Hoje ao almoço fui a uma padaria aqui da praça e pedi um croissant simples.
A senhora que estava a atender envolvia-se na altura em entusiástica conversa com um indivíduo de raça negra que lá se encontrava, tipo "Ah mas a sua mulher lá em Moçambique deve-se fartar de comer bananas, que lá há muitas! Eu sei porque tenho lá uma prima! Você devia era pensar mais em si!".
Deve ser fácil calcular que, em estado de absoluta subnutrição pelo menos no que toca a consumo de banana, o que era facilmente deduzido pela aparência de Berlier estampada vista pela traseira a fazer adivinhar pouco uso recente, ela nem me ouviu.
Foi lá dentro e cortou um croissant ao meio. A seguir ficou a olhar para ele com ar de tolinha e perguntou-me bem alto:
- Quer o croissant com queijo, com fiambre ou com as duas coisas?
- Simples!
- Ah!
Então trouxe-me o croissant já cortado, pousou-o na mesa e disse:
-Como quer simples não pus nada lá dentro.
Ora então vejamos:
Aqui na padaria, em primeiro lugar, não se admite às empregadas estas confianças com a clientela. Nem a Rosarinho, que é a mais ordinarona, se atreve a fazer referências às bananas dos clientes. Era o que faltava, rebaldaria mas nem tanto!
Em segundo lugar, até a menina da limpeza aqui da padaria, que só fez o 6º ano e em curriculos alternativos, sabe que se não queremos pôr nada dentro de um croissant não o cortamos ao meio.
Hello!!!
Margarida Espantada
Há 4 dias
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