2/13/2010

Sou só eu ou há mais alguém enjoado com esta paneleirice da liberdade de expressão?

Eh pá, falta liberdade de expressão onde? Nunca se publicou tanta merdice inconsequente como agora! Nunca se viu tanta liberdade para insultar e publicar histórias mirabolantes, com ou sem argumentos lógicos. Anda tudo parvo ou quê?
Esta merda faz-me lembrar aquelas conversas entre vizinhas depois de irem ao médico e ele lhes ter dito que vendem saúde por todos os lados.
- Ai vizinha que estou tão mal!
- Então havia de ver como eu estou!
- Eu tenho espandilose!
- E eu tenho ameaças de artrite!
- E eu tenho que fazer um exame à cabeça!
- E eu à barriga!
- Havia de ver o inchaço que eu tenho numa perna!
- E o meu hemorroidal? O meu hemorroidal é que é!

13 comentários:

saltapocinhas disse...

Tens toda a razão, portanto não estás sozinha: há pelo menos mais uma a pensar como tu...

Anónimo disse...

vai dizer isso ao Sol

António Conceição disse...

O problema é de liberdade de informação. Não é de liberdade expressão. São coisas diferentes. Nem o Salazar se preocupava com a liberdade de expressão que sempre foi consentindo.
Mas não se preocupe. Nós estamos disponíveis para continuarmos a preocupar-nos por si.

A.B. disse...

A ser verdade o que se diz, a negociata ia mesmo no sentido de limitar a liberdade de informação. Podendo pressionar alguns meios de comunicação por via económica (retirando tudo o que é publicidade estatal ou derivada), e controlando outros para desinformar, instala-se uma censura muito eficaz.
Agora, uma coisa é "o que se ouviu dizer", e sobre a qual não há grande controle, outra é o "veio no jornal" ou "deu na TV", e a Didas sabe o peso diferente que isso tem.
Quanto à liberdade de expressão no tempo da outra senhora, um método muito eficaz era ninguém saber ao certo quem era informador da PIDE. Não direi que estamos na mesma, mas acredito que em muitos sectores (jornalismo, função pública) já haja quem tenha muito cuidado com o que diz em frente de certas pessoas.
O Sr. José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa pode ser um homem impoluto, apesar do lixo a que está constantemente associado. Pessoalmente acho que não é. A postura teimosa, superior,
absolutista e arrogante que tem demonstrado não se enquadra com o que eu chamaria "uma boa pessoa". Nem um "canudo" tirado a um Domingo, para começar.

prada disse...

Subscreve-se Funes e AB e penso que a maioria do povo portugues que tanto tentam fazer de parvo, o faz tambem.
Isto mete nojo, é mesmo a cauda da Europa

Anónimo disse...

Pessoalmente, sempre fui da opinião de que “o povo unido jamais será vencido” é uma grande treta neste pais. Este povo nunca se uniu, nem mesmo no 25 de Abril. O que este dia fez foi unicamente distribuir a ditadura entre muitos locais. Não somos muito livres para opinar, seja no estado e que partido esteja a governar, seja no emprego, seja na universidade… Aliás, até tive um professor que dizia que nas reuniões não opinava em questões que não concordava, pois sabia que a sua carreira acabaria ali. Mas aqui, estamos, como já foi dito, a falar de liberdade de informação, ou da falta dela. Mas penso também que se já passou para além dessa liberdade (já algum tempo!), e agora trata-se apenas de uma guerrinha entre uma aliança de um ou outro jornalista, que foi para além de fazerem jornalismo e que não suporta o Sr. Primeiro-ministro, e o próprio Sr. Sócrates. Está claro de se ver que a oposição esfrega as mãos de contente e usa essa guerrinha para fazer a sua politica. Como o carácter das pessoas intervenientes neste processo todo não deve ser do melhor, temos o que merecemos.

Alexandre

A.B. disse...

As guerrinhas sempre existiram, mas quando um juiz considera que há indícios de crime contra o estado de direito por parte do PM, saímos do campo das guerrinhas. Quando o PGR decide aquilo que não pode tecnicamente decidir, a coisa é suspeita. Há uma interpretação da lei que diz que escutas relativas a um processo só podem ser usadas em relação a esse processo, há outra que diz que quando nessas escutas se toma conhecimento de outro crime, automáticamente um novo processo é aberto, sendo assim essas escutas válidas para ambos.
O homem é inocente até prova em contrário, mas se fôr ilibado escudando-se em tecnicismos da lei, não fica grande impressão de inocência. Digo eu...

Politikus disse...

Creio, que não és a única a pensar assim...

Anónimo disse...

Há aqui gente que ainda não percebeu que o que a "malta" quer, é ganhar na secretaria o que perdeu nas urnas...
O sujeito não é de agora chamado disto ou daquilo, quando resolveu concorrer contra Santana, perante o seu perfil ganhador foi logo aplidado de "rabixo"...lembram-se?

Zeca

A.B. disse...

Gostava de ter um comentário melhor para o teu post, anónimo Zeca. A possibilidade do PM gostar de levar no cú e chupar pilas não tem nada a ver com ser competente e honesto (disso ainda ninguém o acusou), ou com a possibilidade de ter cometido crimes contra o Estado.
E lembro-me bem demais como chegámos aqui, com a conivência dum PR socialista e a traição do Barroso. As razões que levaram o então PR a despachar o então PM empalidecem com as que este PR que temos podia invocar para despachar este PM, que já disse que assim não o deixam governar (é preciso mais?).
Desde aí temos sido enrabados até ao osso, e, pelo resultado das urnas, o que não falta é quem queira mais.

A.B. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

O Sr. PM não fez mais do que todos os outros fizeram e fazem, sejam eles PM's, Ministros ou Deputados. Controlar a imprensa? Nada que os outros não tenham feito. Mentir na AR? Mas alguém acredita que dali só sai verdade? Cometeu um acto ilegal? Não é condenado? Este é o mundo deles. Ninguém é condenado, senão era um autentico comboio dominó... O problema do Sr. PM é a imagem que ele transmitiu e agora há muita gente que não o suporta. Porque no fundo, ele não é diferente dos outros.

Alexandre

A.B. disse...

Mas este não é o mundo deles, Alexandre. É o nosso. E eles não estão lá para mandar, estão lá para servir. E são pagos com o nosso dinheiro. E creio que estamos num momento um pouquinho mais complicado do que alguma vez estivémos nos últimos vinte anos pelo menos. E creio que "eles" precisam de ser recordados de quem são e para que servem. De todas as maneiras possíveis, na imprensa, em blogs, no café, e nas urnas - e se fôr necessário na secretaria.
Concordo que este PM não é muito diferente por exemplo do actual PR quando era PM. Os políticos são almas simples, gostam de ser populares, e para isso dão. Dão o que nos pedem, exigem ou roubam, e fazem gala de generosidade. A diferença é que o Cavaco tinha na altura um rio de fundos comunitários, e a partir do Guterres começámos a ter um poço de dívidas.