Ora então cá estamos, conforme prometido e na sequência da sugestão do Sr Engenheiro Especialista aquando da publicação do nosso último post sobre arte, tema em que somos versados como o caraças, a debruçarmo-nos sobre o quadro de Gustave Courbet, A Origem do Mundo.
Não nos debruçaremos porém demasiado por uma razão de primeira importância: As gajas que naquele tempo serviam de modelos a estes tipos não eram propriamente uns exemplos de limpeza, com a agravante de neste caso estarmos a falar naquele povo que inventou o bidé para não ter que tomar banho completo... e a nossa pituitária é sensível.
Este quadro insere-se na corrente realista/naturalista, que ao contrário do que todos pensam não tem nada a ver com as baboseiras que nos impingiram no liceu quando andámos a ler os romances do Tio Eça, mas sim com o facto de, naquele tempo, em que ainda não havia Corporación Dermoestetica, nem Botox, nem epiladies, nem ginásios, nem Natea da Garnier, o pessoal andar... ao natural, ou seja, tal como era, sem retoques, o que parece evidente na moçoila retratada.
Assim, aqui no farinha (amantes da boa arte como somos e como já pôde ser constatado por todos os clientes mais assíduos), resolvemos dar uma actualizaçãozinha no quadro por forma a permitir que a rapariga se possa apresentar decentemente no "óleo" de entrada ou até mesmo na salinha de jantar de qualquer família portuguesa ao lado da Última Ceia. Porque sinceramente, aquilo no original não é maneira de ninguém se apresentar em lado nenhum.
A partir de agora vão poder adquirir uma das cópias abaixo, devidamente emoldurada, que como podem ver é apropriada para qualquer situação, podendo ser oferecida à sogra no Natal ou aos sobrinhos na Primeira Comunhão sem qualquer constrangimento.
Não agradeçam, é tudo pelo amor à arte.
Resta-me informar que o Sr Engenheiro Especialista ficou de publicar aqui no farinha um texto da sua própria autoria sobre a mesma obra, o que faremos com todo o gosto pois, como já tive oportunidade de lhe informar, neste estabelecimento praticamos o pluralismo democrático e tanto entra quem gosta de brioches como quem gosta de cacetes. Não é que seja necessário porque nos parece que já está tudo dito, mas pronto.
Margarida Espantada
Há 1 semana
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