11/25/2008

PARA SER CONSIDERADO VIOLÊNCIA TEM QUE DAR PORRADA E SANGUE


No dia em que se assinalou o "Dia Internacional Contra a Violência contra as Mulheres", a SIC divertiu a populaça com o espectáculo duma mulher que confessou perante a turba que:


-Há mais de seis meses que não tem um orgasmo
-Já chorou depois de ter sexo com o marido
-Sente-se sozinha
-Não tem um casamento feliz


Mas isto é demasiado subtil para ser considerado violência.

13 comentários:

saltapocinhas disse...

eu tenho muitos "ses" nestes casos de violencia (em alguns, pronto)

não vi a noticia que referes, mas os homens terão sempre a culpa?
será o homem feliz no casamento??

São Rosas disse...

ISTO (seja M ou F, porque há de ambos os lados) é pornografia.

Didas disse...

Saltapocinhas, a mim pareceu-me que aquela situação era, toda ela, uma violência. Violência ela viver assim, violência o marido ter de saber isso em público para milhões de pessoas, violência a filha estar presente com ar de "tirem-me daqui".

De acordo, São.

Furetto disse...

Parece-me que estás a misturar a felicidade pessoal da mulher em questão com violência. Violência não é apenas a física, mas isso parece-me um acumular de más situações, más escolhas e incapacidade de alterar a situação, quer por preguiça, quer por impossibilidade.
Eu até aconselhava um médico, mas os que conheço pessoalmente só tratam de quadrúpedes.

cereja disse...

Um dia tenho de ver esse famoso programa.
Tenho cá um mau feitio do caraças, e sempre detestei esse tipo de big brothers voyeuristas da intimidade de cada um, para além de ficar arrepiada só pensar como é possível concorrer-se a 'isso'...
Pelo que ouvi, por ali no autocarro, essa coisa de ser feliz no casamento (que raio de pergunta!!! o que é isso de 'ser-feliz-no-casamento?!) foi o que a tramou, porque ela disse que Não, mas a resposta certa era Sim. Se isto não é uma parvoíce não sei o que seja parvoíce!

Didas disse...

Não Furetto, para mim, viver assim é uma violência. Ir confessar estas merdas à televisão também.

Emiele, a que ela disse que não e era sim era se o marido era a grande paixão da sua vida. Ainda pior! Ela não sabe mas o polígrafo sabe, valha-me deus!

cereja disse...

Ohhhh!
Tadinha dela, Didas!
Se calhar ela ainda espera pela tal «grande paixão» mas o polígrafo já sabe que fica por ali e acabou!!!! Malandro do polígrafo! Tá feito com o marido!....

cs disse...

pois também acho súbtil.

Num País que até há pouco tempo tinha um duscurso do genero, ele ébom homem, só me bate uma ou duas vezes por ano. Ou até outra que dizia, que o marido até era bom homem, porque nem lhe batia.

é súbtil sim. é um tema por si violento, veja esta campanha
feita em Espanha , desculpe o abuso

http://cincosentidosoumais.blogspot.com/2008/11/451-25-de-novembro-de-2008.html

Um dia pode ser perto de nós

Didas disse...

Sim, às vezes é mesmo muito perto de nós. :(

Anónimo disse...

sentiste-te violentada? n doi vá!

Didas disse...

?!

saltapocinhas disse...

eu não sabia que era um programa de televisão, pensava que tinha sido alguma reportagem.

sendo assim, pior ainda.
pessoas normais não vão a programas assim!
ela deve merecer o marido que tem!

Didas disse...

Pois, foi no momento da verdade, esse excremento de show.