3/12/2007

NATIONAL GEOGRAPHIC - EPISODE TEN - A SIMULAÇÃO DE ORGASMO E AFINS


Apesar do mito tão enraizado na sabedoria popular segundo o qual “até os bichinhos gostam”, está hoje cientificamente provado (só não sabemos durante quanto tempo) que o único animal que pratica sexo com motivações na esmagadora maioria das vezes não procriativas é o humano. Por esse motivo, somos olhados com desconfiança pelos nossos gatos e cães, galinhas, porcos e coelhada, obviamente perplexos com a capacidade humana de se meter em sarilhos e chatices mais do que é estritamente necessário para poder comer, beber, dormir e continuar a espécie.
Este facto conduz-nos directamente ao tema central deste estudo científico que é, como o próprio título indica, a habilidade única de, com motivações várias e utilizando técnicas também elas variadas, conseguir disfarçar totalmente o sentimento de “seca” durante a prática sexual.
Ao contrário do que também é comummente aceite entre a populaça, esta capacidade de fingimento não é atributo apenas das fêmeas, embora nestas se manifeste como uma verdadeira forma de arte. A seguir iremos classificar as diferentes formas de simulação de vontade consoante o sujeito, a motivação e a técnica utilizada.

NAS FÊMEAS:

As técnicas mais utilizadas: Vantagens e inconvenientes.

1. A gritaria. Na maioria das vezes, de eficácia bastante satisfatória e por isso mesmo bastante utilizada. Trata-se uma técnica em que se confunde o cérebro do adversário ao ponto deste pensar que, porra, é tão bom que nem ele próprio sabia quanto. Os grandes inconvenientes deste método residem no risco bastante elevado de um abaixo-assinado do condomínio, de ficar conhecida no prédio por alcunhas pouco dignificantes ou de acordar as crianças.
2. A conversa de chacha. Menos utilizado pois exige a posse de um vocabulário mais alargado do que a média. Trata-se basicamente de um método de persuasão que consiste em convencer a vítima através de palavras bem seleccionadas como “és o maior” ou outras baboseiras do género. O grande inconveniente reside na incompatibilidade com um raciocínio útil como por exemplo “o que vou vestir amanhã” ou “como vou convencer este gajo a lavar a loiça que ficou de hoje”.
3. A respiração ofegante. Tem a vantagem de não acordar a vizinhança nem os miúdos mas pode, se usado em exagero, ser confundido com um ataque cardio-vascular, o que não é bom.

As motivações:

A fêmea finge com diversas motivações, sendo a mais comum o “desengoma-te” ou “vê se acabas depressa com isso”. O fingimento resulta quase sempre nestas situações pois provoca no adversário a sensação de consciência tranquila.
A segunda grande motivação das fêmeas é o desejo de ser normal. A culpa desta merda é da porcaria das revistas femininas tipo Maria e outras que, embora nunca tendo inventado um termo para designar uma mulher que não goste de bifes mal passados, que não saiba jogar poker ou que não consiga aprender árabe, inventou um para as mulheres que não são apreciadoras de sexo: frígida. Este termo, ao longo dos anos, acabou por se tornar um insulto maior do que “dealer de droga” ou “falsificadora de dinheiro”, pelo que se tornam compreensíveis as tentativas feitas para escapar ao rótulo.
Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, a motivação da fêmea raramente é a de obtenção de bens materiais, uma vez que para isso basta dizer “serve-te”.

NOS MACHOS:

As técnicas mais utilizadas: Vantagens e inconvenientes.

Os machos, mais básicos em quase todas as suas reacções, utilizam apenas uma técnica: A do “sou muita macho e como tudo o que me aparece à frente”, embora se saiba de fonte segura que, muitas vezes, lhes apetecesse mais estar a comer uma fatia de chocolate do que a levar com a vizinha da frente que lhe fez “olhinhos”.

As motivações:

A motivação dos machos também é apenas uma: Que os amigos, vizinhos e conhecidos não lhe chamem maricas, epíteto quiçá pior do que “frígida” para as fêmeas, que leva toda a gente a pensar que, por esse motivo, ele é incapaz de coisas que não têm nada a ver como apertar os atacadores sozinho, aprender matemática ou ter uma actividade profissional.

Quanto a este tema ficamos por aqui aguardando as achegas dos leitores ávidos de conhecimento científico. Para a próxima, dedicar-nos-emos a outro fascinante tema.
Agradecemos a Fausta a inspiração para este estudo.

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