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Olá queridos clientes! Estão bem? Espero que sim, especialmente AS clientes, que devem ter passado um domingo um bocado stressado com toda a gente a querer-lhes impingir flores e jantares com show de strip e promoções nas lojas e nas gasolineiras e mais o raio que os parta. Mas já passou. A semana, essa, foi mais ou menos pródiga em acontecimentos engraçados. Vamos ver:

1. No Brasil, a equipa médica que fez um aborto a uma criança de nove anos, grávida devido a abusos sistemáticos do padrasto, foi excomungada pela igreja católica local. Se a história não fosse tão triste era uma risada só. Excomunhão é uma coisa que eu pensava que só tinha importância na idade média. Aparecer um padre a dizer que nos vai excomungar, hoje, deve ser a mesma coisa que nos darem um tiro com uma pistola de fulminantes. A reacção da equipa foi: “A excomunhão do arcebispo se torna irrelevante para todas nós”, ou, em bom português, “Oh p’ra minha cara de preocupada!”.

2. O presidente da Caixa Geral da Depósitos foi ao parlamento explicar porque é que comprou acções da Cimpor 25% mais caras do que o que vinha lá na etiqueta. Eu pessoalmente acho que foi assim: O homem é muito educado e não é gajo para regatear preços, especialmente quando não é ele que paga. Depois, também deve ser um bocadinho distraído e não olhou para o preço, só deu por ela quando chegou a casa e já não quis ir para trás reclamar porque já tinha deitado o talão para o lixo. A quem é que nunca aconteceu isto?

3. Cavaco Silva foi dar uma volta à Alemanha mais a D. Maria e mais uma comitiva constituída pelos “colas” do costume, com uma fadista amiga em stock e tudo. Se o objectivo era resolver o assunto da Quimonda, algo me diz que o que eles lá foram gastar, incluindo viagens, hotéis, comezainas e etc, dividido pelos trabalhadores da Quimonda, dava para cada um abrir a sua empresa e ficar o problema resolvido. Isto a avaliar pelas revelações do ponto que se segue, claro.

4. Continua por pagar uma viagem que Manuel Pinho fez em 2005 à Alemanha, no valor de 20.000 euros… só a viagem mesmo, atenção! A história gira à volta duma factura que pelos vistos andou de mão em mão, com o pessoal todo a cortar-se, e agora perdeu-se no meio da papelada e ninguém sabe onde pára. Cagativo, especialmente para mim que não me toca nada. Mas na verdade, se não fosse um episódio destes, a gente nem ficava a saber que estes gajos nos gastam, numa simples viagem, uma quantia que seria suficiente a cada um de nós para dar uma volta ao mundo sem sequer ter que ir dormir a hotéis rascas nem andar a comer sandochas.

5. Michael Jackson anunciou novos concertos perante uma legião de fãs histéricos que, quanto a mim, precisavam dum bom par de estalos para acordar para a vida. Anunciou também que serão os últimos. Só não anunciou, mas eu sei, que vai cantar paradinho no meio do palco e com uma ambulância pronta para qualquer eventualidade. Porque se ele se põe a dançar como fazia no tempo do “Thriller” acontece-lhe como aos zombies: As peças soltam-se!

6. No parlamento parece que finalmente se começaram a consciencializar que se lhes estamos a pagar é para ele fazerem qualquer coisa, quanto mais não seja dar espectáculo. O deputado do PSD José Eduardo Martins mandou o aveirense Afonso Candal para o pai da humanidade, mais especificamente o c*ralho, para onde de qualquer modo não sabemos se ele chegou a ir. O que sabemos é que podemos pôr a mão no fogo pelo rapaz. Filho de quem é, não acredito que tenha dito nada inconveniente que possa ter provocado a reacção do outro. É que nadinha!

7. Depois de meses e meses, alguém se inteirou que o software do Magalhães está cheio de erros de ortografia. Eu cá, que nunca mexi em nenhum, juro, não tinha dado por nada. Agora os senhores professores, os paizinhos e toda a imensidão de gente que já andou às voltas com aquilo, não sabia que “de cada vês” ou “fácilmente” não se escreve assim? Mais: Quem é que achou que um gajo com a quarta-classe reunia as competências necessárias para traduzir aquilo? O mesmo que os deixa fazer as traduções nas instruções dos electrodomésticos? E na volta ainda lhe pagaram qualquer coisa! A minha alma está parva!

E assim me fico por hoje queridos clientes. Fiquem bem, e com a beijoca do costume da vossa

Rosarinho