1. Brincar aos filmes.
Entram aqui.
Registam-se.
Procuram um filme baril no YouTube ou noutro sítio qualquer.
Inventam umas legendas para lá pôr.
No final ficam com qualquer coisa como isto, que não serve para nada a não ser esquecer por um bocado a taxa de desemprego, o aquecimento global ou os resultados do vosso clube (no meu caso esta última justifica-se).
2.Brincar às séries.
Esta tenho que partilhar convosco porque é um acontecimento. Já não me viciava numa série de televisão desde o tempo em que era preciso sair do sofá e carregar num botão para mudar de canal.
Dá à quarta-feira à noite no canal 2 e é sobre uma espécie de Robin Hood em versão serial killer.
2/29/2008
2/28/2008
O EFEITO DO TEMPO NA MEMÓRIA
O tempo resolve tudo. Qualquer moradia de mau gosto que tenha sido construída por um pato bravo cheio de pastel, digamos, no virar do século XIX/XX, ou um antigo mamarracho implantado pelo poder absoluto da santa madre igreja onde muito bem lhe apeteceu, já adquiriu o estatuto de património. Não há volta a dar.
Um actor medíocre, que tenha passado a vida a fazer papéis sem brilho em fantochadas várias, se já tem rugas, é um actor consagrado.
Uma palhaçada que tenha passado na televisão no tempo em que se usava permanentes e saias de lycra, a que ninguém ligava a não ser que lhe tivessem cortado as pernas e fosse obrigado a permanecer no sofá, já é uma obra-prima.
Os exemplos são inúmeros.
Lembro-me disto, não sei porquê, quando vejo anunciar aquela coisa que é o remake da "Vila Faia".
2/27/2008
2/26/2008
E PARA QUANDO NÃO TIVEREM MAIS QUE FAZER
Aqui está uma brincadeira totalmente inútil mas que pode ser um pequeno delírio para o ponto G de qualquer gaja que é gaja (falamos, claro, do ponto G da palavra shopping).
Passo a explicar:
Entram aqui.
Registam-se.
Criam o vosso clone.
E depois, podem experimentar toda a roupa que vos apetecer, sem terem que se espremer dentro dum provador com cheiro a chulé e uma cortina que abre dum lado quando se fecha do outro.
Aqui estou eu com um pijaminha que jamais usaria na vida real:
Passo a explicar:
Entram aqui.
Registam-se.
Criam o vosso clone.
E depois, podem experimentar toda a roupa que vos apetecer, sem terem que se espremer dentro dum provador com cheiro a chulé e uma cortina que abre dum lado quando se fecha do outro.
Aqui estou eu com um pijaminha que jamais usaria na vida real:
2/25/2008
DE COMO A PADEIRA SOFREU UM REVÉS NA SUA CARREIRA CINEMATOGRÁFICA
Ontem realizou-se, aqui na parvónia, a procissão dos Passos. É uma procissão porreira que eu sempre curti à brava, com beatas descalças todas cobertas de preto. Um bocado doentio, eu sei. Mas isto é só uma espécie de preliminares para explicar porque é que me muni da máquina e à hora marcada lá estava eu toda porreira para fazer um filme do acontecimento e pôr no Youtube.
Só que o santo, seja lá ele quem for, trocou-me as voltas. Não é que eu me enganei nos botões e, quando pensava que estava a gravar não estava e quando pensava que não estava a gravar, estava? Quando cheguei a casa e fui ver o resultado, tinha vários filmes onde apareciam pernas, sapatos e pedras de calçada, tudo ao som do Miserere.
Azarito.
Olá queridos clientes!
Como devem saber (pelo menos os mais assíduos), aqui na padaria andámos todas ao mesmo tempo com dismenorreia, e ainda por cima longa. É uma doença chata causada por redes informáticas mal configuradas. Mas felizmente já passou e acabou tudo em bem.
Vamos então aos acontecimentos que marcaram a semana que passou:
FANTASPORTO: Mário Dorminsky, o director, deu uma entrevista ao JN onde revela que “Lisboa tenta sempre dinamitar o que sai do Norte”. Promete. Até porque, como se trata dum festival de cinema fantástico, uma dose razoável de paranóia obsessiva confere-lhe aquela aura de mistério que dá uma boa publicidade. É fixe! Mas atenção, se for demasiado, aquela merda acaba por parecer um ajuntamento de tolinhos. Eu, por exemplo, tinha uma prima que pensava que era a Joana d’Arc e que toda a gente lhe queria pegar fogo. Ouvia vozes e tudo. Agora está internada.
TERRORISMO: E por falar em dinamitar, o ISCIA – Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração de Aveiro, anunciou novos cursos, onde se inclui “Terrorismo Transnacional”. Aqui está um saudável exemplo de adaptar o ensino ao mercado de trabalho. Não devem faltar saídas profissionais para o médio oriente e países árabes. É preciso é que os alunos sejam bem preparados… e que não façam estragos aqui durante as aulas práticas.
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA: E por falar em estragos, o Tribunal de Contas chumbou o empréstimo de mais 360 milhões de calote à banca, pretendido pelo município da capital. Há montes de pessoal por aí a dizer que não compreende, que não sei quê… É assim, não é preciso ser nenhum especialista em economia, digo eu… aquilo chama-se “Tribunal de Contas”. Então?... Fizeram as contas!...
DESTA NÃO PERCEBI NADINHA: E finalmente, por falar em contas, não percebi nadinha da notícia que saiu no JN, segundo a qual a GNR terá descoberto a prática de prostituição numa casa perto da Ponte de Cacia. Já tinha ouvido falar da lentidão dos serviços públicos, mas caramba, aquilo é conhecido desde mil novecentos e carqueja e, qualquer puto que nasça por estas bandas, antes de saber andar já sabe onde é que fica a casa da Ramalha. Aliás, a Ti Maria Ramalha (que Deus a tenha) até já foi desta para melhor há um bom par de anos. Outra parte da notícia que eu não percebi foi esta: “Foram apreendidos 185 euros e diverso material relacionado com a prostituição, entre os quais preservativos e vibradores”. Deixo essa à interpretação dos clientes…
E pronto meus queridos, por hoje não vos maço mais.
Fiquem com a beijoca de sempre da vossa
Rosarinho
Como devem saber (pelo menos os mais assíduos), aqui na padaria andámos todas ao mesmo tempo com dismenorreia, e ainda por cima longa. É uma doença chata causada por redes informáticas mal configuradas. Mas felizmente já passou e acabou tudo em bem.
Vamos então aos acontecimentos que marcaram a semana que passou:
FANTASPORTO: Mário Dorminsky, o director, deu uma entrevista ao JN onde revela que “Lisboa tenta sempre dinamitar o que sai do Norte”. Promete. Até porque, como se trata dum festival de cinema fantástico, uma dose razoável de paranóia obsessiva confere-lhe aquela aura de mistério que dá uma boa publicidade. É fixe! Mas atenção, se for demasiado, aquela merda acaba por parecer um ajuntamento de tolinhos. Eu, por exemplo, tinha uma prima que pensava que era a Joana d’Arc e que toda a gente lhe queria pegar fogo. Ouvia vozes e tudo. Agora está internada.
TERRORISMO: E por falar em dinamitar, o ISCIA – Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração de Aveiro, anunciou novos cursos, onde se inclui “Terrorismo Transnacional”. Aqui está um saudável exemplo de adaptar o ensino ao mercado de trabalho. Não devem faltar saídas profissionais para o médio oriente e países árabes. É preciso é que os alunos sejam bem preparados… e que não façam estragos aqui durante as aulas práticas.
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA: E por falar em estragos, o Tribunal de Contas chumbou o empréstimo de mais 360 milhões de calote à banca, pretendido pelo município da capital. Há montes de pessoal por aí a dizer que não compreende, que não sei quê… É assim, não é preciso ser nenhum especialista em economia, digo eu… aquilo chama-se “Tribunal de Contas”. Então?... Fizeram as contas!...
DESTA NÃO PERCEBI NADINHA: E finalmente, por falar em contas, não percebi nadinha da notícia que saiu no JN, segundo a qual a GNR terá descoberto a prática de prostituição numa casa perto da Ponte de Cacia. Já tinha ouvido falar da lentidão dos serviços públicos, mas caramba, aquilo é conhecido desde mil novecentos e carqueja e, qualquer puto que nasça por estas bandas, antes de saber andar já sabe onde é que fica a casa da Ramalha. Aliás, a Ti Maria Ramalha (que Deus a tenha) até já foi desta para melhor há um bom par de anos. Outra parte da notícia que eu não percebi foi esta: “Foram apreendidos 185 euros e diverso material relacionado com a prostituição, entre os quais preservativos e vibradores”. Deixo essa à interpretação dos clientes…
E pronto meus queridos, por hoje não vos maço mais.
Fiquem com a beijoca de sempre da vossa
Rosarinho
2/21/2008
TRÊS RAPIDINHAS E UMA ADIVINHA
RAPIDINHA UM:
Eu: Mas isto foi exactamente o que o senhor pediu.
Ele: Não foi não!
Eu: Está aqui escrito por si. Vê?
Ele: Eu vou-lhe explicar, a sua colega disse-me: - “Ah! Não sei quê, não sei quê, não sei quê!” – e vai eu p'ra ela: - “Porque não sei quê, não sei quê, não sei quê! E pronto, foi assim."
RAPIDINHA DOIS:
Ele, com ar ameaçador: Quando cá voltar, trago a televisão comigo!
Eu: Para quê? Vai-lhe dar cabo da coluna!
(E depois apenas mentalmente): Vai-te mas é f****!
RAPIDINHA TRÊS:
Eu: O senhor vai-me preencher este impresso está bem?
Ele (emigrante nos EUA): Ih! É em português! Que chatice! Se fosse em inglês, era já em três tempos! Agora em português...
Eu vi logo que não valia a pena bater no ceguinho, pedi-lhe os documentos e comecei a preencher. Ele, de vez em quando, tirava o telemóvel do bolso, fingia que estava a atender uma chamada e dizia: - "Hello! Hello!" - depois virava-se para mim e justificava-se - "Foi abaixo!..."
ADIVINHA:
Esta agora é absolutamente verdadeira, foi escrita num requerimento e vale um brioche e um diploma da padaria para o primeiro que adivinhar o que significa:
"DERROVE DÓCALIPETOS"
O Japinho não pode concorrer, porque já come os brioches que lhe apetece cá na padaria e porque eu já lhe disse a resposta.
Eu: Mas isto foi exactamente o que o senhor pediu.
Ele: Não foi não!
Eu: Está aqui escrito por si. Vê?
Ele: Eu vou-lhe explicar, a sua colega disse-me: - “Ah! Não sei quê, não sei quê, não sei quê!” – e vai eu p'ra ela: - “Porque não sei quê, não sei quê, não sei quê! E pronto, foi assim."
RAPIDINHA DOIS:
Ele, com ar ameaçador: Quando cá voltar, trago a televisão comigo!
Eu: Para quê? Vai-lhe dar cabo da coluna!
(E depois apenas mentalmente): Vai-te mas é f****!
RAPIDINHA TRÊS:
Eu: O senhor vai-me preencher este impresso está bem?
Ele (emigrante nos EUA): Ih! É em português! Que chatice! Se fosse em inglês, era já em três tempos! Agora em português...
Eu vi logo que não valia a pena bater no ceguinho, pedi-lhe os documentos e comecei a preencher. Ele, de vez em quando, tirava o telemóvel do bolso, fingia que estava a atender uma chamada e dizia: - "Hello! Hello!" - depois virava-se para mim e justificava-se - "Foi abaixo!..."
ADIVINHA:
Esta agora é absolutamente verdadeira, foi escrita num requerimento e vale um brioche e um diploma da padaria para o primeiro que adivinhar o que significa:
"DERROVE DÓCALIPETOS"
O Japinho não pode concorrer, porque já come os brioches que lhe apetece cá na padaria e porque eu já lhe disse a resposta.
2/20/2008
ESTA PADARIA ESTÁ, OFICIALMENTE, REABERTA
Pois é. Depois de alguns stresses com a internet sem diagnóstico à vista, parece-me que finalmente conseguimos resolver o problema. Pelo menos enquanto a cabovisão não nos voltar a lixar, os fornos estão de volta a produzir. Foi difícil. Mas não baixamos os braços à luta! Posso afirmar-vos que, nos últimos tempos, chegámos ao ponto de ver televisão, ir para a cama cedo e sair de casa para dar umas voltas, com todas as consequências nefastas que isso pode acarretar para a nossa saúde mental e física. Mas vencemos! A todos os clientes, apresentamos as nossas desculpas pelos dias a fio a pão-de-forma ensacado.
2/19/2008
2/14/2008
2/13/2008
POR MOTIVOS ALHEIOS À NOSSA VONTADE, CONTINUAMOS INDISPOSTAS
2/11/2008
2/09/2008
DE COMO A VIDA É CHEIA DE SURPRESAS E AINDA BEM SENÃO ERA UMA CHATICE DO CARAÇAS
Até há uns dias eu era capaz de jurar a pés juntos que ninguém que eu conhecesse seria capaz de ver o "Dança Comigo" e muito menos votar naquilo. Há coisas que é assim, a gente sabe que existem mas pensa sempre que estão longe, como os atentados terroristas ou as casas decoradas nos Móveisdetodomundo.
Então, qual não foi a minha surpresa (gosto desta expressão, "qual não foi a minha surpresa", faz lembrar os meus livros de leitura da primária), quando ouvi uma pessoa com quem estou quase todos os dias, praticamente toda molhadinha, a dizer o quanto tinha adorado ver não sei quem dançar uma não sei o quê no dança comigo. Depois, com a continuação da conversa, descobri que sabia de cor os nomes de todos os participantes até ali e tinha uma opinião formada sobre a performance de cada um!
Caramba, estive quase quase para lhe pedir um autógrafo. Não pedi porque tive vergonha, palavra de honra!
2/08/2008
2/07/2008
MOMENTOS
E então a mulher gorda, com nódoas na camisola XXL sob a qual pendia uma barriga branca com um umbigo cratera sobre umas calças de fato de treino, levantou-se e vociferou, depois de tirar um macaco do nariz e enquanto mastigava o resto do "bollicao" do puto com a boca toda aberta:
- Este país é o terceiro mundo! É o que é!
As pessoas em volta olharam, e pensaram em uníssono:
-Xi! É mesmo!...
- Este país é o terceiro mundo! É o que é!
As pessoas em volta olharam, e pensaram em uníssono:
-Xi! É mesmo!...
2/06/2008
2/05/2008
A MINHA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA NA OUTRA METADE DE PORTUGAL
Eu tinha uns dez anos quando fomos convidados para um casamento na aldeia do meu avô paterno. Já não me lembro do nome nem ao certo onde fica, mas sei que era algures no Ribatejo. Uma aldeia muito pequena e muito pobre. Pobre mesmo, como eu, na minha curta experiência, nunca tinha visto. Tão pobre que só havia um vestido de noiva, que rodava por todas. A rebentar pelas costuras numas, a sobrar pano noutras. A cerimónia foi dum atavismo surreal, numa capela minúscula, e depois serviram-nos um almoço debaixo dum telheiro com mesas e bancos corridos, que eu achei "uma porcaria", mas comi e não disse nada porque já sabia que era má-educação dar a entender.
Eu já era "uma mulherzinha". Pelo menos era o que todos diziam. Por isso compreendi depressa qual o comportamento que de mim se esperava. Compreendi também que a generosidade daquelas pessoas pobres tinha que ser respeitada, e foi o que fiz.
Só uma dúvida intrigante ficou a martelar na minha cabeça: Porque diabo aquela gente pronunciava todas as palavras que tinham "v", mesmo com "v" e não com "b"? Porque eram tão presunçosos se, afinal, viviam vidas tão básicas?
Isto porque, para mim, vinda do norte, o "v" era uma letra que só se "carregava" em discursos oficiais ou em ocasiões especiais, como no exame da quarta. De resto, falava-se com "b", sob pena de se parecer um peneirento insuportável.
Depois explicaram-me que no sul era mesmo assim, que toda a gente dizia o "v" nas palavras que levavam o "v" escrito, e que isso para eles não era uma mania. E eu, de olhos muito abertos: - "A sério???!!!"
2/04/2008
2/03/2008
Olá queridos clientes! Ora então cá estou eu para vos explicar com todos os pormenores as recentes alterações no governo, incluindo manobras de bastidores totalmente inventadas por mim e outros segredos ainda não revelados porque também não são verdade.
Para começar, vamos desfazer o primeiro equívoco: a palavra remodelação. Nos telejornais, assim que se soube que dois ministros tinham sido enxotados, desataram a dizer que tinha havido uma “remodelação de ministros”. Isso era se tivessem feito, por exemplo, uma lipo-aspiração abdominal ao ministro da saúde. Que eu saiba não fizeram nem ele pediu, até porque não confia nos médicos e faz muito bem. O que houve foi uma remodelação no governo, isso sim. Até eu que só fiz o nono ano sei isto!
Agora que já fizemos os preliminares, continuamos então para o que interessa.
Em primeiros, os verdadeiros motivos da substituição na saúde:
O ministro da saúde aguentou-se a tudo quanto era romarias e histerismos do pessoal da feijoada, a ataques políticos, ao prós e contras com os saloios de Anadia aos berros no segundo-balcão… Por isso, perguntam vocês, porque é que de repente, do nada, o mandaram embora? Ora, está-se mesmo a ver que foi por causa daquela gravação da gaja do INEM a discutir pontos de crochet durante meia hora ao telefone com o bombeiro atrasado, enquanto um cota, na aldeia de Não Sei Quantos, batia a bota. Ou seja, o ministro da saúde foi com os pitos por haver, em Favaios, um anormal que até para f… os tomates lhe estorvam. E o povo, que tem que se fazer à vida todos os dias sem medos senão bem se lixa, fica muito impressionado com coisas desse tipo de coisas. Moral da história: Há que escolher muito bem o staff, porque até a gaja da limpeza nos pode fazer “dançar”. Só que isto, num ministério com centenas de ramificações e dependências por tudo quanto é sítio, é difícil. Azar!
Agora o que vocês também não sabem: os verdadeiros motivos da escolha da Drª Ana Jorge para avançada no terreno. Pois está claro que esta malta não brinca em serviço, aquilo é pensado até ao pormenor. Já viram bem a senhora? Com aquele penteado em forma de capacetezinho mal amanhado num cabeleireiro de subúrbio, aqueles óculos de massa enormes numa cara pequenina e aquela vozinha de quem nem se aguenta a dar um traque, o que é que ela vos faz lembrar? Vá, façam um esforço! Não chegam lá? Então? Imaginem-na de bata branca num centro de saúde, a chamar a D. Cesaltina no intercomunicador como quem vai desfalecer logo a seguir com o esforço, a receitar ultra-levures para a tripa dos velhinhos e eles a comentar uns com os outros – “A Drª Ana é que é uma santa, valha-a Deus!” – Então, não é tal e qual? Era mesmo isto que fazia falta para acalmar os ânimos! Pimba! Mas não se iludam, que a gaja vai já começar a comer as papas em cima da cabeça do pessoal e vai ser bem-feito! Para já, já escolheu para secretário duma cena qualquer o tipo que foi o autor da lei da procriação medicamente assistida. Fónix! Se isto não é prepotência, o que é?
Já no Ministério da Cultura, as coisas não são tão óbvias, e até eu que sou uma rapariga esperta, tive que andar dias e dias a dar cabo da moleirinha até conseguir chegar a uma conclusão. Mas pelos clientes faço tudo, carago! Cá vai:
Ninguém esperava que num ministério sossegado como o da cultura acontecesse qualquer coisa, aliás, não costuma acontecer mesmo nada. Aquilo no princípio vai-se à cartilha, que já vigora quase desde o tempo do João de Deus e vai-se picando: “Subsídio para mais 500000 km de fita do Manoel de Oliveira” – feito. “Aparecer numa abertura duma exposição qualquer” – feito. “Ir ao cabeleireiro” – feito. Só que vendo bem, a Drª Isabel quis ser espirituosa e deu umas voltas à cartilha. Em vez de ficar sossegada no seu canto, não é que a mulher começou a inventar? Ok, o subsídio para o Manoel de Oliveira saiu, para aquele filme com um travesti a fazer de moradora de Cuba há muito tempo, mas isso, também, se não saísse, era considerado heresia e dava direito a fogueira no Terreiro do Paço. Agora cá só entre mim e vocês, acham mesmo que os tachistas que ela andou a pôr no lugar, tipo directora do MNAA, director do Teatro Nacional e chulos do bailado, não moviam todas as influências e mais algumas para lhe fazerem a folha? Não se iludam, isto é uma aldeia, seja em Lisboa ou em Gulpilhares de Baixo!
Mas do que eu gostei mesmo foi de ver o substituto! Upa Upa! Um advogado especializado em direito comercial na cultura! É o ideal para não se meter em alhadas! Está feito! Esse não chateia mais! E então a maneira como foi apresentado pela comunicação social diz tudo: Advogado dos Gato Fedorento! O cromo Berardo, seu amigo (valha-nos nossa senhora!) considera-o “um médico amigo que dá consultas à borla”.
Isto é uma comédia!
Para começar, vamos desfazer o primeiro equívoco: a palavra remodelação. Nos telejornais, assim que se soube que dois ministros tinham sido enxotados, desataram a dizer que tinha havido uma “remodelação de ministros”. Isso era se tivessem feito, por exemplo, uma lipo-aspiração abdominal ao ministro da saúde. Que eu saiba não fizeram nem ele pediu, até porque não confia nos médicos e faz muito bem. O que houve foi uma remodelação no governo, isso sim. Até eu que só fiz o nono ano sei isto!
Agora que já fizemos os preliminares, continuamos então para o que interessa.
Em primeiros, os verdadeiros motivos da substituição na saúde:
O ministro da saúde aguentou-se a tudo quanto era romarias e histerismos do pessoal da feijoada, a ataques políticos, ao prós e contras com os saloios de Anadia aos berros no segundo-balcão… Por isso, perguntam vocês, porque é que de repente, do nada, o mandaram embora? Ora, está-se mesmo a ver que foi por causa daquela gravação da gaja do INEM a discutir pontos de crochet durante meia hora ao telefone com o bombeiro atrasado, enquanto um cota, na aldeia de Não Sei Quantos, batia a bota. Ou seja, o ministro da saúde foi com os pitos por haver, em Favaios, um anormal que até para f… os tomates lhe estorvam. E o povo, que tem que se fazer à vida todos os dias sem medos senão bem se lixa, fica muito impressionado com coisas desse tipo de coisas. Moral da história: Há que escolher muito bem o staff, porque até a gaja da limpeza nos pode fazer “dançar”. Só que isto, num ministério com centenas de ramificações e dependências por tudo quanto é sítio, é difícil. Azar!
Agora o que vocês também não sabem: os verdadeiros motivos da escolha da Drª Ana Jorge para avançada no terreno. Pois está claro que esta malta não brinca em serviço, aquilo é pensado até ao pormenor. Já viram bem a senhora? Com aquele penteado em forma de capacetezinho mal amanhado num cabeleireiro de subúrbio, aqueles óculos de massa enormes numa cara pequenina e aquela vozinha de quem nem se aguenta a dar um traque, o que é que ela vos faz lembrar? Vá, façam um esforço! Não chegam lá? Então? Imaginem-na de bata branca num centro de saúde, a chamar a D. Cesaltina no intercomunicador como quem vai desfalecer logo a seguir com o esforço, a receitar ultra-levures para a tripa dos velhinhos e eles a comentar uns com os outros – “A Drª Ana é que é uma santa, valha-a Deus!” – Então, não é tal e qual? Era mesmo isto que fazia falta para acalmar os ânimos! Pimba! Mas não se iludam, que a gaja vai já começar a comer as papas em cima da cabeça do pessoal e vai ser bem-feito! Para já, já escolheu para secretário duma cena qualquer o tipo que foi o autor da lei da procriação medicamente assistida. Fónix! Se isto não é prepotência, o que é?
Já no Ministério da Cultura, as coisas não são tão óbvias, e até eu que sou uma rapariga esperta, tive que andar dias e dias a dar cabo da moleirinha até conseguir chegar a uma conclusão. Mas pelos clientes faço tudo, carago! Cá vai:
Ninguém esperava que num ministério sossegado como o da cultura acontecesse qualquer coisa, aliás, não costuma acontecer mesmo nada. Aquilo no princípio vai-se à cartilha, que já vigora quase desde o tempo do João de Deus e vai-se picando: “Subsídio para mais 500000 km de fita do Manoel de Oliveira” – feito. “Aparecer numa abertura duma exposição qualquer” – feito. “Ir ao cabeleireiro” – feito. Só que vendo bem, a Drª Isabel quis ser espirituosa e deu umas voltas à cartilha. Em vez de ficar sossegada no seu canto, não é que a mulher começou a inventar? Ok, o subsídio para o Manoel de Oliveira saiu, para aquele filme com um travesti a fazer de moradora de Cuba há muito tempo, mas isso, também, se não saísse, era considerado heresia e dava direito a fogueira no Terreiro do Paço. Agora cá só entre mim e vocês, acham mesmo que os tachistas que ela andou a pôr no lugar, tipo directora do MNAA, director do Teatro Nacional e chulos do bailado, não moviam todas as influências e mais algumas para lhe fazerem a folha? Não se iludam, isto é uma aldeia, seja em Lisboa ou em Gulpilhares de Baixo!
Mas do que eu gostei mesmo foi de ver o substituto! Upa Upa! Um advogado especializado em direito comercial na cultura! É o ideal para não se meter em alhadas! Está feito! Esse não chateia mais! E então a maneira como foi apresentado pela comunicação social diz tudo: Advogado dos Gato Fedorento! O cromo Berardo, seu amigo (valha-nos nossa senhora!) considera-o “um médico amigo que dá consultas à borla”.
Isto é uma comédia!
2/01/2008
E A PRÓXIMA MANCHETE VAI SER!... SÓCRATES LIMPAVA MAL O RABO QUANDO TINHA DOIS ANOS!!!
O 24Horas dos cagalhões afectados, ou seja, o Público, acabou de descobrir (graças a um profundo trabalho de investigação que consistiu numa entrevista a um gajo que acabou de cumprir pena por corrupção), que José Sócrates é o único engenheiro deste país que assina ou já assinou projectos de "bibendas" indizíveis que vão embelezando as nossas bem cuidadas zonas rurais, na realidade desenhados por habilidosos com a 4ª classe, que riscam aquilo numas folhas de sebenta com lápis Viarco n.º 1 por afiar.
Caramba, o homem deve ter apanhado, no mínimo, uma tendinite a fazer tanta assinatura. Eu cá ia apostar que uns 99% dos engenheiros civis faz isso e a comunicação social faz de conta que não se passa nada nem ninguém se queixa. Mas afinal foi o Sócrates que os assinou a todos. Assim já se explica.
Acho que isto já conta para fazer do actual primeiro-ministro o "Campeão das Manchetes sem Ponta por Onde se lhes Pegue". Se eu fosse a ele, inscrevia-me no guiness a ver se me davam algum.
E para quem achava que eu hoje ia falar no regicídio, é assim: Não me apeteceu.
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