. Um senhor de São João da Madeira fez o chapéu do Indiana Jones;
. Uma senhora chamada Lurdes ou Conceição ou Isaltina costurou a bandeira americana que foi à lua;
. Um escritor qualquer americano que por acaso se chama Paul Auster escreveu a palavra Portugal a páginas 325 dum livro qualquer;
. Uma ceguinha pedinte deu um concerto no estrangeiro a tocar ferrinhos;
. O Joaquim de Almeida teve mais uma deixa num filme de porrada a fazer de mexicano bera;
. Um gajo qualquer que acha que é colunável esteve a meio metro do Michael Jackson.
Se há lusas criaturas capazes de feitos dignos, e há, também há uma qualquer força fatalista que nos leva a só ouvir falar das que rastejam para que lhes dêem um minuto de fama de segunda categoria. É mau.
Margarida Espantada
Há 1 semana
8 comentários:
Não me parece que sejam as pessoas que se põem em bicos de pés para aparecer (talvez com excepção do "actor").
Os jornalistas é que correm atrás destas histórias, não sei porquê...
deve ser por serem tristes!
A Saltapocinhas tem razão quanto aos media, mas por outro lado há quem tire muito orgulho de coisas dessas. Agora quando morreu o Jackson houve para aí una chuva de entrevista, e perdi a conta das vezes em que ouvi «em tantos de tal, estive ao pé dele e até me deu um autógrafo» ou «no dia tal ele deu-me um aperto de mão» (esta talvez seja eu a inventar que ele não gostava de tocar nas pessoas) ou «estive na primeira fila do concerto tal»
Que enjoo!
Porque são histórias distantes, e os jornalistas tentam um ângulo diferente com algo que a torne mais "próxima", mais relevante... e também mais barata de cobrir: fica mais barato ir a Vagos do que ir a Houston.
é pena que os média só dêem visão a merdas desses!
Pois é, mas quando digo que somos uns merdas, apontam-me o dedo por ser crítico!
Eu vi o Elvis já depois de terem dito que ele morreu. Foi na TV e em diferido, mas talvez conte...
O que eu acho, é que nós nos achamos pequeninos como país e os maiores individualmente, não damos valor ao que fazemos em conjunto.
Acabo de chegar da Galiza, dos Caminhos de Santiago, e fico cada mais vez mais impressionado om opinião sobre nós. Não há cá Figos nem Cristianos Ronaldos.. são as pessoas, as nossas festas populares, é nossa aldeia ou cidade pequenina que muita gente de lá e do resto do mundo a conhece e conta como foi bem recebido e foi feliz... e disso não é preciso fazer notícia.
Saltapocinhas, pois são os jornalistas que procuram. Mas eles dão às pessoas o que elas gostam, por isso...
Emiele, foi mesmo um enjoo.
Estrela do Ar, também é um ponto de vista, pronto.
Larose, nem mais, era o que eu estava a tentar dizer.
jg, eu não acho que somos uns merdas, uns são outros não. Miserabilistas, somos.
Lol AB, conta pois!
Paulo, mas a Galiza é um mundo à parte. Se fores a PiongYang é capaz de já não ser assim...
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