12/26/2006


Olá queridos e queridas, tiveram um bom natal? O meu foi o costume, já se sabe, o pessoal a alambazar-se com fritos e a mandar caralhadas, a casa de banho sempre ocupada e loiça para lavar até ao tecto. O que vale é que nestas alturas pomos sempre a mesma de serviço: A tia Dores, claro, que já que passa o ano a gabar-se dos seus maravilhosos dotes de dona de casa, a malta dá-lhe uma oportunidade para mostrar o que vale. É justo.
Hoje venho falar-vos novamente do caso Carolina/Pinto, agora já com mais conhecimento de causa. Não é que eu tenha lido o livro. Não. Além de não ganhar para gastar o meu guito em merdas dessas, também não é preciso. A gente vai desfolhando no supermercado como quem não quer a coisa, tipo, com aquele ar de “Que é isto? Ai nunca ouvi falar disto, o que será, deixa ver?”. Depois, também há sempre as revistas com as últimas e o pessoal conhecido que compra e faz os seus comentários pessoais. A gente vai apanhando uma daqui, uma dali e está feito. De mais a mais é assim que todos os críticos trabalham e eu não quero ser mais do que eles, até parecia mal.
Ora então vamos ao que interessa. Posso-vos dizer que que há uma passagem do livro da Carolina que me comoveu particularmente, que é quando ela conta a primeira queca que deu com o Jorge. Gostei, a sério. Até me vieram as lágrimas aos olhos. Pronto, a rapariga não era propriamente virgem, segundo consta nem nos dedos dos pés, mas juro-vos, para mim é como se fosse. Maior pureza nunca se viu. Pelo menos acha que é possível alguém acreditar que:
Foi para um hotel com o Jorge Nuno, ele a pagar.
Pensava que estavam os dois ali para uns jogos de xadrez, por pura amizade, nunca lhe passando pela cabeça que tão selecto cavalheiro quisesse intimidades menos próprias com ela.
Neste contexto, foi comprar um pijama estampado com ursinhos, pois nunca pensou que a coisa ia terminar em sexo.
Brilhante!
Eu própria, que já levo alguma rodagem nesta vida embora desconfie que ao pé dela sou um exemplo de virtudes castas, nunca me tinha lembrado de tal e mais, desconhecia totalmente até hoje a simbologia intrínseca do urso nas questões sexuais. Que raio! Como é que isto me passou ao lado? A partir de agora proponho algumas medidas, nomeadamente:
-As freiras passem a adoptar como uniforme o pijama com ursinhos.
-Os motéis e as casas de putas tenham à porta um sinal de ursinho com uma cruz em cima.
-Os pais passem a só deixar as filhas sair à noite se forem de pijama com ursinhos.
-As campanhas contra a sida, que insistem inutilmente no uso do preservativo, devem agora estimular o uso do pijama com ursinhos.
-As senhoras-bem devem substituir a dor de cabeça itinerante pelo pijama com ursinhos.
-Finalmente, de cada vez que a assembleia e/ou o governo vão legislar sobre impostos ou aumentos de vencimentos, a população em geral devia vestir-se de pijama com ursinhos.

Tenho dito.
Fiquem com uma beijoca da vossa

Rosarinho