8/21/2006

Olá meus amores! Que saudades eu já tinha de vocês, palavra de honra! A parva da patroa na semana passada resolveu hibernar ou lá o que foi e deixou-me na rua, a mim e aos clientes todos. É uma pouca vergonha!
Mas não faz mal, porque hoje eu estou duplamente feliz! Ao fim de éne, éne, éne, éne tempo, finalmente voltei à minha vocação primeira que é o consultório sentimental. Mainada!
Por isso, em primeiro lugar quero mandar uma beijoca extra-especial para o cliente que deixou duas simpáticas perguntinhas, ambas de índole filosófico-sentimental: O MadFun!

E pergunta ele, em primeiros, a propósito de um post da sonsa da patroa mais lá para baixo, porque é que ela (a virgem Maria) tem de subir todos os anos e nunca sabemos quando desceu e por onde anda cá na terra enquanto não sobe?
É assim querido, olhe, a certeza certeza certezinha, também não tenho. Mas uma coisa posso-lhe eu garantir: Essas gajas que se mantêm virgens por muito tempo têm tendência a não baterem muito bem. Deve ser alguma coisa que lhes sobe à cabeça pela falta do uso, mas com certeza um médico saberá explicar-lhe melhor estas coisas de canalizações humanas, já que a minha especialidade é mais brioches e cacetes.
De qualquer modo, essa mania que a virgem aí da sua terra tem de querer subir todos os anos pode ter duas interpretações possíveis:
Uma é que a bacana, com a falta de actividade, pode estar naquela fase a que o povo chama habitualmente “andar a subir pelas paredes”, que é a fase do desespero absoluto.
Outra, é que esse pessoal celeste é por definição muito exibicionista. Assim que a gaja viu que o povo afluía para a ver subir, toca de repetir a façanha vezes sem conta. É como aquelas tias que não têm onde cair mortas mas andam sempre a esgadanhar-se por um convitezinho para uma festa onde haja jornalistas da treta. Por um lado sempre comem uns croquetes e tiram a barriguinha de misérias, por outro, “aparecem”. O querido só não me pergunte qual a essência deste fenómeno a que chamam “aparecer” porque disso não estou ao corrente, mas que elas gostam, isso gostam!
Quanto aos locais por onde andará a santa entre uma subida e outra, olhe, posso-lhe dizer que aqui a padaria ela não frequenta, nem tão pouco os cafezinhos e bares onde eu costumo ir nas folgas. Devem ser muito rascas para ela, sendo mãe de quem é e tal...

O nosso cliente pergunta também para a menina da caixa (moi même) e padeira de serviço (no armazém).Sabe qual é a razão (s) que levam a Patroa a ñ gostar do AJJ da Madeira??
Olha, na verdade não sei. Estou certa que deve ser apenas uma implicância da sonsa da patroa, sempre armada em esquisita. Como é possível não gostar dum cavalheiro de tão fino trato, tão elegante, de uma subtileza no discurso que nem o Godzilla conseguia se falasse e que, sou capaz de apostar, até deve saber usar a faca e o garfo à mesa sem se enganar nas mãos? Não se compreende! Na volta, é porque aqui na padaria temos todas uma alergia imeeeensa a censura e pessoal que a defende/pratica. Será por isso? Diga-me o querido o que acha.

E pronto, por hoje é tudo. Queria só aqui deixar um apontamentozinho sobre uma reportagem que vi ontem nas notícias mas já nem sei em que canal. É que se trata de uma coisa que me deixou mais confusa do que quando estou em TPM. É que uma senhora, que se diz professora de português, deu uma entrevista onde afirmou qualquer coisa como: “O ano passado era a vigésima terceira. Este ano, sou a (ligeira hesitação) … sessenta e nove.” Disse também que, devido a essa descida, sujeitava-se a ir trabalhar numa biblioteca ou a fazer serviço administrativo. Eu cá para mim, que só fiz o nono ano e mesmo assim sei dizer sexagésima nona sem qualquer hesitação, só posso dizer: -“Numa biblioteca???!!! Porra! Ponham-na mas é a varrer!!!”

Os queridos clientes não concordam comigo?

Beijinhos da vossa
Rosarinho

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