Centenas de pessoas esperaram mais de 30 horas ao relento para serem os primeiros a entrar no novo IKEA, em Matosinhos. E não, não estavam a cumprir pena por crimes de sangue. Estavam só na esperança de mendigar um vale de compras no valor de cem euros, vinte mocas das antigas. E se algum dos gajos tivesse dito que estava ali porque é compulsivamente borlista, porque é estúpido ou porque bateu com a cabeça em qualquer lado e ficou desorientado, a sério que eu até o respeitava. Mas não. O primeiro disse que passou por ali, começou a falar com o segurança, e tal, e quando deu por ele tinham passado trinta horas e era o primeiro a entrar. Ele que nem queria! Tal e qual, nada mais vulgar do que a gente encostar-se aí em qualquer lado a fumar um cigarrito ou a ver uma montra, distrair-se, e só sair de lá um dia e meio depois.
Uma outra disse que valia pela experiência e outra ainda que estava ali por não ter nada que fazer em casa. Fónix! Se eu quiser desesperadamente uma experiência nova meto um risco de coca ou uma merda assim e já está. Se não tiver nada que fazer em casa, eh pá… simplesmente não faço! Será que a anormal sou eu?
7/31/2007
NA VERDADE, ACHO QUE NASCI COM ALMA DE ALENTEJANA
Sempre que penso que já expus aqui a minha vida toda, por dentro, por fora, de trás para a frente e da frente para trás, acabo por concluir que ainda há um qualquer pormenor sórdido por contar.
O de hoje é este: Tenho a certeza que ainda não vos disse que sou friorenta. Não uma friorenta qualquer dessas vulgares, que veste casacões e se encolhe toda no Inverno. Não! Eu sou “A” friorenta! Aquela que é tão friorenta que tem ódio a ventoinhas e ares condicionados! Aquela que é tão friorenta que o pessoal todo à volta pensa que ela está no gozo e não está! Tem mesmo frio!
Ora acontece que hoje foi o primeiro dos cerca de sete dias de verdadeiro calor de que a cidade de Aveiro goza anualmente. Um daqueles poucos em que eu não tenho que ir tomar café à noite com o corta-vento vestido por cima duma camisola de manga comprida por causa da ventosga que sopra sempre do mar para terra… por isso hoje foi para mim um dia de festa, com mais de trinta graus à sombra foi como se tivesse chegado o Pai Natal à cidade!
Vesti um casaquinho de algodão de meia manga, sem nada por baixo e saí assim para trabalhar assim, sem um agasalho de reserva nem nada! Porra, eu já merecia!
Só que passei o dia a ouvir bocas foleiras. Primeiro foi a colega do lado a perguntar se eu queria que ela me emprestasse um top, depois a brasileira da imobiliária – “Nossa! Minina! Como é qui cê aguentááá???” – e por aí adiante. E eu ali, feliz, com as calças de ganga coladas ao rabo e o cabelo colado ao pescoço, quentíssima e a pensar apenas:
- Caramba! Será que ninguém percebe que eu estou a ter o MEU MOMENTO?
O de hoje é este: Tenho a certeza que ainda não vos disse que sou friorenta. Não uma friorenta qualquer dessas vulgares, que veste casacões e se encolhe toda no Inverno. Não! Eu sou “A” friorenta! Aquela que é tão friorenta que tem ódio a ventoinhas e ares condicionados! Aquela que é tão friorenta que o pessoal todo à volta pensa que ela está no gozo e não está! Tem mesmo frio!
Ora acontece que hoje foi o primeiro dos cerca de sete dias de verdadeiro calor de que a cidade de Aveiro goza anualmente. Um daqueles poucos em que eu não tenho que ir tomar café à noite com o corta-vento vestido por cima duma camisola de manga comprida por causa da ventosga que sopra sempre do mar para terra… por isso hoje foi para mim um dia de festa, com mais de trinta graus à sombra foi como se tivesse chegado o Pai Natal à cidade!
Vesti um casaquinho de algodão de meia manga, sem nada por baixo e saí assim para trabalhar assim, sem um agasalho de reserva nem nada! Porra, eu já merecia!
Só que passei o dia a ouvir bocas foleiras. Primeiro foi a colega do lado a perguntar se eu queria que ela me emprestasse um top, depois a brasileira da imobiliária – “Nossa! Minina! Como é qui cê aguentááá???” – e por aí adiante. E eu ali, feliz, com as calças de ganga coladas ao rabo e o cabelo colado ao pescoço, quentíssima e a pensar apenas:
- Caramba! Será que ninguém percebe que eu estou a ter o MEU MOMENTO?
7/30/2007
Olá queridos clientes! Sei que o mais certo é a maior parte dos clientes estarem de papo para o ar e eu aqui a bulir e, pior ainda, a falar para o boneco! Mas deixem lá, se estiverem em Albufeira, Costa da Caparica ou lugares afins, em plena entrada de Agosto não vos gabo nada a sorte.
Vamos então analisar a semana que passou, não sem antes vos contar o que me aconteceu hoje e me deixou até agora com enxaqueca. Fui ao Aveiro Retail Park (eu sei, eu sei, aquilo ao domingo é pior do que ir ao zoo e a animalagem ter escapado toda das jaulas) só que eu tive mesmo que ir, não é? Já uma rapariga não pode precisar duma lâmpada ao domingo! Só que, meus queridos, pior do que ver famílias inteiras vestidas de Rute Marlene em dia mau a passear-se, é ver isto: Umas centenas de almas à procura dum buraquito onde meter o carro e estes dois da fotografia assim, como se fossem donos daquela merda toda. A sério, mais um bocadinho e aquilo já se podia considerar falta de educação. Assim não, penso que para aquele pessoal nem chega a ser falta de jeito. Afinal, o Rato? Onde é que anda o Rato quando é preciso?
Bem, mas avancemos.
1- Ricardo Araújo Pereira diz que não precisa de escrever para se sentir um idiota. Acredito, eu também me sinto idiota em muitas outras situações, mesmo sem ter nem um lapinhos à mão. Por exemplo, quando vou ao Aveiro Retail Park ao domingo.
2- Afinal em que é que ficamos? O Governo Regional dos Açores afirma que, para poder cumprir a lei da IVG, vai gastar qualquer coisa como 60.000 a 70.000 euros/ano, ou seja, mais ou menos o preço dum T0 já velho e todo f*dido por estudantes aqui nas redondezas. Será que na Madeira estavam a contar dar cumprimento à lei em SPAS de luxo? Com massagem de pedras quentes e uma viagem até às Caraíbas a seguir para descontrair? Mau!
3- Noticia-se por aí que, no próximo sábado vai realizar-se o Encontro Nacional de Burros, em Vizela. Porra! Mas vêm todos? Os da Madeira também? Vizela não é uma terra pequena? Não percebo nada disto!
4- E por falar em burros só uma cusquice: O Príncipe Carlos de Inglaterra (sim, esse mesmo!) ofereceu ovelhas à mulher, que fez 60 anitos bem medidos. Acreditam nisto? Pois se a gente já fica lixada quando o jeitoso nos oferece uma varinha mágica ou uma panela de pressão, imaginem umas ovelhas fedorentas! Ainda por cima um macho e uma fêmea, dass! Está visto que estes gajos não batem bem, deve ser o problema de morar numa ilha, com água por todo o lado! Como na Madeira!...
Olhem, e com esta me vou. Volto na próxima segunda-feira se tudo correr bem. Boa semana para quem está a trabalhar e para quem anda a trabalhar para o carcinoma cutâneo, boa sorte!
Fiquem com a beijoca de sempre da vossa
Rosarinho
Vamos então analisar a semana que passou, não sem antes vos contar o que me aconteceu hoje e me deixou até agora com enxaqueca. Fui ao Aveiro Retail Park (eu sei, eu sei, aquilo ao domingo é pior do que ir ao zoo e a animalagem ter escapado toda das jaulas) só que eu tive mesmo que ir, não é? Já uma rapariga não pode precisar duma lâmpada ao domingo! Só que, meus queridos, pior do que ver famílias inteiras vestidas de Rute Marlene em dia mau a passear-se, é ver isto: Umas centenas de almas à procura dum buraquito onde meter o carro e estes dois da fotografia assim, como se fossem donos daquela merda toda. A sério, mais um bocadinho e aquilo já se podia considerar falta de educação. Assim não, penso que para aquele pessoal nem chega a ser falta de jeito. Afinal, o Rato? Onde é que anda o Rato quando é preciso?
Bem, mas avancemos.
1- Ricardo Araújo Pereira diz que não precisa de escrever para se sentir um idiota. Acredito, eu também me sinto idiota em muitas outras situações, mesmo sem ter nem um lapinhos à mão. Por exemplo, quando vou ao Aveiro Retail Park ao domingo.
2- Afinal em que é que ficamos? O Governo Regional dos Açores afirma que, para poder cumprir a lei da IVG, vai gastar qualquer coisa como 60.000 a 70.000 euros/ano, ou seja, mais ou menos o preço dum T0 já velho e todo f*dido por estudantes aqui nas redondezas. Será que na Madeira estavam a contar dar cumprimento à lei em SPAS de luxo? Com massagem de pedras quentes e uma viagem até às Caraíbas a seguir para descontrair? Mau!
3- Noticia-se por aí que, no próximo sábado vai realizar-se o Encontro Nacional de Burros, em Vizela. Porra! Mas vêm todos? Os da Madeira também? Vizela não é uma terra pequena? Não percebo nada disto!
4- E por falar em burros só uma cusquice: O Príncipe Carlos de Inglaterra (sim, esse mesmo!) ofereceu ovelhas à mulher, que fez 60 anitos bem medidos. Acreditam nisto? Pois se a gente já fica lixada quando o jeitoso nos oferece uma varinha mágica ou uma panela de pressão, imaginem umas ovelhas fedorentas! Ainda por cima um macho e uma fêmea, dass! Está visto que estes gajos não batem bem, deve ser o problema de morar numa ilha, com água por todo o lado! Como na Madeira!...
Olhem, e com esta me vou. Volto na próxima segunda-feira se tudo correr bem. Boa semana para quem está a trabalhar e para quem anda a trabalhar para o carcinoma cutâneo, boa sorte!
Fiquem com a beijoca de sempre da vossa
Rosarinho
7/29/2007
E HOJE FOI DIA DE FESTA NA RIA!
E quem disse que o povo é inculto e não se preocupa com questões de fundo, que passa a vida anestesiado com a Floribella e o Preço Certo, está muito enganado. As questões abordadas, pelo que testemunhámos, são da maior relevância e em grande variedade temática.
DESPORTO E HISTÓRIA
INOVAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS
AGRICULTURA, PESCA E QUESTÕES DA ORLA COSTEIRA
QUESTÕES LABORAIS
FAMÍLIA E AFECTIVIDADE
DIREITOS DOS ANIMAIS
ORGANIZAÇÃO E TRABALHO EM EQUIPA
POLÍTICA E ECONOMIA
E digam lá que esta cidade não é pelo menos divertida!
DESPORTO E HISTÓRIA
INOVAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS
AGRICULTURA, PESCA E QUESTÕES DA ORLA COSTEIRA
QUESTÕES LABORAIS
FAMÍLIA E AFECTIVIDADE
DIREITOS DOS ANIMAIS
ORGANIZAÇÃO E TRABALHO EM EQUIPA
POLÍTICA E ECONOMIA
E digam lá que esta cidade não é pelo menos divertida!
7/27/2007
7/26/2007
DIA DOS AVÓS
Hoje comemorou-se o Dia dos Avós e, ainda que não interesse nadinha a ninguém, tenho a revelar algumas coisas que me passaram pela cabeça a propósito do tema.
1- Não gosto do Jorge Gabriel. Mas hoje achei que ele merece o que ganha.
2-A avó mais famosa junto das crianças é a da Capuchinho Vermelho. E foi comida e vomitada por um lobo. Não é um bom exemplo.
3-Não é que alguma vez tenha ligado alguma coisa ao dia em si, mas foi o primeiro dia dos avós que passei sem ter nenhum deles.
4-Não sei como se chamava a minha avó paterna. Morreu muito jovem e muitos anos antes de eu nascer com uma doença que hoje poderia ter curado. Procurei em todos os cantos da minha memória e senti-me má e culpada por concluir que não sei o nome dela. Nunca a vi, nunca lhe tiraram fotografias, mas já soube pelo meu pai que eu sou tão parecida com ela como se fosse uma segunda edição.
5-A minha avó materna conheci, e muito. Foi embora no último natal. Ofereceu-me o meu primeiro triciclo que era azul e levava-me a comer pastéis com creme sem ninguém saber quando eu era pequenina.
6-O meu avô paterno ensinou-me a usar navalhas para esculpir bonecos em madeira macia e eu cortei-me muitas vezes. Ainda tenho as cicatrizes nos dedos. Ensinou-me também a dizer mal de Salazar e dos padres. Penso que naquele tempo podia ter sido preso e se fosse agora também podia. Mas por motivos diferentes.
7- O meu avô materno era meu padrinho de baptismo e dava-me todos os anos uma nota, mas só depois de eu pedir muito como só as crianças sabem pedir, ou seja, massacrar. Se não fosse isso só me dava moedas. Era dono duma loja daquelas antigas com balcão de madeira escura e uma balança com muitos pesos diferentes todos alinhados. A loja vendia muitos produtos perigosos e eu ia para lá mergulhar as mãos e respirar pós químicos coloridos de que nem sei o nome e que se guardavam em enormes bidons sem tampa. Nesse tempo ninguém se preocupava com isso.
E pronto.
7/25/2007
ISTO NÃO ANDA BOM, NÃO ANDA NÃO...
Há algum tempo percebi que a minha dieta se estava a transformar em qualquer coisa como yogurtes e cafés, consumidos alternadamente em corridas às máquinas de vending. Mais tarde comecei a sentir que não andava tão bem-disposta como se estivesse estendida numa rede em Bora Bora à espera que um nativo qualquer me trouxesse um cocktail. Então, resolvi ir ao médico que, quando me mediu a tensão arterial disse "Eh lá!". Toda a gente sabe que não é bom sinal um médico dizer "Eh lá!" quando nos está a medir a tensão, por isso cortei nos cafés mas continuei nos yogurtes.
Agora, ando com uma ligeira sensação de estar a entrar num processo kafkiano estranho e que um dia destes acordo transformada num yogurte gigante de sabor indefinido.
NATIONAL GEOGRAPHIC - EPISODE ELEVEN - O GAIJO CUM CARRO NAS MÃOS
O humano que, munido ou não de carta de condução, tem por hábito conduzir um automóvel, é designado cientificamente por “gaijo cum carro nas mãos”.
O gajo cum carro nas mãos é uma espécie abundante em praticamente todo o mundo com excepção de um ou outro deserto, mas neste artigo dedicar-nos-emos essencialmente ao gaijo cum carro nas mãos português, que se divide em várias subespécies com características próprias, como iremos ver a seguir.
O INDIANA JONES: É geralmente idoso e usa uma boina ou chapéu. Por trás duma aparência inocente inofensiva, é o grande aventureiro das estradas. A sua frase preferida é “Eu sou muito cauteloso a conduzir, mas os outros são todos uns malucos”. Circula a de 30 km/hora, exactos. Nem mais, nem menos. Da mesma forma, desde o início até ao fim do percurso que se propõe efectuar, nunca trava nem mete mudanças. Deste modo, costuma levar atrás de si uma fila de outros gaijos cum carro nas mãos absolutamente desesperados, que vão pondo as mãos à cabeça de cada vez que o vêem entrar numa rotunda movimentada sem dar prioridade a ninguém e fazê-la toda pelo lado de fora, na sua velocidade própria e sem nunca avisar quando vai sair.
O GAIJO DESINFORMADO: Está convencido que já houve uma guerra mundial ou uma praga que aniquilou toda a humanidade, sendo ele o único sobrevivente, o que obviamente se trata duma lacuna nas suas fontes de informação. Deste modo, não respeita qualquer regra, uma vez que desconhece que existem a circular outros gaijos cum carro nas mãos que podem, eventualmente, colidir na sua rota.
O ASSUSTADIÇO: Embora com imensa mágoa mas com um espírito rigorosamente científico, a autora deste estudo tem que admitir que esta subespécie é composta fundamentalmente por fêmeas, embora também haja uma percentagem interessante de machos nestas condições. É uma criatura que, basicamente, se assusta com tudo o que mexe, desde os outros gaijos com carros nas mãos até gaijos a pé, passando por felinos, canídeos e geradores de energia eólica. Nos casos mais graves, consegue assustar-se mesmo com o que não mexe, como postes, árvores e sinais de trânsito. O grande problema desta espécie é que, de cada vez que se assusta, trava. Problema para o gaijo cum carro nas mãos que segue imediatamente a seguir, como é óbvio.
O INFERIORIZADO: Trata-se duma subespécie cujos membros devem, com toda a certeza, levar porrada em casa ou no emprego ou em ambos os locais e que, por esse motivo, não suportam ser ultrapassados por outro gaijo cum carro nas mãos ou ver um à sua frente sem o ultrapassar compulsivamente, nem que para isso tenham que se suicidar ou provocar a morte de outras pessoas. Também há uma teoria que diz que esta subespécie pensa que, se chegar em primeiro lugar a qualquer lado, vai ganhar uma porcaria duma medalha ou duma taça ou lá o que seja.
E pronto, amável público amante da ciência. Por hoje ficamos por aqui, não querendo no entanto terminar sem uma advertência: Este estabelecimento, tão injustamente acusado de ser o emissor das cartas de condução dos gaijos cum carro nas mãos acima descritos, declara sob compromisso de honra que não tem nada a ver com isso nem nunca deu cartas a ninguém. Até pela nossa, tirada há uma porrada de anos, tivemos que pagar uma dinheirama.
O gajo cum carro nas mãos é uma espécie abundante em praticamente todo o mundo com excepção de um ou outro deserto, mas neste artigo dedicar-nos-emos essencialmente ao gaijo cum carro nas mãos português, que se divide em várias subespécies com características próprias, como iremos ver a seguir.
O INDIANA JONES: É geralmente idoso e usa uma boina ou chapéu. Por trás duma aparência inocente inofensiva, é o grande aventureiro das estradas. A sua frase preferida é “Eu sou muito cauteloso a conduzir, mas os outros são todos uns malucos”. Circula a de 30 km/hora, exactos. Nem mais, nem menos. Da mesma forma, desde o início até ao fim do percurso que se propõe efectuar, nunca trava nem mete mudanças. Deste modo, costuma levar atrás de si uma fila de outros gaijos cum carro nas mãos absolutamente desesperados, que vão pondo as mãos à cabeça de cada vez que o vêem entrar numa rotunda movimentada sem dar prioridade a ninguém e fazê-la toda pelo lado de fora, na sua velocidade própria e sem nunca avisar quando vai sair.
O GAIJO DESINFORMADO: Está convencido que já houve uma guerra mundial ou uma praga que aniquilou toda a humanidade, sendo ele o único sobrevivente, o que obviamente se trata duma lacuna nas suas fontes de informação. Deste modo, não respeita qualquer regra, uma vez que desconhece que existem a circular outros gaijos cum carro nas mãos que podem, eventualmente, colidir na sua rota.
O ASSUSTADIÇO: Embora com imensa mágoa mas com um espírito rigorosamente científico, a autora deste estudo tem que admitir que esta subespécie é composta fundamentalmente por fêmeas, embora também haja uma percentagem interessante de machos nestas condições. É uma criatura que, basicamente, se assusta com tudo o que mexe, desde os outros gaijos com carros nas mãos até gaijos a pé, passando por felinos, canídeos e geradores de energia eólica. Nos casos mais graves, consegue assustar-se mesmo com o que não mexe, como postes, árvores e sinais de trânsito. O grande problema desta espécie é que, de cada vez que se assusta, trava. Problema para o gaijo cum carro nas mãos que segue imediatamente a seguir, como é óbvio.
O INFERIORIZADO: Trata-se duma subespécie cujos membros devem, com toda a certeza, levar porrada em casa ou no emprego ou em ambos os locais e que, por esse motivo, não suportam ser ultrapassados por outro gaijo cum carro nas mãos ou ver um à sua frente sem o ultrapassar compulsivamente, nem que para isso tenham que se suicidar ou provocar a morte de outras pessoas. Também há uma teoria que diz que esta subespécie pensa que, se chegar em primeiro lugar a qualquer lado, vai ganhar uma porcaria duma medalha ou duma taça ou lá o que seja.
E pronto, amável público amante da ciência. Por hoje ficamos por aqui, não querendo no entanto terminar sem uma advertência: Este estabelecimento, tão injustamente acusado de ser o emissor das cartas de condução dos gaijos cum carro nas mãos acima descritos, declara sob compromisso de honra que não tem nada a ver com isso nem nunca deu cartas a ninguém. Até pela nossa, tirada há uma porrada de anos, tivemos que pagar uma dinheirama.
7/23/2007
SERÁ QUE PRECISO MESMO DE FÉRIAS?
Juro que nunca me tinha acontecido isto, e só nos últimos dias foram duas vezes.
Na noite de sexta-feira a minha filha saiu e quando eu já estava deitada mandou-me um sms a dizer que ia chegar tarde, Há quem jure a pés juntos que eu peguei no telemóvel, li a mensagem (e, de facto, de manhã a mensagem estava lida) e eu não me lembro de nada. Zeros.
Hoje, quando cheguei a casa, pus o jantar no forno, sentei-me no sofá e liguei a televisão. Não sei como nem quando, adormeci. Eu nunca adormeço num sofá. O meu telemóvel estava mesmo ao pé da minha cabeça, fez um chavascal medonho e eu não dei por nada. Depois, a minha filha chegou a casa, bateu a porta, entrou, chamou-me. Depois voltou a chamar-me. Depois foi ter comigo à sala, pôs-se mesmo à minha frente e chamou-me aos gritos. Quando já estava a pensar que eu tinha morrido é que eu abri os olhos e disse, com cara de zombie: - "Então?..."
De todos os chips que eu tenho activos no cérebro, o único que eu achava que nunca iria desligar, por muito cansada que estivesse, era o "chip mãe". Porra!
Na noite de sexta-feira a minha filha saiu e quando eu já estava deitada mandou-me um sms a dizer que ia chegar tarde, Há quem jure a pés juntos que eu peguei no telemóvel, li a mensagem (e, de facto, de manhã a mensagem estava lida) e eu não me lembro de nada. Zeros.
Hoje, quando cheguei a casa, pus o jantar no forno, sentei-me no sofá e liguei a televisão. Não sei como nem quando, adormeci. Eu nunca adormeço num sofá. O meu telemóvel estava mesmo ao pé da minha cabeça, fez um chavascal medonho e eu não dei por nada. Depois, a minha filha chegou a casa, bateu a porta, entrou, chamou-me. Depois voltou a chamar-me. Depois foi ter comigo à sala, pôs-se mesmo à minha frente e chamou-me aos gritos. Quando já estava a pensar que eu tinha morrido é que eu abri os olhos e disse, com cara de zombie: - "Então?..."
De todos os chips que eu tenho activos no cérebro, o único que eu achava que nunca iria desligar, por muito cansada que estivesse, era o "chip mãe". Porra!
Olá queridíssimos clientes, a minha crónica de hoje é sobre a família.
FAMÍLIA 1: Na (ainda grande) família do PSD, correm notícias de que Marques Mendes será o único candidato nas directas. Porra! Não me digam que no meio de tanta malta não há ninguém com melhor aspecto e conversa menos tosca do aquele pino do jogo da glória! Querem ver que tenho que lá ir eu candidatar-me? Ai ai…
FAMÍLIA 2: Também preocupado com a família está o governo regional da Madeira, que, para além de não aplicar a pecaminosa lei do aborto (que só serviria para evitar o nascimento abençoado de mais criancinhas esfomeadas), ainda resolveu incluir na comissão que decide sobre os pedidos de IGV ao abrigo da lei de 1984 (aquela que determina que só se pode abortar se ficar cientificamente provado sem sombra de dúvida que o feto é uma criatura alienígena com escamas e cauda), o capelão católico do Hospital Central do Funchal. Aqui no continente, como sempre, apareceram logo os jornalistas maldosos do costume a criticar. Não sei porquê! Acho perfeitamente natural que, numa comissão que vai decidir sobre um aborto, haja um!
FAMÍLIA 3: O governo está a trabalhar uma lei que vai atribuir subsídios extra às famílias numerosas. Acho mal. Eu, por mim, dava-lhes era uma televisão, que pelos vistos é o que lhes tem faltado. Mas é claro, sem acesso ao SporTV porque aquilo, de cada vez que ganhasse o Porto, o Sporting ou o Benfica (o que pelas estatísticas anda pelo mínimo de uma vez por semana), pimba, lá vinha mais um!
E pronto queridos, por hoje é tudo. Fiquem com uma grande beijoca da vossa
Rosarinho
FAMÍLIA 1: Na (ainda grande) família do PSD, correm notícias de que Marques Mendes será o único candidato nas directas. Porra! Não me digam que no meio de tanta malta não há ninguém com melhor aspecto e conversa menos tosca do aquele pino do jogo da glória! Querem ver que tenho que lá ir eu candidatar-me? Ai ai…
FAMÍLIA 2: Também preocupado com a família está o governo regional da Madeira, que, para além de não aplicar a pecaminosa lei do aborto (que só serviria para evitar o nascimento abençoado de mais criancinhas esfomeadas), ainda resolveu incluir na comissão que decide sobre os pedidos de IGV ao abrigo da lei de 1984 (aquela que determina que só se pode abortar se ficar cientificamente provado sem sombra de dúvida que o feto é uma criatura alienígena com escamas e cauda), o capelão católico do Hospital Central do Funchal. Aqui no continente, como sempre, apareceram logo os jornalistas maldosos do costume a criticar. Não sei porquê! Acho perfeitamente natural que, numa comissão que vai decidir sobre um aborto, haja um!
FAMÍLIA 3: O governo está a trabalhar uma lei que vai atribuir subsídios extra às famílias numerosas. Acho mal. Eu, por mim, dava-lhes era uma televisão, que pelos vistos é o que lhes tem faltado. Mas é claro, sem acesso ao SporTV porque aquilo, de cada vez que ganhasse o Porto, o Sporting ou o Benfica (o que pelas estatísticas anda pelo mínimo de uma vez por semana), pimba, lá vinha mais um!
E pronto queridos, por hoje é tudo. Fiquem com uma grande beijoca da vossa
Rosarinho
7/20/2007
A MULHER QUE FAZIA NOITADAS SEM QUERER
Há uns vinte anos conheci uma mulher divorciada que morava num apartamento alugado. Trabalhávamos juntas, e havia dias em que ela chegava visivelmente com aquilo a que habitualmente chamamos "ressaca". Mais ou menos como se um camião tir lhe tivesse passado por cima e, ao levantar-se, ainda tivesse aparecido um cão que lhe tivesse mijado para as pernas.
Como é habitual nas relações de trabalho, o facto de se estar lado a lado com alguém sete horas diárias acaba por desenvolver, umas vezes devagarinho, outras mais rapidamente, uma necessidade de partilhar coisas que temos a pesar cá dentro mas que jamais partilharíamos noutras situações.
Por isso um dia ela contou-me. Nos dias em que aparecia naquele estado tinha estado a "pagar a renda". Não em dinheiro (que não tinha) mas em géneros. E não da forma mais óbvia que toda a gente é levada imediatamente a supor que uma mulher, ainda por cima jovem, use para pagar uma renda em géneros. Simplesmente, o senhoria era casado e tinha uma amante. Como não a podia levar para casa nem queria gastar dinheiro em hotéis, usava o apartamento que tinha alugado. Nesses dias telefonava à inquilina e dizia qualquer coisa como: "Hoje vou estar lá com a *****, entre só quando nós sairmos". E lá ficava ela, muitas vezes à chuva e ao frio e até altas horas da madrugada, sentada num dos bancos de jardim em frente do prédio, nesta cidade de vento agreste, à espera que eles saíssem para poder ir para casa. Depois, ainda tinha que refazer a cama, despejar cinzeiros e arrumar copos e garrafas de vinho. Antes de finalmente poder dormir algumas horas.
Foi uma das histórias mais bizarras que já me contaram na vida.
Curiosamente hoje, que me lembrei dela, constatei que já não me consigo lembrar do nome da protagonista. Acho que nunca mais a vi.
7/18/2007
POST TRÊS EM UM
Comida: A dieta mediterrânica pode vir a tornar-se património cultural imaterial da UNESCO. A iniciativa para a candidatura partiu da Espanha mas conta com o apoio expresso de Portugal, França, Grécia e Itália.
Isto quer dizer que de hoje para amanhã uma sandes de coirato com uma mine pode ser elevada ao estatuto de património da humanidade? Que um pastelinho de bacalhau com um mata-bicho pela manhã podem vir a ser um acto sublime de cultura?
Isto quer dizer que de hoje para amanhã uma sandes de coirato com uma mine pode ser elevada ao estatuto de património da humanidade? Que um pastelinho de bacalhau com um mata-bicho pela manhã podem vir a ser um acto sublime de cultura?
Mais comida: Os anúncios às diversas marcas de gelatina deviam ser proibidos. Anda uma mãe uma vida inteira a tentar ensinar os rebentos a comer com maneiras (e deus sabe como esta merda é difícil), e de repente aparecem uns anormais a dizer que sorver uma gelatina directamente do prato sem colher nem nada é que é baril. Só falta aconselhar a arrotar no fim.
Mais anúncios: Há um anúncio na televisão que diz que uma em cada quatro mulheres tem perdas de urina. Esta é do caraças. Primeiro porque eu sou uma delas. Urina é de facto uma coisa que eu não tenho o hábito de guardar, perco-a toda. Mas o que me espantou foi saber que há quem fique com aquilo, mais propriamente 75% das gajas.
7/17/2007
E CONTRA FACTOS NÃO HÁ ARGUMENTOS
Ouvida hoje acidentalmente na rua, entre duas pitas com ar levemente parvo e em altíssimos decibéis.
Pita 1- …e ele na boa, como se nada fosse. E vai eu, olha, já ouviste falar de preservativos?
Pita 2- E ele?
Pita 1- E ele respondeu-me: “Olha, conheces alguém que goste de comer rebuçados com papel?”
Pita 2- Xi! E tu?
Pita 1- E eu, amochei! Fiquei sem resposta não é?
E nós aqui na padaria fazemos votos de que ela se tenha lembrado de lhe perguntar o nome e o número de telefone para mais tarde lhe poder pedir a pensão de alimentos ou uma contribuição para os tratamentos com retro-virais.
Pita 1- …e ele na boa, como se nada fosse. E vai eu, olha, já ouviste falar de preservativos?
Pita 2- E ele?
Pita 1- E ele respondeu-me: “Olha, conheces alguém que goste de comer rebuçados com papel?”
Pita 2- Xi! E tu?
Pita 1- E eu, amochei! Fiquei sem resposta não é?
E nós aqui na padaria fazemos votos de que ela se tenha lembrado de lhe perguntar o nome e o número de telefone para mais tarde lhe poder pedir a pensão de alimentos ou uma contribuição para os tratamentos com retro-virais.
7/16/2007
À PROCURA DE QUÊ?...
Há muito tempo que não fazia isto e estava com saudades. É sempre muito enriquecedor saber do que andam as pessoas à procura na internet enquanto à sua volta há guerras, conflitos vários, intrigas políticas, crimes ambientais, violações dos direitos humanos e outras coisitas sem importância.
sandalias julia pinheiro
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pinada pelo patrão
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pinada pelo patrão
Vá, confessem lá, quais delas foram vocês?
Olá queridos clientes, cá estou eu de volta! Hoje, como não podia deixar de ser, o tema que está a dar é as eleições autárquicas em Lisboa. E façam o favor de não me virem com merdas tipo “Ai, isso não interessa para nada, só interessa aos gajos de Lisboa”, é mentira. Porque na verdade, nem aos gajos de Lisboa interessa. Se, por outro lado, vierem com aquela disto ser um blogue de Aveiro e portanto temos que nos concentrar nos moliceirozinhos e na ria e na badalhoca Joana Princesa, eh pá, não me lixem mesmo! Isto só é um blogue de Aveiro porque a padaria fica em Aveiro e tinha que ficar em qualquer lado. Somos do Beira-Mar (mesmo nas ruas da amargura), gostamos disto aqui e mesmo da porra da ventosga que não nos deixa usar uma saia nem no Verão, mas não somos parolas, somos universais (porra, esta do universais saiu-me bué da bem)!
Mas vamos ao que interessa:
Eleições 1: Ganhou o gajo de sempre, um tal de abstenção. Mas também como sempre, não vai assumir o lugar. E porquê? Porque este gajo ganha à custa do pessoal que, como já sabe que não tem amigos nem conhecidos nem nada nos outros partidos e que, portanto, não vai mesmo ganhar nada com aquilo, opta por cagar nisso e ir dar uma volta ao centro comercial ou bater uma sesta. Não é uma base de apoio muito sólida, digamos.
Eleições 2: Não indo o Sr.Abstenção assumir a presidência da Câmara, alguém terá que o fazer, neste caso o António Costa que foi o que conseguiu mais adeptos logo a seguir. E eu, desde já, quero aqui oferecer-me para assessora, o que nos tempos que correm significa “bufa”. O bufo, como se sabe, tem sido uma personagem muito mal vista e injustamente acusada de variadíssimas desgraças. Eu, nem percebo porquê (até porque acho que o portuga é bufo geneticamente), nem tenho preconceitos nenhuns contra isso. Dr. António Costa, desde que o senhor me pague bem, com direito a alojamento no Sheraton e viagem semanal em primeira classe a Aveiro para matar saudades, não tenho problemas nenhuns. E até lhe digo, com o arzinho de inocente que eu sei fazer quando quero, ninguém vai desconfiar. Ponho-me a circular por ali como quem não quer a coisa, levo um cafezinho a este, baixo-me para mostrar acidentalmente o decote àquele e tal… o doutor vai ver, apanho-os a todos. Já sabe meu querido, se quer manter o tacho, aposte nos cavalos certos. O meu mail está ali à direita.
Eleições 3: Os caríssimos clientes lembram-se duns cãezinhos que antigamente se punham na parte de trás dos carros e iam a viagem toda com cara de parvos a abanar a cabecita? Reparem bem nos discursos dos candidatos, mais propriamente nos lambe-cuzes que se põem sempre à volta deles, assim discretamente em segundo plano, e digam-me se não é tal e qual. Um mimo! Ele há merdas que nunca mudam!
Eleições 4: O Telminho, o do PP (Partido da Peixeirada), nem para vereador entrou. Será que finalmente o Paulo Portas e a sua irritante dentadura pasta medicinal couto vão perder tempo de antena? Ou vai conseguir um contrato para o novo anúncio da Corega Tabs? Porra!
Eleições 5: As minhas felicitações pessoais vão para o Carmona Rodrigues. Sim senhora, ganda sonso! É que não é por nada, mas saber fazê-las assim também tem o seu mérito e temos que o saber reconhecer! Com a cagada que ele fez, oh meus amigos, se tivesse limpado as mãos à parede, não havia criatura que não tivesse dado pelo cheiro! Mas ele, qual quê? Escondeu-as muito bem escondidas atrás das costas, não fez ondas, e pimba, terceiro lugar logo ali atrás do Abstenção e do Costa! Boa!
E pronto queridos clientes, por hoje é tudo. Bem que eu queria dedicar-me a um excelente texto publicado esta semana pelo grande humorista aqui da cidade, D. António Marcelino, sobre a proposta de agilização do processo de divórcio, mas já não dá. Fiquem pelo menos com o dito para que possam dar umas saudáveis gargalhadas, já que o meu humor, queridos, às vezes é mau, às vezes é assim-assim, mas nunca chega aos calcanhares deste grande senhor. Paciência!
Fiquem com a beijoca do costume da vossa
Rosarinho
Mas vamos ao que interessa:
Eleições 1: Ganhou o gajo de sempre, um tal de abstenção. Mas também como sempre, não vai assumir o lugar. E porquê? Porque este gajo ganha à custa do pessoal que, como já sabe que não tem amigos nem conhecidos nem nada nos outros partidos e que, portanto, não vai mesmo ganhar nada com aquilo, opta por cagar nisso e ir dar uma volta ao centro comercial ou bater uma sesta. Não é uma base de apoio muito sólida, digamos.
Eleições 2: Não indo o Sr.Abstenção assumir a presidência da Câmara, alguém terá que o fazer, neste caso o António Costa que foi o que conseguiu mais adeptos logo a seguir. E eu, desde já, quero aqui oferecer-me para assessora, o que nos tempos que correm significa “bufa”. O bufo, como se sabe, tem sido uma personagem muito mal vista e injustamente acusada de variadíssimas desgraças. Eu, nem percebo porquê (até porque acho que o portuga é bufo geneticamente), nem tenho preconceitos nenhuns contra isso. Dr. António Costa, desde que o senhor me pague bem, com direito a alojamento no Sheraton e viagem semanal em primeira classe a Aveiro para matar saudades, não tenho problemas nenhuns. E até lhe digo, com o arzinho de inocente que eu sei fazer quando quero, ninguém vai desconfiar. Ponho-me a circular por ali como quem não quer a coisa, levo um cafezinho a este, baixo-me para mostrar acidentalmente o decote àquele e tal… o doutor vai ver, apanho-os a todos. Já sabe meu querido, se quer manter o tacho, aposte nos cavalos certos. O meu mail está ali à direita.
Eleições 3: Os caríssimos clientes lembram-se duns cãezinhos que antigamente se punham na parte de trás dos carros e iam a viagem toda com cara de parvos a abanar a cabecita? Reparem bem nos discursos dos candidatos, mais propriamente nos lambe-cuzes que se põem sempre à volta deles, assim discretamente em segundo plano, e digam-me se não é tal e qual. Um mimo! Ele há merdas que nunca mudam!
Eleições 4: O Telminho, o do PP (Partido da Peixeirada), nem para vereador entrou. Será que finalmente o Paulo Portas e a sua irritante dentadura pasta medicinal couto vão perder tempo de antena? Ou vai conseguir um contrato para o novo anúncio da Corega Tabs? Porra!
Eleições 5: As minhas felicitações pessoais vão para o Carmona Rodrigues. Sim senhora, ganda sonso! É que não é por nada, mas saber fazê-las assim também tem o seu mérito e temos que o saber reconhecer! Com a cagada que ele fez, oh meus amigos, se tivesse limpado as mãos à parede, não havia criatura que não tivesse dado pelo cheiro! Mas ele, qual quê? Escondeu-as muito bem escondidas atrás das costas, não fez ondas, e pimba, terceiro lugar logo ali atrás do Abstenção e do Costa! Boa!
E pronto queridos clientes, por hoje é tudo. Bem que eu queria dedicar-me a um excelente texto publicado esta semana pelo grande humorista aqui da cidade, D. António Marcelino, sobre a proposta de agilização do processo de divórcio, mas já não dá. Fiquem pelo menos com o dito para que possam dar umas saudáveis gargalhadas, já que o meu humor, queridos, às vezes é mau, às vezes é assim-assim, mas nunca chega aos calcanhares deste grande senhor. Paciência!
Fiquem com a beijoca do costume da vossa
Rosarinho
7/13/2007
7/11/2007
TRALHA POR TRALHA, TENHO CÁ MUITA
Alguém me sabe esclarecer se é verdade aquela informação que anda por aí a correr de mail em mail sobre o sobrinho-neto do homem das botas ir receber vitaliciamente uma pensão de 2000 euros mensal actualizável pela generosa acção de "doar" as tralhas do tio-avô ao museu de Santa Comba?
É que isto é assim: Eu pessoalmente estou-me a borrifar para o facto de haver ou deixar de haver um Museu Salazar. Já há para aí museus de cada coisa, cada uma mais inútil que a outra que é naquela... Que eu saiba, até um museu de bananas há algures no mundo e, cá na choldra, não há parvónia que não tenha uma casota daquelas onde metem uns espantalhos em trajes regionais sentados ao pé da lareira com umas chouriças de plástico penduradas e umas panelas numas prateleiras e chamam àquilo museu etnográfico. Por isso, é mais parvoíce menos parvoíce.
Por outro lado, não vejo porque é que não há-de haver um museu do estado-novo. É um facto. Faz parte da nossa história e do que nós somos. Negar isso é pateta. Se um grupo de "massarros" vai querer fazer daquilo um lugar de peregrinação ou lá o que seja, o problema é deles. Os portugueses têm uma predilecçãozinha especial por estas coisas e gostam que os façam de parvos. Já acontece o mesmo em Fátima, com o padre Cruz e até com a santinha da ladeira, de quem se soube há uns anos andar uma horda de pategos a comer o sangue menstrual em hóstias. Nada a fazer. E bem vistas as coisas, vai ser um fenómeno que acrescentará o seu quê de pitoresco à zona e atrairá ainda mais visitas. Desde que vão controlando a malta e não os deixem cagar por ali tudo com cascas de melão e garrafas de plástico, na boa.
Por tudo isto, não assinei a petição que recebi dum grupo qualquer de cidadãos anti-fascistas contra a criação do museu dedicado ao imitador de fascista Salazar.
Agora, esta nova informação de que a Câmara Municipal de Santa Comba está disposta a pagar ao marmanjo que vai ceder as tralhas que lá guardou do tempo do velho, a quantia de 2000 euros por mês, fónix, essa é outra história! Não me lixem, vou já lá abaixo à garagem ver o que é que lá tenho para fazer uma contra-proposta. Para já para já, estou-me a lembrar dumas colecções de cromos completas (sem faltar nenhum), uma fritadeiras eléctricas já usadas que me ofereceram no primeiro casamento e uns discos velhos de vinil que eu posso inclusive assinar com o nome dos artistas. Estou igualmente disposta a começar a guardar as escovas de dentes, soutiens velhos e beatas de cigarro cá de casa. Nunca imaginei que estas coisas podiam render tanto!
7/10/2007
7/09/2007
ESCLARECIMENTO
Em nome de todo o pessoal da padaria, venho aqui solenemente declarar, sob compromisso de honra, que:
1. É verdade que neste estabelecimento se continua a defender a monarquia constitucional como o melhor sistema político, por variadíssimos motivos que, quando estivermos com pachorra, explicaremos aos caríssimos clientes;
2. Apesar disso, as padeiras vêm aqui declarar, para que não haja qualquer possibilidade de equívoco, que a monarquia que defendem nada tem a ver com o Gonçalo da Câmara Pereira (que se encontra neste momento em debate televisivo a enterrar-se a olhos vistos até não se ver nem os olhinhos e que já usou pelo menos duas vezes a expressão "fer diver" que ignoramos se se trata de uma nova marca de tinto carrascão) nem com o resto da maralha pintosa e chunga que tomou de assalto o PPM;
3. Declaramos igualmente que, apesar de em caso algum nos identificarmos com o maior palhaço-candidato à Câmara de Lisboa (eleito por nós mesmas sem qualquer dúvida de que consegue ultrapassar em ridículo o próprio candidato da extrema-direita skin, quer na figura que faz quer no elevado número de bacoradas que arrota assim que abre a cloaca), não lhe negamos o direito de assumir o lugar que lhe pertence por direito no improvável caso de a monarquia vir a ser restaurada:
Olá queridos clientes! Cá estamos juntos de novo para vos ajudar a compreender os grandes fenómenos da semana que passou!
Manoel de Oliveira, esse grande vulto da nossa cultura, acaba de lançar mais uma obra. Desta vez foi um maroto, resolveu homenagear Luís Buñuel, que como já morreu não se pode defender, pimba! Já está! Manoel de Oliveira, não resta dúvida, representa bem o verdadeiro intelectual português. Segue há anos num equilíbrio perfeito numa linha de seriedade absoluta sem se desviar um único milímetro, coisa que a lusa pátria jamais perdoaria. Ou somos uns chatos de merda e nos dão o direito a usar o rótulo de inteligentes mesmo que na verdade ninguém nos aguente (mesmo os que nos elogiam), ou não somos uns chatos de merda, mas nesse caso apenas conseguiremos o rótulo de engraçadinhos. De qualquer modo, penso que graças a esta dualidade, estamos bem livres de algum dia virmos a ser homenageadas pelo grande Manoel. Isso é que ia ser uma grande desgraça, tínhamos que fechar o tasco.
Os europeus estão cada vez mais mesquinhos. Agora deu-lhes para proibir os voos da TAAG só porque os aviões andam com os pneus carecas e os comandantes não sabem dos livros de instruções! Caramba! Como toda a gente sabe, os aviões andam pelo ar e por isso não precisam de pneus para nada! Quanto aos livros de instruções, melhor seria que os bacanos não soubessem conduzir aquilo e precisassem de ir a ler o livro, tipo turista nos restaurantes! Na volta até foi por irem a ler o tal livro que vários pilotos da TAAG já se despistaram em aeroportos europeus e foram estacionar em contra-mão. Ou se faz uma coisa ou se faz outra, então?
Live Earth. Juro que não percebi esta merda. Dizem que era um dia em defesa do ambiente, mas de todas as vezes que pus os olhos e os ouvidos na televisão aquilo era um mau ambiente do caraças. Até a galdéria Madonna teve direito a aparecer, já para não falar dos comentadores de serviços que era cada um mais triste que o outro. Aquilo era um desfile de “também quero aparecer para ficar bem no retrato e não se esquecerem que eu existo” que deus me livre! Claro que ainda percebi menos aquela das maravilhas do mundo. Parecia os Jogos sem Fronteiras mas sem o Eládio Clímaco. Também nem cheguei a perceber quem ganhou aquilo, acho que foi o Cristiano Ronaldo mas não tenho a certeza. Só que parece que isso também não interessa nada. Pelo menos foi o que ouvi dizer.
Termino com as acções do Benfica que parece que há aí uns chineses que as querem comprar a 7 euros. Eu não estou nada de acordo com isto porque, apesar de não ser do Benfica nem ser um clube cá da cidade, acho que o estádio da Luz vai ficar muito mal com uns candeeiros chineses pendurados à porta, uns passarinhos que piam quando a gente passa por eles e uns dragões de plástico a forrar a caixilharia. Por isso resolvi oferecer, eu, Rosarinho, nada mais nada menos do que 8 euros por cada acção do Benfica para evitar esta tragédia. Quer dizer, não são mais que duas pois não?
E pronto queridos clientes, por hoje foi tudo. Continuação de boas férias para quem anda a banhos e azar do caraças para os totós que já as gastaram. Fiquem com a beijoca do costume da vossa
Rosarinho
Manoel de Oliveira, esse grande vulto da nossa cultura, acaba de lançar mais uma obra. Desta vez foi um maroto, resolveu homenagear Luís Buñuel, que como já morreu não se pode defender, pimba! Já está! Manoel de Oliveira, não resta dúvida, representa bem o verdadeiro intelectual português. Segue há anos num equilíbrio perfeito numa linha de seriedade absoluta sem se desviar um único milímetro, coisa que a lusa pátria jamais perdoaria. Ou somos uns chatos de merda e nos dão o direito a usar o rótulo de inteligentes mesmo que na verdade ninguém nos aguente (mesmo os que nos elogiam), ou não somos uns chatos de merda, mas nesse caso apenas conseguiremos o rótulo de engraçadinhos. De qualquer modo, penso que graças a esta dualidade, estamos bem livres de algum dia virmos a ser homenageadas pelo grande Manoel. Isso é que ia ser uma grande desgraça, tínhamos que fechar o tasco.
Os europeus estão cada vez mais mesquinhos. Agora deu-lhes para proibir os voos da TAAG só porque os aviões andam com os pneus carecas e os comandantes não sabem dos livros de instruções! Caramba! Como toda a gente sabe, os aviões andam pelo ar e por isso não precisam de pneus para nada! Quanto aos livros de instruções, melhor seria que os bacanos não soubessem conduzir aquilo e precisassem de ir a ler o livro, tipo turista nos restaurantes! Na volta até foi por irem a ler o tal livro que vários pilotos da TAAG já se despistaram em aeroportos europeus e foram estacionar em contra-mão. Ou se faz uma coisa ou se faz outra, então?
Live Earth. Juro que não percebi esta merda. Dizem que era um dia em defesa do ambiente, mas de todas as vezes que pus os olhos e os ouvidos na televisão aquilo era um mau ambiente do caraças. Até a galdéria Madonna teve direito a aparecer, já para não falar dos comentadores de serviços que era cada um mais triste que o outro. Aquilo era um desfile de “também quero aparecer para ficar bem no retrato e não se esquecerem que eu existo” que deus me livre! Claro que ainda percebi menos aquela das maravilhas do mundo. Parecia os Jogos sem Fronteiras mas sem o Eládio Clímaco. Também nem cheguei a perceber quem ganhou aquilo, acho que foi o Cristiano Ronaldo mas não tenho a certeza. Só que parece que isso também não interessa nada. Pelo menos foi o que ouvi dizer.
Termino com as acções do Benfica que parece que há aí uns chineses que as querem comprar a 7 euros. Eu não estou nada de acordo com isto porque, apesar de não ser do Benfica nem ser um clube cá da cidade, acho que o estádio da Luz vai ficar muito mal com uns candeeiros chineses pendurados à porta, uns passarinhos que piam quando a gente passa por eles e uns dragões de plástico a forrar a caixilharia. Por isso resolvi oferecer, eu, Rosarinho, nada mais nada menos do que 8 euros por cada acção do Benfica para evitar esta tragédia. Quer dizer, não são mais que duas pois não?
E pronto queridos clientes, por hoje foi tudo. Continuação de boas férias para quem anda a banhos e azar do caraças para os totós que já as gastaram. Fiquem com a beijoca do costume da vossa
Rosarinho
7/07/2007
CÁ PARA MIM FOI SÓ BATOTICE
Das sete em que eu votei, só uma foi considerada maravilha.
Não ligaram nenhuma ao que eu lhes disse e foi o que deu.
Da Europa apenas uma, e má.
Isto vale o que vale. De qualquer maneira, gostava de saber o que diriam as muitas almas que morreram no Coliseu de Roma para entertenimento do povo, se soubessem que, alguns milhares de anos depois, aquilo viria a ser considerado uma MARAVILHA.
É estranha esta tendência para deixar que o tempo apague as coisas graves.
Não ligaram nenhuma ao que eu lhes disse e foi o que deu.
Da Europa apenas uma, e má.
Isto vale o que vale. De qualquer maneira, gostava de saber o que diriam as muitas almas que morreram no Coliseu de Roma para entertenimento do povo, se soubessem que, alguns milhares de anos depois, aquilo viria a ser considerado uma MARAVILHA.
É estranha esta tendência para deixar que o tempo apague as coisas graves.
7/06/2007
SETE
Sete saias
Sete mares
Sete sóis e sete luas
Sete colinas de Lisboa
Branca de Neve e os sete anões
Sete e sete são catorze com mais sete vinte e um
Bicho de sete cabeças
Sete voltas a Meca
Sete pecados capitais
Os sete e um cão
Sete dias da semana
Sete sábios
O homem dos sete ofícios
O homem dos sete instrumentos
O diabo a sete
As sete leis universais
Sete lagoas
Pintar o sete
As botas das sete léguas
Descubra as sete diferenças
Os sete samurais
Sete palmos de terra
Era p’raí sete e picos
A sete chaves
Andebol de sete
Dança dos sete véus
Lagoa das sete cidades
Novela das sete
Jogar ao sete e meio
Sete cores do arco-íris
Sete anos de azar
Sete anos de sorte
As sete virtudes
As sete artes
Sete cabritinhos sozinhos em casa
Para cada homem sete mulheres
Sete anos de pastor Jacob servia
Nascer de sete meses
O castiçal de sete braços
Sete vidas do gato
Setenta vezes sete
Sete anos no Tibete
O mata sete
Sete notas de música
Sete chacras
O sete estrelo
Os sete sacramentos
As sete maravilhas do mundo
Sete do sete de dois mil e sete
Sete mares
Sete sóis e sete luas
Sete colinas de Lisboa
Branca de Neve e os sete anões
Sete e sete são catorze com mais sete vinte e um
Bicho de sete cabeças
Sete voltas a Meca
Sete pecados capitais
Os sete e um cão
Sete dias da semana
Sete sábios
O homem dos sete ofícios
O homem dos sete instrumentos
O diabo a sete
As sete leis universais
Sete lagoas
Pintar o sete
As botas das sete léguas
Descubra as sete diferenças
Os sete samurais
Sete palmos de terra
Era p’raí sete e picos
A sete chaves
Andebol de sete
Dança dos sete véus
Lagoa das sete cidades
Novela das sete
Jogar ao sete e meio
Sete cores do arco-íris
Sete anos de azar
Sete anos de sorte
As sete virtudes
As sete artes
Sete cabritinhos sozinhos em casa
Para cada homem sete mulheres
Sete anos de pastor Jacob servia
Nascer de sete meses
O castiçal de sete braços
Sete vidas do gato
Setenta vezes sete
Sete anos no Tibete
O mata sete
Sete notas de música
Sete chacras
O sete estrelo
Os sete sacramentos
As sete maravilhas do mundo
Sete do sete de dois mil e sete
7/05/2007
EU DEVO ESTAR É A PRECISAR DE FÉRIAS
Nós aqui na padaria (Rosarinho incluída) temos umas leves desconfianças acerca das políticas europeias relativamente, por exemplo, à maneira como se faz vista grossa à exploração de recursos e de trabalho escravo nos países pobres, ao aproveitamento de mão-de-obra barata, à destruição maciça de eco-sistemas em prol de interesses económicos, etc etc etc.
Mas andávamos todas enganadas. Grave grave é este filme de 44 segundos com uma compilação de cenas de sexo de filmes europeus publicado no site da Comissão Europeia. Pelo menos a avaliar pela polémica gerada. Fónix, está visto que não percebemos nada destas coisas!
Estou é mesmo a precisar de férias… Acreditem. Estou tanto, mas tanto a precisar de férias!
Mas andávamos todas enganadas. Grave grave é este filme de 44 segundos com uma compilação de cenas de sexo de filmes europeus publicado no site da Comissão Europeia. Pelo menos a avaliar pela polémica gerada. Fónix, está visto que não percebemos nada destas coisas!
Estou é mesmo a precisar de férias… Acreditem. Estou tanto, mas tanto a precisar de férias!
7/04/2007
E PARA QUEM ACHA QUE O DEZ DE JUNHO É UMA MERDA
Há pior.
Para os distraídos, hoje foi o dia de Camões dos cobóis, só que eles chamam-lhe da independência porque não sabem quem foi o Camões.
7/03/2007
UMA DAS VEZES EM QUE ME SENTI IMBECIL...
...foi há uns bons anos, na eurodisney.
Eu: Olha a Minie! Queres ir ter com a Minie?
A minha filha: Olha. Aquela não é a Minie. É uma empregada aqui do parque vestida de Minie.
Eu: Tá bem...
Moral da história: Os putos são menos totós do que nós pensamos.
HISTÓRIA VERDADEIRA QUE HOJE ME SALTOU À MEMÓRIA, NEM SEI BEM PORQUÊ NEM COMO
O Bolinhas tinha esse nome e isso não o incomodava. A dona, septuagenária pouco dada a brilhantismos ou ideias originais, que fazia crochet pesado em linha 6 e arroz-doce mexido em lume brando, só conhecia esse nome para gatos. Ou Tareco. Calhou ser o primeiro.
Se o Bolinhas compreendesse a linguagem dos humanos, certamente teria gostado mais de se chamar outra coisa. Outro nome qualquer mais vibrante como Genghis Khan, Alexandre o Grande ou mesmo Hipólito. Mas não compreendia, por isso, a questão do nome termina por ora.
Acontece que apesar da parca dose de dedicação cerebral que a dona do Bolinhas pôs na atribuição do nome, o afecto entre ambos era de tamanho considerável e, nem ela se atrevia a pô-lo fora de casa, nem ele deixava de voltar de todas as vezes que se escapulia pela porta dos fundos.
À falta de atributos que lhe permitissem demonstrar de forma inequívoca a sua dedicação à dona, como a fala ou a escrita, o Bolinhas oferecia-lhe presentes. Todos os dias, à mesma hora, sem falhar, ele depositava no tapete de entrada da cozinha, que dava para o quintal, um ratinho morto, porém intacto. A renúncia voluntária ao petisco era a prova cabal da sua dedicação imensa.
Acontece que a dona, por um acaso não explicado nesta história pelo único motivo de a narradora não saber qual é, tinha pavor de ratos, mesmo dos já falecidos. Acresce referir que se tratava de um pavor maior do que o normal em quase todas as fêmeas da espécie humana. Era um horror que lhe provocava paragens de respiração, tremores e pânico absoluto.
E todos os dias, quando o Bolinhas depositava na entrada da cozinha o ratinho morto e se punha à espera que a dona abrisse a porta para receber o presente, sempre que ela desatava a gritar descontroladamente e só parava quando se lhe esvaíam as cores do rosto e desfalecia levemente como convém a uma senhora, na sua linguagem de gato, o Bolinhas, orgulhoso, pensava:
- Como ela está feliz!
Se o Bolinhas compreendesse a linguagem dos humanos, certamente teria gostado mais de se chamar outra coisa. Outro nome qualquer mais vibrante como Genghis Khan, Alexandre o Grande ou mesmo Hipólito. Mas não compreendia, por isso, a questão do nome termina por ora.
Acontece que apesar da parca dose de dedicação cerebral que a dona do Bolinhas pôs na atribuição do nome, o afecto entre ambos era de tamanho considerável e, nem ela se atrevia a pô-lo fora de casa, nem ele deixava de voltar de todas as vezes que se escapulia pela porta dos fundos.
À falta de atributos que lhe permitissem demonstrar de forma inequívoca a sua dedicação à dona, como a fala ou a escrita, o Bolinhas oferecia-lhe presentes. Todos os dias, à mesma hora, sem falhar, ele depositava no tapete de entrada da cozinha, que dava para o quintal, um ratinho morto, porém intacto. A renúncia voluntária ao petisco era a prova cabal da sua dedicação imensa.
Acontece que a dona, por um acaso não explicado nesta história pelo único motivo de a narradora não saber qual é, tinha pavor de ratos, mesmo dos já falecidos. Acresce referir que se tratava de um pavor maior do que o normal em quase todas as fêmeas da espécie humana. Era um horror que lhe provocava paragens de respiração, tremores e pânico absoluto.
E todos os dias, quando o Bolinhas depositava na entrada da cozinha o ratinho morto e se punha à espera que a dona abrisse a porta para receber o presente, sempre que ela desatava a gritar descontroladamente e só parava quando se lhe esvaíam as cores do rosto e desfalecia levemente como convém a uma senhora, na sua linguagem de gato, o Bolinhas, orgulhoso, pensava:
- Como ela está feliz!
7/02/2007
Olá queridos clientes! Cá estou eu de volta para mais uma revisão à semana que passou!
Eleições em Lisboa, one down, eleven to go: Manuela Ferreira Leite entrou este domingo na campanha de Negrão, preocupada com a falta de mobilização de figuras nacionais do partido ao lado do candidato. É sempre assim, os trabalhos difíceis ficam para ela. De qualquer maneira os outros onze já estão mais descansados.
Museu Berardo: Este homem é como as cozinhas dos restaurantes, mais vale ninguém as ver. Quando não aparecia era o gajo que tinha uma colecção de arte fabulosa. Agora é o gajo que tem uma colecção de arte fabulosa, uma deficiência na fala e uma tendência para mandar foras só ultrapassada por Alberto João. Uma peninha!
A Vida de Stª Zita em livro: Sai na próxima quinta-feira. É de Zita Seabra e chama-se “Foi Assim”. Eu cá aposto 5 aéreos em como é a história dos grandes tormentos que passou enquanto militante do PCP. Só não se percebe o que lá andou a fazer tanto tempo. A mim não me apanham eles, nem esses nem os escuteiros, olha eu!
E mais uma santa mártir: A directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, demitida (não exonerada, ai esta falta de rigor!) por ter feito vista grossa a um cartaz pateta do género que os putos fazem às escondidas sobre os profes, afixado por um médico com uma fixação na adolescência. Eu achei muito bem. Se ninguém lhes punha travão um dia destes deixavam escrever nas portas das casas de banho ou, quem sabe, atirar o papel higiénico pela sanita.
Os Príncipes do povo: Estamos a passar a altura em que se assinala os dez anos da morte da princesa Diana e hoje já começámos por levar com um mega-chato-concerto de bifes malucos, organizado pelos príncipes William e Harry, que não mexeram uma palha, claro, mas deram uma entrevista. Foi um bocadinho stressante para nós, que até somos monárquicas, ver o puto mais velho a usar uma média de 53 “You know” por frase, que como os clientes bem sabem porque são cultos, corresponde grosso-modo ao nosso “tipo”. Tipo, acho que tipo, nenhum filho do tipo D. Duarte, tipo fala desta maneira. Tipo, eu espero que tipo, não!
E beijinhos para todos! Para a semana cá estarei se tudo correr conforme.
Da vossa
Rosarinho
Eleições em Lisboa, one down, eleven to go: Manuela Ferreira Leite entrou este domingo na campanha de Negrão, preocupada com a falta de mobilização de figuras nacionais do partido ao lado do candidato. É sempre assim, os trabalhos difíceis ficam para ela. De qualquer maneira os outros onze já estão mais descansados.
Museu Berardo: Este homem é como as cozinhas dos restaurantes, mais vale ninguém as ver. Quando não aparecia era o gajo que tinha uma colecção de arte fabulosa. Agora é o gajo que tem uma colecção de arte fabulosa, uma deficiência na fala e uma tendência para mandar foras só ultrapassada por Alberto João. Uma peninha!
A Vida de Stª Zita em livro: Sai na próxima quinta-feira. É de Zita Seabra e chama-se “Foi Assim”. Eu cá aposto 5 aéreos em como é a história dos grandes tormentos que passou enquanto militante do PCP. Só não se percebe o que lá andou a fazer tanto tempo. A mim não me apanham eles, nem esses nem os escuteiros, olha eu!
E mais uma santa mártir: A directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, demitida (não exonerada, ai esta falta de rigor!) por ter feito vista grossa a um cartaz pateta do género que os putos fazem às escondidas sobre os profes, afixado por um médico com uma fixação na adolescência. Eu achei muito bem. Se ninguém lhes punha travão um dia destes deixavam escrever nas portas das casas de banho ou, quem sabe, atirar o papel higiénico pela sanita.
Os Príncipes do povo: Estamos a passar a altura em que se assinala os dez anos da morte da princesa Diana e hoje já começámos por levar com um mega-chato-concerto de bifes malucos, organizado pelos príncipes William e Harry, que não mexeram uma palha, claro, mas deram uma entrevista. Foi um bocadinho stressante para nós, que até somos monárquicas, ver o puto mais velho a usar uma média de 53 “You know” por frase, que como os clientes bem sabem porque são cultos, corresponde grosso-modo ao nosso “tipo”. Tipo, acho que tipo, nenhum filho do tipo D. Duarte, tipo fala desta maneira. Tipo, eu espero que tipo, não!
E beijinhos para todos! Para a semana cá estarei se tudo correr conforme.
Da vossa
Rosarinho
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