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Olá queridos clientes! Espero que tenham tido uma boa semaninha. Eu foi mais ou menos, tive a parva da patroa de férias, o que não foi mau. De resto, fez-se o que se pôde. Mas vamos ver então a análise da semana:

1. O grande acontecimento foi a conclusão de que Lopes da Mota (que ninguém saberia quem é se não fosse isto) afinal sempre pressionou magistrados, decorrendo agora o devido processo disciplinar. O que eu pergunto (e pelos vistos mais gente) é: Que mariquinhas de magistrados são esses que a gente tem, que se borram todos mal aparece um gajo qualquer a aconselhar o arquivamento dum processo? E mais: Que merda de presidente tem o sindicato dos magistrados, que faz queixinhas ao presidente da república? E agora? Agora claro, andam os candidatos a tacho todos excitados a dar bitates. E a gente a levar com eles. É o destino.

2. Fernando Ruas, o homem que gasta mais dinheiro em coloração permanente para cabelo em Portugal, começou a ser julgado na sequência do incitamento ao linchamento dos fiscais do Ministério do Ambiente. “Arranjem um grupo e corram-nos à pedrada!”, foi o que ele disse e toda a gente ouviu. Só que a malta é estúpida porque, como muito bem ele explicou agora em tribunal, estava a falar em sentido figurado, ou seja, estava a usar imagens poéticas. É assim. Até o Camões que era o Camões não foi bem entendido por toda a gente. A vida dum poeta é lixada!

3. Ali Agca, o turco que tentou assassinar o Papa João Paulo II pediu a nacionalidade portuguesa. A igreja já mandou dizer (apesar de ninguém lhe ter pedido a opinião) que não tem nada a opor. Eu também acho que a igreja não tem que ter nada a opor. Pelo contrário, devia era agradecer-lhe, pois foi graças a ele que se conseguiu livrar daquele aperto que era ter que inventar uma merda qualquer para ser o terceiro segredo de Fátima.

4. Manuel Alegre comunicou solenemente que não aceita ser candidato nas legislativas mas não vai deixar o PS, e como não podia deixar de ser já angariou um pequeno grupo de palermas que só falta erguer-lhe um santuário e vender canequinhas com a cara dele. Na verdade, o que ele fez não tem nada de especial. Senão vejam: Com os anos que tem de deputado já leva uma reforma que não é chita. Como todos bem sabemos, aquilo é um emprego que não cria propriamente calos nas mãos, só se for no cu, mas que mesmo assim dá direito a reforma ao fim dum número de anos que nem lhes chega para eles fazerem todas as aldrabices que lá aprendem. Por outro lado, não deixando o PS, o artista ainda deixa em aberto a hipótese de vir a ser presidente da república num dos próximos leilões. Deus permita que não!

5. O primeiro-ministro visitou a Madeira e foi recebido no aeroporto por um grupo de adeptos do PND que lhe pediu para não dar dinheiro à ladroagem. Já repararam que na Madeira, o PND até parece um partido de esquerda revolucionária? Livra!

6. Mas a grande notícia da semana foi, sem dúvida alguma, o cinquentenário daquela coisa que está na margem sul a assombrar a cidade de Lisboa e que, pensava eu, mais dia menos dia seria demolida em nome do bom gosto. Enganei-me. E mais, assistimos à maior manifestação de sempre da promiscuidade entre igreja e estado, perante a passividade do agnóstico António Costa e da comuna Maria Emília, que inclusive alinharam na fantochada de atravessar o Tejo no barco que transportou, na maior das solenidades, uma boneca que na verdade tem o mesmo valor duma Barbie ou dum das caldas, com a agravante de ser mais pirosa. Tirem-me deste filme!

E pronto queridos clientes, por hoje é tudo. Fiquem bem e tomem lá a beijoca do costume da vossa

Rosarinho