10/30/2011

Em casa onde não há pão...


Até compreendo o número de circo protagonizado pelo reitor da universidade de Lisboa, ao estilo Alberto João Jardim. Ter que gerir uma casa com menos do que o que se está habituado é lixado e que o digam centenas de milhares de portugueses no desemprego e outros tantos com os ordenados reduzidos. Depois do tempo das ilusórias vacas gordas, acabou-se. É chato. Ai não que não é! Mas o senhor reitor não se queixou só da falta do guito, queixou-se também da falta de autonomia. Queixou-se que agora, de cada vez que quiser contratar um gajo para trocar os rolos de papel higiénico vazios por cheios nas casas de banho da universidade vai ter que esperar por um despacho favorável do ministro. De facto, também é chato. Mais do que chato, é lamentável que assim aconteça. Lamentável que seja necessário, embora me pareça que a medida seja tardia e a situação irremediável. Porque, posso estar enganada, mas era capaz de cortar tudo rentinho em como, na Universidade de Lisboa como em qualquer instituição pública ou semi-pública deste país (o mal é geral), deve haver gabinetes e gabinetes cheios de gente que mais não faz do que tocar p*****as a grilos, contratada no tempo em que o dinheiro caía a rodos e se podia fazer um jeito a qualquer amigo a precisar de emprego.

Na esperança de descobrir que há alguém neste mundo que consiga ter sonhos mais parvos que os meus...

Era uma campainha avariada. Não sei se era avariada ou se apenas tinha a mania de ser diferente, esse pormenor escapou-me. Mas era uma campainha que só tocava ao contrário. Em vez de fazer "Trrim" fazia "Mirrt". E durante toda a noite tocou, "Miiiirrt! Miiiirrt!".
E não aconteceu mais nada.

10/27/2011

Onde é o fim da fila?


A banca portuguesa vai ser recapitalizada com 7,8 mil milhões de euros. Até calha bem porque eu também estou a precisar de recapitalização e, visto que até vou contribuir com pelo menos 4 subsídios de férias e natal mais uma subida no IRS para ajudar a pagar a participação do CR7 nos anúncios onde diz que se hesitasse não ganhava como ganha, parece-me bem eu ter direito a qualquer coisa. Na verdade, em comparação com o BES, a minha necessidade de recapitalização é modestíssima, qualquer milhãozito é suficiente! Onde é o fim da fila? Onde é que se tira senha? Quem vem comigo?

10/26/2011

A minha humilde contribuição para salvar a RTP

Agora que já toda a gente sabe que a RTP vai ser vendida para peças depois de ter sido sustentada por nós durante décadas como se fosse um Ferrari de colecção, venho dar a minha humilde contribuição para salvar (acho que ainda se consegue) as finanças da casa. Proponho um reality show com o mesmo formato da casa dos segredos da TVI mas em que os residentes fossem os gajos do governo. Já se viu o que é que as pessoas querem. Querem assistir ao espectáculo degradante da ignorância e regozijar-se por não serem elas a exibi-la. Ora, a meu ver, qualquer tipo deste governo tem tanta capacidade para mandar umas bujardadas valentes como a anormal que pensava que África era um país da América do Sul.
Só não metia lá o ministro da Economia. Se no início cheguei a pensar que ele era uma espécie de Mr Bean à portuguesa, agora mudei de ideias. O homem afinal é um cangalheiro deprimido. Não dá.

10/24/2011

Felizmente ainda vai havendo momentos de boa disposição


Hoje tive esta conversa maravilhosa com uma senhora:

- Se quiser pode dar-me o seu contacto e eu logo que puder aviso-a.
- Até dava, mas o meu telemóvel está com problemas.
- Problemas?
- Sim, ele estava-me a pedir o NIB, não sei porquê... eu meti o NIB... ele pediu mais duas vezes e eu meti mais duas vezes... depois avariou e nunca mais consegui fazer chamadas.
- O NIB?!
- Sim, eu liguei-o e ele pediu. E eu meti. Mas depois ficou com problemas. Já o fui carregar com dinheiro duas vezes e não dá nada. Até já tentei ligar para ele do telefone fixo! Mas nada!
- Mas... o NIB?!
- Sim.
- Não seria o PIN?
- Sim! O pin! Era isso!
- ...
- Não é a mesma coisa?

10/23/2011

Não agradeçam, é puro patriotismo


Acabei de saber nas notícias: O mesmo orçamento que me vai sacar o subsídio de férias e o de Natal prevê um aumento de 300 milhões de euros para pareceres. Ora então aí vai um parecer à borlix: A mim parece-me que este governo é composto por uma cambada de asnos como nunca se viu, nem no tempo do coleccionador de submarinos avariados, Santana Flopes.

Um pequeno incentivo em tempo de crise



Meus amigos, o dinheiro não é tudo. Senão como é que um gajo cheio dele como o Donald Trump usaria um penteado de m*rda como este?



10/21/2011

À atenção dos senhores da Caixa Geral de Depósitos



Para quer conste: Eu sou sobrinha única do Kadhafi por parte da ponte da Esgueira! Aqui está a prova em como somos parecidos e tudo, apesar de ele já ter feito plásticas e eu não. Mas vê-se logo que somos da família!



Como é que faço para levantar os 13oo milhões?






PS: Então? Já foram "comidos" com esquemas mais óbvios do que este e não se queixaram!

Hei pessoal!

Alguém quer fazer um boneco para a gente pôr a votação e mandar por mail para writetodidas@gmail.com? Está a chegar a altura de mudar a decoração do tasco!
A quem eventualmente tiver a pachorra, obrigada!

10/06/2011

Guia de viagem: Como entrar num museu em Itália



Para quem nunca lá esteve e tencione estar, para quem pense ir ver ao vivo o David de Miguel Ângelo ou A Primavera de Boticelli, aqui vai um breve manual de sobrevivência:






1. Na Itália, os museus mais relevantes (ou seja, os que atraem mais visitantes), têm duas filas para entrar. Uma para as pessoas normais como eu e (acho) vocês, outra para os chicos espertos.



2. Na fila para as pessoas normais os bilhetes têm o preço normal. Por exemplo, 15 euros.



3. As pessoas normais, quando chegam ao museu, vêem que a fila normal não é assim tão comprida como isso, fazem umas contas de cabeça, concluem que irão entrar em cerca de meia hora e colocam-se no fim da dita.



4. Uns 5 minutos depois, no entanto, começam a passear-se ao longo da fila umas miúdas a apregoar a estranha frase "Skip the line!". Algumas das pessoas normais que estão na fila normal questionam a razão de ser daquilo e ficam a saber que, se quiserem passar para a fila dos "chicos espertos", devem comprar bilhetes a elas. O preço desses bilhetes poderá ir de 20 euros por cabeça (se a pessoa tiver ar de italiana, espanhola, tuga ou brasuca), a 45 se as moças entenderem que se trata de alguém dum país abastado. Cuidado loiros!



5. As pessoas normais mandam-nas pastar e continuam na fila, porque era só o que faltava.



6. Uma hora depois, a fila das pessoas normais continua imóvel ou, quando muito, avançou uns metrinhos. Mas já cresceu bastante e vai numa rua qualquer donde nem sequer se consegue ver o museu.



7. As pessoas que estão na fila normal pedem aos acompanhantes que vão lá à frente ver o que se passa na entrada, do género se morreu alguém, se houve um tremor de terra e caiu uma pedra imensa em frente à porta ou se o museu foi à falência e entretanto fechou.



8. É nesta altura que as pessoas da fila normal descobrem que, na entrada normal, não está a entrar ninguém. Que inclusive o porteiro que lá devia estar foi comer, foi à casa de banho ou foi visitar a prima ou a p... que o p... Já a outra fila (aquela dos chicos espertos que compraram os bilhetes às ragazzas) anda que se farta e não há praticamente espera.



9. As pessoas da fila normal ficam perplexas, comentam entre si o que se está a passar e que nunca tinham visto nada assim em parte alguma do planeta. No entanto, as mais honestas continuam a achar que não vão alinhar naquele esquema nem que a vaca tussa e mantêm-se na fila.



10. À medida que a fila avança (pouco e durante horas), as pessoas normais vão vendo inscrições na parede ao seu lado, de outras pessoas que lá estiveram antes e já estavam a ficar, em bom português, f*didas com aquilo. Essas inscrições vão do "only 3 hours from here my friend" até ao desenho duns caralhetes bem torneados.



11. As pessoas normais acabam por concluir que, ou alinham ou não entram no museu, o que depois de ter apanhado um avião e feito milhares de quilómetros é um bocado chato, e lá chamam uma gaja daquelas para lhes venderem um bilhete daqueles que alguém dentro do museu (e que também come uma parte com toda a certeza) lhes orienta para elas venderem cá fora. Conclui-se também que o facto do porteiro passar o dia com ataques de c*ganeira é uma cena propositada para o pessoal desistir de entrar a bilhetes de 15 euros.



12. Quando acabam por conseguir entrar no museu, as pessoas normais já vão com uma neura que só lhes apetece começar a fazer às peças o que o Mr Bean fez à Mãe de Whistler ou pior, pelo que acabam por já não ver nadinha e limitar-se a procurar por um livro de reclamações que não existe porque na Itália não é obrigatório.



13. Quando vão ao museu seguinte as pessoas normais, apesar de muito lhes custar, já nem se põem na fila. Vão directas a uma gaja daquelas e dizem-lhe logo que não dão mais do que 20 euros e que ela se ponha fina.






E é assim que a gente conclui que não faz parte da pior raça de intrujas que há no mundo e fica até a gostar um bocadinho da pátria-mãe. Por outro lado, descobre-se também como é que um mastronço como o Berlusconi consegue ganhar eleições, o que é duplamente didáctico.



E pronto. Mais tarde ensinar-vos-ei a sobreviver em Roma como peão.

10/05/2011

E mais um dia de comemorações da velha tola

O dia de hoje foi pródigo (como é habitual este dia ser anualmente) em momentos inesquecíveis. Do deste ano gostei particularmente de dois:
- Do cavalheiro de bigode que gostou muito de visitar o palácio mas ainda mais da comida que havia em cima das mesas;
- Da pita de aparelho nos dentes que, perante os paizinhos com o pito aos saltos, foi fazer o primeiro ensaio na arte de bem se safar na república das bananas.
Espero que os nossos queridos clientes tenham apreciado tanto como eu. Ou que tenham aproveitado o bom tempo para desaparecer e não terem que ver nada disto, o que fizeram ainda melhor.

10/01/2011

Olá e até amanhã!

Eh pá! Uma pessoa chega do seu passeiozito de férias e dá logo de caras com:
- O Isaltino a jurar a pés juntos que é tão inocente como a virgem Maria;
- O Alberto a continuar a dar jantares ao povo à nossa pala;
- O ministro a ameaçar que afinal nos vai sacar o subsídio de Natal todo para pagar o Jornal da Madeira que é gratuito para o mastronço fazer propaganda.
Estou deprimida, vou dormir.
Já não é hoje que vos conto como sobreviver na terra do sr Berlusconi. Até porque vocês nem precisam. Sobreviver aqui é mais difícil...