12/26/2009

Agora queixem-se!


E a quem se queixa do anúncio do Pingo Doce, eu aconselho aquele do Cetussin. É que não há nada mais agradável do que estar a família toda reunida a almoçar na sala e sair uma cena de wrestling entre um gajo e uma escarreta gigante ao som duma banda mariachi. Do melhor!

6 comentários:

SpetzNatz disse...

Será certamente para celebrar as qualidades oníricas de se estar com febre.

Cumprimentos de Lisboa, terminal da linha do norte.

CR

Didas disse...

Ou simplesmente o mau gosto do caraças.

A.B. disse...

Eu tou sempre a dizer o mesmo, mas porque é que liga a TV à hora das refeições? A Didas parece ser uma pessoa adulta e equilibrada, o que é que ainda espera da TV? O que é que acha que a TV pode trazer de bom à sua vida?

Didas disse...

Se eu não ligar como é que depois vou dizer mal???

A.B. disse...

Olhe Didas, grave e tome a pastilha toda duma vez. Ou faça como eu, que apanho TV "de raspão" quando vou a casa de amigos e aquela porcaria está invariávelmente ligada. Mesmo com exposições curtas chega e sobra para dizer mal, e já percebi que os Morangos com Açúcar continuam, que os moços dos Ídolos acham que vão ficar famosos, e que os Gato Fedorento já encontraram a fórmula mágica de fazer de conta que são contra o establishment enquanto ganham umas massas. Parece também que saíu um filme novo do James Cameron, o Titanic. E às horas das refeições nada mudou. Enquanto os meus amigos comem, passam imagens de criancinhas esmagadas em desabamentos, ou transformadas em puzzles de sangue na Palestina, ou meio milhão de tendas com os desalojados do último terramoto, guerra ou epidemia. As moscas devoram os restos de alguém que já esteve vivo e morreu à fome e os meus amigos passam a salada enquanto os rebentos amuam com o bife porque queriam um Happy Meal. E eu, Didas, tive que optar entre conseguir comer a ver aquilo, ou fechar aquilo enquanto comia. E depois apercebi-me que a TV consegue LUCRAR com cada cadáver, com cada criança violada, com cada guerra. Apercebi-me que criavam logotipos para o horror, como se de novelas se tratasse; "Guerra No Golfo", "Maddie", "Katrina em Nova Orleães". Bem intercalado com as meninas perfeitas das Formas Luso ou da Lancôme, ou o deleite do Mon Chéri. A realidade está aí e não adianta fechar os olhos. Mas assim não Didas, assim não. Pense nisso. Veja bem o que se está a criar quando miúdos se habituam a alimentar-se vendo imagens de gente real a morrer realmente.

Anónimo disse...

É muito bom, o anúncio. Aliás, o gajo do anúncio!