1/09/2006

O MINETE DE OIRO

Ai queridos clientes, há que tempos cá não vinha! É que isto tem sido uma loucura a amassar bolos reis e outras porcarias que as pessoas têm a mania de pôr na mesa nestas alturas e depois deitam fora. Felizmente agora já acalmou e posso voltar a dedicar-me àquilo para o que realmente fui talhada: a escrita (modéstia à arte).

O assunto da minha crónica de hoje é o minete. Sim, queridos, leram bem, o minete, essa coisa que vocês fazem de vez em quando, com mais ou menos convicção e empenho, na esperança que vos calhe de volta algum bónus mas nem sempre têm sorte.
E porquê? Porque o minete acaba de ser elevado à categoria de tema “bem” pel’O Independente, aquele jornal que se bem se lembram, foi o grande criador da discriminação positiva contra os adeptos da peuguinha branca. Assim eu, que até mandava calar a avó Teresa quando ela se punha na sala de espera do médico da caixa a dizer a toda a gente que “Isto com um minete à maneira feito pelo meu falecido Antunes é que me passava a dor nas cruzes”, agora nunca mais. A avó, afinal, é uma autêntica guru do jet set! A gente está sempre a aprender.
Isto porque uma mocinha com aquele genuíno ar “deslavaduxo Burberry” que escreve crónicas no já referido jornal e dá pelo nome de Ana Anes fez exactamente o mesmo que a Avó Teresa: Veio para a praça pública queixar-se que não tem ninguém que lhe faça um minete de jeito. A prova, para que não digam que sou mentirosa, está aqui.

Mas vamos à análise do texto propriamente dito!
Começa a Anocas por dizer que “os homens (...) acham que nós queremos receber jóias, um casaquito do Cavalli, um fim-de-semana numa linda pousada, um microondas para enfiarmos a cabeça lá dentro, etc”. Ao contrário, o que nós queremos mesmo é homens que saibam “fazer um minete comme il faut”. Olhe querida, fale por si. Eu por mim passo. Com um diamantezito pindérico qualquer já eu consigo comprar um carro novo mais um daqueles Lulus treinados que fazem o que lhes mandam a troco dum torrão de açúcar, não refilam, nem esperam que a seguir eu faça qualquer coisa que me borrate o baton ou me deixe com a sensação de ter bebido sumo de limão estragado com cola de madeira. Não seja estúpida!
Mais à frente lamenta-se a nossa menina que “80 por cento dos homens fazem minetes como os São Bernardos lambem as vítimas perdidas na neve”. Ok. Aqui eu dou o benefício da dúvida. Um canino de grande porte é capaz de não ser mesmo o melhor para estas funções. Insisto no Lulu. Já me disseram que são os melhores. Ocupam pouco espaço entre as pernas não obrigando a grandes malabarismos, são fofinhos, comem menos e têm uma cadência rítmica que nenhum pachorrento São Bernardo é capaz de imitar, a querida experimente.
Depois diga qualquer coisa.

Um beijo da vossa
Rosarinho

4 comentários:

São Rosas disse...

Por algum motivo os Lulus - e não os cães grandes (ou cães, ponto final) - se classificam como lambéconas.

Dimitri Apalpamos disse...

gostava de saber onde ela foi buscar os dados estatisticos...
foi trabalho feito por ela?

José Teixeira disse...

Parecem moscas, é só falar na coisa aparecem logo, dasse.

saltapocinhas disse...

«sumo de limão estragado com cola de madeira» ahahahahahahahahahahahah etc...
Também li essa crónica da menina mas como foi por mail pensei que fosse uma brincadeira de alguém. se é verdade, só tenho a lamentar que a tal Ana não tenha sorte com os homens (e pelos vistos tentou bastanta, tadita!!)