Grande regozijo houve aqui no farinha ao saber que finalmente alguém resolveu pôr mãos à obra e acabar com as poucas vergonhas no santuário de fátima, esse baluarte da fé e da verdadeira alma nacional. Como sempre, no entanto, foi preciso vir alguém de fora para tratar do assunto. Já é costume.
Um núcleo de católicos duros (?) oriundos da América do Norte ( e, apostamos nós, sérios, honestos e votantes certos do Sr. Bush), auto-designado "Fátima Sempre", apresentou formalmente no Vaticano uma queixa contra o reitor do santuário por ter permitido que gente infame, não católica e não branca, tivesse tido permissão para visitar o dito e ainda por cima com honras de convidados especiais. Falamos naturalmente dessa gente estranha que anda sempre a rir e se veste de cores esquisitas, tipo o Dalai Lama e de uma delegação hindu.
Achamos muito bem. Que o pessoal aproveite os sanitários do santuário para uns chutos e umas pinadas ainda vá, mais vale isso que fazê-lo em frente do altar, agora isto não se admite.
9/30/2004
9/29/2004
PUBLICIDADE ENGANOSA
São frequentes os casos em que se tenta iludir a opinião pública com mentiras ou com semi-verdades.
Vejamos estes dois casos.
Primeiro: Foi divulgado hoje um estudo segundo o qual metade da população portuguesa, ou seja 50%, tem peso a mais ou sofre mesmo de obesidade.
Pura manipulação dos números. Como mostramos a seguir, o problema é muito mais grave situando-se em cerca de 80%.
Segundo: Fiquem a saber o verdadeiro motivo pelo qual, às vezes, os homens preferem as sagres.
Vejamos estes dois casos.
Primeiro: Foi divulgado hoje um estudo segundo o qual metade da população portuguesa, ou seja 50%, tem peso a mais ou sofre mesmo de obesidade.
Pura manipulação dos números. Como mostramos a seguir, o problema é muito mais grave situando-se em cerca de 80%.
Segundo: Fiquem a saber o verdadeiro motivo pelo qual, às vezes, os homens preferem as sagres.
9/28/2004
AINDA A PROPÓSITO DA BARRACADA DA COLOCAÇÃO DE PROFESSORES...
Uma professora de história da minha filha escreveu num teste que "o que fizeste está certo, o que deixaste por fazer está errado".
Quando fui buscar as notas da minha filha e quis saber por que motivo não ficou retida uma colega muitíssimo pior do que ela e que só obteve níveis abaixo de 3 até ao 2º período, foi-me dito que era porque "Estamos todos fartos de a ver cá".
O único incentivo que a minha filha tem para estudar, face a isto, é saber que se for aparecendo e dando cabo da cabeça dos professores, um dia eles ficarão "fartos de a ver lá" e ela passará.
Uma professora que quis fazer uma visita de estudo a um local cujo site na net pede que nesses caso se envie um mail com o dia, a hora e o número de alunos, escreveu somente qualquer coisa como "11,14:30,26" e ainda ficou ofendida quando lhe telefonaram a perguntar o que era aquilo.
Conheço uma professora que mandou os alunos destruir as casas de banho da escola porque estava zangada com a Câmara Municipal.
Conheço uma professora que quis concorrer com os alunos a um concurso de desenho e, como não percebia o que queria dizer anónimo nem pseudónimo, achou que os nomes falsos com que os alunos concorriam (como por exemplo chocolate) correspondiam ao prémio que iriam receber.
Conheço uma professora de português que escreve laser em vez de lazer.
Conheço uma professora de geografia que escreve extinsão em vez de extinção.
Ambas não perdoaram aos alunos que tiveram a ousadia de as chamar à atenção.
Quase todos os professores que conheço se recusam a ir, ou vão contrafeitos, à sua escola naquilo a que eles chamam de "dia livre". Para quem não sabe o dia livre é um dia útil como qualquer outro com a única diferença que o professor não tem, nesse dia, tempos lectivos no horário.
Quando eu estive a dar aulas numa escola secundária e as aulas acabaram, era preciso ir vigiar os exames. Isso corresponde a duas ou três horas de trabalho num dia. Mesmo assim era comum ouvir os colegas queixarem-se que estavam a trabalhar nas férias. Para todos os efeitos eles ainda não estavam de férias, apenas lhes apetecia estar, como a qualquer mortal.
Quando eu estive a dar aulas no ensino recorrente tive colegas que me ensinaram a técnica do "tratá-los abaixo de cão para eles desistirem depressa e nós ficarmos a ganhar sem fazer nenhum".
Quando eu era professora todos os colegas se queixavam daqueles dias infindáveis de reuniões e atendimento de pais no final dos períodos, mas nunca referiam que a seguir iam para casa e só reapareciam no fim da interrupção lectiva.
Quase todos os professores que conheço se queixam que não deveriam fazer matrículas porque isso é serviço administrativo, quando cada vez menos se admite essa coisa obsoleta de repartição estanque de tarefas. Além de todos os técnicos superiores da função pública terem que fazer algum serviço administrativo, esse é na verdade um bom argumento para não se fazer mais nada do que o serviço lectivo e estar assim mais tempo "de férias".
O que os professores sabem fazer melhor (salvo poucas e honrosas excepções) é queixar-se. Até deveriam instalar muros de lamentações nas salas de professores de todas as escolas. Já sabemos que andam longos anos contratados e a mudar de terra e que isso está mal. Já sabemos que as suas vidas são recheadas de instabilidade e que isso está mal. Já sabemos que aturam canalha brava, mas isso todos aturamos, só que de diferentes idades. O resto é fait-divers.
Num dos anos em que estive a dar aulas fiquei colocada numa escola onde era preciso um professor de alemão e eu não posso leccionar alemão... mas posso candidatar-me no grupo de alemão. Os alunos tiveram que desistir do alemão nesse ano e iniciar o inglês porque os chamados grupos de docência estão obsoletos e nada têm a ver com a actual formação das pessoas. Foi mau para eles e mau para mim que não tinha culpa e nada podia fazer.
Os professores, ao contrário de todos os outros funcionários do estado (mal ou bem), não são avaliados, para além de uns relatórios proforma que têm que fazer e que até copiam de uns anos para os outros mudando só os campos. Será que se houvesse avaliação a sério, aquela professora de que falei ainda escreveria laser? É só uma pergunta.
Há professores competentes, conscientes e trabalhadores. Só que esses acabam por ser engolidos por um sistema mau que não lhes permite fazer um trabalho digno e sério.
Os livros escolares são caríssimos e em muito maior quantidade do que qualidade, obedecendo apenas a uma lógica de mercado e ignorando valores como a necessidade básica de escolarizar os cidadãos para construir um país competitivo. Já tive um livro, quando dei aulas de português, que num exercício mandava pôr acento na palavra melancia... e outras preciosidades.
O sistema educativo português e as pessoas que dele fazem parte estão imbuídas de muitos complexos de esquerda que, passados 30 anos, já não fazem sentido. Recusa-se a competição saudável ainda com medo do malfadado quadro de honra do tempo do velhinho Salazar. Os princípios de igualdade são cinzentos e nem sequer funcionam na prática porque todos sabemos que há escolas e escolas, alunos e alunos.
A mudança necessária no sistema educativo era profundíssima e ia muito para além da substituição de um sistema informático por outro. Os nossos governantes, de forma arrogante e sobretudo inconsciente e ignorante, olharam-se ao espelho e viram-se coroados de uma aura de brilhantismo que lhes indicou serem eles os escolhidos para resolver os problemas da educação. Caíram por terra junto com as suas teorias iluminadas e com eles caímos todos. Portugal, um país supostamente democrático e evoluído, está a passar a maior vergonha de todos os tempos, não conseguindo sequer pôr as escolas a funcionar quase um mês depois do previsto.
Tínhamos o mau. Agora temos o incrivelmente mau.
Confesso que andava há muito para escrever este post e evitei sempre por dois motivos. Por um lado, muita gente não irá ler porque é comprido e não é ligeiro como habitualmente. Por outro lado, tenho a certeza que muitos dos que o lerem vão ficar muito desagradados. Está arreigado na nossa cultura e na nossa maneira de ser culpar sempre só o poder instituído de tudo o que acontece. Nós, "os pequenos", somos sempre vítimas (leia-se inimputáveis).
Quando fui buscar as notas da minha filha e quis saber por que motivo não ficou retida uma colega muitíssimo pior do que ela e que só obteve níveis abaixo de 3 até ao 2º período, foi-me dito que era porque "Estamos todos fartos de a ver cá".
O único incentivo que a minha filha tem para estudar, face a isto, é saber que se for aparecendo e dando cabo da cabeça dos professores, um dia eles ficarão "fartos de a ver lá" e ela passará.
Uma professora que quis fazer uma visita de estudo a um local cujo site na net pede que nesses caso se envie um mail com o dia, a hora e o número de alunos, escreveu somente qualquer coisa como "11,14:30,26" e ainda ficou ofendida quando lhe telefonaram a perguntar o que era aquilo.
Conheço uma professora que mandou os alunos destruir as casas de banho da escola porque estava zangada com a Câmara Municipal.
Conheço uma professora que quis concorrer com os alunos a um concurso de desenho e, como não percebia o que queria dizer anónimo nem pseudónimo, achou que os nomes falsos com que os alunos concorriam (como por exemplo chocolate) correspondiam ao prémio que iriam receber.
Conheço uma professora de português que escreve laser em vez de lazer.
Conheço uma professora de geografia que escreve extinsão em vez de extinção.
Ambas não perdoaram aos alunos que tiveram a ousadia de as chamar à atenção.
Quase todos os professores que conheço se recusam a ir, ou vão contrafeitos, à sua escola naquilo a que eles chamam de "dia livre". Para quem não sabe o dia livre é um dia útil como qualquer outro com a única diferença que o professor não tem, nesse dia, tempos lectivos no horário.
Quando eu estive a dar aulas numa escola secundária e as aulas acabaram, era preciso ir vigiar os exames. Isso corresponde a duas ou três horas de trabalho num dia. Mesmo assim era comum ouvir os colegas queixarem-se que estavam a trabalhar nas férias. Para todos os efeitos eles ainda não estavam de férias, apenas lhes apetecia estar, como a qualquer mortal.
Quando eu estive a dar aulas no ensino recorrente tive colegas que me ensinaram a técnica do "tratá-los abaixo de cão para eles desistirem depressa e nós ficarmos a ganhar sem fazer nenhum".
Quando eu era professora todos os colegas se queixavam daqueles dias infindáveis de reuniões e atendimento de pais no final dos períodos, mas nunca referiam que a seguir iam para casa e só reapareciam no fim da interrupção lectiva.
Quase todos os professores que conheço se queixam que não deveriam fazer matrículas porque isso é serviço administrativo, quando cada vez menos se admite essa coisa obsoleta de repartição estanque de tarefas. Além de todos os técnicos superiores da função pública terem que fazer algum serviço administrativo, esse é na verdade um bom argumento para não se fazer mais nada do que o serviço lectivo e estar assim mais tempo "de férias".
O que os professores sabem fazer melhor (salvo poucas e honrosas excepções) é queixar-se. Até deveriam instalar muros de lamentações nas salas de professores de todas as escolas. Já sabemos que andam longos anos contratados e a mudar de terra e que isso está mal. Já sabemos que as suas vidas são recheadas de instabilidade e que isso está mal. Já sabemos que aturam canalha brava, mas isso todos aturamos, só que de diferentes idades. O resto é fait-divers.
Num dos anos em que estive a dar aulas fiquei colocada numa escola onde era preciso um professor de alemão e eu não posso leccionar alemão... mas posso candidatar-me no grupo de alemão. Os alunos tiveram que desistir do alemão nesse ano e iniciar o inglês porque os chamados grupos de docência estão obsoletos e nada têm a ver com a actual formação das pessoas. Foi mau para eles e mau para mim que não tinha culpa e nada podia fazer.
Os professores, ao contrário de todos os outros funcionários do estado (mal ou bem), não são avaliados, para além de uns relatórios proforma que têm que fazer e que até copiam de uns anos para os outros mudando só os campos. Será que se houvesse avaliação a sério, aquela professora de que falei ainda escreveria laser? É só uma pergunta.
Há professores competentes, conscientes e trabalhadores. Só que esses acabam por ser engolidos por um sistema mau que não lhes permite fazer um trabalho digno e sério.
Os livros escolares são caríssimos e em muito maior quantidade do que qualidade, obedecendo apenas a uma lógica de mercado e ignorando valores como a necessidade básica de escolarizar os cidadãos para construir um país competitivo. Já tive um livro, quando dei aulas de português, que num exercício mandava pôr acento na palavra melancia... e outras preciosidades.
O sistema educativo português e as pessoas que dele fazem parte estão imbuídas de muitos complexos de esquerda que, passados 30 anos, já não fazem sentido. Recusa-se a competição saudável ainda com medo do malfadado quadro de honra do tempo do velhinho Salazar. Os princípios de igualdade são cinzentos e nem sequer funcionam na prática porque todos sabemos que há escolas e escolas, alunos e alunos.
A mudança necessária no sistema educativo era profundíssima e ia muito para além da substituição de um sistema informático por outro. Os nossos governantes, de forma arrogante e sobretudo inconsciente e ignorante, olharam-se ao espelho e viram-se coroados de uma aura de brilhantismo que lhes indicou serem eles os escolhidos para resolver os problemas da educação. Caíram por terra junto com as suas teorias iluminadas e com eles caímos todos. Portugal, um país supostamente democrático e evoluído, está a passar a maior vergonha de todos os tempos, não conseguindo sequer pôr as escolas a funcionar quase um mês depois do previsto.
Tínhamos o mau. Agora temos o incrivelmente mau.
Confesso que andava há muito para escrever este post e evitei sempre por dois motivos. Por um lado, muita gente não irá ler porque é comprido e não é ligeiro como habitualmente. Por outro lado, tenho a certeza que muitos dos que o lerem vão ficar muito desagradados. Está arreigado na nossa cultura e na nossa maneira de ser culpar sempre só o poder instituído de tudo o que acontece. Nós, "os pequenos", somos sempre vítimas (leia-se inimputáveis).
9/27/2004
AVISO
Queria só deixar um pequeno aviso ao senhor (imagino que tenha sido um senhor) que veio ter a este honesto estabelecimento à procura de "Filminhos de sexo com travestis". É o seguinte:
1. As buscas no google, se for com frases completas, têm que ser feitas em "pesquisa avançada", mais concretamente no campo "expressão exacta";
2. As buscas têm que ser feitas de forma o mais simples possível. Nesse caso, seria aconselhável procurar travesti e depois pesquisar nos resultados por filme (evitar diminutivos ok?) ou video;
3. A coisa mais parecida com um travesti que se encontra em estabelecimentos honestos como o farinha é aquela senhora do anúncio do TIDE Sabão Tradicional, cheia de baton da loja do chinês e com cara de homem. Felizmente, a dona desta padaria tem apenas uma característica masculina que é adormecer com relativa facilidade.
Resta-me apenas referir que só dei esta importância a este caso porque se tratou talvez da pessoa mais "daaah!" a entrar aqui em toda a história do farinha amparo.
Sou mesmo mais que mãe destes gajos...
Ah! E já me esquecia! Queria chamar a atenção de todos os blogocolegas cagaréus ou afins para este importante evento!
1. As buscas no google, se for com frases completas, têm que ser feitas em "pesquisa avançada", mais concretamente no campo "expressão exacta";
2. As buscas têm que ser feitas de forma o mais simples possível. Nesse caso, seria aconselhável procurar travesti e depois pesquisar nos resultados por filme (evitar diminutivos ok?) ou video;
3. A coisa mais parecida com um travesti que se encontra em estabelecimentos honestos como o farinha é aquela senhora do anúncio do TIDE Sabão Tradicional, cheia de baton da loja do chinês e com cara de homem. Felizmente, a dona desta padaria tem apenas uma característica masculina que é adormecer com relativa facilidade.
Resta-me apenas referir que só dei esta importância a este caso porque se tratou talvez da pessoa mais "daaah!" a entrar aqui em toda a história do farinha amparo.
Sou mesmo mais que mãe destes gajos...
Ah! E já me esquecia! Queria chamar a atenção de todos os blogocolegas cagaréus ou afins para este importante evento!
9/24/2004
EU VI! EU VI!
Se eu não tivesse visto provavelmente nem acreditaria. Mas eu vi. Ontem quando cheguei a casa para almoçar, liguei a televisão e o programa do Goucha (de que eu não sei o nome nem me interessa) estava nos momentos finais.
Ainda pude ver uma mulher, na casa dos trinta, contando a história de toda uma vida vítima de maltratos físicos e psicológicos. Ela contou todos os pormenores da sua vida e chorou, o habitual nesta nova onda de salve-se quem puder para garantir audiências.
No meio da entrevista, ela referiu um pormenor: Que quando o ex-companheiro finalmente a expulsou de casa não a deixou trazer nada e neste momento ela está a viver sem ter sequer um frigorífico, pedindo às vizinhas que a deixem arrumar os alimentos nos delas.
No final do programa, o pseudo apresentador/cozinheiro/doceiro sem sal e sem açúcar, anunciou uma magnífica surpresa.
E os meus olhos viram, incrédulos, que a surpresa era:
-E A D. ADOSINDA VAI GANHAR, COMPLETAMENTE GRÁTIS, OFERECIDO PELA PRODUÇÃO DO NOSSO PROGRAMA!... (aqui o rufar dos tambores) ... ESTE FANTÁSTICO FRIGORÍFICO!!! (palmas)
Em que mundo vivo eu, que permite que uma pessoa vá expôr a sua alma por um frigorífico?
Ainda pude ver uma mulher, na casa dos trinta, contando a história de toda uma vida vítima de maltratos físicos e psicológicos. Ela contou todos os pormenores da sua vida e chorou, o habitual nesta nova onda de salve-se quem puder para garantir audiências.
No meio da entrevista, ela referiu um pormenor: Que quando o ex-companheiro finalmente a expulsou de casa não a deixou trazer nada e neste momento ela está a viver sem ter sequer um frigorífico, pedindo às vizinhas que a deixem arrumar os alimentos nos delas.
No final do programa, o pseudo apresentador/cozinheiro/doceiro sem sal e sem açúcar, anunciou uma magnífica surpresa.
E os meus olhos viram, incrédulos, que a surpresa era:
-E A D. ADOSINDA VAI GANHAR, COMPLETAMENTE GRÁTIS, OFERECIDO PELA PRODUÇÃO DO NOSSO PROGRAMA!... (aqui o rufar dos tambores) ... ESTE FANTÁSTICO FRIGORÍFICO!!! (palmas)
Em que mundo vivo eu, que permite que uma pessoa vá expôr a sua alma por um frigorífico?
9/23/2004
O GRANDE PERIGO DESTA CRISE NA EDUCAÇÃO...
... é que os putos podem começar a ficar demasiado habituados às férias prolongadas e não quererem outra coisa.
OVERDOSE DE TELEVISÃO NUMA NOITE DE INSÓNIA
ou
Até que Enfim Consegui Escrever Um Poema Embora Não Seja Bem o Que Eu Queria
Com Skip aprendemos a viver
Mas acho que andamos a comer a fruta errada
Finalmente no Politeama a não perder
O yogurte a que não falta nada
*****
O 1 2 3, com prémios fabulosos
É a pausa que o corpo precisa
30 anos naturalmente saborosos
Ainda bem que o futuro aceita Visa
*****
E é sempre tempo de saborear
Mimosa frutos e cereais
O teu cabelo, garanto, vai ganhar
Novos looks radicais
*****
Controla tudo
Menos as emoções
Por apenas 3 euros cinquenta
Terás saborosas tentações
Pois chegou o 280
*****
Sair esta noite de traje formal?
Só com novo Tide sabão tradicional.
FIM
Até que Enfim Consegui Escrever Um Poema Embora Não Seja Bem o Que Eu Queria
Com Skip aprendemos a viver
Mas acho que andamos a comer a fruta errada
Finalmente no Politeama a não perder
O yogurte a que não falta nada
*****
O 1 2 3, com prémios fabulosos
É a pausa que o corpo precisa
30 anos naturalmente saborosos
Ainda bem que o futuro aceita Visa
*****
E é sempre tempo de saborear
Mimosa frutos e cereais
O teu cabelo, garanto, vai ganhar
Novos looks radicais
*****
Controla tudo
Menos as emoções
Por apenas 3 euros cinquenta
Terás saborosas tentações
Pois chegou o 280
*****
Sair esta noite de traje formal?
Só com novo Tide sabão tradicional.
FIM
9/22/2004
EXPLIQUEM-ME
Não estou a ver porquê tanto estrilho à volta dos dezoito mil euros de pensão de reforma atribuídos ao Mira Amaral. Afinal de contas quase todos os reformados ganham mais do que isso!
Quase, todos somados, claro...
Quase, todos somados, claro...
9/21/2004
CRISE
Nestes tempos de crise, é giro ver como revistas e jornais se vão safando. Uns optam por vender colecções otário, outros vão explorando o tema que dá mais garantias comerciais: O sexo.
A forma como o fazem varia, mas o resultado final é sempre o mesmo.
Podemos encontrar o estilo MARIA (tive sexo com um pastor alemão, posso engravidar?), o estilo CIENTÍFICO (mais próprio da Visão, Focus, NM ou Pública, tipo Saiba como actuam as feromonas), passando pelo estilo COSMOPOLITAN (Seja mais vacarrona que a do 3º esquerdo e garanta que ele não baza), terminando no delicioso estilo SUPER-TIA que podemos encontrar nas revistas que ao mesmo tempo que nos aconselham um modelito Armani por 10.500 euros nos dizem coisas como esta (Revista Elle, Outubro de 2004, página 150):
Seleccionámos o que há de mais sexy no mundo!
1. A CANçÃO: Crazy in Love, de Beyoncé. Para começar não sei o que é isto. Acho que nunca ouvi.
2. O ALIMENTO: Chocolate. Aquela coisa com que as tias sonham desesperadamente mas não comem sob pena de terem que fazer outra lipo em menos de 6 meses.
3. O HOMEM: Johny Deep. Assim mesmo, com dois "és" em vez de dois "pês".
4. A MULHER: Kyllie Minogue. Segundo afirma a revista, a voz fica para segundo plano. Nesta última parte concordamos.
5. A PARTE DO CORPO: O Rabo. Deve ser por passarem tanto tempo sentadas no cabeleireiro e na manicure.
6. O FILME: La Belle Époque. Assim, sem qualquer outra referência a não ser a de que o filme mostra "O mínimo de nudez". Que bem!
7. O LIVRO: Satisfaction: The Art of the Female Orgasm. Deve ser aquela história do ponto G, que elas têm no final da palavra shopping...
8. A LÍNGUA: O Francês. Segundo elas, até a frase "Vai deitar fora o lixo" soa sexy. Como é que soará "Vai trabalhar cabra inútil!"?
9. O ACTO: Beijar. Será aqueles beijinhos sem toque que ela dão umas nas outras (Um! Apenas um!)quando se encontram na Versailles?
10. A DANÇA: Tango. Segundo as tias, é o que há de mais parecido com fazer amor. Nós aqui no Farinha, em menos de 5 segundos conseguimos pensar em duas ou três coisitas mais parecidas ainda. Mas enfim... Never mind!
A forma como o fazem varia, mas o resultado final é sempre o mesmo.
Podemos encontrar o estilo MARIA (tive sexo com um pastor alemão, posso engravidar?), o estilo CIENTÍFICO (mais próprio da Visão, Focus, NM ou Pública, tipo Saiba como actuam as feromonas), passando pelo estilo COSMOPOLITAN (Seja mais vacarrona que a do 3º esquerdo e garanta que ele não baza), terminando no delicioso estilo SUPER-TIA que podemos encontrar nas revistas que ao mesmo tempo que nos aconselham um modelito Armani por 10.500 euros nos dizem coisas como esta (Revista Elle, Outubro de 2004, página 150):
Seleccionámos o que há de mais sexy no mundo!
1. A CANçÃO: Crazy in Love, de Beyoncé. Para começar não sei o que é isto. Acho que nunca ouvi.
2. O ALIMENTO: Chocolate. Aquela coisa com que as tias sonham desesperadamente mas não comem sob pena de terem que fazer outra lipo em menos de 6 meses.
3. O HOMEM: Johny Deep. Assim mesmo, com dois "és" em vez de dois "pês".
4. A MULHER: Kyllie Minogue. Segundo afirma a revista, a voz fica para segundo plano. Nesta última parte concordamos.
5. A PARTE DO CORPO: O Rabo. Deve ser por passarem tanto tempo sentadas no cabeleireiro e na manicure.
6. O FILME: La Belle Époque. Assim, sem qualquer outra referência a não ser a de que o filme mostra "O mínimo de nudez". Que bem!
7. O LIVRO: Satisfaction: The Art of the Female Orgasm. Deve ser aquela história do ponto G, que elas têm no final da palavra shopping...
8. A LÍNGUA: O Francês. Segundo elas, até a frase "Vai deitar fora o lixo" soa sexy. Como é que soará "Vai trabalhar cabra inútil!"?
9. O ACTO: Beijar. Será aqueles beijinhos sem toque que ela dão umas nas outras (Um! Apenas um!)quando se encontram na Versailles?
10. A DANÇA: Tango. Segundo as tias, é o que há de mais parecido com fazer amor. Nós aqui no Farinha, em menos de 5 segundos conseguimos pensar em duas ou três coisitas mais parecidas ainda. Mas enfim... Never mind!
9/20/2004
AVEIRO, DESTINO TURÍSTICO
Aqui na região já trabalhamos afincadamente para nos tornarmos o maior destino turístico do país.
Cá está um pormenor quase sempre descuidado mas tão importante: As placas informativas. Para que todos saibam com o que contam.
Duas iniciativas de louvar, a de cima na Praia de S. Jacinto (mais conhecida aqui por San Jacint au bord de la mer) e a de baixo na praia da Barra.
Até já arranjei um slogan da minha modesta autoria, inspirada num outro muito famoso sobre as gentes de Trás-os-Montes: Para cá do IP5, Anda tudo num brinco!
9/17/2004
E PRONTO
Já consegui reconstruir o tasco. E desta vez guardei uma cópia para não ser apanhada de calças na mão.
Peço a colaboração dos clientes no sentido de verificarem se os vossos links estão bem feitinhos e a funcionar... ou se me esqueci de alguém, o que seria grave.
Já me sinto de novo em casa!
Bom Fim de Semana a todos!
Peço a colaboração dos clientes no sentido de verificarem se os vossos links estão bem feitinhos e a funcionar... ou se me esqueci de alguém, o que seria grave.
Já me sinto de novo em casa!
Bom Fim de Semana a todos!
9/15/2004
ACIDENTE
Como podem verificar houve um acidente aqui no farinha. Forças anti-palhaçada entraram pela padaria dentro e destruiram o estabelecimento.
Iremos proceder à reconstrução, o que de qualquer modo levará algum tempo.
Entretanto, se desejarem fazer alguma encomenda de cacetes, carcaças, baguettes ou brioches, podem contactar aqui a padeira através do mail didinhas@softhome.net
A padaria ressurgirá brevemente com nova decoração.
Iremos proceder à reconstrução, o que de qualquer modo levará algum tempo.
Entretanto, se desejarem fazer alguma encomenda de cacetes, carcaças, baguettes ou brioches, podem contactar aqui a padeira através do mail didinhas@softhome.net
A padaria ressurgirá brevemente com nova decoração.
PIMBA
Ficaram os dois de castigo.
As declarações do peixeiral no mercado de Matosinhos, hoje nas notícias do almoço, é que prometem!
Imaginem uma senhora brandindo um facalhão de amanhar tubarões e pesando uns 200 kilos a afirmar ao jornalista: "Eles que não benham pra cá com gaijos de fuora! Há muito socialista em Matosinhos!2
Ah carago!
As declarações do peixeiral no mercado de Matosinhos, hoje nas notícias do almoço, é que prometem!
Imaginem uma senhora brandindo um facalhão de amanhar tubarões e pesando uns 200 kilos a afirmar ao jornalista: "Eles que não benham pra cá com gaijos de fuora! Há muito socialista em Matosinhos!2
Ah carago!
9/14/2004
9/13/2004
BREVE TRATADO SOBRE PRAGAS
São sazonais, tipo praga de gafanhotos, mas para pior e sempre nas mesmas alturas do ano. Agora entrámos na época, eu é que me tinha esquecido. Por isso fui calmamente para o forum na hora de almoço dar a minha voltinha sem me lembrar que ia dar de caras com eles.
Estou a falar nas manadas de mongos que aparecem sempre que saem os resultados das candidaturas ao ensino superior.
Ninguém sabe de onde surgem nem onde se escondem no resto do ano, só se sabe que nesta altura aparecem, com aquele ar arrogante de quem tem mais sapatos-vela no armário do que neurónios no cérebro, para a época de reprodução.
É no entanto uma espécie curiosa que se reproduz sem acasalar, coisa de que se desconfia serem totalmente incapazes, motivo pelo qual utilizam o método de se apropriar de outros seres mais novos que transformam progressivamente em clones seus através do método de repetição, negação de qualquer acto criativo e total esvaziamento do cérebro.
Para exemplificar este método posso relatar-vos um dos casos a que tive oportunidade de assistir hoje: Um dos espécimes mais novos (no caso vertente, fêmea), era obrigado a correr à volta do centro comercial com o rosto toscamente pintado de vermelho (esta espécie também não revela grande destreza de mãos), gritando para todos que queria um indivíduo de etnia africana com um orgão genital de medidas avantajadas. Este indivíduo do sexo feminino que referi, enquanto executava a grotesca tarefa, mostrava evidentes sinais de satisfação, sinal de que a sua transformação será fácil e rápida, quiçá não necessitando sequer de se submeter ao processo de esvaziar o cérebro.
Resta apenas referir que são muitas das vezes, senão na maioria, seres desta espécie, depois de completado o seu processo de crescimento atrofiado, que conseguem atingir com mais facilidade determinados cargos, como deputados, directores gerais, presidentes e gestores. Excluem-se desta lista os presidentes de junta que se desenvolvem a partir do gene "nasci para executar grandes feitos" e revelam grande tendência para aparecer com ar de quem se eleva acima do comum mortal para verificar o andamento das obras nos lancis dos passeios. Mas desta espécie nos ocuparemos mais tarde.
Estou a falar nas manadas de mongos que aparecem sempre que saem os resultados das candidaturas ao ensino superior.
Ninguém sabe de onde surgem nem onde se escondem no resto do ano, só se sabe que nesta altura aparecem, com aquele ar arrogante de quem tem mais sapatos-vela no armário do que neurónios no cérebro, para a época de reprodução.
É no entanto uma espécie curiosa que se reproduz sem acasalar, coisa de que se desconfia serem totalmente incapazes, motivo pelo qual utilizam o método de se apropriar de outros seres mais novos que transformam progressivamente em clones seus através do método de repetição, negação de qualquer acto criativo e total esvaziamento do cérebro.
Para exemplificar este método posso relatar-vos um dos casos a que tive oportunidade de assistir hoje: Um dos espécimes mais novos (no caso vertente, fêmea), era obrigado a correr à volta do centro comercial com o rosto toscamente pintado de vermelho (esta espécie também não revela grande destreza de mãos), gritando para todos que queria um indivíduo de etnia africana com um orgão genital de medidas avantajadas. Este indivíduo do sexo feminino que referi, enquanto executava a grotesca tarefa, mostrava evidentes sinais de satisfação, sinal de que a sua transformação será fácil e rápida, quiçá não necessitando sequer de se submeter ao processo de esvaziar o cérebro.
Resta apenas referir que são muitas das vezes, senão na maioria, seres desta espécie, depois de completado o seu processo de crescimento atrofiado, que conseguem atingir com mais facilidade determinados cargos, como deputados, directores gerais, presidentes e gestores. Excluem-se desta lista os presidentes de junta que se desenvolvem a partir do gene "nasci para executar grandes feitos" e revelam grande tendência para aparecer com ar de quem se eleva acima do comum mortal para verificar o andamento das obras nos lancis dos passeios. Mas desta espécie nos ocuparemos mais tarde.
AM I MISSING SOMETHING?
Segundo uma definição de Museu Etnográfico que encontrei na net, trata-se de um espaço "onde é possível observar em conjunto toda a panóplia de cultura material típica de uma região e de uma época" "para que os vindouros possam sempre no futuro conhecer como foi o instrumental de um grupo humano numa região e numa época determinadas e, dessa forma, possam aquilatar da vida que esse grupo humano levava."
Portanto, meus amigos, como podemos aquilatar através desta cena do Museu Etnográfico de Ovar, era bem animada a vida nesse lugar, nos velhos tempos, possivelmente graças ao instrumental humano.
Aqui tão perto e nunca lá fui, grande falha na minha cultura que pretendo rapidamente colmatar.
Logo que possa agendo uma visita. E vocês?
Portanto, meus amigos, como podemos aquilatar através desta cena do Museu Etnográfico de Ovar, era bem animada a vida nesse lugar, nos velhos tempos, possivelmente graças ao instrumental humano.
Aqui tão perto e nunca lá fui, grande falha na minha cultura que pretendo rapidamente colmatar.
Logo que possa agendo uma visita. E vocês?
9/10/2004
PATETICE SÓ PARA DIZER BOM FIM DE SEMANA A TODOS
O Vizinho descobriu uma brincadeira bem curtida: fazer o nosso modelo em 3D. Aqui estou eu (ok, eu sei que preciso de perder uns kilitos!) e o meu cara-metade.
Não ficámos lindinhos?
Não ficámos lindinhos?
9/09/2004
FRUTA E MARMELADA
De repente lembrei-me que não podia abandonar o tema "Festa do Avante " sem prestar a devida homenagem aos dois tascos, para mim, mais significativos que lá encontrei.
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Primeiro: Fruta da Função Pública. Assim mesmo, com este extraordinário nome, onde os meus camaradas vendiam afanosamente impressos que valiam saladas de fruta, sumos e fruta à peça. De notar que, nem os impressos tinham que ser carimbados noutra secção antes de nos darem a fruta, nem havia só bananas, ao contrário do que seria de esperar.
Segundo: Marmelada de Odivelas. Deste nem me aproximei, só o vi de passagem. Mas valeu pelo sentimento de nostalgia que me provocou ao fazer-me lembrar os tempos de liceu em que, putos patetas, entoávamos uma canção sobre as meninas nativas da localidade com o mesmo nome.
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Primeiro: Fruta da Função Pública. Assim mesmo, com este extraordinário nome, onde os meus camaradas vendiam afanosamente impressos que valiam saladas de fruta, sumos e fruta à peça. De notar que, nem os impressos tinham que ser carimbados noutra secção antes de nos darem a fruta, nem havia só bananas, ao contrário do que seria de esperar.
Segundo: Marmelada de Odivelas. Deste nem me aproximei, só o vi de passagem. Mas valeu pelo sentimento de nostalgia que me provocou ao fazer-me lembrar os tempos de liceu em que, putos patetas, entoávamos uma canção sobre as meninas nativas da localidade com o mesmo nome.
ANIVERSÁRIO!
O famoso David faz este ano 500 anos, mas como podem ver continua muito bem conservado para a idade.
Em Florença, vai ter direito a 9 meses (leram bem, 9 meses) de festividades pela ocasião e até já tomou um banho que custou nada menos que 165000 euros.
O Farinha Amparo, no entanto, como serviço público que já é, quer relembrar aqui a recente polémica em torno de um abaixo assinado onde 20000 cidadãos preocupados com a moral e os bons costumes exigiam que a estátua fosse... vestida.
Concordamos totalmente. Aquilo não é pila que se mostre.
Assim, resolvemos dar a nossa contribuição, pondo à consideração dos leitores as várias hipóteses de encobrimento das vergonhas do rapaz.
O que vos parece?
Em Florença, vai ter direito a 9 meses (leram bem, 9 meses) de festividades pela ocasião e até já tomou um banho que custou nada menos que 165000 euros.
O Farinha Amparo, no entanto, como serviço público que já é, quer relembrar aqui a recente polémica em torno de um abaixo assinado onde 20000 cidadãos preocupados com a moral e os bons costumes exigiam que a estátua fosse... vestida.
Concordamos totalmente. Aquilo não é pila que se mostre.
Assim, resolvemos dar a nossa contribuição, pondo à consideração dos leitores as várias hipóteses de encobrimento das vergonhas do rapaz.
O que vos parece?
9/08/2004
E POR FALAR EM EXCLUSÃO...
O que vem a ser isso de paraolímpicos (paralímpicos para alguns)?
Um gheto moderno onde se aliviam consciências depois de apagada a chama dos jogos principais?
Sempre achei esta invenção no mínimo deprimente. Já que tanto se fala de uma sociedade para todos, de inclusão, de aceitação da diferença, porquê isto? Alguém me explica por que motivo as competições das pessoas com deficiência não têm lugar nos jogos olímpicos? Eu não consigo entender porque o argumento da diferença nos tempos obtidos e nos resultados não cabe em nenhum sentido de lógica. Também há competições distintas para homens e para mulheres, porque as características físicas das mulheres não lhes permitem ter os mesmos resultados que os homens. E não há drama nenhum com isto pois não?
Porque é que se atira com os deficientes para estes pseudo-jogos em forma de paternalismo beato?
Tivessem as competições dos deficientes lugar nos verdadeiros jogos olímpicos, com as medalhas deles a valer os mesmos pontos que as dos outros, e veríamos finalmente o poder político a investir a sério na inclusão social.
Não sei porquê, dá-me a sensação que sou a única pessoa no mundo a ter esta opinião. Haverá algum motivo de peso que me escapa?
9/07/2004
ALGUÉM SABE ONDE SE ARRANJAM AQUELAS PULSEIRINHAS DA SORTE?
1. Choveu no fim de semana.
2. Ontem fiquei doente.
3. Hoje quando cheguei vi que me tinham lixado o meu carro novinho em folha. Pronto, novinho novinho não está que eu já lhe lixei os tampões a estacionar, mas é novo.
4. Caiu serviço em cima da minha secretária como já não caía há meses e mesmo sem cabeça nenhuma para isso, vou ter que o fazer.
5. Estou à espera dum telefonema tenebroso dos gajos da Citroen a dar o orçamento do arranjo.
6. Nem digo.
Estou a fazer figas para que não me aconteça mais nada deste género ou pior.
Felizmente os alarmes não tocaram na festa do avante, estavam entupidos pelo fumo dos charros. Quanto a pedofilia, também não assisti ao devorar de nenhuma criancinha e ainda bem porque é uma cena que não curto.
Pontos positivos:
1. Apesar de tudo a festa foi bonita. Há qu'anos não via tanto pessoal com T-shirts do camarada Che. Ai a nostalgia...
2. Melhor ainda. Acabei de receber um telefonema do meu mais que tudo a dizer que me ama.
2. Ontem fiquei doente.
3. Hoje quando cheguei vi que me tinham lixado o meu carro novinho em folha. Pronto, novinho novinho não está que eu já lhe lixei os tampões a estacionar, mas é novo.
4. Caiu serviço em cima da minha secretária como já não caía há meses e mesmo sem cabeça nenhuma para isso, vou ter que o fazer.
5. Estou à espera dum telefonema tenebroso dos gajos da Citroen a dar o orçamento do arranjo.
6. Nem digo.
Estou a fazer figas para que não me aconteça mais nada deste género ou pior.
Felizmente os alarmes não tocaram na festa do avante, estavam entupidos pelo fumo dos charros. Quanto a pedofilia, também não assisti ao devorar de nenhuma criancinha e ainda bem porque é uma cena que não curto.
Pontos positivos:
1. Apesar de tudo a festa foi bonita. Há qu'anos não via tanto pessoal com T-shirts do camarada Che. Ai a nostalgia...
2. Melhor ainda. Acabei de receber um telefonema do meu mais que tudo a dizer que me ama.
9/03/2004
VAI SER A MINHA PRIMEIRA VEZ
Este ano vou estar lá.
Só estou um pouco apreensiva em relação a um pormenor. Reaça como eu sou, será que à minha aproximação os alarmes vão começar todos a tocar?
Só estou um pouco apreensiva em relação a um pormenor. Reaça como eu sou, será que à minha aproximação os alarmes vão começar todos a tocar?
9/02/2004
E VOLTAMOS AOS PENSOS HIGIÉNICOS
Quando eu era uma chavalita de 13 ou 14 anos, os pensos higiénicos tinham que ser comprados nas farmácias.
Lembro-me que isso, para nós, era motivo de grandes embaraços, especialmente se do outro lado do balcão aparecia um marmanjo em vez duma senhora.
Quando era para comprar tampões, isso então era uma aflição. Decorávamos o texto em casa com antecedência e treinávamos ao espelho para termos a certeza que estávamos a conseguir pôr um ar seguro e despreocupado como nos anúncios aos ditos.
Depois quando lá chegávamos e nos víamos no meio de mais 14 ou 27 clientes a ter que pedir em voz alta "Tampões Tampax, se faz favor... tamanho mini..." enrolávamos a língua toda e tropeçávamos nas sílabas, o que nos obrigava a repetir a cena várias vezes, cada uma mais penosa do que a anterior.
Só que na altura em que eu tinha essa ingrata idade as revistas femininas começaram a encharcar-nos a cabeça com publicidade que afirmava categoricamente "Se não usas tampões, és antiquada!", e qual a miúda que em pleno ambiente revolucionário queria arriscar ser catalogada de antiquada, mesmo que para isso tivesse que passar por dolorosas insersões tamponais que, ainda que fossem de tamanho mini, era um Deus nos Acuda para conseguir aplicar?
Era neste tempo que nós achávamos uma injustiça não existir um código farmacêutico como existia para os preservativos, equivalente àquele tossir e piscar o olho acompanhado de um "Queria uma aspirina! Com lubrificante!"
No nosso caso podia ser qualquer coisa como "Cof cof cof... queria uma caixa de supositórios... cof cof cof... daqueles grandes em algodão... cof... e em forma de foguete..."
Lembro-me que isso, para nós, era motivo de grandes embaraços, especialmente se do outro lado do balcão aparecia um marmanjo em vez duma senhora.
Quando era para comprar tampões, isso então era uma aflição. Decorávamos o texto em casa com antecedência e treinávamos ao espelho para termos a certeza que estávamos a conseguir pôr um ar seguro e despreocupado como nos anúncios aos ditos.
Depois quando lá chegávamos e nos víamos no meio de mais 14 ou 27 clientes a ter que pedir em voz alta "Tampões Tampax, se faz favor... tamanho mini..." enrolávamos a língua toda e tropeçávamos nas sílabas, o que nos obrigava a repetir a cena várias vezes, cada uma mais penosa do que a anterior.
Só que na altura em que eu tinha essa ingrata idade as revistas femininas começaram a encharcar-nos a cabeça com publicidade que afirmava categoricamente "Se não usas tampões, és antiquada!", e qual a miúda que em pleno ambiente revolucionário queria arriscar ser catalogada de antiquada, mesmo que para isso tivesse que passar por dolorosas insersões tamponais que, ainda que fossem de tamanho mini, era um Deus nos Acuda para conseguir aplicar?
Era neste tempo que nós achávamos uma injustiça não existir um código farmacêutico como existia para os preservativos, equivalente àquele tossir e piscar o olho acompanhado de um "Queria uma aspirina! Com lubrificante!"
No nosso caso podia ser qualquer coisa como "Cof cof cof... queria uma caixa de supositórios... cof cof cof... daqueles grandes em algodão... cof... e em forma de foguete..."
9/01/2004
E ENQUANTO NÃO ENCONTRO OS ASSALTANTES...
Ou seja, enquanto não consigo descobrir quem me andou a assaltar a loja e a partir-me os balcões nem como conseguiu cá entrar, vou-vos contar uma das muitas brilhantes histórias duma estagiária nova que caiu aqui no serviço de pára-quedas. Quero no entanto frisar que as bujardadas desta menina (por coincidência loira) são tantas, mas tantas, que tive dificuldade em escolher a história que vos vou contar, pelo que tive que proceder a um sorteio.
Pois bem. Ontem pela manhã quando cá chegou trazia na mão, muito enroladinho, um calendário de cartão para afixar no placard ao pé da secretária dela. Como achou que devia afixar o calendário bem lá em cima, pegou em dois pionaises e subiu para cima da secretária. Afixou o de cima primeiro, após o que desenrolou o calendário para afixar o de baixo. Acontece que como o cartão é muito forte, quando ia para espetar o de baixo, o de cima soltou-se e saiu disparado. Ela, pensando que tinha começado pelo lado errado, desceu calmamente da secretária, foi buscar o pionais voador e repetiu a operação, desta vez a começar por baixo. Claro que aconteceu exactamente o que tinha acontecido antes só que desta vez o pionais voador foi o de baixo.
Posso dizer-vos que a mocinha deve ter estado seguramente uma meia hora a tentar afixar o calendário, sem nunca parar para pensar e mudar de táctica, apenas alternando o lado pelo qual iniciava a afixação.
O calendário está lá agora, apenas preso por cima e todo enroladinho.
Ainda hesitei em pôr aqui esta história, mas acabei por optar pelo sim.
Em primeiro lugar porque mesmo que ela a leia, como não está aqui escarrapachado o nome nem a fotografia dela, nunca irá descobrir de quem se está a falar, quando muito dirá qualquer coisa como: "Que giroooo!!! Também me aconteceu uma coisa assim!!!"
Em segundo lugar porque se eu descobrir que uma menina destas é cliente da minha padaria, eu juro que mudo de vida, torno-me eremita e fico o resto dos meus dias dentro duma gruta a pensar o que terei feito de errado.
Pois bem. Ontem pela manhã quando cá chegou trazia na mão, muito enroladinho, um calendário de cartão para afixar no placard ao pé da secretária dela. Como achou que devia afixar o calendário bem lá em cima, pegou em dois pionaises e subiu para cima da secretária. Afixou o de cima primeiro, após o que desenrolou o calendário para afixar o de baixo. Acontece que como o cartão é muito forte, quando ia para espetar o de baixo, o de cima soltou-se e saiu disparado. Ela, pensando que tinha começado pelo lado errado, desceu calmamente da secretária, foi buscar o pionais voador e repetiu a operação, desta vez a começar por baixo. Claro que aconteceu exactamente o que tinha acontecido antes só que desta vez o pionais voador foi o de baixo.
Posso dizer-vos que a mocinha deve ter estado seguramente uma meia hora a tentar afixar o calendário, sem nunca parar para pensar e mudar de táctica, apenas alternando o lado pelo qual iniciava a afixação.
O calendário está lá agora, apenas preso por cima e todo enroladinho.
Ainda hesitei em pôr aqui esta história, mas acabei por optar pelo sim.
Em primeiro lugar porque mesmo que ela a leia, como não está aqui escarrapachado o nome nem a fotografia dela, nunca irá descobrir de quem se está a falar, quando muito dirá qualquer coisa como: "Que giroooo!!! Também me aconteceu uma coisa assim!!!"
Em segundo lugar porque se eu descobrir que uma menina destas é cliente da minha padaria, eu juro que mudo de vida, torno-me eremita e fico o resto dos meus dias dentro duma gruta a pensar o que terei feito de errado.
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