1/12/2005

JURÁSSICO



Do tempo em que eu andava de calças à boca de sino, botas de cano alto e salto grosso ou em alternativa, botas da tropa :-), túnica florida, boininha à vocalista dos ABBA e tinha um cabelo comprido, forte e indisciplinado, que era a par com as borbulhas a causa de todos os meus sofrimentos, ficou-me este poema, de uma canção do Sérgio Godinho, que eu nunca mais ouvi, não tenho nem nunca tive o disco mas, curiosamente, nunca esqueci.

E de vez em quando salta do ficheiro morto e acordo com ela na cabeça.

Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Construir as cidades para os outros
Carregar (pedras?) desperdiçar
Muita força por pouco dinheiro

Que força é essa que força é essa
Que trazes nos braços?
Que só te serve para obedecer
Que só te manda obedecer?

Que força é essa amigo?
Que força é essa amigo?
Que te põe de bem com outros e de mal contigo?

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