1/11/2008

A INFORMÁTICA E O MUNDO DO TRABALHO


Antes de haver computadores ao pontapé nos locais de trabalho (até a Polícia Judiciária da Guiné já tem três pentiums), as fotocopiadoras eram as grandes responsáveis pelos momentos de relaxe da classe trabalhadora. Era aí que se faziam montagens toscas, se reproduziam anedotas porcas, receitas de bolos de chocolate e pontos de crochet para as telefonistas. Fora isso, o pessoal divertia-se em manobras de engate real, a pregar partidas uns aos outros, a micar as pernas das colegas, a mostrar inocentemente as pernas aos colegas e a pisgar-se na hora de serviço para ir aos saldos ou beber umas bejecas.

Agora tudo mudou e a tradição já não é o que era. Quando entramos num gabinete há sempre alguém a olhar para um monitor com o mesmo ar feliz duma criança que acabou de entrar na disneylândia com tudo à discrição. É giro na mesma, mas é uma coisa mais self-service. A partilha, quando há, é numa "folder". Os computadores permitem um trabalho mais célere, é certo. Mas também permitem uma tão grande diversidade de entertenimento que ninguém o faz. É a lei das compensações.

Só eu sei o que vi hoje por acidente no computador dum colega. E esse segredo, hei-de levá-lo para a cremação que eu não quero ser enterrada. Eu e os gajos da informática, claro, que também devem estar fartinhos de saber.

Bom fim-de-semana!

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