6/30/2005

MAIS UM

De vez em quando ainda tento ir ver mais um filme americano. Nem sempre me corre mal, mas quando é mesmo "americano" como este posso considerar mais grande barrete devidamente enfiado. Foi o que me aconteceu ontem.Só uma sociedade como aquela, onde as pessoas têm tudo e já não sabem o que mais hão-de fazer para se entreter, é que se pode levar coisas destas a sério.Para nós, europeus em geral e portugueses em particular, é hilariante. Mas vejam quantos sites encontram se fizerem uma busca por "Electronic Voice Phenomenom". Como este onde podem encontrar esta pérola por exemplo (se não perceberam o que é não se preocupem). E a par deste podemos encontrar outros como "Alien Abduction", também de fino recorte filosófico.Estes gajos são uns fenómenos em delírio! Depois admiramo-nos que acreditem que se pode mudar uma cultura milenar , num mês e à traulitada...

Nota: Este post saiu sob o efeito duma tarde no notário, não liguem.

6/29/2005

BUÉ BUÉ BUÉ À FRENTE




Diálogo havido aqui no trabalho entre mim, adiante designada por "Parvinha deTodo", um colega, rapaz para a minha idade e sem mais nada de especial que se lhe possa apontar a não ser que se vai reformar aos 65 que se lixa, adiante designado por "Atónito" e uma colega quase sessentona, esquerdista retorcida daquelas que ainda acredita que o Estalinismo há-de salvar o mundo, com dois filhos rapazes de vinte e tais anos, flácida q.b. e que já deve uns quilinhos à dieta, adiante designada por "Bué à Frente".

Bué à Frente: Eu cá recuso-me a usar soutien! Não gosto de me sentir presa!
Parvinha de Todo: ???????...
Atónito: ???????...
Bué à Frente: E quando vou à praia nunca uso a parte de cima do bikini! Nem pensar! Quem não quiser não olha! Eu cá não tenho que me sujeitar aos gostos dos outros!
Parvinha de Todo: ?????????????????????????????????????????????Atónito: ????????????????????????????????????????????????
Parvinha de Todo: Eu prefiro não dar muito nas vistas... sei lá...
Bué à Frente: Ninguém tem nada a ver com o que eu quero ou não quero usar! Os meus filhos bem me chateiam quando estamos na praia, "Oh mãe veste lá isso!","Oh mãe olha aqueles gajos a olhar!", mas eu respondo-lhes logo: "Quero lá saber que olhem!" Oh Atónito, não acha que eu tenho razão?
(Atónito deixa-se afundar na cadeira numa tentativa de ficar invisível mas em vão)
..............................................................
Mais tarde, na ausência da Bué à Frente, como se impunha.
Atónito (com ar consternado): Coitados dos miúdos... Só tenho pena daqueles miúdos...
(Parvinha de Todo só se ria.)
Atónito: Deve ser por isso que a praia da Barra às vezes fica deserta! Eu pensava que era do mau tempo, mas afinal só pode ser por isto!...
(Parvinha de Todo ri-se mais ainda.)
..............................................................
A sério. Perante coisas destas às vezes chego a duvidar da minha sanidade mental. Chego a pensar que talvez seja reaça e chauvinista como o caraças. Mas a verdade é que acredito que a dignidade (e a inteligência) de uma mulher também passa por saber o que deve e não deve mostrar e quando. Acredito naquele velho pedaço de sabedoria feminina que passa implicitamente de geração em geração e segundo o qual uma mulher jamais mostra um centímetro que seja a mais em público por distracção ou ingenuidade. Estarei errada?

6/27/2005

TODA A VERDADE SOBRE A MÃE DE WHISTLER

A partir de hoje dedicar-nos-emos com alguma regularidade à pintura. Está dito. Essa regularidade ainda não está definida mas será qualquer coisa entre a frequência da actividade sexual do meu chefe (que seguramente não vê o padeiro há uns 10 anos) e a frequência com que eu tomo pequeno-almoço (que é diária).
De resto já não é a primeira vez que nós aqui no farinha (serviço público de indiscutível valor cultural) apresentamos e pomos à disposição do público famosas obras de arte com melhoramentos da nossa própria autoria, característica que se manterá nos próximos posts já que como todos sabemos a maior parte das obras que vêem a tornar-se famosas não valem uma merda e ninguém percebe porque é que são transaccionadas por milhões, nem mesmo quem as compra. O pessoal só não diz nada para não passar por ignorante o que está mal! Está mal! Nós aqui no farinha temos e continuaremos a ter a frontalidade suficiente para apresentar aos nossos clientes as obras de arte como deveriam ter sido pintadas e, quiçá, como os próprios autores gostariam de as ter pintado mas não tiveram legumes para tanto.

Posto isto passamos ao tema do post de hoje. Trata-se de um quadro pintado no séc XIX por James Abbott McNeill Whistler, que ao contrário do que toda a gente pensa não se chama “A Mãe” mas sim “Composição em cinza e negro”, apesar de, de facto, retratar a mãe do marmanjo. Aqui a gente compreende. Sim. Que o gajo tenha querido passar na discreta e não dizer a ninguém que aquela era realmente a senhora que o pôs no mundo, a gente compreende. Teve foi azar, graças aos tipos da Royal Academy of Arts que não foram na treta e rejeitaram aquilo, tipo “ou assumes que não conseguiste pagar a uma modelo decente e tiveste que pedir à velha para te fazer o jeito ou não entras cá com essa trampa! Pinta qualquer coisa por cima e depois volta!” Ele não pintou e, teimoso que nem um burro, não voltou.
O que ainda ninguém percebeu foi isto. Porque é que o homem era amante da fulana que acabou por posar para um tal de Courbet num quadro
de que por acaso já falámos aqui no farinha mas apenas por sugestão do Sr Engenheiro Especialista
(isto é uma casa séria) e quem pintou (e mais o quê não sabemos) a chavala foi o outro e este teve que se contentar com a resmungona da cota. Há no entanto várias hipóteses académicas para explicar isto, todas elas como seria de esperar avançadas por nós aqui na padaria depois de aturado estudo. Primeira: Como toda a gente sabe há normalmente uma rivalidade feroz entre as mães e as gajas que lhes papam os meninos. Daí que a velha tenha imposto um ultimatum qualquer do género “Ou fazes o meu retrato em vez do dessa galdéria ou eu vou morrer do coração e tu vais ficar com remorsos para sempre!” Elas gostam muito de fazer este tipo de chantagem emocional e esta levou-a tão longe que quando estava a ser retratada ainda fingia que nem se aguentava de pé com a afronta e toca de se alapar na cadeira. Cabra!!!
Segunda hipótese e a mais simples: Nesse tempo tal como hoje e desde tempos imemoriais, o gajo que paga nem sempre é o gajo que se serve, fenómeno que costuma ser apelidado de “o último a saber”.
Terceira hipótese, embora um pouco rebuscada é a de que, como está bem patente no Museu d’Orsay e só não vê quem precisa de 200 dioptrias em cada vista, a Joanna (era assim que se chamava a bicha) era assim uma beca para o desmazelado. Vai daí que o James deve ter pensado qualquer coisa como “Ok, isto no escuro passa, mas para expor num museu alto aí, o Gustavo que fique lá com a fama de badalhoco que eu não quero nada disso!”. Só que bem se lixou porque afinal o outro é que se deu bem e ficou mais famoso, porque este, a bem dizer, se não fosse o Mr. Bean e aquele filme que passa de vez em quando no Chiado Terrasse para entreter as famílias, ninguém tinha ligado bóia a um retrato duma velha mal encarada como o susto. Bem lhe pode agradecer lá de onde estiver.
Após este ensaio que nos requereu muita, muita investigação e noites mal dormidas, resta-nos então apresentar aqui uma reprodução do quadro em causa, obviamente com uma qualidade superior ao original. Neste caso, no entanto, não se trata do quadro como o Whistler o gostaria de ter pintado (porque como sabemos, para o bicho-homem todas as fêmeas são umas vacarronas menos a mãezinha), mas sim o que nos sugere a nós aquele ar austero, aquele vestido negro de urubu e aquela touquinha de fundamentalista cristã. Com aquele aparato todo... acreditem... são as piores!!!
Image hosted by Photobucket.com

POR MAIS QUE TENTE



Não tenho nada na cabeça para pôr cá hoje.

Raisparta as segundas-feiras...

6/25/2005

EU NÃO QUERIA, MAS ELE HÁ COISAS...

Comprei uma revista daquelas de tias tolas que trazia como oferta uma caixinha de creme, apresentado como "anti-casca de laranja". É também apregoado que combate eficazmente a casca de laranja.
Apesar da dita casca nunca me ter feito mal nenhum e eu até desconfiar que é totalmente inocente de qualquer crime, de qualquer má acção por pequena que seja e, decididamente, não tem qualquer culpa do défice orçamental, experimentei deixar a caixa de creme aberta mesmo ao pé de uma laranja de um dia para o outro.
Posso garantir-vos que não aconteceu rigorosamente nada.
Para além claro, de eu ter ficado certa que estes gajos da cosmética fazem tudo para nos sacar o guito. Um dia destes inventam umas cápsulas para evitar que as plantas se mexam sozinhas... e as pessoas vão comprar.

Eu não queria dar confiança à gaja... mas acho que isto é um mistério para a Rosarinho. Não acham?

6/24/2005

Hoje estou particularmente feliz! A parva da patroa convenceu-se finalmente do meu valor e aproveitou uma ideia lançada no meu consultório. Claro que já está farta de rosnar que a ideia não foi minha mas sim do Bagaço e da Divas. Enfim… quero que ela se lixe.
O que é certo é que recebemos já algumas adesões entusiásticas: Um novo nome para o movimento, da Divas, que é o FUDEBEM, Frente Unida para a Defesa dos Espermatozóides Bestialmente Ejaculados e Mortos ou Frente Unida para a Defesa dos Espermatozóides Batalhadores Ejaculados e Mortos, po sugestão da patroa que tem sempre que se armar em esperta mas pronto…
Recebemos também um poster do Bagaço que foi esta pequena obra de arte do design gráfico,

e este do K@, de quem também temos uma perguntinha mas a isso já lá vamos.
Image hosted by Photobucket.com

Posto isto, vamos então à perguntinha:
Rosarinho:Apesar da nossa relação de tensão ser permanente, recorro os seus "préstimos" para tentar perceber se acha o mesmo que eu em relação à letra da música popular infantil da "Machadinha".Há ali uma relação (ou mais do que uma) de grande ambiguidade, no mínimo. Não?...
Ai, ai, ai, minha machadinha
Ai, ai, ai, minha machadinha
quem te pôs a mão, sabendo que és minha.
quem te pôs a mão, sabendo que és minha.
Sabendo que és minha, também eu sou tua,
Sabendo que és minha, também eu sou tua,
salta machadinha, para o meio da rua.
salta machadinha, para o meio da rua.
No meio da rua, não hei-de eu ficar
No meio da rua, não hei-de eu ficar
Hei-de ir à roda, buscar o meu par
Hei-de ir à roda, buscar o meu par

Muito bem. Primeiro, a nossa tensão não é permanente, é só ocasional. Nem ninguém aguenta tensão permanente, que eu saiba.
Segundo, depois de muito me ter debruçado sobre o assunto, cheguei à conclusão que esta canção é sobre o processo de fabrico de lambrins para os passeios, daí o "No meio da rua não hei-de eu ficar". Certo?
Na primeira parte há no entanto uma alusão clara à importância do sector primário na economia, "minha machadinha" e na última uma referência às promoções "par" do Feira Nova.
Ou seja, não sei quem raio se lembrou de inventar esta letra nem que intenções doentias teria na carola.

Beijinhos da Rosarinho!

6/23/2005

F.U.D.E.R.

No seguimento de uma ideia proposta pelo Bagaço Amarelo, talentoso rapaz cujo único defeito é dar confiança à imprestável da empregada desta padaria, a Rosarinho, e tendo também em conta o posterior desenvolvimento da ideia pela D. Maria do Rosário que apesar do nome e pela sua compostura não deve ser de forma alguma confundida com a anterior, resolvemos lançar uma campanha aqui no farinha.
Esta campanha pode considerar-se como que um 2 em 1, ou seja, se por um lado vamos contribuir para uma causa em tudo nobre, tal como as salsichas, por outro lado vamos mostrar a nossa boa vontade colaborando com a igreja. Porque ao contrário do que têm apregoado certas vozes caluniadoras, eu estou de alma e coração com a igreja, respeitável instituição que tantas vezes abençoa com a sua inspiração a produção desta padaria.
Mas vamos ao cerne da questão.
Eu, Didas, a padeira, resolvi lançar as sementes duma campanha que eu espero venha a atingir proporções mundiais ou mesmo até quem sabe vir a ser conhecida em toda a nossa freguesia. É a campanha contra a morte de espermatozóides inocentes.
Calcula-se que a cada minuto que passa, enquanto eu e você estamos descansadamente a tomar café, a passear à beira-mar ou a fazer compras num shopping, muitos milhões de espermatozóides estejam a ser chacinados sem piedade, lutando pela vida nas fibras de um lençol, numa indigna sanita, dentro de um ignóbil preservativo (esse objecto tão odiado e muito bem, por papas, bispos e cardeais que se recusam a usá-lo para grande descanso das “irmãs”), num colo uterino barrado por um verdadeiro muro da vergonha que são os cremes espermicidas, e em tantas tantas outras situações condenáveis.
Sabemos que já nos idos anos 80 esses grandes baluartes da religião, os Monty Python, se lembraram de referir este assunto no filme de contornos ético-filosóficos, “The Meaning of Life”, com esta bela mensagem que no entanto esbarrou na carapaça da incredulidade de milhares de ateus sem alma. Por isso aqui estamos para renovar a campanha.
Porque, meus irmãos, um espermatozóide não é apenas um espermatozóide. É uma promessa! Quantos milhões de novos futuros órfãos africanos esfaimados se perdem diariamente com estas acções? Quantos milhões de novos filhos de mães solteiras desempregadas, de famílias disfuncionais, de relações extra-matrimoniais? Querem que os orfanatos e as associações cristãs beneméritas vão à falência? É isso?
É preciso pôr um fim nesta matança! Não aos preservativos! Não a todos os métodos
contraceptivos! Não ao coito interrompido! Não às práticas solitárias que só levam à cegueira!
Image hosted by Photobucket.com
Este é o cartaz que concebemos para esta campanha! Se tiveres outras ideias para cartazes ou até para o nome do movimento envia para esta padaria por mail. Junta-te a nós nesta luta!

6/22/2005

UM MOMENTO ÉPICO

Imaginem que vão muito descansadinhos na rua e à vossa frente vai uma pita qualquer que vocês não conhecem de lado nenhum. Até aqui tudo bem.
Agora imaginem que, de repente, saem dos vossos pensamentos e divagações e reparam que a dita pita traz umas calças de um modelo... digamos um pouco estranho.
Olham mais atentamente e vêem que as ditas calças têm qualquer coisa escrita na parte de trás (vulgo mesmo em cima do rabo), com letra, para aí, ARIAL BOLD tamanho 200.
Como a pita tem também um saco ao ombro ligeiramente atirado para trás, não se consegue ver qual é a primeira letra, mas consegue-se ver alguns trolhas e afins a ultrapassá-la cheios de entusiasmo (é o mais decente que se consegue arranjar para classificar o espírito) e a voltarem-se depois mandando bocas tipo: "Oh filha se tu quiseres é já!" ou "Eh pá ainda há bocado estive a comer a tua prima mas ainda se dá um jeito!".
Alguns metros à frente, a miúda tirou o saco do ombro para sacar um lencito e foi aí que eu vi que o que tinha escrito nas calças era: "CODES?"

Pergunto eu... porque é que fazem estas coisas a estas pessoas que não sabem comprar roupita? Valha-me Deus!

6/21/2005

E AGORA VAMOS AO QUE INTERESSA

Image hosted by Photobucket.com

Ontem aprendi que os ovos dos bichinhos da seda são amarelos quando acabadinhos de pôr, mais tarde ficam castanhos e que as borboletas saem por fim de uns casulos redondinhos e amarelados.

Aprendi que a erva-cidreira é uma coisa que eu pensava que era hortelã.

Aprendi que as bolas de naftalina, quando mergulhadas numa determinada solução líquida, sobem e descem até ficarem cansadas.

Também fiquei a saber que se pode aprender com prazer e com alegria estas coisas todas quando se tem uma professora como a Saltapocinhas.* E é muito bom uma pessoa como eu, que acredita menos no sistema de ensino do que no Pai Natal, constatar estas coisas todas.

Fiquei a saber que a Joana ainda não escolheu o nome para a gatinha nova e que a Rita e a Inês são as minhas futuras concorrentes aqui. E ainda bem!

Não foram os primeiros blogocolegas que tive o prazer de conhecer pessoalmente. Mas garanto-vos que foi muito, muito giro conhecer os Golfinhos.

* É preciso esclarecer que a professora não me deu comissão nenhuma para eu escrever isto. :)

MAIS VARIAÇÕES SOBRE UM TEMA - LA CHAMBRE

Versão Pensão Rasca
Image hosted by Photobucket.com
Versão Conforama
Image hosted by Photobucket.com

6/20/2005

NUMA AVENIDA DE MERDA (Didas's version)

O Bagaço lançou o desafio e eu, como ando a fazer colecção dos filmes dele, preferencialmente à borla, mas inspiração é coisa que nem sempre abunda por estes lados, produzi esta pérola que aqui vai em baixo. Quem achar que é capaz de fazer melhor... faça!

"Passava sempre lá no caminho para a escola.
Era uma avenida ladeada por largos passeios com árvores plantadas a espaços aritmeticamente certos e a trepar pelo tronco de cada uma delas, uma roseira.
Todos os dias eu colhia uma pequena rosa, que eram às centenas, e pensava que aquela era uma bela avenida, especialmente nos dias de sol. Depois fazia o resto do percurso entretendo-me a destruir a flor entre os dedos até as minhas mãos adquirirem aquele cheiro de natureza morta que atrai estranhamente as crianças.
Naquela avenida não havia prédios de apartamentos, só moradias previsíveis e no alinhamento certo, como as árvores. Lá moravam as pessoas abastadas da minha pequena cidade.
Na pureza absoluta da minha juventude não me tinha apercebido, ou não tinha dado importância, ao facto de toda a gente na minha cidade pequenina saber quem eram as pessoas que ali moravam, os nomes quase sempre precedidos de títulos, sobrenomes e histórias. E que nas conversas de circunstância se falava sobre aquelas pessoas porque conhecer alguém que ali morasse era uma das formas de se garantir um lugar a seguir na ordem estabelecida.
E eles saíam e entravam das suas casas com o ar despreocupado de quem sabe que nada muda.
E eu só muito mais tarde me apercebi com estranheza que aquela avenida larga banhada pelo sol e com cheiro a rosas, na verdade, fedia."

6/17/2005

Olá amores. Hoje não estou nos meus dias, já fui assediada por clientes que queriam que eu os massajasse com cubos de gelo, estou com dores de cabeça por causa do período que aí vem e com o calor que fez hoje, estar aqui todo o dia ao pé do forno foi um inferno. Vou pedir subsídio de risco.
Agora vamos às perguntas que estou sem pachorra e quero-me ir deitar.

Bagaço Amarelo: Rosarinho: juntei-me ao movimento do Partido Popular para criar o "dia da criança por nascer". Acho que devia ser sempre a uma sexta, e ser feriado, tipo a última sexta do mês de Março, por exemplo. O que achas?
Ora até que enfim que recebo um convite de jeito. Acho muito bem e estou nessa. O meu sonho sempre foi conhecer pessoalmente gente fina como a D. Maria José, o Sr. Paulo e outros. Só te quero pedir é que me deixes levar também a minha Tia Maria das Dores porque nisso de crianças por nascer ela é especialista coitadinha. Como não pode tomar a pílula porque já pesa 95 kilos nem pode usar aparelho porque todos os que põe se perdem ao fim de dois dias já teve que fazer uns dez desmanchos. Ela já percebe tanto, mas tanto daquilo, que de há uns anos para cá é ela que desenrasca as mulheres da freguesia toda quando se descuidam. Acho que é uma boa aquisição para a causa!
Quanto ao feriado concordo no essencial, mas também podia ser a uma segunda-feira, por mim tanto faz. Queria também propor aos senhores do Caga Dentro da Sanita (agora conhecido por PP), outros temas que também deviam dar direito a dias santos como o Dia Contra a Adopção por Homossexuais e o Dia das Crianças Que Mais Valia Não Terem Nascido Porque Vieram a Ser Gays. Já estou a fervilhar de ideias, isto vai ser do baril.

AAS: Aproveitamos o interregno postaleiro para perguntar à Douta Rosarinho, esse ser de inteligência suprema, porque diabo é que o Santantónio não tira a mão das partes pudibundas do garoto?
Ora muito bem meus lindos, nós temos umas contas a ajustar: Primeiros, que história é essa de irem propor à patroa que eu faça serviços extra sem pagamento extra? Era o que me faltava!
Segundos, que ideia foi essa de fecharem o estabelecimento assim de repente sem porem a trespasse, nem arranjarem um empregado para lá ficar a tomar conta nem nada de nada? Os clientes não merecem respeito?
Terceiros a pergunta. Por acaso é mentira que o António dito Santo ponha a mão na fruta ao puto, como se pode verificar aqui , aqui ou aqui. Há até grande cuidado de assentar a bunda do miúdo em cima do livro sagrado, não sei se para evitar as más-línguas ou se por cautelas redobradas do santo (naquele tempo não havia dodot), o que é certo é que o gajo está ilibado de ir parar ao processo da casa pia. Quanto ao consumo de substâncias ilícitas já não garanto, a avaliar pela cara de moca que apresenta.

Patrãozinho: Rosarinho, como a patroa nunca me respondeu a uma questão que me intriga desde sempre, aqui vai: Quais são as melhores bocas de trolha para si? Como se sente depois de um picheleiro se assomar à janela do apartamento em construção e dizer qualquer coisa como, tens ar de cozido à portuguesa, comia-te toda.O aumento vem aí.
Oh patrãozinho, o patrãozinho desculpe, mas acha que isso é pergunta que se faça à patroa? Como é que ela se sente quando um picheleiro a confunde com um prato de carnes e enchidos?! O que é isso patrão? Alguma tara? Valha-me Deus!...
Até porque desculpe mais uma vez dizer-lhe mas o patrão está completamente por fora, os trolhas de agora já não mandam bocas. Primeiro porque ninguém as entendia, depois porque aquilo é tudo gente fina, médicos, cientistas e violinistas que falam russo. A mão de obra na construção civil está muito qualificada!

6/16/2005

TAMBÉM TÍNHAMOS QUE FALAR NO HOMEM, CLARO!

E pronto, aqui na padaria cumpre-se o que se promete por muita volta que se tenha que dar ao miolo. Por isso, aqui está a homenagem colectiva (embora involuntária) da clientela, ao poeta Eugénio de Andrade.
As frases são constituídas pelas palavras usadas no poema Faz de Conta, que nos escusamos de reproduzir aqui na íntegra porque um dos clientes já nos fez esse favor nos comentários. :)

Image hosted by Photobucket.com

Resta-nos apontar o dedo aos queridos e queridas que colaboraram nesta bandalheira. São eles:

Bagaço Amarelo
Luís
So
Inha
P
Gotinha
Pequenos Nadas
MFC
Vizinho
Lima
Finúrias
HMémnon
Rititas
Japinho
Ritinha
Saltapocinhas

DEPOIS NÃO DIGAM QUE NÃO AVISEI

A propósito da nova campanha dos produtos AXE que usa como lema a mais que explícita frase "Mostra-lhes o caminho" (que até dispensa qualquer link), este estabelecimento vem avisar os seus clientes do sexo masculino que não levem aquilo demasiado à letra... porque aquela merda leva álcool.

A propósito do post anterior, estou a ver como é que hei-de descalçar a bota :)

EXPERIÊNCIA

Peço aos estimados clientes que escolham, da lista abaixo, as palavras que quiserem, construam com elas uma frase e a deixem aqui nos comentários. Mais logo eu explico para que era.
Obrigada.

A
Abelha
Agosto
Bela
Cardo
Choupo
Conta
De
E
Em
Eu
Faz
Flor
Louco
Mais
Orvalho
Pássaro
Potro
Que
Sem
Serei
Sobre
Sombra
Somente
Sou
Ti
Vezes
Voando

6/15/2005

ENCOMENDA ESPECIAL

A cliente Borboleta deixou cá há dias uma encomenda: Um bolo de aniversário para a cliente Covinhas que faz anos hoje, não sabemos quantos mas supomos que em pouca quantidade a avaliar pelo diminutivo do nome.
Como neste estabelecimento a satisfação do cliente vem sempre em primeiro lugar, aqui está o bolo encomendado. Deu um trabalhão, a Rosarinho até começou para aqui a insinuar que queria pagamento de horas extraordinárias mas eu fiz-me de lucas, é para as vezes que está lá dentro no armazém a atender clientes especiais.
Mas valeu a pena porque é grande e não engorda nada!
Parabéns rapariga!

6/14/2005

(DISNEY)LAND OF FREEDOM

Aquele sistema que os americanos têm de pôr um grupo de jurados escolhidos (aleatoriamente?) a decidir se um tipo é culpado ou inocente num tribunal fica engraçado nos filmes e isso... E provavelmente a vida destes gajos confunde-se com as películas que vendem e por sua vez as ditas confundem-se com a vida deles. Mas nos locais do globo onde ainda existe um conceito mais ou menos forte de "vida real" por oposição a parque temático parece-me improvável que alguém achasse normal o que aconteceu no julgamento do Michael Jackson.
Qual era o jurado que, exposto aos media a uma escala esmagadoramente mundial, se arriscaria a enfrentar uma legião de fanáticos adoradores do homem?
Como se pode deixar nas mãos de anónimos a decisão sobre uma criatura que tem milhares de fãs anónimos dispostos a tudo por ele?
Como sabemos que os membros do júri não são destes fãs?
Que preparação/formação têm os cidadãos comuns para analisar um caso destes e as provas apresentadas e, a partir daí, decidir com um mínimo de imparcialidade?
E finalmente, o que impediria a defesa de um milionário de comprar um grupo de pessoas simples?

Lembram-se do caso de O. J. Simpson? Sim, aquele negro que matou a mulher branca, só lhe faltou deixar na cena do crime uma assinatura reconhecida por notário e que foi absolvido por um grupo de jurados maioritariamente negro.

6/13/2005

AO QUE ISTO CHEGOU

Ouvi dizer que a Madonna agora dedica-se a escrever livros infantis.

Image hosted by Photobucket.com

Será verdade???!!!

SOMOS OS MAIORES

Ouvi um comentador na televisão a dizer que Portugal, apesar de tudo, está a aproximar-se do resto da Europa em termos de défice orçamental.
Eu pessoalmente penso que é mais ao contrário, ou seja, a Europa é que se está a aproximar de nós a passos largos. Mas com o avanço que já levamos, acredito firmemente que nunca nos deixaremos ultrapassar! Na frente, sempre!

Image hosted by Photobucket.com

6/11/2005

Ora então cá estamos. Para começar quero pedir desculpa aos clientes mas ontem não pude cá vir porque fui receber uma condecoração do Jorge Sampaio, quer dizer, não foi ele directamente que ma deu mas quem o fez disse-me que foi ele que mandou entregar. Cá está ela, é gira não é? Vou guardá-la para sempre. De resto foi um dia um bocado stressado porque a puta da chefe das cozinheiras, assim que me deu aquela cena, meteu na cabeça que eu havia de ir para a cozinha ajudar a fritar os rissóis e encher-me toda de gordura, logo ontem que tinha caprichado no arreio, era o que faltava! Pirei-me cá para fora para o jardim onde estava a decorrer a festa e ainda empernei com um jeitoso que lá andava a servir os canapés, só foi chato ele às tantas malhar com a bandeja na mão para cima duma tia, deu muita bandeira... e lá apareceu outra vez a gorda da cozinheira aos gritos e eu tive que a voltar a despistar. Mas esteve-se bem.
Vamos então às questões dos nossos clientes:

CAXOPA: Então e se o objectivo for não ouvir os vizinhos?
Quando o objectivo é não ouvir os vizinhos deves fazer como eu fiz num apartamento T0 que partilhei durante uns tempos com cinco amigas minhas: Quando te apercebes que eles estão a dar a pinada, e se forem demasiado barulhentos (a pontos de incomodar seis pobre almas temporariamente mal aviadas como era o nosso caso na altura), só tens que esperar que eles acabem e, no final, dar-lhes uma grandiosa ovação. Depois para finalizar pões um cartaz no placard do condomínio a felicitá-los pela proeza (identificando devidamente a fracção de onde vinha o barulho) e a afirmar que, com a idade e a triste aparência que têm, nunca pensaste que fossem capazes de tal coisa. E pronto. Estima-se que isto seja o suficiente para tirar a pica aos gajos por, pelo menos, seis meses.

BAGAÇO AMARELO: Cara Rosarinho, aproveito para perguntar porque é que os portugueses roubam sacos de plástico nos hipermercados...
Caro Bagaço, na verdade "roubar" não é o termo técnico mais apropriado. Trata-se mais de "trazer à borla". É que os portugueses têm um gene comum com a pega, pássaro conhecido por acumular no ninho montes de cenas de que não precisa rigorosamente para nada, e quando a coisa está nos genes não há remédio, como sabes. Para ilustrar isto até te posso contar o caso da minha patroa que já teve uma sogra que, quando sabia que estavam a dar alguma coisa à borla em qualquer lado (por exemplo à porta dum supermercado), ia lá e entrava e saía vezes consecutivas até levar com o vexame de lhe dizerem que "à senhora não podemos dar mais". Nem que fosse amostras de pensos higiénicos (que a senhora já não usava há anos), o que interessava era "trazer muitas à borla".

BORBOLETA DE CANELA: Rosarinho:Eu gostava de saber quais as verdadeiras consequências e possíveis hecatombes, para quem, tal como eu, não usa relógio.
Aqui está uma questão complexa. Por um lado, não usar relógio parece-me grave. Posso inclusive citar-te o nome de algumas personalidades da história que não o usavam e acabaram por morrer: Afonso Henriques, Júlio César e Cleópatra. Por outro lado, que se lixe, a vida é um risco permanente! Estás a ver a adrenalina desta merda?

6/10/2005

6/09/2005

A PÁTRIA ACIMA DE TUDO

O grupo parlamentar do PS mostra desconforto face às novas medidas aprovadas pelo governo e que vieram acabar com variadíssimas benesses dos políticos como chorudas pensões vitalícias ao fim de meia dúzia de anos de trabalho... perdão, de assento no tacho.
Vera Jardim anunciou até que está a considerar a hipótese de abandonar o lugar na sequência desta desgraceira toda através da qual lhe estão a tenta tirar o pão da boca, coitado.

Pois nós, aqui na padaria, anunciamos em primeira mão uma decisão que tem tanto de inovadora como de altruísta:
Apesar da miséria que passa a ser agora a vida dos deputados, tanto eu como a Rosarinho (eu em primeiro lugar claro, porque sou a patroa e tenho que dar o exemplo), estamos dispostas a substituir os deputados que decidam desistir por absoluta desnutrição. Quem nos segue nesta missão patriótica?

LA PACIENCIA SANTA

Hoje deixei a padaria sem ninguém, a massa a estragar-se, os clientes à espera e fui toda lampeira ver este filme.
Pero es una buena mierda...

Para ver disto basta-me andar de autocarro em hora de ponta.

PS: Pois, eu sei que não se pode dizer mal destes filmes que são uma seca interminável e que mesmo quem os gaba publicamente não os vê. Mas além de me estar a cagar para isso tenho as minhas próprias teorias sobre o que é bom cinema, que quando tiver pachorra exponho aqui no farinha.

6/07/2005

E AGORA PARA ALGO MAIS LIGEIRO

Para não maçar muito a cabecinha aos caros clientes, hoje vou só dar uma ideia para a "silly season".
Fiz isto há alguns anos atrás e posso dizer-vos que dá algum trabalho mas é satisfação garantida.
Se no vosso local de trabalho ou outro que frequentem com alguma assiduidade, existe uma máquina de café com o açúcar em pacotes ou com os ditos em regime de self-service em cima do balcão dentro dum cestinho por exemplo, façam assim:

1.Roubam alguns pacotes de açúcar sem ninguém topar e levam para casa, digamos que entre uma dúzia e vinte já é razoável;
2.Nessa noite em casa, abrem com muito cuidado os pacotes de açúcar sem rasgar, ou seja, têm que descolar uma das laterais com jeitinho. É natural que danifiquem os primeiros dois ou três mas depois vão lá.
3.Esvaziam os pacotes de açúcar.
4.Voltam a enchê-los com sais de fruto, sal de mesa ou outro produto branco que a vossa imaginação ditar. É melhor aqui absterem-se de substâncias tóxicas ou alucinogénicas porque isso pode originar mortes e consequentemente investigação e cadeia. O que é uma maçada.
5.Colem novamente a parte dos pacotes que abriram, com muito jeitinho e muita perfeição para não se notar nada.
6.No dia seguinte chegam mais cedo e misturam os vossos pacotes nos que estão para consumo, claro que sem ninguém topar.
7.Depois basta sentarem-se a um canto e ficarem a apreciar discretamente. Se tiverem telemóvel com câmara podem utilizar e publicar nos vossos blogs. No tempo em que eu fiz isto não havia tal coisa, só máquinas fotográficas muita grandes que davam bué bandeira.
E pronto! Depois venham cá contar como correu que a gente paga um cafezinho.


6/06/2005

TÍNHAMOS PROMETIDO O POST MAIS COMPRIDO DA HISTÓRIA DO FARINHA

Mas o Sr Engenheiro Especialista cortou-se.
Charles Darwin com o seu Darwinismo veio colocar a origem do homem na cloaca oceânica dos primórdios brumosos do tempo. O Criacionismo Bíblico foge às brumas e postula claramente que Deus mandou fazer luz, do barro fez homem e duma costeleta fez a mulher.

Gustave Courbet, pintor francês do séc. XIX, esteve-se nas tintas prós dois Ismos e pintou a Origem do Mundo. Há assim uma terceira via, realista, para explicar a origem do homem. Courbet dizia que nunca tinha visto Deus ou Anjos e que quando os visse os pintaria. Até lá, pintava o que via. Daí que a sua pintura seja o expoente do movimento realista.

Os nus, sobretudo os femininos, que até então eram pintados sob a aura mitológica de ar ausente, tornaram-se com ele, crus, carnais e sensuais. Apelidaram-no de “pintor do feio”, mas ele esteve-se nas tintas e quando em 1855 os juizes da Exposição Universal de Paris, excluíram os seus quadros da mostra, Courbet montou uma barraquita ao lado da entrada, pôs os seus quadros lá dentro e meteu um placa por cima da entrada: “Le Realisme – G. Courbet.

No “Origem do Mundo” a figura deixa o mito e a ausência para ser premente e tocável. Aquela é uma mulher real como nunca, carnuda, sensual e brutal na exposição a que se oferece. É talvez o primeiro quadro da história a suscitar a eterna polémica sobre a fronteira entre a arte e a pornografia. Mas a realidade está sempre aí, nunca foge, como Courbet provou, armando barraca."


Não sabemos bem o que aconteceu a este post depois que viemos cá emendar o século, mas fica a informação que o mesmo vem no seguimento do anterior e é da autoria do Sr. Engenheiro especialista que mora aqui: http://tapornumporco.blogspot.com

6/05/2005

EXPLICAÇÃO DE UMA COISA A QUE UM GAJO COM OS COPOS RESOLVEU CHAMAR "A ORIGEM DO MUNDO"

Ora então cá estamos, conforme prometido e na sequência da sugestão do Sr Engenheiro Especialista aquando da publicação do nosso último post sobre arte, tema em que somos versados como o caraças, a debruçarmo-nos sobre o quadro de Gustave Courbet, A Origem do Mundo.
Não nos debruçaremos porém demasiado por uma razão de primeira importância: As gajas que naquele tempo serviam de modelos a estes tipos não eram propriamente uns exemplos de limpeza, com a agravante de neste caso estarmos a falar naquele povo que inventou o bidé para não ter que tomar banho completo... e a nossa pituitária é sensível.
Este quadro insere-se na corrente realista/naturalista, que ao contrário do que todos pensam não tem nada a ver com as baboseiras que nos impingiram no liceu quando andámos a ler os romances do Tio Eça, mas sim com o facto de, naquele tempo, em que ainda não havia Corporación Dermoestetica, nem Botox, nem epiladies, nem ginásios, nem Natea da Garnier, o pessoal andar... ao natural, ou seja, tal como era, sem retoques, o que parece evidente na moçoila retratada.
Assim, aqui no farinha (amantes da boa arte como somos e como já pôde ser constatado por todos os clientes mais assíduos), resolvemos dar uma actualizaçãozinha no quadro por forma a permitir que a rapariga se possa apresentar decentemente no "óleo" de entrada ou até mesmo na salinha de jantar de qualquer família portuguesa ao lado da Última Ceia. Porque sinceramente, aquilo no original não é maneira de ninguém se apresentar em lado nenhum.
A partir de agora vão poder adquirir uma das cópias abaixo, devidamente emoldurada, que como podem ver é apropriada para qualquer situação, podendo ser oferecida à sogra no Natal ou aos sobrinhos na Primeira Comunhão sem qualquer constrangimento.
Não agradeçam, é tudo pelo amor à arte.

Image hosted by Photobucket.com

Resta-me informar que o Sr Engenheiro Especialista ficou de publicar aqui no farinha um texto da sua própria autoria sobre a mesma obra, o que faremos com todo o gosto pois, como já tive oportunidade de lhe informar, neste estabelecimento praticamos o pluralismo democrático e tanto entra quem gosta de brioches como quem gosta de cacetes. Não é que seja necessário porque nos parece que já está tudo dito, mas pronto.

6/03/2005

Olá meus queridos clientes. Cá estou eu e vamos às perguntinhas desta semana.

K@: Se para o sexo é preciso ter pau e a paixão é como um fósforo (que só dura até acabar de arder)... e o fósforo é um pau também... será que a malta corre o risco de se incendiar (logo por ali...) assim tipo combustão espontânea quando estiver num chavascal mais... passional?!?...
Querido K@, a tua pergunta parte logo de um pressuposto errado. Para o sexo, não é obrigatória a existência do factor pau. Isso posso eu garantir-te porque, com estas mãozinhas com que estou a escrever isto, já fiz o estudo anatómico completo da minha colega Carminho lá atrás, no armazém da farinha, depois de fecharmos o tasco e de termos tomado umas caipirinhas. E tu, como um rapazinho esperto, devias saber isso!

Papo-Seco: Qual o formato mais adequado à prática sexual? o Mp3, o CDA ou o Wav? ou deve ser mesmo ao som dos vizinhos de cima?
Boa pergunta.
Isso depende dos vizinhos e também da qualidade da construção. As características sonoras dos praticantes também é importante. Vejamos algumas combinações:
Má construção, vizinhos invejosos, praticantes barulhentos: Recomenda-se Dolby Surround bem alto para abafar os ruídos e evitar coscuvilhices.
Boa construção, moradia isolada, praticantes silenciosos: Não é preciso nada.
Claro que estes são só os casos extremos. Pelo meio, há imensas variantes, pelo que se aconselha acima de tudo o uso do bom senso, característica que nós, aqui na padaria, temos para dar e vender como já se viu.

E pronto. Este fim de semana virá a patroa, a pedido de várias famílias, fazer um ensaio sobre arte, mais propriamente a corrente naturalista.
Na segunda-feira pede-se que apareçam todos vestidos a rigor porque vai ser publicado o post mais comprido da história desta padaria, desconfiamos nós e não devemos estar longe da verdade.
Beijinhos e até sexta!

6/02/2005

E O BRIOCHE VAI PARA!...

E, na sequência do último grandioso passatempo promovido por este estabelecimento, o Morsa foi o feliz contemplado com um brioche totalmente sem calorias, além de entrar para a lista dos clientes honoris causa. Sendo o nosso mais recente cliente, não deixa de ser uma curiosidade a entrar para o guinness.
Ora como já anunciei oportunamente, para receber o prémio a que tem direito, o nosso amigo Morsa vai ter que cumprir uma formalidade que é nada mais nada menos que... mandar-me um mail com a morada para onde devo enviá-lo! Ou querias que eu adivinhasse pá?
No futuro teremos a atribuição de mais brioches e diplomas na sequência de outros maravilhosos passatempos que permitem avaliar as enormes capacidades intelectuais da nossa freguesia.
A Kitty, que neste passatempo também se aproximou fortemente da solução, apresenta um problemazinho: Ela já tem o nosso diploma honorário e o nosso brioche/troféu, por isso vou pensar numa solução para o caso dela pois uma cliente tão dedicada merece sempre consideração.
Resta-me dar os parabéns ao contemplado e apresentar as soluções, que são as que seguem:
1. O marmanjo da esquerda, o que pinta, está com cara de lobisomem como muito bem alguém referiu;
2. A menina do meio, a de vestido branco, está com ar de irmãzinha metralha como também alguém referiu;
3. A mesma menina tem uma naifa na mão porque acabou de capar o cão (mentira, aqui estou só a brincar, Sociedade Protectora dos Animais, por favor não me processe!)
4. O gajo lá de trás, o que está ao pé da porta, está aflito para fazer xixi e já vai de braquilha aberta e com a mão no... material;
5. O marmanjo da direita também está com ar de palerma porque está a olhar para a freira ao lado;
6. O mesmo marmanjo tem qualquer coisa na mão, que por acaso é uma caixa de viagra mas não dava para ver;
7. A freira tem uma cena na mão, que por acaso é um vibrador. O que é que vocês queriam numa freira?
8. A segunda menina a contar a direita, a gorda, é uma malcriadona e tem a língua de fora;
9. A menina da direita tem uma coisa na mão. Não dá para reconhecer embora seja um charrito. Não pode ir ao Dubai!!!
10. O cãozinho está... contente!!!


Image hosted by Photobucket.com

6/01/2005

DESCUBRA AS 10 DIFERENÇAS

Inspirada na Dica da Semana e nas comemorações do Dia da Criança, resolvi oferecer aos clientes um original e familiar passatempo tendo por base As Meninas de Velasquez (mais um quadro gentilmente avacalhado pela Didas).
Assim, vou mais uma vez oferecer um brioche sem calorias e um diploma de cliente Honoris Causa, desta vez ao primeiro freguês a fazer o pleno, ou seja, a adivinhar as 10 diferenças. Podem deixar os palpites num dos balcões de provas (vulgo caixas de comentários).
Lembro que neste momento há três clientes com o título Honoris Causa, nomeadamente a Kitty, o Papá (babado) Urso, e a Robina, que não é ursa mas tem estado em hibernação.

Image hosted by Photobucket.com