Estamos a subir no ranking de realizadores de cinema. O nosso filme documental sobre a festa religiosa (?) de S. Gonçalinho foi considerado um video sensual e figura aqui, graças a critérios de escolha que desconhecemos completamente, rodeado de temas tão intensos como lesbianas, videos calientes, latinas sensuales, tetonas, voyeur, lenceria, chicas, jovencitas e Paris Hilton, onde está perfeitamente bem enquadrado apesar de considerarmos o nosso mais excitante.
Por coisas assim é que sempre apostámos fortemente na beatagem. Mais um bocadinho e estamos a ganhar um Óscar, já não falta tudo!
Obrigada São Gonçalinho!
1/31/2008
1/30/2008
MOMENTOS ENCARALHANTES
- E como é que vai efectuar o pagamento?
- Bem... Eu tenho algum dinheiro de parte... mas não tenho todo. Tive alguns contratempos... Vou ter que recorrer à banca para a parte que me falta.
- Eu referia-me aos cinco euros da certidão...
1/29/2008
UMA DAS MINHAS MAIORES PANCAS - TENHO OUTRAS
A relação mais problemática que mantenho na minha vida é com a comida. Amo-a e odeio-a. Dedico-me a ela como se fosse uma religião e logo a seguir renego-a como ao próprio diabo.
Neste momento dedico-me à tarefa anual de perder os kilos que ganhei de brinde no natal. E nestas alturas costumo sonhar recorrentemente com o tema.
Esta noite, rebolei obesa por uma colina abaixo. Mas mesmo a rebolar, sem que qualquer extremidade do meu corpo interferisse com a fluidez do percurso. Pelo caminho, vi pessoas a elaborar novelos de tiras de bacon fritas a pingar gordura, pessoas a estender queijo derretido como se fosse roupa a secar e outras actividades de que não me recordo mas que incluiam produtos alimentares hiper-calóricos. Mas eu só estava preocupada por ter engordado tanto que rebolava sem conseguir parar.
Quando acordei fartei-me de rir... e fui comer o meu yogurte magro e o meu chá verde.
1/28/2008
CORRUP... QUÊ?!
Não sei o que há de comum entre mim e o bastonário da ordem dos advogados, porque à partida parece que nada. Mas que temos muito em comum, isso temos. Só pode.
Porque neste país inteiro, dez milhões de jericos mais coisa menos coisa, só eu é que já tinha ouvido falar nas javardices que ele fez o favor de espalhar aos quatro ventos. E mais, só eu é que percebi do que se tratava. De resto, parece que foi uma surpresa para toda a gente, incluindo quem vive habitualmente no meio da estrumeira. Só se ouve por aí: -"Não, não sei de nada!", "Tem que se averiguar!", "Devia-se abrir um inquérito!", "Ele tem que dizer de quem se trata porque assim ninguém sabe!"
Se houver por aí algum cliente que também já sabia de tudo, é favor chegar-se à frente. Se formos em número suficiente já podemos constituir uma associação de fenómenos.
1/25/2008
.................................
Só queria ter uma nota de 500 por cada gajo que me aparece à frente a lamentar-se que não percebe nada, que não sabe nada, que “a senhora faça lá o favor, preencha-me os papéis que eu não sei! Eu sou um ignorante, não sei nada disso! Vá lá!”................................E depois vai votar cheio de certezas.
1/23/2008
O MUNDO LABORAL: DUAS LIÇÕES
LIÇÃO 1: DECIDIDAMENTE, VOU DEIXAR DE TRABALHAR ATÉ TARDE
- Boa tarde! É de casa do Sr ******* *****?
E uma voz feminina do outro lado:
- É. O que é que “bocê” quer com o meu marido?
- Eu estou a falar d* ****** *********.
- A esta hora?! Sim sim, acredito mesmo! O que é que “bocê” quer com o meu marido?
- Olhe, é só para avisar o Sr ******* ***** que pode vir levantar o documento que cá pediu. Dê-lhe o recado se faz favor.
- Ah é?... Ah… a senhora desculpe aquelas coisas que eu disse… mas está a ver… a esta hora!...
- Com certeza. Obrigada. Boa tarde.
- Boa tarde… e desculpe!...
- Boa tarde! É de casa do Sr ******* *****?
E uma voz feminina do outro lado:
- É. O que é que “bocê” quer com o meu marido?
- Eu estou a falar d* ****** *********.
- A esta hora?! Sim sim, acredito mesmo! O que é que “bocê” quer com o meu marido?
- Olhe, é só para avisar o Sr ******* ***** que pode vir levantar o documento que cá pediu. Dê-lhe o recado se faz favor.
- Ah é?... Ah… a senhora desculpe aquelas coisas que eu disse… mas está a ver… a esta hora!...
- Com certeza. Obrigada. Boa tarde.
- Boa tarde… e desculpe!...
LIÇÃO 2: GOD, I’M HOT!
Hoje, quando cheguei de manhã, já havia vários utentes na sala. Pousei as coisas, sentei-me e liguei o computador. Entretanto ouvi uma senhora a comentar sussurradamente com a que estava ao lado:
- Para que é que ela está para ali a olhar e não faz nada?
E a outra, com ar entendido na matéria e também em voz muito baixa.
- Está a aquecer o computador. Sabe, é preciso aquecê-lo primeiro. É naquela coisinha que ela está a mexer (referia-se ao rato). Está a ver?
E a outra, impressionada e pelos vistos convencida:
-Ah é? Ah! Então está bem!
Hoje, quando cheguei de manhã, já havia vários utentes na sala. Pousei as coisas, sentei-me e liguei o computador. Entretanto ouvi uma senhora a comentar sussurradamente com a que estava ao lado:
- Para que é que ela está para ali a olhar e não faz nada?
E a outra, com ar entendido na matéria e também em voz muito baixa.
- Está a aquecer o computador. Sabe, é preciso aquecê-lo primeiro. É naquela coisinha que ela está a mexer (referia-se ao rato). Está a ver?
E a outra, impressionada e pelos vistos convencida:
-Ah é? Ah! Então está bem!
1/22/2008
TAMBÉM PODE SER MAU-OLHADO, QUE ELE HÁ POR AÍ MUITA INVEJA!
Não sei se fui só eu a reparar nisto, mas o Luís Filipe Menezes parece andar adoentado. Desde que chegou a boss no PSD e está a disputar o campeonato com o Sócrates, o homem, quando fala, parece que acabou de levar um enxerto de porrada, ou então que tomou uma caixa de xanax fora do prazo. Já partilhámos com algumas pessoas esta nossa preocupação e há más-línguas que acham que aquilo é de propósito para simular um ar cool, criar um style assim tipo George Clooney mas sem a substância, não sei se estão a captar. Também há quem ache que é uma forma de se tentar distanciar do estilo direita-carrascão (Alberto João, Portas, etc) e assim angariar votos entre o pessoal oscilante PSD-PS.
Seja como for, nós temos cá para nós que aquilo é falta de vitaminas e que ele devia era passar cá pela padaria. A Rosarinho já se ofereceu para lhe fazer uns brioches. Eu era mais uns cacetes. De qualquer maneira o homem está a precisar dum pequeno-almoço fortificante. É o que eu acho.
1/21/2008
LIÇÃO DE FONÉTICA. APROVEITEM QUE EU NÃO DURO SEMPRE
Toda a gente tem sotaque. Toda, sem excepção. Mas há sotaques que são mais massacrados do que outros. São aqueles que se usam para contar anedotas no café, para encenar rábulas nos programas de humor e para imitar alguém de quem não se gosta ou se considera simplesmente "um cromo". É lixado. Mas isto é assim por uma razão muito simples: Há sotaques que, quando os ouvimos, caem em cima de nós como uma chuva de pedregulhos por uma ribanceira abaixo, e quem os tem entranhados, ou encara aquilo como uma religião ou vai passar os dias no psiquiatra porque não tem cura. É o caso do sotaque morcão, o beirão interior e o alentejano entre outros. Não há nada a fazer.
Mas o que dá vantagem a uns e desvantagem a outros nesta competição linguística é mesmo isto: um gajo de Lisboa, desde que possua um mínimo de elasticidade fonética, consegue imitar um gajo do Porto. O contrário é impossível. E é-o de tal maneira que, dada a subtileza do sotaque da capital, os mais duros de ouvido são capazes de jurar que, simplesmente, eles não têm sotaque. Mas têm. Vejamos alguns exemplos:
Dizem "t'fone" em vez de "telefone".
Dizem "s'pé" quando querem dizer "muito". Por exemplo, "s'pé giro" significa "muito giro", "s'pé caro" significa "muito caro", "s'pé chato" significa "f*dido" e por aí adiante.
Dizem "bêbê" em vez de "bebé".
Dão um soprozinho no "d" e no "t".
E passam a vida a dizer "então vááá!", que significa "Tá bem c*ralho!"
Eu por acaso tenho sorte. Troco os bês pelos bês à força toda mas quando quero consigo imitar qualquer um, na boa. Só preciso de treinar mais o açoreano e o lelo. O lelo é mesmo muito difícil. Mas lá chegaremos.
Olá queridíssimos clientes!
Hoje venho atrasada porque a cabovisão cortou-se com o serviço de internet cá na padaria. Por isso, como a esta hora já tenho os fornos todos a trabalhar e não quero que dê esturro.
Hoje, apenas uma palavra para os McCann, essas criaturas surpreendentes que conseguiram transformar a coisa mais grave que pode acontecer na vida de alguém num circo. Onde eles são os gajos que trabalham no arame.
Agora, com medo de virem a ser ultrapassados pelos espanhóis (que esses, sim, fazem um banzé dos diabos nem que percam um guarda-chuva), vêm tentar convencer a malta que quem deu sumiço na miúda não foram eles, nem o Murat, mas sim uma criatura que é um cruzamento entre o Bugs Bunny e o Walker Ranger do Texas.
1/19/2008
E EU ÀS VEZES ATÉ PENSO: "CARAMBA, COMO É QUE ELES AGUENTAVAM TANTA EXCITAÇÃO?"
"A 21 de Maio de 1938 (um sábado), Portugal foi surpreendido por uma sensasional manchete, ocupando toda a primeira página do matutino O Século, que anunciava: "COMO VIVE E TRABALHA O SR. DR. SALAZAR: Quinze horas da vida do cidadão discreto e sereno que reside num prédio silencioso da Rua Bernardo Lima..."
RITA Maria da Conceição de Melo e VIEIRA Joaquim, Os Meus 35 Anos com Salazar, A Esfera dos Livros, 2007
1/18/2008
1/17/2008
1/15/2008
ALTURAS EM QUE AS PESSOAS DEVIAM DEIXAR O TELEMÓVEL NO VOICE MAIL
E agora imaginem isto:
Já ultrapassaram para aí em uma hora a vossa hora de saída do emprego. Estão desde manhã bem cedo sempre a "dar-lhe", mortinhos por bazar, e já só vos falta telefonar para umas vinte pessoas a avisar que podem lá ir buscar os documentos XPTO que já estão prontos. Então, ligam para o primeiro número e aparece do outro lado uma senhora muito faladora que, depois de vocês lhe terem explicado muito rapidamente o cerne da questão, responde:
-Ah!... Mas hoje já não posso ir aí!
-Não faz mal. Só estamos abertos até às quatro para esse efeito.
-Só até às quatro?!
-Sim...
-Então porque é que me está a ligar às seis e meia?
-Para a senhora ficar a saber que está pronto. Pode vir a partir de amanhã.
-Mas amanhã tenho um funeral!... Pois é... Amanhã tenho um funeral. E como é às três, não sei se vou a tempo, sabe? Sabe como são estas coisas, a gente empata sempre um bocado, depois fica mais um bocadinho na conversa... e antes também não posso ir porque vou passar na casa da minha filha. Porque é assim, ela pediu-me para lá passar para lhe levar umas hortaliças... eu só compro hortaliças no agricultor, eu cá, é assim! A minha filha é que não está para isso e depois, sabe como é "Mãe, quando for ao sr António traga-me um feijãozinho verde!", e eu, pronto, mãe é mãe não é verdade? E en tão, eu vou passar por casa da minha filha antes de almoço. Tem que ser antes de almoço porque depois chega o marido, e eu pronto... não quero incomodar não é? E então...
-Se a senhora não puder vir amanhã, venha depois. Não há problema?
-Não? Não tenho que pagar nenhuma multa?
-Não.
-Está mal. Vocês deviam aplicar multas a quem tem aí as coisas prontas e não as vais buscar. Depois já se sabe. Olhe, eu trabalhei num sítio que era assim: As pessoas pediam isto e pediam aquilo... até havia lá uma que tooodos os santos meses lá aparecia a pedir uma certidão, e está a ver, dá trabalho. E depois não aparecia para ir buscar. E então... ah! Era uma que morava ali para os lados de ********, está a ver como é essa gente! Até que um dia eu disse-lhe: Vamos começar a cobrar multas às pessoas que não vierem buscar as coisas. Era mentira! Mas eu disse! E vai ela: "Ai é?". Nunca mais apareceu!!! Toma! Mas então posso ir depois de amanhã?
-Sim, pode, não há problema nenhum.
-Então vou amanhã!... Ah... Mas espere!... Depois de amanhã tenho um exame no Porto! Porque a minha saúde, ai... nem queira saber... blá blá blá blá...
-Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...
1/13/2008
Olá queridos! Cá estou para os comentários da semana que passou.
Esta semana foi marcada por dois sapos mais duas coisas que não interessam nada a ninguém mas que me apeteceu comentar.
1. SAPO MÉDIO - O camarada Jerónimo, com a carteira de clientes cada vez mais curta, foi a Anadia passar publicamente a mão pelo lombo dos sessenta e tal por cento de votantes no PSD do concelho.
2. SAPO GIGANTESCO - Neste já toda a gente falou. Mas como é verdadeiramente monumental, dá para todos. Eu, se fosse ao Mário Lino, a arrotar a sapo desta maneira, escrevia um livro. É o que se faz habitualmente nestas situações. Ou não é? Quem é desautorizado, pimba, escreve um livro e ganha um dinheirão! Carolina, Santana...
3. CALIBRA QUÊ? - Como já disse não interessa nada, mas merece destaque pelo sentido de humor que revela. No meio dos anúncios de relax, aparece um gajo a vender um silo de aspiração e uma calibradora. Admitam, tem piada. Sex Shop, Massagista Sensual, Loira Atrevida, Oral Natural, Silo de Aspiração e Calibradora...
4- MOGANGOS SEM AÇÚCAG - E por fim, como é que eu descobri que um mogango não é um morango na língua Marques Mendes.
Fiquem bem! Uma beijoca da vossa
Rosarinho
1/11/2008
A INFORMÁTICA E O MUNDO DO TRABALHO
Antes de haver computadores ao pontapé nos locais de trabalho (até a Polícia Judiciária da Guiné já tem três pentiums), as fotocopiadoras eram as grandes responsáveis pelos momentos de relaxe da classe trabalhadora. Era aí que se faziam montagens toscas, se reproduziam anedotas porcas, receitas de bolos de chocolate e pontos de crochet para as telefonistas. Fora isso, o pessoal divertia-se em manobras de engate real, a pregar partidas uns aos outros, a micar as pernas das colegas, a mostrar inocentemente as pernas aos colegas e a pisgar-se na hora de serviço para ir aos saldos ou beber umas bejecas.
Agora tudo mudou e a tradição já não é o que era. Quando entramos num gabinete há sempre alguém a olhar para um monitor com o mesmo ar feliz duma criança que acabou de entrar na disneylândia com tudo à discrição. É giro na mesma, mas é uma coisa mais self-service. A partilha, quando há, é numa "folder". Os computadores permitem um trabalho mais célere, é certo. Mas também permitem uma tão grande diversidade de entertenimento que ninguém o faz. É a lei das compensações.
Só eu sei o que vi hoje por acidente no computador dum colega. E esse segredo, hei-de levá-lo para a cremação que eu não quero ser enterrada. Eu e os gajos da informática, claro, que também devem estar fartinhos de saber.
Bom fim-de-semana!
1/10/2008
ALCO-SHIT
Para quem não sabe (mas também não interessa nada) esta padeira já morou na terrinha que hoje é "starlette" nas notícias: Alcochete. Assim sendo, conhece mais ou menos aquilo, motivo pelo qual se sente na obrigação de esclarecer os caríssimos clientes, o que levará a cabo de forma sobejamente mais completa do qualquer LNEC, CIP, reportagem de televisão ou outros:
1. Alcochete é uma terrinha linda. É verdade. Da primeira vez que lá fui, antes de ter tido qualquer contacto com os nativos, disse logo: "Quero morar aqui!". E morei.
2. Em Alcochete as pessoas vivem de vender peixe grelhado aos forasteiros. Em qualquer esquina há um tasco com um bidão velho à porta e uma fogueira lá dentro, coisa que eu duvido que possa ser licenciada em qualquer lugar do mundo.
3. Em Alcochete são todos primos uns dos outros. Mas só os que lá nasceram. Os de fora, quando entram numa loja, têm que esperar que todos os "primos"sejam atendidos primeiro, mesmo os que chegam depois deles. Claro que connosco isso não aconteceu, mas tivemos que estrilhar umas poucas de vezes.
4. Em Alcochete, no largo principal, ao fim da tarde, cheira a caracóis que mata. É o que eles comem. O peixe grelhado é para os saloios.
5. Em Alcochete está sempre a dar tourada na televisão. Nunca consegui perceber como conseguem isso. E enquanto a tourada não acaba não nos servem o café. Só no fim.
6. Em Alcochete, quando falta a luz, ou a água, ou acontece qualquer coisa do género, vamos na rua e ouvimos os "primos" a dizer: A culpa é do pessoal de fora!
7. Em Alcochete toda a gente é do Sporting e sabe cantar aquela cena que começa com "Rapaziada lá lá lá..."
8. Uns meses depois de morarmos em Alcochete, as miúdas já lhe tinham inventado uma alcunha: Alco-shit. Nunca estão satisfeitas.
9. Em Alcochete, os "primos" formam uma espécie de sociedade secreta. Mas quando pensam que lhes estão a dar alguma importância ficam todos inchados. Foi o que aconteceu quando lá abriram o famoso Freeport, que mais tarde só veio a dar barraca, neste momento está às moscas e até ver não trouxe nenhuma mais-valia à terra, porque quem lá vai só quer mesmo ir aos saldos e nem chega a entrar na vila.
10. Cheira-me, portanto, que o mesmo irá acontecer com o aeroporto. O campo de tiro fica no cu de judas, e já estou a ver o pessoal que lá aterra a dizer: "Vamos por ali que assim nem precisamos de entrar em Alcochete."
1/09/2008
DE COMO DEVEMOS PENSAR DUAS VEZES ANTES DE ABRIR A BOCA
ELE: Pronto. Agora isto vai aí para a mão duma "doutoreca" qualquer não é?
EU (com as mãos nos ouvidos, mas apenas mentalmente): Não estou a ouvir nada! Não estou a ouvir nada!
EU (com as mãos nos ouvidos, mas apenas mentalmente): Não estou a ouvir nada! Não estou a ouvir nada!
ELE: Se eu conhecesse... Se soubesse quem é para lhe dar uma palavrinha...
EU (com as mãos nos ouvidos, mas apenas mentalmente): Não estou a ouvir nada! Não estou a ouvir nada!
EU (com as mãos nos ouvidos, mas apenas mentalmente): Não estou a ouvir nada! Não estou a ouvir nada!
ELE: Porque esse pessoal gosta assim... que lhe vão lá pedir... já se sabe como é.
EU (com as mãos nos ouvidos, mas apenas mentalmente): Não estou a ouvir nada! Não estou a ouvir nada!
ELE: Por acaso não me sabe dizer quem é?...
EU: Quem é?...
ELE (com um sorriso sonso): Quem é que vai tratar deste assunto. Para eu ver se conheço alguém que lhe meta uma cunhazita.
EU: Sou eu.
ELE (mas apenas mentalmente): Aiii...
1/08/2008
RAIS MA PARTA SE PERCEBO ISTO
O governo vai pagar os retroactivos dos aumentos de pensões em suaves prestações mensais de 68 cêntimos (se não é exactamente assim é por aí). E depois é naquela, se os gajos têm aparecido a dizer que não há dinheiro, que o orçamento está rapado até ao fundo e que até pediam desculpa aos velhos, parecia mal na mesma, mas pronto, amanhã já ninguém dizia nada e os únicos desgraçados que se iam lembrar da coisa eram mesmo os reformados de cada vez que comprassem um papo-seco.
Agora, meus amigos, vir a público com a maior cara de pau, dizer que quem vai ganhar são os reformados porque assim são inentivados a poupar, não lembrava nem ao Cantinflas Português nas suas melhores cassetes de anedotas. É de ir às lágrimas... nos dois sentidos.
É que é tal e qual como no tempo do Salazar. Quando aparecia à porta o pobrezinho de estimação, a madame mandava a criada entregar-lhe um par de meias velhas desirmanadas e 5 tostões, acompanhados do recado: "Agora veja lá se vai gastá-lo todo em vinho!"
1/07/2008
ALGUMAS COISAS QUE NINGUÉM QUER VER (ATÉ PORQUE TUGA QUE NÃO DIGA MAL DO GOVERNO NEM É TUGA)
- As urgências dos hospitais pequenos como o de Anadia só funcionam para receitar umas aspirinas a um ou dois gajos por noite;
- Esses gajos constipados são os que não estiveram para se chatear a ir a um posto médico durante o dia porque tinham que esperar muito e à noite no hospital não está ninguém;
- Essas duas consultas ficam-nos os olhos da cara em horas extraordinárias aos médicos, que na maior parte dos casos nem sequer lá põem os pés. Ficam a dormir e quando aparece clientela dão lá um "saltinho";
- Como é óbvio, os médicos não querem perder esta "mama";
- Se houver um acidente a sério, as urgências dos hospitais pequenos como o de Anadia não têm capacidade de resposta e o que fazem é reenviar os desgraçados para um hospital maior;
- Se houver um acidente e o hospital pequeno mais próximo não tiver urgências a funcionar, alguém liga o 112 e há-de aparecer uma ambulância para levar o doente ao hospital "a sério" mais próximo, sem apeadeiros pelo caminho e com mais meios para o socorrer;
- Chega-se muito mais depressa de Anadia a Coimbra do que de qualquer subúrbio de Lisboa ou do Porto ao hospital mais próximo.
- Na verdade, o governo devia era investir em consultas de oftalmologia por esse país fora. Há muita falta de visão.
- Esses gajos constipados são os que não estiveram para se chatear a ir a um posto médico durante o dia porque tinham que esperar muito e à noite no hospital não está ninguém;
- Essas duas consultas ficam-nos os olhos da cara em horas extraordinárias aos médicos, que na maior parte dos casos nem sequer lá põem os pés. Ficam a dormir e quando aparece clientela dão lá um "saltinho";
- Como é óbvio, os médicos não querem perder esta "mama";
- Se houver um acidente a sério, as urgências dos hospitais pequenos como o de Anadia não têm capacidade de resposta e o que fazem é reenviar os desgraçados para um hospital maior;
- Se houver um acidente e o hospital pequeno mais próximo não tiver urgências a funcionar, alguém liga o 112 e há-de aparecer uma ambulância para levar o doente ao hospital "a sério" mais próximo, sem apeadeiros pelo caminho e com mais meios para o socorrer;
- Chega-se muito mais depressa de Anadia a Coimbra do que de qualquer subúrbio de Lisboa ou do Porto ao hospital mais próximo.
- Na verdade, o governo devia era investir em consultas de oftalmologia por esse país fora. Há muita falta de visão.
1/06/2008
Olá queridíssimos clientes! É a primeira vez que estamos juntos este ano e eu já estou a dizer as baboseiras da praxe! E já agora continuo: Entraram bem em 2008? Apanharam muitas borracheiras de espumante gaseificado? Comeram doze passas à meia-noite já depois de terem emborcado montes de porcaria para vos lixar o estômago e aumentar o colesterol? Auto-humilharam-se completamente fazendo comboiinho pela sala fora ao som do "Apita o Comboio" a apalpar o cu do gajo da frente? Vomitaram? Então estão em condições de enfrentar o novo ano! Vamos a isso!
para todos, e fiquem com aquela beijoca da vossa
A mim pessoalmente, já houve uma coisa este ano que inspirou bué, e graças a Deus não foi o Lisboa-Dakar nem a lei anti-tabaco. Foi este espectacular concurso dos Açúcares Sores.
Ele há lá coisa mais imaginativa do que oferecer um infusor de chá que se compra em qualquer hiper por 50 cêntimos em troca duma prova de não se sofrer de daltonismo? Brilhante!
Só que eu não me fico atrás.
Primeiro, quero saber quem concorre a isto. O primeiro que me conseguir provar sem margem para dúvida que concorreu, ganha o direito a ser nomeado por mim própria "Personalidade do Ano".
Segundo, vou lançar um concurso parecido mas ainda melhor, aqui e agora:
QUEM CONSEGUIR ADIVINHAR UMA COISA IMPORTANTE QUE VENHA A ACONTECER EM 2008, NO FINAL DO ANO GANHARÁ, COMPLETAMENTE GRÁTIS, UM BRIOCHE FEITO POR MIM E UM CERTIFICADO DA PADARIA!
Mas não vale coisas que já toda a gente sabe, tipo a gasolina aumentar, os funcionários públicos fazerem mais uma greve ou o Bush continuar estúpido como uma porta. Tem que ser coisas que revelem um verdadeiro poder premonitório! Vamos a isso! Podem mandar para o meu email ou deixar aqui nos comentários!
E já agora, um feliz
para todos, e fiquem com aquela beijoca da vossa
Rosarinho
É POR ISSO QUE O MUNDO NÃO SE VIRA
Vi uma cachopa num daqueles programas de televisão de encher chouriços, chamada Sandra Cóias (não estou ao corrente de quem seja e se calhar os clientes também não mas vai ali ao lado uma foto), a dizer uma série de banalidades daquelas tipo "misse" sobre a paz e a natureza e mais não sei quê. E às tantas diz ela que é vegetariana, não por uma questão de saúde nem de dieta mas por uma questão ética. Até aí percebo, achar que não há direito de cortar o pescoço a um porco para a gente se alambazar com uns rojões ou obrigar uma pobre galinha a andar sempre à rasca das partes para a gente ter omoletes, é uma teoria tão respeitável como qualquer outra. Mas depois disse que como peixe. Então? Uma sardinha ou um carapau não têm tanto direito à vida como uma vaquinha? Porque andam na água já não são filhos de Deus?
Já eu acho os peixinhos duma forma geral umas criaturas adoráveis que deviam andar a vida toda sem ninguém os chatear. E quanto mais espinhas tiverem mais merecem viver. Bacalhaus então, se fosse por mim, já seriam uma praga.
1/02/2008
2007 SEGUNDO A PADARIA
Se todo o bicho careto (desde o jornal da paróquia à TVI) faz a revista do ano, não vejo porque é que a padaria não há-de fazer, já que se trata provavelmente do local onde circula mais informação e mais fidedigna. Aqui vai portanto, a síntese de tudo o que de mais importante marcou este 2007, a nível internacional, nacional, local, e até mesmo caseiro.
JANEIRO:
O Porto abriu o ano a perder com o Atlético não sei do quê, o que foi lindo! Não temos nada contra a equipa do Sr Costa e Deus nos livre de o ter à perna com os seus cãezinhos, mas fica sempre bem a qualquer clubezeco ganhar ao Porto. Parabéns ao Atlético não sei de quê que nem sabemos se ainda existe.
Cavaco Silva foi à Índia em visita oficial mas vingou-se. Luvou a Cátia Guerreiro para lhes atascar uns fadinhos. Bem feito!
José Cid deu o concerto do ano em Aveiro, nos festejos de S. Gonçalinho, onde revelou a todas as fãs, ao vivo, que tem a pila grande. Que lhe faça bom proveito. Os fornos aqui da padaria não são muito avantajados e preferimos cacetes maneirinhos.
Um tribunal mandou entregar uma miúda a um bronco que ela não conhecia de lado nenhum e ele próprio não sabia que existia durante um bom par de anos após a pinada. Começou oficialmente o caso Esmeralda, que haveria de mobilizar toda a sociedade civil para qualquer coisa sem ser futebol nem reality shows da TVI, pela primeira vez.
A Polícia Judiciária iniciou buscas na Câmara Municipal de Lisboa. Mal eles sabiam que alguns meses mais tarde viriam a ter assunto bem mais mal-cheiroso e que os haveria de entalar e bem.
Numa demonstração de imaginação sem limites, Marcelo Rebelo de Sousa inventou a teoria do Nim ao aborto. Foi o fim do avacalhanço ou, como se costuma dizer,o fim da macacada.
FEVEREIRO:
Apesar da teoria do Nim mas com a abstenção do costume, ganhou o SIM . Acabou-se o negócio para as “calistas”, uma importante fatia da economia paralela em Portugal.
O Farinha lança o grande estudo “que merda de tuga é você” , reconhecido por todas as revistas científicas. Ok, não foi, mas era justo que fosse.
A Rosarinho lançou o concurso de ideias: Que fazer com este estádio? Infelizmente nenhuma das ideias foi aceite e aquilo lá continua, a dar despesa.
MARÇO:
Foi o mês de entregar o IRS, actividade que os portugueses tanto apreciam e deixam sempre para o último dia, com grandes ganhos de adrenalina pura.
Ainda em espírito natalício, saiu a fava a Andreia Elizabete, que lá teve que voltar para casa (?) dos pais e dos 553 irmãos.
No CDS celebrou-se o Carnaval fora de horas mas animadamente, com uma boa sessão de porrada . Assim é que é!
Começou a peixeirada à volta da Ota , que ainda não terminou pois ainda não está decidido quem tem mais influência: se quem tem terrenos na Ota para valorizar, se quem tem terrenos em Alcochete para valorizar. Que se lixem!
O mar invade a Costa da Caparica e o respectivo Parque de Campismo. Foi o fim da discussão séria à volta do assunto. Por amor de Deus, campismo!?
ABRIL:
Tivemos os nossos 5 minutos de fama . Bem… famazinha… vá lá.
A padeira fez anos.
MAIO:
No meio de grandes falcatruas, Alberto João voltou a ser eleito. Não há meio de conseguirmos vender aquilo aos espenhóis, livra!
Desvendámos o verdadeiro segredo de Fátima . A qualidade técnica não foi grande coisa mas o conteúdo merecia uma porra dum Óscar ou dum urso ou lá o que é isso. Não ganhámos nada e ainda houve quem dissesse mal.
Desapareceu uma miúda no Algarve e, como seria de esperar, não faltou quem desse bitaites sem saber absolutamente nada do assunto. É um clássico.
Um gajo qualquer chamado Fernando Charrua passou de tachista a herói e mártir assim sem mais. Felizmente as coisas esquecem a grande velocidade ou a esta hora já haveria um santuário.
JUNHO:
Voltámos a levar com as marchas populares em directo. Deve ser promessa.
João Cardielos ganhou um concurso com a ideia de transformar a Avenida Lourenço Peixinho em parque de estacionamento para naves espaciais. Ou se não era isso era parecido.
A padeira foi convidada para uma bondage party mas não pôs lá os pés.
JULHO:
Deu-se a eleição das sete maravilhas do mundo. Uma campanha de marketing tão bem organizada que até a padeira votou, imaginem!
Houve eleições para a Câmara de Lisboa, mas a vencedora, uma tal de abstenção, não tomou posse. Mais sobrou para o Costa.
Em Aveiro, as Festas da Ria foram mais uma vez uma manifestação da imensa sabedoria popular.
E por falar em sabedoria popular mas ao contrário, abriu a loja Ikea em Matosinhos, onde os mais trongos tiveram direito a um prémio de 100 euros.
AGOSTO:
Lili Caneças ameaçou mudar-se para os EUA. Claro que a ameaça, apesar dos cromos que lá há, era para eles, não para nós. Como ainda não foi, presume-se que não conseguiu visto.
Uns putos que comem flocos de cereais e tiritas ao pequeno-almoço invadiram uma plantação de milho. E nem umas nalgadas levaram.
SETEMBRO:
Numa operação relâmpago digna de filme amaricano , a Asae apreendeu material pornográfico sem tradução que constituía uma ameaça para a saúde pública.
Devido a umas tricas de merda, a padaria teve que fechar, mas logo logo reabriu ao público. Foi uma hist´ria triste que marcou indelevelmente 2007.
Estreia mundial do nosso filme das férias. Quase que era um sucesso comercial, mas não foi.
O Porto perdeu com o Fátima. Pronto, pronto, não digo mais nada.
A padeira assumiu de vez a sua… idade… e comprou uns óculos.
OUTUBRO:
Um agricultor de Vagos foi mordido por um porco. Não interessa nada mas é uma bela notícia e deve ter dado uma animação no hospital melhor que um episódio do Dr. House.
A padaria comemorou o Dia da República defendendo a monarquia. Mainada!
Em Fátima, foi inaugurado o novo estádio, que afinal era uma catedral. Dá no mesmo.
NOVEMBRO:
A padaria fez 4 anos e pôs à votação dos clientes a sua nova imagem. Ganhou a piorzinha.
Fomos de férias outra vez. Só para meter raiva.
DEZEMBRO:
A padeira assumiu que anda com chatices das grandotas. Oxalá em 2008 lhe passe.
Deu-se o espantoso espectáculo do Festival Eurovisão júnior e Maria Cavaco Silva revelou que só usa verdadeiras. Não gosta de artificiais.
Mais uma vez revelámo-nos como pérfidos mas eficazes vingadores, animando a assinatura do Tratado de Lisboa com a Dulce Pontes.
A padeira ganhou uma prenda de Natal porreirinha e começou logo a provar que não sabe usá-la.
JANEIRO:
O Porto abriu o ano a perder com o Atlético não sei do quê, o que foi lindo! Não temos nada contra a equipa do Sr Costa e Deus nos livre de o ter à perna com os seus cãezinhos, mas fica sempre bem a qualquer clubezeco ganhar ao Porto. Parabéns ao Atlético não sei de quê que nem sabemos se ainda existe.
Cavaco Silva foi à Índia em visita oficial mas vingou-se. Luvou a Cátia Guerreiro para lhes atascar uns fadinhos. Bem feito!
José Cid deu o concerto do ano em Aveiro, nos festejos de S. Gonçalinho, onde revelou a todas as fãs, ao vivo, que tem a pila grande. Que lhe faça bom proveito. Os fornos aqui da padaria não são muito avantajados e preferimos cacetes maneirinhos.
Um tribunal mandou entregar uma miúda a um bronco que ela não conhecia de lado nenhum e ele próprio não sabia que existia durante um bom par de anos após a pinada. Começou oficialmente o caso Esmeralda, que haveria de mobilizar toda a sociedade civil para qualquer coisa sem ser futebol nem reality shows da TVI, pela primeira vez.
A Polícia Judiciária iniciou buscas na Câmara Municipal de Lisboa. Mal eles sabiam que alguns meses mais tarde viriam a ter assunto bem mais mal-cheiroso e que os haveria de entalar e bem.
Numa demonstração de imaginação sem limites, Marcelo Rebelo de Sousa inventou a teoria do Nim ao aborto. Foi o fim do avacalhanço ou, como se costuma dizer,o fim da macacada.
FEVEREIRO:
Apesar da teoria do Nim mas com a abstenção do costume, ganhou o SIM . Acabou-se o negócio para as “calistas”, uma importante fatia da economia paralela em Portugal.
O Farinha lança o grande estudo “que merda de tuga é você” , reconhecido por todas as revistas científicas. Ok, não foi, mas era justo que fosse.
A Rosarinho lançou o concurso de ideias: Que fazer com este estádio? Infelizmente nenhuma das ideias foi aceite e aquilo lá continua, a dar despesa.
MARÇO:
Foi o mês de entregar o IRS, actividade que os portugueses tanto apreciam e deixam sempre para o último dia, com grandes ganhos de adrenalina pura.
Ainda em espírito natalício, saiu a fava a Andreia Elizabete, que lá teve que voltar para casa (?) dos pais e dos 553 irmãos.
No CDS celebrou-se o Carnaval fora de horas mas animadamente, com uma boa sessão de porrada . Assim é que é!
Começou a peixeirada à volta da Ota , que ainda não terminou pois ainda não está decidido quem tem mais influência: se quem tem terrenos na Ota para valorizar, se quem tem terrenos em Alcochete para valorizar. Que se lixem!
O mar invade a Costa da Caparica e o respectivo Parque de Campismo. Foi o fim da discussão séria à volta do assunto. Por amor de Deus, campismo!?
ABRIL:
Tivemos os nossos 5 minutos de fama . Bem… famazinha… vá lá.
A padeira fez anos.
MAIO:
No meio de grandes falcatruas, Alberto João voltou a ser eleito. Não há meio de conseguirmos vender aquilo aos espenhóis, livra!
Desvendámos o verdadeiro segredo de Fátima . A qualidade técnica não foi grande coisa mas o conteúdo merecia uma porra dum Óscar ou dum urso ou lá o que é isso. Não ganhámos nada e ainda houve quem dissesse mal.
Desapareceu uma miúda no Algarve e, como seria de esperar, não faltou quem desse bitaites sem saber absolutamente nada do assunto. É um clássico.
Um gajo qualquer chamado Fernando Charrua passou de tachista a herói e mártir assim sem mais. Felizmente as coisas esquecem a grande velocidade ou a esta hora já haveria um santuário.
JUNHO:
Voltámos a levar com as marchas populares em directo. Deve ser promessa.
João Cardielos ganhou um concurso com a ideia de transformar a Avenida Lourenço Peixinho em parque de estacionamento para naves espaciais. Ou se não era isso era parecido.
A padeira foi convidada para uma bondage party mas não pôs lá os pés.
JULHO:
Deu-se a eleição das sete maravilhas do mundo. Uma campanha de marketing tão bem organizada que até a padeira votou, imaginem!
Houve eleições para a Câmara de Lisboa, mas a vencedora, uma tal de abstenção, não tomou posse. Mais sobrou para o Costa.
Em Aveiro, as Festas da Ria foram mais uma vez uma manifestação da imensa sabedoria popular.
E por falar em sabedoria popular mas ao contrário, abriu a loja Ikea em Matosinhos, onde os mais trongos tiveram direito a um prémio de 100 euros.
AGOSTO:
Lili Caneças ameaçou mudar-se para os EUA. Claro que a ameaça, apesar dos cromos que lá há, era para eles, não para nós. Como ainda não foi, presume-se que não conseguiu visto.
Uns putos que comem flocos de cereais e tiritas ao pequeno-almoço invadiram uma plantação de milho. E nem umas nalgadas levaram.
SETEMBRO:
Numa operação relâmpago digna de filme amaricano , a Asae apreendeu material pornográfico sem tradução que constituía uma ameaça para a saúde pública.
Devido a umas tricas de merda, a padaria teve que fechar, mas logo logo reabriu ao público. Foi uma hist´ria triste que marcou indelevelmente 2007.
Estreia mundial do nosso filme das férias. Quase que era um sucesso comercial, mas não foi.
O Porto perdeu com o Fátima. Pronto, pronto, não digo mais nada.
A padeira assumiu de vez a sua… idade… e comprou uns óculos.
OUTUBRO:
Um agricultor de Vagos foi mordido por um porco. Não interessa nada mas é uma bela notícia e deve ter dado uma animação no hospital melhor que um episódio do Dr. House.
A padaria comemorou o Dia da República defendendo a monarquia. Mainada!
Em Fátima, foi inaugurado o novo estádio, que afinal era uma catedral. Dá no mesmo.
NOVEMBRO:
A padaria fez 4 anos e pôs à votação dos clientes a sua nova imagem. Ganhou a piorzinha.
Fomos de férias outra vez. Só para meter raiva.
DEZEMBRO:
A padeira assumiu que anda com chatices das grandotas. Oxalá em 2008 lhe passe.
Deu-se o espantoso espectáculo do Festival Eurovisão júnior e Maria Cavaco Silva revelou que só usa verdadeiras. Não gosta de artificiais.
Mais uma vez revelámo-nos como pérfidos mas eficazes vingadores, animando a assinatura do Tratado de Lisboa com a Dulce Pontes.
A padeira ganhou uma prenda de Natal porreirinha e começou logo a provar que não sabe usá-la.
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