3/26/2007

Olá queridos, boa noite a todos. Hoje, como também sou filha de Deus, vou dar a minha opinião sobre o futuro aeroporto da Ota que, como se sabe, é um assunto de que toda a gente fala (um dia destes, até as paspalhas da Bela e o Mestre apesar de pensarem tratar-se dum novo medicamento para fazer crescer as mamas) mas que ninguém sabe muito bem do que se trata, até porque, como convém, as cartas já foram baralhadas q.b.
Lembrei-me de falar neste assunto porque estive a ver uma bequinha do debate na assembleia da república. Sobre o dito debate não tenho nada a dizer a não ser que acho que deviam pôr uma almofada na cadeira do Marques Mendes. É muita maldade deixar o homem sentar-se ali sem reforço, parece um puto à mesa no momento em que a mãe traz a travessa com os bróculos. Pronto.
Quanto ao aeroporto propriamente dito parece-me que há três questões essenciais que vou passar a analisar.

Primeira: Custa um colhão de massa. Aliás, parece que até mais do que um, vários.
Não sei se isto será verdade, queridos clientes. Vejamos: De facto, qualquer pelintra como eu ou você que olhe para aqueles números fica com os neurónios a chocalhar e nem sabe muito bem transpor aquela porcaria para a vida real, tipo, quantos pares de sapatos ou Fiat’s Panda ou vestidinhos da Berska ou seja lá o que for é que aquela massa toda pode comprar. Mas é pura ilusão óptica. Se pensarmos que ainda neste último Natal (e não sou eu que estou a inventar, saiu nas notícias todas) os portugas gastaram em peúgas para oferecer, em ferreros rochês e em árvores de natal de plástico uma quantia que dava para pagar o novo aeroporto, com derrapagens financeiras incluídas e tudo, bem, não é assim tanto como isso. Claro que a maior parte ainda agora, fins de Março, anda à rasca para pagar a renda do mês de Janeiro mas, meu amigo, quando a cabeça não tem juízo…

Segunda: Especialistas de aeronáutica dizem que a Ota é um mau sítio para aterrar devido aos ventos predominantes do quadrante Noroeste contra a rotação das pistas para Nor-nordeste em que o vento passa a apresentar-se ainda menos enfiado com as pistas, prejudicando a performance dos aviões com os riscos operacionais acrescidos.
Alguém percebe o que significa esta merda? Eu não. Mas, simplificando, não deve querer dizer que por causa do vento ser traiçoeiro os aviões vão passar a vida a cair nas aterragens e nas descolagens. Ganda barracada que ia ser, não? Eh pá, não me lixem, nem os políticos portugueses são tão estúpidos que fossem arriscar a gastar uma pipa de massa a construir uma cena onde fosse cada tiro cada melro. Até porque, se há gajos que vão gastar dali são mesmo eles, porque o resto do ppl vai de Citroen ao Algarve e e… E os tipos têm amor à pele!

Terceira: A Ota fica longe de Lisboa.
Ora, pois fica, pode-se até dizer que fica no cu de judas. Mas na verdade fica ainda mais longe de Aveiro e eu não estou mesmo nadinha ralada com isso.

E pronto, queridos clientes. Espero ter contribuído para vos esclarecer relativamente a esta complexa questão e, se não vos ajudei a formular uma opinião própria, pelo menos espero ter ajudado a baralhar-vos ainda mais.

Seja como for, fiquem com a beijoca do costume da vossa

Rosarinho

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