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Olá queridos clientes! Tiveram uma boa semana? Eu também, não fiz um caraças. Mas vamos ver os acontecimentos da semana que passou.

1. Um cargueiro russo que estava desaparecido desde fins do mês de Julho só apareceu esta semana. Acho que isto legitima duma vez por todas a expressão "perder o autocarro".

2. Nos mundiais de atletismo em Berlim foi levantada uma suspeita sobre uma atleta, Caster Semenya, a quem acusaram de ser, na verdade, um homem. A mãe explicou que se trata duma manobra dos brancos que não gostam de ser ultrapassados. Isto a bem dizer não interessa nada. Eu só fiquei a imaginar a cena ao contrário, ou seja, se a Caster fosse branca e a mãe viesse dizer para a comunicação social que aquilo era uma manobra dos pretos. Era o fim do mundo em cuecas.

3. Manuela Ferreira Leite, no programa "Grande Entrevista", disse que se vive em Portugal um clima de asfixia democrática. Eu concordo. E até acho que o Pedro Passos Coelho, por exemplo, deve sentir-se um nadinha asfixiado.

4. Foi finalmente descoberta a receita para podermos dar uns safanões no polícia que nos multa por excesso de velocidade, ou simplesmente mandá-lo para a p... que o p... (depende se somos mais ou menos pacifistas ou temos mais ou menos cabedal), e não nos acontecer nada no fim. Basta ir à junta de freguesia pedir um atestado de pobreza.

5. Descobrimos também que não convém ser-se violada durante o mês de Agosto, uma vez que os peritos de medicina legal estão em período de descanso. Portanto, meninas, se um galifão vier para vocês com cara de poucos amigos e nada boas intenções, e se posssível com uma naifa na mão, peçam-lhe delicadamente para esperar até Setembro.

6. No Algarve, depois de cair uma falésia que infelizmente matou quatro pessoas, a reportagem da SIC foi encontrar, em várias praias, inúmeros turistas a descansar à sombrinha de periclitantes morros com sinais afixados de "perigo de derrocada". Está explicado então porque é que as testemunhas do ocorrido na Praia Maria Luísa foram unânimes a dizer que os sinais não são o suficiente. Para este povo que não se governa nem se deixa governar, a única coisa suficiente seria corrê-los dali à cacetada. E mesmo assim voltavam. E se levassem com uma derrocada, a culpa seria sempre do governo.

7. Em Aveiro, na Praça do Peixe (para quem não conhece, uma espécie de Bairro Alto mas mais pequenito), o CDS fez a rentreé política, com três porcos no espeto e mais de mil carcaças à borla. Está certo que, apesar da Praça ser um local de grande movimento à sexta e ao sábado à noite, não tinha nem metade das pessoas que estavam, por exemplo, a ver o Zé Cid no S. Gonçalinho, mesmo contando com os gajos que levam as bandeiras. Mas pelo menos os arrumadores de automóveis da zona alimentaram-se. Foi bom.

E pronto queridos clientes, por hoje é tudo. Combinamos para de hoje a uma semana se cá andarmos todos e fiquem com a beijoca do costume da vossa

Rosarinho