"Uma mulher prepara-se para concorrer às presidenciais no Afeganistão" - dizem eles nas notícias como se isso fosse uma coisa do outro mundo. Não é. É precisamente nestes países que as mulheres mais se empenham politicamente. Porque, ao contrário de nós, precisam de se afirmar numa cultura viril. Por outro lado nós somos o produto duma sociedade em que os políticos se esforçam por nada fazer para não se comprometerem, e a "actividade" de nada fazer só serve, por temperamento, para os homens. As mulheres precisam de ver o resultado do que fazem. Seja governar, seja um paninho de crochet. Na política não é possível. E já que o feminismo, na prática, já não é necessário, para quê chatearmo-nos a entrar numa vida em que é preciso lamber botas e fazer reuniões inúteis para decidir quando e como havemos de fazer outras reuniões ainda mais inúteis? Nós já fazemos o que nos apetece, ninguém nos obriga a usar véus nem nos apedreja se formos adúlteras. Um rais parta a política!
2 comentários:
Um homem não diria melhor.
Pois a política é a decisão do futuro de cada um de nós!
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