Hoje, meus queridos clientes, vou antes de mais nada desvendar o enigma que deixei na semana anterior. Infelizmente ninguém acertou, mas os palpites foram sem dúvida alguma de grande perspicácia, que é o mínimo que se pode exigir aos clientes aqui da padaria, pois já se sabe que se não fossem inteligentes não vinham cá, iam consumir brioches e cacetes de inferior qualidade numa qualquer indústria de congelados.
O Papá Urso , o Calantrão, o RPS e o Psiconight apostaram em pedra e, como diz o Malato, agarraram-se a duas coisas com muita lógica sim senhores, o nome da flausina do filme que é pedra ou calhau (Stone) e a palavra Rock de Rock in Rio que também quer dizer calhau embora de maiores dimensões. A puta da flauta é que estraga tudo. Azar!
O meu amigo Ivar apostou em vinho. Também gostei. Basicamente é preciso muito vinho para quase tudo na vida, por isso aqui estamos mesmo a aproximar-nos do espírito do concurso que é “Esta merda pode ser qualquer cena”. Mas não, também não é vinho.
O Patrãozinho apostou em tanga, mas está enganado, existem flautas na Coreia e, imagino eu, de vários tamanhos e feitios.
O P acha que a palavra é merda, vejam só se eu, uma rapariga tão educada, ia mandar uma caralhada dessas! Oh P, francamente!
Finalmente o Bífido achou que era dor de cabeça mas não explicou porquê.
Ora a palavra certa era TANSO. Sim, vejamos porquê:
1 – Só um tanso é que ainda vai na conversa de ir ver a Sharon Stone de raspão a descruzar as tíbias e parece que desta vez nem isso faz porque se esqueceu de ir à esteticista.
2 – Só um tanso é que se sujeita a pagar uma batelada de massa para ir ver umas quantas brasucas aos berros e aos saltos e ainda levar nas trombas que aquilo é para ajudar umas instituições, só se for a Sonotone.
3 – Neste momento, embora talvez mais na semana passada por esta altura, um sócio do Benfica deve-se sentir um tanso do caraças.
4 – É preciso ser tanso para acreditar que o livro a criticar a Margarida Rebelo Pinto e que ela supostamente quer boicotar não é uma manobra de publicidade a favor da dita.
5 – Pronto, aqui é que está a verdadeira razão de ser do enigma. Era só para vocês ficarem a saber que eu sei que a flauta tradicional da Coreia do Norte se chama Tanso. Pimba!
Para finalizar, quero aqui deixar uma palavra de apreço pelos nossos queridos deputados da assembleia da república que, num invulgar gesto de patriotismo e boa vontade se baldaram em massa na quarta-feira para passarem a santa Páscoa na terra, deixando a assembleia sem quórum que permitisse aprovar fosse o que fosse. Ganharam eles e ganhámos nós. Ganhámos nós porque:
1. Não gastaram água nem toalhetes da casa de banho nesse dia, o que representa uma grande poupança.
2. Não lixaram a cabeça aos porteiros e ao resto do pessoal que também só estava à espera do final do dia para ir de férias em paz e sossego.
3. Não gastaram os estofos das cadeiras a esfregar o rabo nelas – mais poupança.
4. Não puderam aprovar nenhuma lei pateta daquelas que só servem para nos enterrar.
Sei que algumas más-línguas da oposição se puseram a dizer que isto foi uma falta do PS, que não tem mão nos seus meninos e que no tempo deles isso nunca acontecia porque eles garantiam que pelo menos houvesse quórum. Ora eu tenho a dizer que essa afirmação é de um grande descaramento pois só prova que eles se baldavam na mesma, apenas se revezavam. Assim, os que lá ficavam de castigo podiam aprovar leis e como estavam podres que nem perus vingavam-se em nós com leis ainda piores, o que resultava em que, das vantagens acima expostas, não constava a número quatro que acaba por ser a mais importante de todas.
A acrescentar a isto, vale a pena mencionar que o espírito de sacrifício dos deputados foi de tal ordem que consta que alguns chegaram mesmo assinar o livro de presenças antes de dar de frosques, com canetas próprias, compradas com dinheiro do seu próprio bolso e não pedidas no economato. Bravo!
Por hoje queridos clientes, é tudo.
Fiquem como sempre com uma beijoca da vossa
Rosarinho
4/17/2006
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