3/02/2005

HISTÓRIAS DA NOSSA INFÂNCIA

Lembram-se daquelas histórias que todos ouvimos contar na infância?
Aqui estão cinco, sem título, os clientes que acertarem no títulos todos (ou seja, os que conseguirem fazer o pleno), receberão como prémio, um fabuloso cacete virtual! Vamos lá a puxar por essas cabecitas!

HISTÓRIA 1
Era uma vez uma miúda que vivia sozinha com a mãe e nunca ninguém tinha ouvido falar do pai. Nem se era vivo ou morto, nem se se tinha cortado quando soube que a namorada estava grávida, nem se era pura e simplesmente de identidade desconhecida (como se costuma dizer, tinha sido às escuras e de costas).
Ora essa miúda que não tinha pai também não tinha avô, mas tinha avó, que estava toda podre numa cama doente e ninguém lhe ligava bóia a não ser a filha, que de vez em quando mandava a neta levar-lhe umas garrafas de pinga em vez dos medicamentos receitados pelo médico da caixa, talvez quem sabe para a velha esticar o pernil mais depressa e deixar a casa, que ficava fora dos centros urbanos, num local provavelmente inserido em RAN no PDM local e por isso não valia muito mas sempre era qualquer coisa. E depois também se podia sempre subornar o pessoal do ordenamento urbanístico.
A mãe também mandava sempre a miúda a casa da avó pelo caminho mais perigoso, por onde costumava circular um famoso bandido violador pedófilo, possivelmente porque vivia numa só assoalhada ou nuns anexos alugados e precisava de ficar sozinha uns bocados para estar à vontade com o vizinho que tinha a mulher acamada e inválida.
A verdade é que o tal bandido acabou por violar e matar a velha fazendo-se passar pela miúda e logo a seguir a própria miúda fazendo-se passar pela velha.

HISTÓRIA 2
Era uma vez uma gaja já entradota que andava desesperadinha por homem. De tal maneira que resolveu enfiar-se à força num vestidão rosa choque cheio de folhos e com grande decote, dois números abaixo do dela, pintou-se com eye liner, pestanas falsas e baton da cor do vestido e foi-se pôr à janela a oferecer-se a todos os gajos que passavam. Só que a única coisa que conseguiu foi convencer um lingrinhas de voz fininha. Mas o desespero era tal que mais valia um lingrinhas do que nada. Só que afinal o gajo, além de roda 24, não tinha onde cair morto e só queria casar com uma gaja qualquer para não ter que dormir na rua e darem-lhe pelo menos uma refeição por dia. De tal maneira que no próprio dia do casamento, esgalgado de fome, foi à cozinha antes da cerimónia ver se conseguia trincar qualquer coisa, acabando por cair dentro duma panela gigante, onde morreu queimado.

HISTÓRIA 3
Era uma vez uma cota taradona, casada com um gajo viúvo, que tinha duas filhas também taradonas, todas adeptas do sado-maso. O único problema é que só tinham uma pessoa com quem praticar as suas taras. Era a filha do marido, que por sorte era completamente masoquista e passava a vida de rastos pela casa, sendo humilhada e maltratada. O pai fazia de conta que não sabia de nada para não se chatear e também porque assim sendo sempre evitava ser ele a levar umas chibatadas à noite no quarto. E assim viviam todos felizes.
Um dia apareceu um tipo todo bom, mas mesmo todo bom (assim com pinta George Clooney mas mais novo) e ainda por cima cheio de pastel, que convidou as garinas lá da terra todas para uma party na mansão.
Claro que as duas filhas da cota ficaram tolinhas para ir e já se estavam a imaginar a levar o chavalo para o quarto no meio da confusão e prendê-lo à cama com aquelas algemas cor-de-rosa que elas tinham para ocasiões especiais. A outra é que dessa vez não se quis ficar e resolveu ir também. Como não arranjou quem lhe comprasse uma roupinha à maneira para a festa teve que ir pedir à madrinha, gaja completamente passada dos pirolitos, que em vez de comprar um vestido para a rapariga, alugou, e tinha que ser devolvido até à meia-noite, o que é uma merda pois toda a gente sabe que é depois disso que as coisas começam a animar. Mas pronto, o que tem que ser tem muita força.
Acontece que por acaso o gajo foi muito mais à bola com ela do que com qualquer uma das outras que lá estavam na festa porque ,vá-se lá perceber porquê, tinha uma tara por gajas pequenitas, baixinhas e loiras assim um bocado para o desenxabido, o que provocou um burburinho tal que as outras todas já estavam por tudo e a dizer que mais valia terem ido ao concerto do U2 nem que tivessem ficado uma noite ao relento para arranjar bilhetes.
Por volta da meia noite menos um quarto a pobre rapariga, que estava no melhor da festa, recebeu uma chamada da madrinha a azucrinar-lhe a cabeça que tinha que devolver a roupa e, porque esse corte lhe tirou a pica toda, teve que bazar à pressa sem avisar nem nada. Como estava totalmente ganzada perdeu um sapato pelo caminho, que o chavalo encontrou e (suspresa!), afinal o gajo tinha era um fetiche por pés! Como já estava em suores a imaginar a cachopa a pisar-lhe a cara com aqueles sapatos de verniz preto e saltos de 12cm, não descansou enquanto não a encontrou.
Foi aí que ela descobriu que afinal não era masoquista como as outras a tinham convencido durante anos e anos a fio. E foram felizes para sempre.

HISTÓRIA 4
Era uma vez um casal já cota que não conseguia ter filhos. Por isso foram fazer um tratamento de fertilidade a uma clínica. Então, lá conseguiram ter uma miúda, que nasceu de cesariana e a quem chamaram Aurora. Só que uma vizinha, toda invejosa porque o tratamento não tinha dado resultado com ela, apareceu no dia do baptizado, sem ser convidada nem nada, e lançou uma praga dizendo que a miúda havia de ser “agarrada” até mais não.
Os velhotes, todos aflitos, resolveram mandá-la para casa de uma tia numa aldeia ali para os lados de Alijó mas, azarito, nunca pensaram que era mesmo ali no cu de judas que havia o maior consumo de droga do país.
E foi assim que a profecia de realizou. A Aurora picava-se frequentemente, até que um dia se picou e teve uma overdose tal que ficou sem sentidos e não havia maneira de acordar.
Foi o médico de serviço lá no centro de saúde que acabou por conseguir salvá-la com respiração boca a boca, e ela ficou tão agradecida que pegou nas trouxinhas e, farta de aturar a patega da tia, mudou-se lá para casa.

HISTÓRIA 5
Era uma vez uma miúda que vivia com a madrasta. Ambas tinham uma p*ta duma mania que eram boazonas que aquilo só visto. Era de tal forma que a cota chegava a pôr-se a falar sozinha para o espelho. E cada uma queria ser mais boazona que a outra. Quem não dava por nada, como sempre, era o paspalhão do pai/marido que só aparecia para jantar e dormir enquanto a mulher e a filha se degladiavam para papar os melhores gajos das redondezas.
Um dia a cota contratou um arrumador de automóveis para limpar o sebo à miúda em troca dumas coroas. Ele disse que sim, que fazia o serviço, porque era mesmo agarrado e tudo o viesse à rede era peixe. Só que no fundo não era má pessoa e até lhe fazia aflição ver sangue e em vez de levar aquilo até ao fim avisou a chavala que desaparecesse senão quem a fazia desaparecer era ele.
Assim, ela fugiu e foi viver com sete gajos muito baixinhos que trabalhavam numa mina e a partir daí foi a desbunda total em grandes geraldinas lá em casa.
Só que a outra, que era fina, começou a desconfiar não ver nenhuma notícia no telejornal da TVI sobre o aparecimento de uma cadáver em circunstâncias misteriosas e apertou com o arrumador para ele lhe dizer onde estava o corpo. Entretanto a pai da rapariga continuava tão mongo que nem deu pela falta dela.
O arrumador acabou por confessar que não tinha feito o serviço encomendado mas já não devolveu o dinheiro porque já o tinha gasto. Azar!
A madrasta, toda danada, tanto procurou tanto procurou, que acabou por descobrir onde é que a outra vivia e foi lá disfarçada de bruxa (estava-se no halloween e ela era professora de inglês por isso ninguém estranhou). O que é certo é que acabou por pôr a rapariga KO com uma cena que lhe ficou entalada na garganta mas entretanto apareceu um tipo que lhe deu uma murraça nas costas e aquilo saltou cá para fora e ‘tá-se bem.

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