Hoje, durante a minha voltinha higiénica da hora de almoço, voltinha essa que dou habitualmente com o radar ligado na potência máxima, entrei na livraria do shopping. Uma senhora, enrodilhando-se à volta dum dos infelizes empregados, insistia:
- Eu sei que é um livro que conta a história dum rapaz que fazia viagens!
E ele, paciente, que "minha senhora, há muitos livros de viagens!" Ao que ela rematava sem deixar a bola cair: - "Mas este mete umas coisas sobre a Pérsia ou lá o que é isso! Não chega lá assim?"
- Se a senhora me der o título completo é mais fácil!
- Ainda há bocado estive a ver na net mas esqueci-me de apontar o nome!... - caramba, lá tinha a mulher que se esquecer de apontar a coisa mais importante! Ela bem sabia pormenores, mas não sabia que para apreciar a vista tem que subir o estore! Só espreitar pelos buraquinhos não dá!
Vim embora e deixei o desgraçado a dar-lhe o número de telefone da livraria. Quando a senhora souber o título basta ligar e nós dizemos-lhe se temos! Ou seja, não voltes cá oh chata do caraças!
É dura a vida, chavalo!
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3 comentários:
O problema não é só a velhota não saber o nome. Nestes espaços globalizados, onde um recém licenciado em engenharia do bio-parafuso ou em relações internacionais com o bangla desce e a merkle sobe tanto estão a atender clientes que precisam de um adubo para fazer crescer o arbusto dos piri-piri, como a vender vestidos para a Barbie ou um para a Min-Chin-Barbung. Ainda sou do tempo que as duvidas desta senhora eram prontamente respondidas com ah é o livro de fulano de tal.
Era o livro do gajo do Expresso. (Até me lembrava do nome se não me tivesse esquecido...)
O cromo livresco!!
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