Se todo o bicho careto (desde o jornal da paróquia à TVI) faz a revista do ano, não vejo porque é que a padaria não há-de fazer, já que se trata provavelmente do local onde circula mais informação e mais fidedigna. Aqui vai portanto, a síntese de tudo o que de mais importante marcou este 2007, a nível internacional, nacional, local, e até mesmo caseiro.
JANEIRO:
O
Porto abriu o ano a perder com o Atlético não sei do quê, o que foi lindo! Não temos nada contra a equipa do Sr Costa e Deus nos livre de o ter à perna com os seus cãezinhos, mas fica sempre bem a qualquer clubezeco ganhar ao Porto. Parabéns ao Atlético não sei de quê que nem sabemos se ainda existe.
Cavaco Silva foi à Índia em visita oficial mas vingou-se. Luvou a Cátia Guerreiro para lhes atascar uns fadinhos. Bem feito!
José Cid deu o concerto do ano em Aveiro, nos festejos de S. Gonçalinho, onde revelou a todas as fãs, ao vivo, que tem a pila grande. Que lhe faça bom proveito. Os fornos aqui da padaria não são muito avantajados e preferimos cacetes maneirinhos.
Um tribunal mandou entregar uma miúda a um bronco que ela não conhecia de lado nenhum e ele próprio não sabia que existia durante um bom par de anos após a pinada. Começou oficialmente
o caso Esmeralda, que haveria de mobilizar toda a sociedade civil para qualquer coisa sem ser futebol nem reality shows da TVI, pela primeira vez.
A Polícia Judiciária iniciou
buscas na Câmara Municipal de Lisboa. Mal eles sabiam que alguns meses mais tarde viriam a ter assunto bem mais mal-cheiroso e que os haveria de entalar e bem.
Numa demonstração de imaginação sem limites, Marcelo Rebelo de Sousa inventou a
teoria do Nim ao aborto. Foi o fim do avacalhanço ou, como se costuma dizer,o fim da macacada.
FEVEREIRO:Apesar da teoria do Nim mas com a abstenção do costume,
ganhou o SIM . Acabou-se o negócio para as “calistas”, uma importante fatia da economia paralela em Portugal.
O Farinha lança o grande estudo
“que merda de tuga é você” , reconhecido por todas as revistas científicas. Ok, não foi, mas era justo que fosse.
A Rosarinho lançou o concurso de ideias:
Que fazer com este estádio? Infelizmente nenhuma das ideias foi aceite e aquilo lá continua, a dar despesa.
MARÇO:
Foi o mês de entregar o IRS, actividade que os portugueses tanto apreciam e deixam sempre para o último dia, com grandes ganhos de adrenalina pura.
Ainda em espírito natalício,
saiu a fava a Andreia Elizabete, que lá teve que voltar para casa (?) dos pais e dos 553 irmãos.
No CDS celebrou-se o Carnaval fora de horas mas animadamente, com
uma boa sessão de porrada . Assim é que é!
Começou a peixeirada à volta da
Ota , que ainda não terminou pois ainda não está decidido quem tem mais influência: se quem tem terrenos na Ota para valorizar, se quem tem terrenos em Alcochete para valorizar. Que se lixem!
O mar invade a Costa da Caparica e o
respectivo Parque de Campismo. Foi o fim da discussão séria à volta do assunto. Por amor de Deus, campismo!?
ABRIL:Tivemos os nossos
5 minutos de fama . Bem… famazinha… vá lá.
A padeira fez anos. MAIO: No meio de grandes falcatruas,
Alberto João voltou a ser eleito. Não há meio de conseguirmos vender aquilo aos espenhóis, livra!
Desvendámos
o verdadeiro segredo de Fátima . A qualidade técnica não foi grande coisa mas o conteúdo merecia uma porra dum Óscar ou dum urso ou lá o que é isso. Não ganhámos nada e ainda houve quem dissesse mal.
Desapareceu uma miúda no Algarve e, como seria de esperar, não faltou quem desse
bitaites sem saber absolutamente nada do assunto. É um clássico.
Um gajo qualquer chamado Fernando Charrua passou de tachista
a herói e mártir assim sem mais. Felizmente as coisas esquecem a grande velocidade ou a esta hora já haveria um santuário.
JUNHO:Voltámos a levar com
as marchas populares em directo. Deve ser promessa.
João Cardielos ganhou um concurso com a ideia de
transformar a Avenida Lourenço Peixinho em parque de estacionamento para naves espaciais. Ou se não era isso era parecido.
A padeira foi convidada para uma
bondage party mas não pôs lá os pés.
JULHO:
Deu-se a
eleição das sete maravilhas do mundo. Uma campanha de marketing tão bem organizada que até a padeira votou, imaginem!
Houve
eleições para a Câmara de Lisboa, mas a vencedora, uma tal de abstenção, não tomou posse. Mais sobrou para o Costa.
Em Aveiro,
as Festas da Ria foram mais uma vez uma manifestação da imensa sabedoria popular.
E por falar em sabedoria popular mas ao contrário,
abriu a loja Ikea em Matosinhos, onde os mais trongos tiveram direito a um prémio de 100 euros.
AGOSTO:
Lili Caneças ameaçou mudar-se para os EUA. Claro que a ameaça, apesar dos cromos que lá há, era para eles, não para nós. Como ainda não foi, presume-se que não conseguiu visto.
Uns putos que comem flocos de cereais e tiritas ao pequeno-almoço invadiram uma plantação de milho. E nem umas nalgadas levaram.
SETEMBRO:Numa operação relâmpago digna de filme amaricano ,
a Asae apreendeu material pornográfico sem tradução que constituía uma ameaça para a saúde pública.
Devido a umas tricas de merda, a padaria teve que fechar, mas logo logo reabriu ao público. Foi uma hist´ria triste que marcou indelevelmente 2007.
Estreia mundial do
nosso filme das férias. Quase que era um sucesso comercial, mas não foi.
O Porto perdeu com o Fátima. Pronto, pronto, não digo mais nada.
A padeira assumiu de vez a sua… idade…
e comprou uns óculos. OUTUBRO: Um agricultor de Vagos foi mordido por um porco. Não interessa nada mas é uma bela notícia e deve ter dado uma animação no hospital melhor que um episódio do Dr. House.
A padaria comemorou o Dia da República defendendo a monarquia. Mainada!
Em Fátima, foi inaugurado o novo estádio, que afinal era uma catedral. Dá no mesmo.
NOVEMBRO:
A padaria fez 4 anos e pôs à votação dos clientes a sua nova imagem. Ganhou a piorzinha.
Fomos de férias outra vez. Só para meter raiva.
DEZEMBRO: A padeira assumiu que anda com chatices das grandotas. Oxalá em 2008 lhe passe.
Deu-se o espantoso espectáculo do Festival Eurovisão júnior e Maria Cavaco Silva revelou que só usa verdadeiras. Não gosta de artificiais.
Mais uma vez revelámo-nos como pérfidos mas eficazes vingadores, animando a assinatura do Tratado de Lisboa com a Dulce Pontes. A padeira ganhou uma prenda de Natal porreirinha e começou logo a provar que não sabe usá-la.