1/02/2008

2007 SEGUNDO A PADARIA

Se todo o bicho careto (desde o jornal da paróquia à TVI) faz a revista do ano, não vejo porque é que a padaria não há-de fazer, já que se trata provavelmente do local onde circula mais informação e mais fidedigna. Aqui vai portanto, a síntese de tudo o que de mais importante marcou este 2007, a nível internacional, nacional, local, e até mesmo caseiro.

JANEIRO:
O Porto abriu o ano a perder com o Atlético não sei do quê, o que foi lindo! Não temos nada contra a equipa do Sr Costa e Deus nos livre de o ter à perna com os seus cãezinhos, mas fica sempre bem a qualquer clubezeco ganhar ao Porto. Parabéns ao Atlético não sei de quê que nem sabemos se ainda existe.

Cavaco Silva foi à Índia em visita oficial mas vingou-se. Luvou a Cátia Guerreiro para lhes atascar uns fadinhos. Bem feito!

José Cid deu o concerto do ano em Aveiro, nos festejos de S. Gonçalinho, onde revelou a todas as fãs, ao vivo, que tem a pila grande. Que lhe faça bom proveito. Os fornos aqui da padaria não são muito avantajados e preferimos cacetes maneirinhos.

Um tribunal mandou entregar uma miúda a um bronco que ela não conhecia de lado nenhum e ele próprio não sabia que existia durante um bom par de anos após a pinada. Começou oficialmente o caso Esmeralda, que haveria de mobilizar toda a sociedade civil para qualquer coisa sem ser futebol nem reality shows da TVI, pela primeira vez.

A Polícia Judiciária iniciou buscas na Câmara Municipal de Lisboa. Mal eles sabiam que alguns meses mais tarde viriam a ter assunto bem mais mal-cheiroso e que os haveria de entalar e bem.

Numa demonstração de imaginação sem limites, Marcelo Rebelo de Sousa inventou a teoria do Nim ao aborto. Foi o fim do avacalhanço ou, como se costuma dizer,o fim da macacada.


FEVEREIRO:
Apesar da teoria do Nim mas com a abstenção do costume, ganhou o SIM . Acabou-se o negócio para as “calistas”, uma importante fatia da economia paralela em Portugal.

O Farinha lança o grande estudo “que merda de tuga é você” , reconhecido por todas as revistas científicas. Ok, não foi, mas era justo que fosse.

A Rosarinho lançou o concurso de ideias: Que fazer com este estádio? Infelizmente nenhuma das ideias foi aceite e aquilo lá continua, a dar despesa.

MARÇO:
Foi o mês de entregar o IRS, actividade que os portugueses tanto apreciam e deixam sempre para o último dia, com grandes ganhos de adrenalina pura.

Ainda em espírito natalício, saiu a fava a Andreia Elizabete, que lá teve que voltar para casa (?) dos pais e dos 553 irmãos.

No CDS celebrou-se o Carnaval fora de horas mas animadamente, com uma boa sessão de porrada . Assim é que é!

Começou a peixeirada à volta da Ota , que ainda não terminou pois ainda não está decidido quem tem mais influência: se quem tem terrenos na Ota para valorizar, se quem tem terrenos em Alcochete para valorizar. Que se lixem!

O mar invade a Costa da Caparica e o respectivo Parque de Campismo. Foi o fim da discussão séria à volta do assunto. Por amor de Deus, campismo!?


ABRIL:
Tivemos os nossos 5 minutos de fama . Bem… famazinha… vá lá.

A padeira fez anos.


MAIO:
No meio de grandes falcatruas, Alberto João voltou a ser eleito. Não há meio de conseguirmos vender aquilo aos espenhóis, livra!

Desvendámos o verdadeiro segredo de Fátima . A qualidade técnica não foi grande coisa mas o conteúdo merecia uma porra dum Óscar ou dum urso ou lá o que é isso. Não ganhámos nada e ainda houve quem dissesse mal.

Desapareceu uma miúda no Algarve e, como seria de esperar, não faltou quem desse bitaites sem saber absolutamente nada do assunto. É um clássico.

Um gajo qualquer chamado Fernando Charrua passou de tachista a herói e mártir assim sem mais. Felizmente as coisas esquecem a grande velocidade ou a esta hora já haveria um santuário.

JUNHO:
Voltámos a levar com as marchas populares em directo. Deve ser promessa.

João Cardielos ganhou um concurso com a ideia de transformar a Avenida Lourenço Peixinho em parque de estacionamento para naves espaciais. Ou se não era isso era parecido.

A padeira foi convidada para uma bondage party mas não pôs lá os pés.

JULHO:
Deu-se a eleição das sete maravilhas do mundo. Uma campanha de marketing tão bem organizada que até a padeira votou, imaginem!

Houve eleições para a Câmara de Lisboa, mas a vencedora, uma tal de abstenção, não tomou posse. Mais sobrou para o Costa.

Em Aveiro, as Festas da Ria foram mais uma vez uma manifestação da imensa sabedoria popular.

E por falar em sabedoria popular mas ao contrário, abriu a loja Ikea em Matosinhos, onde os mais trongos tiveram direito a um prémio de 100 euros.

AGOSTO:
Lili Caneças ameaçou mudar-se para os EUA. Claro que a ameaça, apesar dos cromos que lá há, era para eles, não para nós. Como ainda não foi, presume-se que não conseguiu visto.

Uns putos que comem flocos de cereais e tiritas ao pequeno-almoço invadiram uma plantação de milho. E nem umas nalgadas levaram.


SETEMBRO:
Numa operação relâmpago digna de filme amaricano , a Asae apreendeu material pornográfico sem tradução que constituía uma ameaça para a saúde pública.

Devido a umas tricas de merda, a padaria teve que fechar, mas logo logo reabriu ao público. Foi uma hist´ria triste que marcou indelevelmente 2007.

Estreia mundial do nosso filme das férias. Quase que era um sucesso comercial, mas não foi.


O Porto perdeu com o Fátima. Pronto, pronto, não digo mais nada.

A padeira assumiu de vez a sua… idade… e comprou uns óculos.


OUTUBRO:
Um agricultor de Vagos foi mordido por um porco. Não interessa nada mas é uma bela notícia e deve ter dado uma animação no hospital melhor que um episódio do Dr. House.

A padaria comemorou o Dia da República defendendo a monarquia. Mainada!

Em Fátima, foi inaugurado o novo estádio, que afinal era uma catedral. Dá no mesmo.


NOVEMBRO:
A padaria fez 4 anos e pôs à votação dos clientes a sua nova imagem. Ganhou a piorzinha.

Fomos de férias outra vez. Só para meter raiva.


DEZEMBRO:
A padeira assumiu que anda com chatices das grandotas. Oxalá em 2008 lhe passe.

Deu-se o espantoso espectáculo do Festival Eurovisão júnior e Maria Cavaco Silva revelou que só usa verdadeiras. Não gosta de artificiais.

Mais uma vez revelámo-nos como pérfidos mas eficazes vingadores, animando a assinatura do Tratado de Lisboa com a Dulce Pontes.

A padeira ganhou uma prenda de Natal porreirinha e começou logo a provar que não sabe usá-la.

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