Uma coisa que eu gostava que me explicassem como se eu fosse muito muito estúpida é como é que se chegou à soma de 20 milhões como sendo a quantia que se perdeu com a tolerância de ponto de hoje à tarde. Está certo que o cálculo foi feito por professores universitários (suponho que de economia), pelo que não é digno de grande crédito. Estamos fartos de saber que os economistas são os gajos que menos percebem de economia. Mas mesmo assim, tenho curiosidade em saber como chegaram lá. Se usaram uma calculadora daquelas que saem nos ovos kinder, se tiveram que se descalçar para fazerem contas pelos dedos ou se têm um aparelho daqueles que o Fernando Mendes tem para chegar ao valor da montra final. Duma coisa tenho a certeza: Vale sempre a pena mandar para o ar estas pequenas achas para a fogueira do ódio contra os funcionários públicos, essas criaturas que nada produzem. O povo precisa de bodes expiatórios. Mas se nada produzem, caramba, como é que se perderam 20 milhões?
Primeira hipótese: Os iluminados economistas fizeram o somatório do que se paga por meio dia de trabalho aos funcionários públicos do país. Essa até eu fazia com lápis e papel se me dessem o valor das parcelas. Mas será que se lembraram de subtrair o que se poupou em água, luz, papel higiénico, toalhetes e sabonete? Será que se lembraram do que esses funcionários públicos, durante a pecaminosa folga, vão gastar em hotéis, restaurantes e com isso ajudar o resto da malta a faturar? Será que se lembraram que o serviço irá ser feito de qualquer maneira?
Segunda hipótese: Os inteligentes somaram o valor das taxas que os cidadãos deixaram de pagar nos serviços públicos por estes estarem fechados. Mais rebuscada e ainda mais estúpida do que a anterior. Todos sabemos que ninguém escapa de pagar as suas taxas e impostos excepto banqueiros, políticos e demais intrujas. E que isso não depende dos serviços estarem abertos ou fechados.
Meus amigos, a culpa desta choldra estar como está não é dos feriados, nem das tolerâncias de ponto! Outros povos com muito mais quantidade dessas coisas, como os espanhóis, têm-se safado bem melhor do que nós! E deixem-se de merdas! Neste país de intrujas há bem mais atestados e baixas médicas falsos do que tolerâncias de ponto!
Margarida Espantada
Há 1 semana
14 comentários:
estamos em sintonia, desta vez!
a isso de que falas chama-se demagogia e há quem goste, a começar pela classe jornalística.
Olha que tudo isso que escreveste é verdade menos eles se descalçarem para fazer contas pelos dedos. Essa gente cheira mal dos pés.
Dividir para reinar. Batem em nós, porque somos os maus da fita, a culpa é do mais fraco.Eles enchem os bolsos com bons ordenados, reformas maradas além de roubos e são intocáveis.
tá-se bem.... continuem
Eu não fiquei ofendido com a tolerância de ponto. Estarem no local de trabalho, não estarem, é quase igual...
Agora a sério, as comparações. A Didas, muito acertadamente, faz as que lhe convém. Vá lá ver quantas tolerâncias de ponto têm nos países que não estão à rasca e que até as poderiam tolerar - eu não vi, mas tenho certeza de que não são como as nossas, as espanholas, gregas, ou afins. Não pode.
Aliás o nome é uma nojice. É uma folga, chamem-lhe uma folga, ou alguém acredita que alguém, podendo ficar em casa a sornar vai trabalhar? É propaganda eleitoral paga por todos para aquilo que o próprio PS reconhece ser a sua base de votantes.
Quanto às poupanças de água, luz e etc., e as vantagens para a economia que resultam de não se trabalhar (...), alguém ainda pode lembrar-se de que se calhar, mesmo pagando o salário, é preferível mandar os funcionários públicos para casa. Sempre se poupa na água, luz, etc., e a luz está pela hora da morte. Aliás o FMI parece que na Grécia despachou 17% numa só fornada. Para dinamizar o comércio, certamente. Como cá gostamos de números redondos e o comércio está mal, pode ser que seja necessário dispensar 20%. Ou 25, para emparelhar com o IVA.
É claro que este país não está como está presentemente por causa dos feriados, está assim por causa dos socialistas que presentemente o - ia dizer governam, mas não faz sentido.
E eu já uma vez lhe disse que este PM palerma ainda nos empurrava para uma ditadura. O PS está à frente nas intenções de voto e o Otelo acha que falta outro Salazar. Eu começo a ficar preocupado. Nós estamos mesmo numa ditadura, ou seja, andam uns palermas a fazer que mandam, a mando dos que mandam, a dizer que não somos subservientes a ninguém quando já andamos a passar mal que nem cães. Havemos de lamber o cú a quem nos atirar um osso, de livre vontade, que não somos subservientes.
Quanto ao serviço ser feito, tenho as minhas razões para duvidar ligeiramente - hoje recebi o deferimento da renovação da licença de habitação da casa do meu pai. Foi pena. Mais dez dias e comemorava um ano desde o pedido. Mas é claro, deve ser caso único.
Boa Páscoa!
Didas, a sintonia é tanta que tinha (e tenho) em rascunho o post que vou deixar amanhã sobre o mesmo tema.
Não AB, por acaso eu sei, e os países desenvolvidos têm tantos ou mais feriados que nós; essa conversa das nossas folgas e feriados é um mito urbano. E já agora, eu sou do tempo em que se trabalhava os 5 dias da semana e mais o sábado de manhã. Era um lucro do caraças! Não sei fazer as contas à moeda da época, mas seria mais ou menos 80 milhões por mês. Isso é que era!
Não estou a gostar mesmo nada disto!
reparo que ultimamente temos estado muito de acordo, como é o caso de hoje.
Onde é que isto vai parar?!
Estou deveras preocupado.
Saltapocinhas, a demagogia está intimamente ligada ao politicamente correcto e é lixado vermo-nos livres dela.
Constantino, mas como estavam sozinhos não havia problema.
Anónimo, é por aí... é por aí...
A.B., congratulo-me (sinceramente) com o facto de ter voltado aos comentários maiores que os posts, até porque esta padaria, ainda que do PS como já me disseram, não é uma ditadura. Quanto à licença de habitabilidade tenho que o informar que alguém o enganou: Não é renovável, é válida para sempre. Como a nossa dívida externa.
pé-de-cereja, é o fadinho! É o fadinho! Adoramos auto-fagelar-nos! Temos muitos feriados! Os feriados são uma coisa pecaminosa porque nos sabem bem! Toma! Agora acompanha isto com umas guitarradas!
mfc, é recíproco. Até eu estou a ficar preocupada porque isto só pode querer dizer que estamos mesmo na m*rda!
O post tinha mais 8 palavras e 109 caracteres do que o comentário. Uma licença de habitação tem que ser renovada após uma modificação exterior. Continuo sem saber quantos feriados têm os países que os podem suportar. Pé-de-cereja, sabe? Partilhe, não seja como aquelas velhas que vão para a cova com a receita dos pastéis. Tolerância de ponto é uma hipocrisia, como é dizerem que temos superávit. Este Governo em particular conseguiu duplicar a enorme merda legada pelo PSD. Didas, duvido que fique até Agosto sem receber, mas PODE FICAR. O facto de isso estar nas mãos de estrangeiros desde há mais de um ano diz-lhe o quê sobre subserviência, soberania, e como tem sido governado este país? Oxalá "os mercados", pelas besteiras diárias que se dizem, e antes de qualquer negociação, não se lembrem de fazer o milhão e tal de dependentes do Estado passar fome, só para percebermos MESMO onde estamos metidos.
PS
Não estou para andar à procura, mas creio que a direcção da padaria já manifestou mais que uma vez a sua simpatia para com José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e para com o Partido Socialista. Isso não quer dizer que este blog seja socialista, evidetemente, e se fôr, o que é que eu tenho a ver com isso? Não são os socialistas que me incomodam, são os palermas, e disso estão os partidos todos cheios, infelizmente. Esse é que é o meu problema, e parece que, a avaliar pelas taxas de abstenção, é o problema de mais de metade do país votante, e isso é muito mau.
Bjo.
Ok, o Sócrates continua a seu o mais giro. Mas a concorrência, mesmo do Coelho, é tão fraquinha a esse nível!
E sim, sei bem que estou sujeita a que me paguem com títulos do tesouro sem valor nenhum...
Eu não a entendo, a sério. Eu não gosto de quem me lixa a vida. Sou daquelas pessoas que acham que um Governo devia governar, talvez mesmo poupar umas massas para o caso de um terramoto, uma praga, um Sócrates, assolarem o país. Não compreendo a pressa de fazer uma merda dum TGV ou de um aeroporto para quem pode pagar 200 euros por um bilhete em vez de fazer um hospital para quem não tem 200 euros para viver mês a mês. Não compreendo os banqueiros que emprestaram dinheiro a um tipo que podia ter um Skoda para comprar um BMW. Tenho muita pena do tipo que comprou o Skoda e agora vai per que pagar o BMW do vizinho - o qual de resto já está penhorado. Não compreendo os Finos, os Varas, as PPPs. Ou melhor, compreendo. É por isso que não a compreendo a si.
existem umas instituições que foram criadas para informar, mas com tempo moderno se transformaram em orgãos de intoxicação social, veja pelos programas de tv, dizem os disparates que lhes mandam dizer não interessa o quê !!!
Hei! Oh A.B.! Eu só disse que o gajo é giro! Não disse que queria casar com ele!
Mendonça... infelizmente...
Estes economistas são tão bons que até arrepia. Vejam só o mister Constancio foi tão bom no B&P que não se apercebeu de nada no BPP e BPN. E depois foi para BCE tipo promoção. Não deu conta do trabalho em Portugal com meia duzia de gatos pingados.....
Mas costuma ser esse o prémio para os incompetentes amigos!
Enviar um comentário