deixando já o aviso que nenhum dos outros se compara a categoria do meu, claro) é
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aqui e para se inscreverem para vir todos embebedar-se com a gente (penso que no sábado que vem) porque só com grandes bebedeiras se consegue fazer uma verdadeira tertúlia de poesia, é no blog da Sô Dona Divas, que está o link lá em cima.
Beijo da padeira quase a voltar a ser.