Um dia destes estávamos nós a chegar a casa (quando eu digo nós sou eu e o patrão da padaria), quando constatámos que ia ser um daqueles dias para encontrar um sítio para estacionar a carroça! Até que lá no meio vimos um Clio branquinho (devia ter anotado a matrícula) parado mesmo no meio de dois lugares e com um bacano lá dentro. Teve que ser. Aproximámo-nos para pedir delicadamente ao animal que fizesse o favor de chegar o calhambeque para um dos lados a ver se a gente também conseguia lá meter o nosso e tal... e foi aí que eu me apercebi da beleza do momento que estávamos a presenciar: Dentro do carro, um tipo de camisa branca, lacinho à volta do pescoço e óculos de massa pretos... lia a bíblia. Uma bíblia daquelas de capa maleável, própria de totós que passam a p*ta da vida toda a lê-la e conseguem citar de cor capítulos, versículos e o raio que os parta. Ou seja, o tipo de gajo que eu imagino a ver pornografia no computador e a babar-se todo quando está sozinho em casa. Mau sinal. Mas pronto, aproximámo-nos:
- Oh amigo! E que tal arrumar o seu carro num só lugar e não em dois para dar espaço para mais um?
E responde o Einstein, com maus modos:
- Quando eu cheguei não estava cá mais ninguém!
Pois não, oh animália! Se estivesse mais alguém não tinhas conseguido parar a meio dos dois estacionamentos!
Eu cá confesso que nunca lí a bíblia, só sei uma ou duas frases... vá lá... só sei uma mesmo. Por isso não estou ao corrente do seu conteúdo. Mas é óbvio que não tem nenhuma parte sobre código da estrada, nem nenhuma sobre regras básicas de educação. Logo, não percebo porque raio é um livro tão famoso. Mas também não há-de ser a um abécula destes que eu hei-de perguntar.
2 comentários:
E o gajo mudou-se ou quê??!
Mudou-se, mas com uns maus modos!
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