Deliro com ele. É o lugar-comum mais esquizóide de todos os lugares-comuns.
Aplica-se geralmente em frases pseudo-poéticas, "Eu quero ser eu mesma/o!", "Deixem-me ser eu mesma/o!" ou "Gosto mais de ti quando estás a ser tu mesma/o!".
O que raio quer uma pessoa dizer quando afirma que que alguém está, ou não está, a ser ela mesma? Que pode acontecer uma situação do tipo - "Ai a minha cabeça! Estava aqui a ser a menina Lúcia das fotocópias, mas não! Eu sou a D. Maria do bar! Desculpem lá!"
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Mas já outros são simplesmente imbecis. Como quando apanhei um taxista em Lisboa, que entre a Gare do Oriente e o SEF disse umas catorze vezes "Eu, gosto de ser uma pessoa humana!" - e depois fazia uns segundos de silêncio à espera das reacções do público extasiado.
E vocês, quais são os lugares-comuns que mais vos tocam?
1 comentário:
Didas, podias começar uma «corrente» com isto (tou a gozar, tou a gozar, já nem posso com correntes!!!)
Mas está muita bem visto. Há um raio de expressões que entraram na conversa como sendo muito normal que se diga, e me deixam entre o espantado e o irritado.
Olha, cá vai uma, também muito em voga em entrevistas, concursos e quejandos: «Então, bem-disposto(a)?» resposta idiota, «Sempre!»
Sempre?... Aquelas criaturas andam SEMPRE bem dispostas?! É a parvoíce mais irritante para os meus ouvidos que conheço. E já adivinho, pelo tom de voz quando ela vem. Já se riem na minha casa, quando oiço a pergunta «Então bem-disposta?» e eu respondo em simultâneo com a ouvinte «Sempre!» - há logo risota.
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