11/11/2010
O senhor do adeus
Eu (e provavelmente a maior parte das pessoas) fiquei a saber da sua existência no dia em que morreu. Era um homem que acenava adeus aos carros que passavam como nós fazíamos quando éramos putos e nos deixavam ir de joelhos no banco de trás, antes da legislação que obriga a que as crianças morram nos acidentes trancadas em cadeirinhas normalizadas.
De qualquer maneira, e mesmo sabendo que ele só foi notícia porque o fazia no Saldanha e não nas Pontes, é simpático saber que havia um senhor que tirava um prazer genuíno do acto de dizer adeus aos carros que passavam... como nós fazíamos quando éramos putos.
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10 comentários:
foi mais ou menos o que comentei cá em casa: "eu fazia o mesmo quando era miúda"
E deitava a lingua de fora a quem não retribuía o meu "adeus".
e ainda fazia mais: eu também anotava as matrículas!
Lol! És malévola! Nada como o senhor do adeus!
Se alguém fizesse isso nas pontes era automaticamente rotulado de doido varrido... Como era no Saldanha, era uma pessoa solitária na busca de algum conforto... Pois, é isso! :p
É pena que neste triste País só
depois que as pessoas falecem venham falar delas como se em vida lhes tivessem passado algum
"cartão"!
Pessoas como o "Senhor do Adeus"
devem ter sido ignoradas durante muitos anos e o Senhor cujo nome desconheço deve ter sentido isso mesmo!
Vem agora, para a reportagem, o dr
Ricardo Sá Fernandes "visivelmente
emocionado" falar desse Homem a quem muita gente também deve ter ignorado!...
Engraçado o sentimento de muitos "portugas"!...
Zé de Aveiro
Hoje são só crianças e nem isso. Mas é uma ternura...
Mas afinal quem é o homem?
Ouvi uma entrevista com o sr no programa do Alvim há 2 ou 3 semanas.
Pareceu-me um dandi alfacinha, solitário mas dandi.
Não deixava de ser simpático.
Da minha parte faço muitas vezes o mesmo, a conduzir, e imagino um nó cego na cebeça das pessoas, que retribuem o meu aceno e ficam a pensar:'de onde é que eu conheço aquele caralho...'
Eu faço-o por ordinarice, o que é muito pior que por dandismo.
Essa é que é essa.
Narizinho, claro! Temos que saber muito bem escolher para onde vamos fazer figuras parvas!
Zé, vamos mais longe. O Dr. Ricardo Sá Fernandes já tinha planeado: "Quando este gajo bater a bota vou fazer cá um discurso!" Mas isto sou eu a ser pura má-língua.
Pé-de-cereja, as crianças hoje já não podem. EStão presas.
Fermelanidades, e eu sei lá!
João, isso não é ser ordinário, é mesmo ser mauzinho! Como a Saltapocinhas era! :)
até já deviamos ter apeado o duque de saldanha e empoleirado o tolinho do adeus.
O Duque de Saldanha já foi apeado...
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