Com que então os finlandeses não querem ajudar a malta porque acham que nós somos uns malandros que passamos a vida de papo para o ar ao sol na praia? Nunca pensei que esses gajos tão inteligentes pudessem afinal ser tão estúpidos! Eles pensam que ir à praia não dá trabalho?! Errado!
1. Logo à entrada temos a expressão "trabalhar para o bronze". Trabalhar, como toda a gente sabe, implica esforço. Só nos podiam criticar aqui (e não muito), pela nossa modéstia: Estarmos a trabalhar para o bronze e não para a prata ou para o ouro.
2. Além desta temos outra expressão muito significativa: "Fazer o sétimo ano de praia". Ok, está um bocadinho desactualizada porque agora o sétimo ano é aquele em que os putos passam todos com currículos alternativos desde que tenham aparecido na escola uma vez e não tenham batido em nenhuma contínua a pontos de ela ir parar ao hospital. De resto, estudar, dá sempre algum trabalho.
3. Levar a toalha e os chinelos para casa carregados de areia. Já para não falar no rego do rabo mas essa sai no duche. É uma maçada e exige que se pegue no aspirador.
4. As filas de trânsito. Experimentem ir da Amadora para a Costa da Caparica em pleno Agosto. Ou até mesmo de Aveiro para a Barra.
5. Estacionar o carro sabe Deus onde e pôr aquela cena prateada no vidro da frente a indicar que somos uma família de saloios que está na praia.
6. As caminhadas pela areia escaldante para ir comprar uma Pepsi ou um Corneto.
7. As dúvidas terríveis que assaltam a nossa mente ao ter que escolher entre o Corneto de chocolate, o de morango ou o de nata.
8. O perigo de levar com uma bola no focinho.
9. Ter que correr atrás do guarda-sol sempre que vem uma rajada de vento mais forte.
10. Comer o arroz de frango com areia, por muito que a gente se esforce. É f*dido!
11 e última: Chegarmos a casa todos "arrebentadinhos".
E mais. Ainda usamos os nossos Nokias para combinarmos uns com os outros as idas à praia. Nós somos mas é uns trouxas que nos esforçamos para nada e ninguém reconhece. Devíamos era começar a trabalhar como fazem aqueles tristes lá em Helsínquia, que além de gramarem com neve são uns infelizes que nem selecção de futebol têm que se veja e deixarmo-nos de sacrifícios em vão!
Tenho dito!