11/29/2011
Mas é pena...
Sou dum país triste. Triste e que se alimenta de invejas pequeninas. Sou dum país em que as pessoas são tão pobres que é fácil convencê-las que a crise deve ser paga pelos pançudos que ganham mais de 1100 euros por mês, essas criaturas insaciáveis e devoradoras do pão da boca dos pobrezinhos. 1100 euros é menos do que o salário mínimo nos países onde os empresários e os políticos não se dedicam a viver da miséria alheia como actividade principal. Sou dum país miserável porque nem sequer sabe que o é. E onde os bodes expiatórios ganham 1100 euros por mês e são castigados por isso quando o descalabro se instala. Mas é pena...
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6 comentários:
A revolta é mais que muita, chego a enojar-me de sentir que todos pensam que somos culpados de algo que não fizemos eu falo por mim e pelos meus e possivelmente por a maioria dos portugueses, não contribuímos em nada para nos castigarem desta maneira, será que isto não diz nada a alguém capaz de ter coragem para acabar com esta palhaçada? sinto vergonha do meu país, principalmente quando nem a justiça consegue funcionar( nada de anormal) e se vê nas noticias um gajo que já devia estar preso e ainda pede para não o incomodarem!!! ao nós que chegamos!
Somos pobres em tudo, não há Homens como antigamente!!!
Rosa Correia
Eles têm todo o direito de fazerem isto...
Devemos é queixarmo-nos de nós que escolhemos mal!
tens toda a razão: pôr as pessoas umas contra as outras sempre foi uma política eficaz (que o diga a "falecida" milú...)
mas até certo ponto compreendo algumas dessas pessoas: ganham tão mal a trabalhar 8 ou 9 horas por dia, em fábricas horríveis, que todos os que ganham mais são bem pagos.
Ai Rosa... um gajo? Só um?
mfc, aí está um ponto de vista interessante. E já agora, eles quem?
Saltapocinhas, eu não digo que não as compreendo, digo que isto é muito triste.
Tristíssimo!
E estou completamente de acordo com a Saltapocinhas - é uma dor de alma ver como se consegue por as pessoas umas contra as outras. Este atiçar quem trabalha no privado contra quem trabalho no sector público já é antigo e tem pegado sempre. Agora há quem ganha uma miséria contra quem ganha um pouco mais do que a miséria... e podemos sempre descobrir outras diferenças, por exemplo quem trabalha por turnos ou ao fim-de-semana contra os felizardos que têm direito ao fim-de-semana. etc, etc..
Mas nós deixamos!
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