O humano que, munido ou não de carta de condução, tem por hábito conduzir um automóvel, é designado cientificamente por “gaijo cum carro nas mãos”.
O gajo cum carro nas mãos é uma espécie abundante em praticamente todo o mundo com excepção de um ou outro deserto, mas neste artigo dedicar-nos-emos essencialmente ao gaijo cum carro nas mãos português, que se divide em várias subespécies com características próprias, como iremos ver a seguir.
O INDIANA JONES: É geralmente idoso e usa uma boina ou chapéu. Por trás duma aparência inocente inofensiva, é o grande aventureiro das estradas. A sua frase preferida é “Eu sou muito cauteloso a conduzir, mas os outros são todos uns malucos”. Circula a de 30 km/hora, exactos. Nem mais, nem menos. Da mesma forma, desde o início até ao fim do percurso que se propõe efectuar, nunca trava nem mete mudanças. Deste modo, costuma levar atrás de si uma fila de outros gaijos cum carro nas mãos absolutamente desesperados, que vão pondo as mãos à cabeça de cada vez que o vêem entrar numa rotunda movimentada sem dar prioridade a ninguém e fazê-la toda pelo lado de fora, na sua velocidade própria e sem nunca avisar quando vai sair.
O GAIJO DESINFORMADO: Está convencido que já houve uma guerra mundial ou uma praga que aniquilou toda a humanidade, sendo ele o único sobrevivente, o que obviamente se trata duma lacuna nas suas fontes de informação. Deste modo, não respeita qualquer regra, uma vez que desconhece que existem a circular outros gaijos cum carro nas mãos que podem, eventualmente, colidir na sua rota.
O ASSUSTADIÇO: Embora com imensa mágoa mas com um espírito rigorosamente científico, a autora deste estudo tem que admitir que esta subespécie é composta fundamentalmente por fêmeas, embora também haja uma percentagem interessante de machos nestas condições. É uma criatura que, basicamente, se assusta com tudo o que mexe, desde os outros gaijos com carros nas mãos até gaijos a pé, passando por felinos, canídeos e geradores de energia eólica. Nos casos mais graves, consegue assustar-se mesmo com o que não mexe, como postes, árvores e sinais de trânsito. O grande problema desta espécie é que, de cada vez que se assusta, trava. Problema para o gaijo cum carro nas mãos que segue imediatamente a seguir, como é óbvio.
O INFERIORIZADO: Trata-se duma subespécie cujos membros devem, com toda a certeza, levar porrada em casa ou no emprego ou em ambos os locais e que, por esse motivo, não suportam ser ultrapassados por outro gaijo cum carro nas mãos ou ver um à sua frente sem o ultrapassar compulsivamente, nem que para isso tenham que se suicidar ou provocar a morte de outras pessoas. Também há uma teoria que diz que esta subespécie pensa que, se chegar em primeiro lugar a qualquer lado, vai ganhar uma porcaria duma medalha ou duma taça ou lá o que seja.
E pronto, amável público amante da ciência. Por hoje ficamos por aqui, não querendo no entanto terminar sem uma advertência: Este estabelecimento, tão injustamente acusado de ser o emissor das cartas de condução dos gaijos cum carro nas mãos acima descritos, declara sob compromisso de honra que não tem nada a ver com isso nem nunca deu cartas a ninguém. Até pela nossa, tirada há uma porrada de anos, tivemos que pagar uma dinheirama.
O gajo cum carro nas mãos é uma espécie abundante em praticamente todo o mundo com excepção de um ou outro deserto, mas neste artigo dedicar-nos-emos essencialmente ao gaijo cum carro nas mãos português, que se divide em várias subespécies com características próprias, como iremos ver a seguir.
O INDIANA JONES: É geralmente idoso e usa uma boina ou chapéu. Por trás duma aparência inocente inofensiva, é o grande aventureiro das estradas. A sua frase preferida é “Eu sou muito cauteloso a conduzir, mas os outros são todos uns malucos”. Circula a de 30 km/hora, exactos. Nem mais, nem menos. Da mesma forma, desde o início até ao fim do percurso que se propõe efectuar, nunca trava nem mete mudanças. Deste modo, costuma levar atrás de si uma fila de outros gaijos cum carro nas mãos absolutamente desesperados, que vão pondo as mãos à cabeça de cada vez que o vêem entrar numa rotunda movimentada sem dar prioridade a ninguém e fazê-la toda pelo lado de fora, na sua velocidade própria e sem nunca avisar quando vai sair.
O GAIJO DESINFORMADO: Está convencido que já houve uma guerra mundial ou uma praga que aniquilou toda a humanidade, sendo ele o único sobrevivente, o que obviamente se trata duma lacuna nas suas fontes de informação. Deste modo, não respeita qualquer regra, uma vez que desconhece que existem a circular outros gaijos cum carro nas mãos que podem, eventualmente, colidir na sua rota.
O ASSUSTADIÇO: Embora com imensa mágoa mas com um espírito rigorosamente científico, a autora deste estudo tem que admitir que esta subespécie é composta fundamentalmente por fêmeas, embora também haja uma percentagem interessante de machos nestas condições. É uma criatura que, basicamente, se assusta com tudo o que mexe, desde os outros gaijos com carros nas mãos até gaijos a pé, passando por felinos, canídeos e geradores de energia eólica. Nos casos mais graves, consegue assustar-se mesmo com o que não mexe, como postes, árvores e sinais de trânsito. O grande problema desta espécie é que, de cada vez que se assusta, trava. Problema para o gaijo cum carro nas mãos que segue imediatamente a seguir, como é óbvio.
O INFERIORIZADO: Trata-se duma subespécie cujos membros devem, com toda a certeza, levar porrada em casa ou no emprego ou em ambos os locais e que, por esse motivo, não suportam ser ultrapassados por outro gaijo cum carro nas mãos ou ver um à sua frente sem o ultrapassar compulsivamente, nem que para isso tenham que se suicidar ou provocar a morte de outras pessoas. Também há uma teoria que diz que esta subespécie pensa que, se chegar em primeiro lugar a qualquer lado, vai ganhar uma porcaria duma medalha ou duma taça ou lá o que seja.
E pronto, amável público amante da ciência. Por hoje ficamos por aqui, não querendo no entanto terminar sem uma advertência: Este estabelecimento, tão injustamente acusado de ser o emissor das cartas de condução dos gaijos cum carro nas mãos acima descritos, declara sob compromisso de honra que não tem nada a ver com isso nem nunca deu cartas a ninguém. Até pela nossa, tirada há uma porrada de anos, tivemos que pagar uma dinheirama.
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