4/15/2010

E eles dizem estas coisas todas sem se rir!


O governo concedeu tolerância de ponto aos funcionários da administração pública no próximo dia 13 para que estes possam acompanhar a visita do papa, e as reacções já foram mais que muitas. A mais gira de todas é esta: Luís Bento, antigo consultor do Banco Mundial, estima que a tolerância de ponto decretada pelo Governo à função pública a propósito da visita do Papa a Portugal, «vai custar milhões à economia». Oh Luís, e como? O que é que os funcionários públicos iam produzir nesse dia e que já não produzem? Peças para bicicletas? Panelas de água a ferver? Bolacha americana? Mais, num dia em que eles não ponham os cotos no serviço poupa-se uma batelada em luz, água, telefones e papel (incluindo o higiénico). Já para não falar do desgaste nos assentos das cadeiras.
Claro que a tolerância de ponto em si mesma é de todo inútil para o fim a que se destina: Compensar os funcionários públicos pelo congelamento dos salários e passar a mão pelo lombo à padralhada que anda excitadíssima com a lei do casamento gay, permitindo que mais gente vá "apajar" sua santidade. É que nem os funcionários vão desistir das greves, nem o papa vai ter mais freguesia nas missas, porque eu corto tudo rentinho em como a maior parte da malta vai ficar em casa de manhã a olhar para o lado de dentro das pálpebras e vai anhar para a praia da parte da tarde se o S. Pedro permitir. Mas pronto.

6 comentários:

RPM disse...

Talvez os milhões que a visita do Papa vai custar tenham sido calculados atravéz da soma das peças para bicicleta não produzidas pelos pais dos meninos que ficam sem escola nesse dia. Eu ainda estou a pensar onde vou enfiar os meus, tendo em conta o risco acrescido de haver tanta padralhada à solta nesse dia.

Didas disse...

Mas o papa vem ni papamóvel ou lá o que é. Aquilo é blindado e se estiver trancado por fora os miúdos podem andar à vontade!

saltapocinhas disse...

fica-me mal dizer isto, mas não concodo de todo com este feriado...
mas é como tu dizes: vai ser uma poupança para o governo.
e o trabalho que não se fizer nesse dia, será feito no dia seguinte.
se assim não fosse, programava para esse dia a divisão por 2 algarismos!

Didas disse...

Ninguém concorda, mas ninguém vai recusar! :)

Paulinha disse...

ciando: "Ninguém concorda, mas ninguém vai recusar! :)"

Sem dúvida... e subscrevo este post... poupam mais se eles lá não estiverem em tudo isso e mais qualquer coisa!

Didas disse...

Então? No poupar é que está o ganho!