Quando comíamos um bombom, daqueles redondos e pequeninos Avianense ou Chocolate Celeste, por ser um momento especial e único, guardávamos a folha de "prata" que o envolvia, muito esticada mas sem rasgar, entre duas folhas de caderno. Depois passávamos com o dedo na folha de cima com muito cuidado até a pratinha ficar tão lisa que dava para ver nela como se fosse um espelho, e quando lhe pegávamos, produzia um pequeno som cintilante. Ao fim de muito tempo, tínhamos dentro dos cadernos e livros de escola um tesouro constituído por várias pratas de várias cores. Para conseguir isso, reflectíamos sempre bem sobre a cor do bombom que íamos comer.
Com o aumento da oferta, acho que já nenhuma criança perde tempo com isto nem considera um bombom um pequeno tesouro. Claro que não é por isso que a obesidade infantil já tem contornos de problema de saúde pública. Mas lembrei-me.
Margarida Espantada
Há 1 semana
10 comentários:
Era mesmo...
(só não era Avianense e sim A Vianense, de Viana do Castelo)
São, é de Viana mas é Avianense tudo pegado. Porque aquilo é sempre a aviar. Vê aqui:
http://www.chocolatesavianense.com/
Tens razão. Eu sempre li pelo logotipo e o V separa bem o A do resto, mas que eles assumem tudo pegado, não há dúvida. Estou sempre a aprender contigo ;O)
eu também fazia isso!!
eram tão raras as gulodices que tínhamos de guardar a recordação!!
São, tudo junto fica mais aconchegadinho.
A recordação Saltapocinhas. Bonita imagem :)
Mas derrete-se com mais facilidade...
Na faz mal!
Gostas de aconchego, Noé? Eu também.
Gostamos todos.
Mas eu abuso...
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