Olá queridos, hoje venho falar de religião.
Tenho reflectido muito aqui na padaria enquanto amasso os brioches e os cacetes, sobre esta questão das caricaturas de Maomé e sobre as reacções dos Muçulmanos às ditas e cheguei a algumas conclusões que vou partilhar aqui convosco.
Primeiros: Queria avisar o Sr. Dr. Freitas do Amaral, homem por acaso muito bem apessoado (e que muito eu gostaria de ver aqui na padaria uma dia destes a abifar uma sande de omelete com alface num cacete), mas também muito distraído, que escusa de se maçar com aquelas conversas. Se ele pensa que quando os bombistas cá chegarem, antes de carregarem no botãozito que trazem à cintura, vão perguntar – “Olhe, desculpe, sabe-me dizer se por acaso o Professor Freitas anda pelas redondezes? É que ele tem sido muito simpático para nós e por isso queríamos avisá-lo para abandonar a zona.” – está mega enganado. Se for preciso é o primeiro a ficar sem cabeça em nome de Alá.
Segundos: Posto isto, os islâmicos são, de facto, uns macacóides do pior. Eu bem queria dizer que não mas tenho que dar a mão à palmatória. Nós somos mil vezes melhores e, acima de tudo, temos um sentido de humor muito mais apurado (não desfazendo naquela das 70 virgens para cada mártir e que é na verdade uma das melhores piadas que já ouvi). Só que nós conseguimos fazer uma coisa que eles não conseguem e que é de louvar. Gozamos, não só com os símbolos religiosos do Islão mas, acima de tudo, com os nossos. O que eu, pessoalmente, acho admirável. Senão vejamos alguns exemplos:
Segundos alínea a) Em São João da Azenha, concelho de Anadia, o povo inspirado montou um circo porreiro tendo como base temática unicamente a porra do sino da capela, o que deu logo direito a alguns momentos de boa disposição numa reportagem televisiva cheia de colorido, onde não faltou, nem um grupo de barrigudos a suar as estopinhas para repor os 350 kilos de sino roubado na torre, nem a senhora a explicar ao jornalista que o povo andava todo preocupado com a falta do sino, nem os elogios ao gajo da GNR de Anadia que mostrou o seu génio ao lembrar-se de perguntar aos comerciantes se alguém lá tinha ido tentar vender um sino gigante, nem os ataques ao senhor presidente da Câmara que devia pôr lá posto de vigia no meio do ermo para evitar que levassem outra vez aquela cena de lá. De ir às lágrimas!
Segundos alínea b) O auto-denominado “Bruxo de Fafe”, adepto ferrenho do Guimarães, resolveu fazer uma peregrinação ao Sameiro para assim evitar a descida de divisão do clube. Mais uma vez a televisão não perdeu o espectáculo, proporcionando-nos a nós belos momentos de humor recheados de publicidade ao vidente, que foi avisando que agora, se o Guimarães perder, já não é culpa dele. Convém não estragar o negócio.
Segundos alínea c) O clube de fãs de Fátima Felgueiras fez, também com direito a transmissão directa, uma peregrinação a Fátima. Iam muito bem ensaiados porque todos repetiam indignados que não era sua intenção misturar política com religião. Nem pensar! São duas merdas muito diferentes! Aquilo de terem todos tropeçado num calhau e terem caído em Fátima ao mesmo tempo com as televisões a cobrir o sucedido, foi pura coincidência! Muita giro!
Segundos alínea d) Esta é uma piada mais do estilo subtil: A autarquia de Coimbra deliberou atribuir a uma rua de Santo António dos Olivais o nome da Irmã Lúcia, gaja que como todos sabemos morou lá bué de tempo, numa daquelas comunidades hippies em que andam todos descalços e isso. Giro aqui foram os argumentos: A senhora terá sido um importante vulto do século XX e em muito contribuiu para a divulgação de Portugal no mundo. Foi ela e o bacalhau!
E olhem queridos, tinha aqui mais uma ou duas, mas para piada até já chega.
Fiquem com um beijo da sempre vossa
Rosarinho