Olá queridos clientes, cá estou eu mais uma vez, cada vez com uma overdose maior de bola. Mas, pelo menos, continuo a melhorar em grande escala a minha cultura geral. Vejam só o que aprendi hoje:
1. A selecção não jogou uma merda com Angola. Foi o que se costuma chamar ganhar à paiada, ou então bater em mortos, ou as duas coisas… Esta cena promete vir a ser uma dor de cabeça daquelas. Para aquilo que a gente lhes paga não está mal…
2. Mas há pessoal muito à frente que não vai em futeboladas. Isso sim! A RTP passou ainda há bocadinho um apontamento (parece que é isto que se chama agora a uma porcaria feita em cima do joelho para encher chouriços) em que entrevistava pessoal que, em vez de se pôr ao lado da saloiada toda a ver o jogo, preferiu ir ao cinema. Foi aí que eu aprendi, pela boca dum cachopo barbudo e de óculos redondinhos (aposto tudo em como estava de sandálias e tinha bedum entre os deditos dos pés), que Portugal teve cinquenta e tal anos de ditadura e não quarenta e oito como eu estava convencida até agora, e também que um jogo de futebol dura 120 minutos e não 90. Foi o que ele disse: “Vou ver um documentário sobre o Estado Novo porque é muito mais importante saber o que se passou em cinquenta e tal anos de ditadura fascista neste país do que o que vai acontecer agora durante duas horas entre vinte e duas pessoas”. E fez muito bem em ir, o querido, porque bem falta lhe faz, bem falta lhe faz!...
3. Mas não se pense que todo o pessoal que vai à bola e agita cachecóis é inculto. Longe disso! Pelo menos esta tarde eu ouvi numa estação de rádio qualquer que não sei qual era, uma entrevista com um cozinheiro português na Alemanha que aquilo foi um colosso! Um manancial de cultura! Senão vejam: o rapaz tinha acabado de inventar um prato em homenagem à selecção, ao qual deu o nome de “Moelas Pauleta”. Só por si o nome já sugere quase um poema épico, como podem ver. Mas quando o repórter lhe perguntou o porquê da opção ele começou logo por avisar: -“Eu vou explicar, mas isto é uma lógica muito complexa!”. Avisados que estávamos, tratámos logo de afinar o ouvido e o cérebro para que da intrincada filosofia moelar nada nos escapasse. E ele explicou – “É que como todos sabem, as moelas vêm da galinha. A galinha é uma ave. O Pauleta vem dos Açores, que devem o seu nome ao açor, que também é uma ave!”
E é assim queridíssimos clientes, daqui a uma semana quando cá voltar, já vou ter aprendido tantas, tantas destas, que já só quero que me tirem deste filme.
Uma beijoca redonda da vossa
Rosarinho
Margarida Espantada
Há 1 semana
2 comentários:
e eu que não costumo ver nem o futebol nem os "apontamentos" subsquentes (esta é para ires ao dicionário, rosarinho!!)
Estou a ver que por este andar fico mais burra que uma certa caixeira de padaria! balhamedeus!!
eu sei o que foi: acabaram as cerejas comecei a comer as vogais!!
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