3/31/2005

EXERCISE YOUR RIGHT TO BE INFORMED???!!!

Quem tem televisão por cabo já deve ter dado de caras com aquele programa norte-americano baptizado de "Cheaters", mais um reality show dos muitos que por aí grassam. Nada de mais, portanto. Penso até que mais dia menos dia a TVI pega na ideia e começamos a ter ao serão a família toda reunida para ver a vizinha do 5º esq a ser apanhada na cama com o homem da EDP para salvar o flop da Quinta das Celebridades.
O que é mesmo o fim da macacada é a frase-chave com que os gajos apresentam um programa em que basicamente se filma um(a) adúltero(a) sem que ele(a) saiba, se mostra o filme à pessoa traída e se fica à espera que haja a cena de porrada da ordem para mostrar ao povo sedento.
Exercise your right to be informed???!!!
Estes gajos conseguem mesmo embrulhar a merda mais fedorenta na mais inocente seriedade/moralidade!

ESTOU COM UM PROBLEMA

Esta cena das multas inflaccionadas no novo código da estrada está-me a causar um problema: Não consigo conduzir a 50 km/h. É que não consigo mesmo, tenho que ir sempre a travar! Aliás, nem acho normal andar a 50, parece-me que estou naqueles campeonatos de calhambeques ou numa cena marada tipo Jogos Sem Fronteiras, é uma onda surreal.
O que me apetecia às vezes era ter um carro daqueles tipo Kit (lembram-se?). Assim, quando eu estivesse mesmo pelos cabelos, saía e dizia-lhe:
-Olha meu, eu vou indo a pé e espero lá por ti.

3/29/2005

Desde miúda que me lembro de gostar de línguas (aqui pede-se aos clientes que não façam trocadilhos óbvios entre língua-músculo e língua-código linguístico). De gostar de as ouvir sem perceber patavina, de gostar de ler histórias infantis em francês que parentes emigrantes me traziam de Paris, as letras em inglês nas capas dos LP’s, como quem tenta decifrar segredos. Já no ciclo e depois no liceu era com alguma contrariedade que disfarçava o entusiasmo genuíno que me causavam as aulas de francês, depois as de inglês e finalmente as de alemão. Disfarçar, claro, porque ditavam os códigos ocultos dos adolescentes (e penso que ainda ditam) que quem gostar de aulas é mongo e terá que ser afastado do grupo por insuficiência de provas dadas. Saí-me bem. Ninguém desconfiou nunca.
Desde muito cedo desenvolvi também uma sensibilidade auditiva que me permitia distinguir umas das outras, línguas que não conhecia e que habitualmente se confundem, espanhol de espanha de espanhol sul-americano, chinês de japonês, holandês de flamengo e de frísio e por aí fora. Comecei a classificar as línguas segundo um método próprio e rigorosamente científico e ainda me lembro de algumas dessas classificações, que não eram mais do que o resultado das imagens que a audição de cada fonética despertava na minha imaginação:

ESPANHOL: Muitos ésses de sopinha de massa mas também muitos is antes de outras vogais. O espanhol ouve-se em preto. Os espanhóis devem morar todos em aldeias.
INGLÊS: Fala-se a enrolar a língua toda como se estivesse a mascar uma embalagem inteira de super-gorilas. É cor de sorvete de morango.
FRANCÊS: Tem que se pôr a boca a fazer biquinho como quando se está a querer ser mimado. Os érres saem da garganta. É azul.
GALEGO: Tem que se pôr xis em tudo. É como se fosse um português a falar mal. Também moram todos em aldeias.
ITALIANO: Só se pode falar a gritar como se estivessem sempre zangados e leva muitos is no fim das palavras. Os érres saem do céu da boca.
CHINÊS: Parece que ficam sem ar e não acabam as palavras, como se tivessem uma dor no peito. Não dizem érres. É verde.
JAPONÊS: Tem muitas sílabas pequeninas com muitos érres saídos do céu da boca como os italianos e com muitos tês. Fala-se muito depressa. O japonês é escuro.
RUSSO: Tem muitos nhes e nhus. Os érres dizem-se com muita força. Vê-se bem que passam frio.
HOLANDÊS: Como os cães a ladrar.
ALEMÃO: Tem muitos Aiss e fala-se como se se tivesse uma bebida muito quente na boca. É branco.
ÁRABE: Também parecem cães a ladrar mas o som sai directamente da garganta.

E vocês? Nunca tiveram pancas destas? Não?! Nem piores?!

HOJE ESTOU EM DIA NÃO

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3/28/2005

ALGUÉM SABE...

...onde é que se arranja daqueles empregos num canal de televisão ou numa revista de viagens, em que o pessoal passa a vida a passear por todo o lado à borla, ainda recebe ordenado por cima e tem direito a mandar bitaites sem qualquer pudor ou cautela tipo: "Nesta vila de Sintra há muitos palácios em estilo Walt Disney", "Cuidado com os habitantes deste país! Não falam inglês!" ou "Os locais podem ser muito afáveis se lhes derem bananas ou amendoins"?
Se souberem, eu preciso de dois, de preferência para "trabalhar" em conjunto.

3/26/2005

É MELHOR CORTAR O IP5, PELO SIM PELO NÃO

Um grupo de grunhos, perdão, cidadãos de Viseu decidiu criar aquilo a que já ouvi chamar uma milícia anti-homossexual. Embora esse pormenor não conste das notícias que li até agora sobre o assunto parece que se inspiraram na ordem social existente em países em estado de sítio como o Iraque e outros.
Pelo sim pelo não, parece-me que nós aqui em Aveiro devíamos pedir ao governo para mandar cortar o IP5, via que como se sabe é facilitadora da descida desses indígenas até estas paragens. Isso é bem visível no Verão, altura em que se ouve falar "axim" em todas as praias da nossa costa, mas isso ainda é como o outro. Vêm as famílias Ipiranga, molham os pés, comem uns frangos assados e uns gelados e voltam. Está-se bem.
Agora se começamos a ter bandos de Mariachis armados e aos gritos de guerra por aí adentro já a coisa muda de figura. Até porque, como se costuma dizer e muito bem, nunca se sabe para que lado vai marrar um estúpido.


3/25/2005

Então lá tinha que ser. Em pleno feriado a aqui a escrava a trabalhar. Mas o que é que se há-de fazer, é assim a vida. Vamos às perguntinhas da semana passada:

Ângela : Sabe como é que se põe o blogger a trabalhar rapidinho? Não Ângela, não sei, e pelo que ouvi dizer esse gajo ainda é pior do que eu, só está bem sem fazer nenhum. O que até se compreende porque a gente nem sequer lhe paga não é?
Srª Drª Maria do Rosário : Tem passeado ali pela praça que a gente sabe? Bem, eu acho que o homem ainda não tomou posse, pelo menos eu tenho andado atenta e ainda não dei por nada. Mas estou pronta para o ataque quando chegar a altura. E olha que não é a passear-me na praça. Aqui a Rosarinho não deixa nada ao acaso, quando chegar a altura verás!
Sónia : Tenho um colega de trabalho muito giro. Como é que eu posso meter-me com ele? Pois Soninha, isto é tudo muito lindo, mas as informações que dás são escassas. Sabes que isto de conquistar um gajo, apesar de geralmente não ser difícil, tem as suas nuances consoante as características da peça de caça e também consoante os nossos objectivos. A conjugação de todos estes factores altera significativamente o grau de dificuldade. Por isso, precisava que me tivesses fornecido informações mais precisas, nomeadamente: É casado ou comprometido ou é livre que nem um passarinho? É tímido ou antes pelo contrário? É cota ou ainda verdinho? É teu igual, teu superior hierárquico ou teu subordinado? E tu? Pretendes ficar com ele durante muito tempo? É para dar uma voltinha e descartar? Estás a ver? Há muitos muitos factores a levar em conta. De qualquer forma posso desde já fornecer-te as regras básicas, ou seja, aquelas que se aplicam em todos os casos.
1.Nunca, mas nunca, te armes em oferecida! Esta é uma regra de ouro, capice? Sempre sonsa, é o nosso lema! Podes mandar indirectas à frente dele que só um atrasadinho mental profundo é que não captava, podes-te baixar para apanhar o lápis que te caiu ao chão nos dias em que vais de saia curta e o gajo está mesmo atrás de ti, podes debruçar-te na secretária dele para lhe explicares um processo sem dares conta que estás com um botão da blusa desapertado, podes fazer trinta por uma linha… mas tens que ficar sempre com aquele arzinho de "Euuu???!!!"
2.Esta regra é importante e eu sei que às vezes é um bocado dura de seguir mas tem que ser. Quando a caça estiver quase na armadilha, ou seja, quando te convidar a primeira vez para qualquer coisa, tipo tomar café, almoçar, essas cenas, tens que recusar. Sempre simpática, mas ocupadíssima. E tens que dar a entender que tens resmas de gajos a atirar-se a ti todos os dias, já nem aguentas. Nada de te mostrares desesperada! Isto já para não dizer que, na primeira vez que saírem, nada de sexo! Aliás, tu és tão distraída e tão natural que nem estás a perceber que é isso que o gajo quer!
3.Esta última regra só é para seguires caso não estejas interessada em guardar a peça por toda a eternidade como nos contos de fadas e é para aplicar só quando já o tiveres apanhado. Acredita em mim, os homens são uns bichos esquisitos. Quando quiseres que ele base, um belo dia, quando estiverem no carro a ver as estrelas, num momento muito romântico, mandas para o ar qualquer coisa como: "Oh amor! Quando casarmos vamos ter seis filhos e a mamã vai viver lá para casa para nos ajudar não é?" É infalível e evitas aquelas cenas tristes do "Não quero andar mais contigo!" e ele a arrastar-se agarrado às tuas pernas, é sempre tão desagradável!
mfc : E se, quando formos para os carrinhos eléctricos, faltar a luz? É simples. Pedimos o dinheiro das fichas de volta e se eles recusarem eu ponho as mãos na cintura e faço lá uma peixeirada! Mainada!
K@ :Se há um eléctrico chamado desejo, será que a malta corre o risco de atropelamento mortal quando deita o olho à vizinha do 5º esq? Se ela for casada com um porteiro de discoteca ou com um cinturão negro sim, corre. Nesse caso, vira-te para a do 5º dto.
E finalmente, o patrãozinho .Claro que sou uma rapariga culta Patrãozinho! E se me der oportunidade, acredite que vai descobrir potencialidades minhas no domínio da cultura que nem imagina! Claro que isto está pendente de uma visita minha à Praça Marquês de Pombal, mas depois a gente fala.

3/24/2005

PAIXÃO E LUXÚRIA EM VIL DE MOINHOS

Por esta altura multiplicam-se em vilas e aldeias dramatizações várias da paixão de Cristo.

A Tia Joaquina empresta os panos da loiça e os lençóis que hão-de servir de traje aos apóstolos.
À volta duma mesa emprestada pelo carpinteiro, com uma toalha branca de linho e richelieu emprestada pela D. Francisca, debaixo duma tenda da venda da fruta decorada à imagem da última ceia de Da Vinci em versão pobre, o povo assiste emocionado a esse momento canibal em que o redentor ofereceu a sua carne e o seu sangue.
Depois vêm os soldados romanos, todos limpinhos e de igual. Os tecidos foram comprados no Paga Pouco da cidade mais próxima, ainda no carnaval, que é quando os há mais vistosos e acetinados.
E é vê-los pelo monte acima até à horta do Tio Manuel, situada na parte mais alta da terra, onde se há-de assistir em êxtase ao momento da cruxificação. À frente o homem da cruz, rodeado das mulheres e castigado pelos soldados. Atrás o povo, de roupa domingueira e guarda-chuva, que nesta altura o tempo é traiçoeiro.

E o Joaquim Augusto, escolhido para Cristo entre todos os rapazes que bebem minis no café à noite e atiram piropos às raparigas. Está tão lindo na sua cabeleira luxuriante de canudos! Quase que nem se nota a barriguinha que já espreita, um pouquinho saliente, mas quase nada! A Tatiana suspira! Foi escolhida para Maria Madalena. E o ar de sofrimento autêntico que ostenta, elogiado por todos (quem diria que tem tanto jeito esta pequena!), não é fingido. É o desespero de não saber se, hoje, aquele Cristo amarrado na cruz, junto das couves e dos feijões do Tio Manuel, vai finalmente olhar para baixo e vê-la!

3/23/2005

E NÓS ACREDITAMOS?

Ouvi um dia destes algumas participantes na Quinta das Celebridades afirmar que aquilo de que têm mais medo é de animais de grande porte.

Ora, "gaijas", deixem-se de merdas! Para conseguirem esse e outros contratos e benesses, já devem ter levado com animais de todos os portes, raças e formatos... e de cara alegre!

3/21/2005

BUT MY SON HAS A BIGGER "DUNDA"!

Quem costuma ver a série da BBC "Goodness Gracious Me" conhece esta frase.
Foi a primeira que me veio à cabeça quando uma colega me contou, na primeira pessoa, esta história:

É da geração do PREC e bruta como as casas. Acha-se a pessoa mais progressista do seu tempo, seja lá o que for que isso significa. O filho tinha uns 16 anos na altura do sucedido, com umas perninhas finas a sair duns calções enormes e aparelho nos dentes. Foi a Paris numa viagem de estudo com a escola.
A mãe entregou-lhe uma caixa de preservativos na véspera da partida e ordenou-lhe que os metesse na mala, porque "actualmente, com a sida, não se pode facilitar!". Quem a ouvisse falar tinha a percepção de que ela estava absolutamente convicta que durante uma semana as parisienses andariam de cabeça perdida atrás do filho, quiçá seria decretado estado de emergência na cidade devido à agitação! Também dava para perceber, pela frase indignada "Oh mãe! Não vai ser preciso! - Ele disse-me - Oh mãe! Não vai ser preciso! E ainda ficou todo incomodado! Estes miúdos são uns inconscientes!", que o puto só queria que o deixassem em paz e que tinha sido desconfortável para ele o facto da mãe ter invadido assim a sua intimidade.
Claro que ela o obrigou a levar os preservativos na mala e claro que o chavalo nunca mais se lembrou que levava ali aquilo. Quando voltou, a embalagem mantinha-se inviolável.
"Então não usaste os preservativos que te mandei?! Mas tu és um inconsciente ou quê?!" - e assim continuou contando a história à família toda, num verdadeiro acto de humilhação.

Não lhe passou pela cabeça um só momento que provavelmente ele nem tinha tido oportunidade de os usar. Que se calhar nem queria. Que cada pessoa tem o seu próprio ritmo de crescimento e o tempo dele ainda não tinha chegado.

À atitude de há uns 30 anos atrás, em que falar de sexo em casa era quase como libertar os maus espíritos, contrapõe-se agora esta em que se empurra os putos para a cama uns com os outros quer eles queiram quer não "porque somos modernos".

Acho que aquele, daquela vez, só aprendeu uma lição: Quando a tua mãe te meter preservativos na mala antes de uma viagem, deita-os fora antes de regressares a casa para evitares chatices e achincalhos.

ALGUMAS DÚVIDAS E ALGUMAS CONSIDERAÇÕES FILOSÓFICAS PARA DAR INÍCIO À SEMANA.

No Carrefour de Aveiro os preservativos são vendidos na secção de vinhos. O que é que eles pensam que as pessoas vão fazer com as garrafas?

No bairro onde eu moro as mulheres passeiam-se de um lado para o outro de pijama. Será uma sociedade secreta?

Os escuteiros costumam andar com um pau na mão. Porquê?

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas quer que as fraldas passem a ser tributadas à taxa de Iva de 5%. Será que os filhos, além de muitos, são tão cagões como os pais?

Ontem começou a primavera...

…e algumas pessoas já puseram as tendas de campismo a arejar! Promete!
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3/18/2005

E então cá estou eu para a minha visitinha do costume, no dia em que todos os nossos clientes estão danadinhos para ir de fim de semana e por isso não me ligam nenhuma. Sei muito bem que foi por isso que a patroa me deu este espaço neste dia a esta hora, tal como fizeram na SIC Notícias com aquela moça que fala pelo nariz e não faz pontuação. Puseram-na a apresentar as notícias logo pela manhã quando ainda está tudo a dormir que a lixaram. Mas eu não me importo, sei esperar. Quando eu for uma estrela dos blogues tomo conta disto tudo e ela vai ver...
Adiante.

Hoje começo pelo já meu amigo íntimo Bagaço Amarelo , que foi um querido e me mandou uma prendinha: um mp3 com a música Petite Demoiselle do Art Sullivan. Claro que já não é do meu tempo mas gostei muito, obrigada! A minha tia Maria das Dores então, ficou numa excitação que nem se fala e está convencida que, apesar do seu 1,80m e dos seus 120 kg (a maior parte dos quais no peito e no lombo, por isso é que eu lhe estou sempre a dizer para não usar aqueles casacos cor-se rosa bebé com botões dourados), aquela música foi escrita para ela. Mas o que eu vos queria mesmo mostrar é que, ao contrário do que diz a patroa (que tem a mania que eu sou uma Maria-ninguém), eu tenho amigos importantes! E por isso hei-de chegar longe! O Bagacito vai publicar um livro que sai no princípio de Abril e que se chama “Numa Avenida de Merda” e parece que é sobre o estacionamento em segunda fila na Lourenço Peixinho nas horas de ponta, não tenho a certeza porque ainda não li. E não, não admito bocas foleiras! Já houve um senhor que escreveu um chamado “O Amor é Fodido” e no entanto era monárquico e tudo! Gente fina!
Além disso, este meu amigo realizou um filme (agora é que devem estar todos roidinhos de inveja), que foi apurado para o Festival Audio Visual Black an White , (sem cunha!) e vai ser exibido no Redondela em Curto . Não me perguntem o que é, são coisas de galegos!
E pronto! Mordam-se! Se quiserem o mp3 do Art Sullivan ainda vos mando, vá lá…

A Nanita pergunta como é que se convence alguém que caiu dumas escadas a ir fazer uma radiografia. Oh Nanita, que pergunta tão difícil, vocês matam-me! Experimenta empurrá-lo outra vez pelas escadas, pode ser que tenha o efeito contrário! Depois diz-me se resultou.

A Wakewinha (ainda não sei pronunciar isto) diz que tem que escrever um essay em Alemão. Olha, se for para a escola, podes escrever qualquer coisa porque os professores não lêem, atiram os papéis ao ar e os que caem em cima da mesa passam, os outros chumbam. O que tu tens mesmo é que “mostrar” ao profe que tens dotes suficientes para passar a alemão e a qualquer outra cena, topas?

Ao mfc a patroa manda um recado: Diz que não tem inveja porque não gosta de carros de choque. Não ligues, é uma sonsa!

E é tudo meus queridos! Até Sexta!

HOJE ACORDEI OUTRA VEZ VIRADA PARA AS ARTES

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3/16/2005

NÃO HÁ DIREITO

Hoje no intervalo de almoço, enquanto lia o jornalito no café, vi um anúncio no capítulo "Contactos" que dizia "Bruno, 20A, activo/passivo..." e fez-se luz no meu espírito.
Isto porque há dias estava a preencher o IRS para mandar pela internet, mais o meu cara-metade, e vi lá que estamos classificados como "sujeitos passivos".
Isto de eles nos sodomizarem a carteira já é mau, ainda terem a lata de nos chamarem sujeitos passivos é pior ainda. Está mal!

JÁ É OFICIAL, TEMOS AUTORIZAÇÃO EXPRESSA

À entrada no edifício dos Paços do Concelho, onde retomou as suas funções como presidente da CML, Pedro Santana Lopes disse peremptoriamente aos jornalistas: "Chamem-me o que quiserem."

Ok, então eu começo: Cabrão! Ignorante! Vaidoso! Pavão! Convencidoooooo! Inculto! Patego!

Venham daí mais!

3/15/2005

AI QUE CARALLO!

Vi na hora de almoço, na Television Galicia, uma notícia que não deixou de me surpreender um bocadinho.
Ao que tudo indica, médicos galegos que trabalham em hospitais do Porto e Braga estão a ser literalmente perseguidos pela GNR, que lhes apreende os documentos das suas viaturas pessoais, adquiridas em Espanha.
Segundo testemunhos, há pessoas que foram acossadas (palavra utilizada, embora eu não tenha a certeza que em Galego tenha a mesma força que tem em Português) depois de estacionarem e saírem dos seus carros, já dentro de centros comerciais, cafés ou outros locais.
Queixam-se de que as autoridades portuguesas não lhes dão qualquer informação sobre o que se passa.
Não se trata de um nem de dois casos. Era uma sala cheia de pessoas que se reuniram para contratar advogados.

Parece-me uma história bem estranha e apesar de tudo mais própria duma república de bananas do que duma de batatas e azeite. Eu nunca tinha ouvido falar deste assunto nas notícias de cá. Vocês ouviram?

Estou a ficar assim.

3/14/2005

O DIÁRIO DE AVEIRO TRAZ ESTE ANÚNCIO

DUAS MENINAS Apertadinhas! Se não acreditas, Experimenta! 916***451

Oh pá, eu acredito. Na boa! O pior deve ser quando elas tiram a cinta.

OS PROFESSORES CHANFRADOS



Alguém sabe por onde estes andam? Nunca mais lhes pus a vista em cima.

Universidade de Aveiro – mil novecentos e oitenta e picos – PROFESSOR CEREJEIRA
Primeira aula. Primeirinha, tudo caloiro. O profe começou por se dirigir à amedrontada assembleia assim: - “Boa tarde. O meu nome é Manuel Cerejeira. Pelo nome, vocês podem ser levados a pensar que tenho alguma coisa a ver com o cardeal Cerejeira, mas não se preocupem. Tenho mesmo. Era meu tio.” – E mais à frente: - “Comigo nenhum aluno chumba desde que tenha 8,5. E porquê? Porque 8,5 arredondado é 9 e é indecente chumbar com 9 por isso nestes casos dou mais um valor”
Bem depressa descobrimos, porém, que ter 8,5 com o Prof. Cerejeira era qualquer coisa equivalente aos trabalhos de Asterix multiplicado por 10. Pelo menos metade dos nossos colegas eram finalistas ou quase finalistas, pendurados naquela disciplina do 1.º ano.


Coimbra – mil novecentos e oitenta e mais uns picos – PROFESSOR CRUZ VILAÇA
Oral de direito fiscal. A minha pior disciplina. Odiava mais aquilo que sopa de favas requentada. O sacana sabia. Sentou-se à minha frente, descalçou os sapatos e pousou uma perna em cima da cadeira da frente. Estava de meiinha branca. Fez-me uma série de perguntas sobre o Código Fiscal que tinha um nome mais pomposo do que isto mas eu não me lembro. Eu não falhei uma, respondi sempre mal. Ele ia dizendo, com um sorriso de gangster de filme americano: “Muito bem! Muito bem!”. Aproveitador! Explorador de indefesos!

Universidade de Aveiro – mil novecentos e noventa e picos – PROFESSOR XPTO
Aula de Literatura Portuguesa do Séc. XIX. Cheio de tiques, o homem vociferava, depois de ter perguntado a data de nascimento de um poeta qualquer e ninguém saber. “Vocês só sabem uma coisa! Ver o Big Show Sic! Mulherzinhas horrorosas! Não têm trabalho doméstico para fazer em casa? Vão para casa! Não vale a pena andarem cá! E vocês (agora era com o grupo angolano), porque é que não fazem as malas e não vão para o vosso país? Olhem, sabem uma coisa? Vão para casa, leiam muito, façam as palavras difíceis... pode ser que lá para Setembro já possam fazer esta cadeira com dez!”
Este professor, além de mal-educado, tinha fama de homossexual, o que na verdade é irrelevante. Só que cá para nós o gajo era mas é maricas mesmo!

Lembro-me que quando era miúda e me levaram a visitar o Aquário Vasco da Gama houve uma coisa que me fascinou em particular: O aquário dos carapaus. Fiquei largos minutos a olhá-los.
Porque até aí nunca tinha pensado que existiam carapaus vivos, fora do prato.

3/11/2005

Ora cá estamos então queridos fregueses, para responder às questões desta semana. Devo confessar que algumas me deram uma trabalheira e me exigiram quilos de investigação. Pela porcaria de ordenado que tenho, só mesmo o meu amor por vocês me leva a estes sacrifícios, acreditem. Mas vamos ao que interessa.

K@ : Qual o destino (de férias) que devo escolher?
O K@ deve estar a gozar com a malta, só pode. Ainda o povo anda todo a bulir e desesperado pelo feriadito que aí vem pela páscoa e ele a falar de férias. Mas está bem, espero é que, por elementar justiça divina, quando chegar o Verão possa eu estar de papo para o ar na Praia da Meia Laranja a ouvir os meus ókitókis e tu a dar o litro. A minha sugestão é aquelas excursões de que nos metem agora folhetos a torto e a direito na caixa do correio. Por uns míseros 10 ou 20 euros passas uns dias e comer e a beber do melhor em Vigo, Santiago de Compostela ou na pior das hipóteses Parque da Senhora de La Sallete, oferecem-te um presunto e um garrafão de 5 litros de tinto, e só tens como handicap teres que aturar no final um engravatadinho a ameaçar-te com bons modos que não te põe de volta em casa e te deixa a pé no meio da auto-estrada se não lhe comprares um colchão ortopédico em suaves prestações que vão durar até ao final da tua vida e passar para os teus filhos e netos. Mas aqui também só tens que ameaçar o gajo com a DECO e está feito. Quanto àquele pequeno mal-entendido sobre uma resposta que te dei há uns tempos quando estava em tensão pré-menstrual e que levaste tão a peito, qualquer dia a gente combina aí um jantarinho, conversamos sobre o assunto e fazemos as pazes. Ok?

CosmicMen : O CosmicMen não faz exactamente uma pergunta mas sim uma afirmação. Diz ele que vai fazer um abaixo-assinado para entregar aos meus patrões, para que eles me dêem um aumento igual ao défice português de 2004. Oh querido, obrigada! Do fundo do coração! Mas desde já te digo que isso é tão impossível como a vovó Teresa deixar de levar os namorados das netas para casa enquanto for viva. Se assim fosse eu ficava mais rica que o Bill Gates e passava para primeiros na lista da revista Forbes, estás a ver?

O Vizinho pergunta se eu tirei a foto que está à entrada do meu consultório num dia de vento. Vizinho, seu malandreco! Isso não é uma puta duma pergunta que se faça a uma mocinha! Que mau! Pois fique sabendo que tirei a fotografia num dia em que fui à primeira comunhão da filha duma prima minha, estava super-elegante! Veja aqui a fotografia na íntegra e confesse lá se não estava! Claro que eu, para ser boa como o milho, não preciso destes enfeites todos. A minha beleza natural mais umas becas de algodão a encher o soutien (que infelizmente nesse dia não pude usar) são suficientes para parar o trânsito em qualquer lado, especialmente em terminais TIR. Já agora, aquela mastronça dois lugares à frente de mim é a Carminho, a outra empregada aqui da padaria. É uma gorda e uma convencida, tal como a patroa (cala-te boca), mas eu tenho é que ter cuidado com a gaja que ela é perigosa e uma víbora mentirosa! Até já foi dizer à patroa que eu me faço ao marido dela, sonsa! Um dia destes apanho-a no armazém da farinha e esgadanho-lhe aquela cabeleira loira pintada toda até ela ladrar!

Batatas (pergunta recebida por mail): Qual o melhor sítio ao ar livre aqui na zona para dar uma trancada no carro, em paz? À beira da Ria, na beira da estrada para Cortegaça? Já agora, já tem alguma opinião formada sobre o Motel Eclipse, em Angeja?
Batatas, Batatas... a tua pergunta deu-me um trabalhão, querido. À primeira quando li até pensei que querias dar uma trancada no carro itself e ia dizer-te para consultares aquela tua enciclopédia para saberes qual o nome que se dá a quem tem a tara de afinfar ao cano de escape. Depois li novamente e acabei por entender, ora o que tu queres é dar uma trancada, dentro do carro e com outra pessoa! Estou mais descansada, a sério, até porque sempre te achei um rapazinho sensato que deve ter o crisma feito. Então é assim: A minha experiência diz-me que à beira da ria, por exemplo na estrada velha ao pé da lota, é um sítio fixe. Toda a cidade sabe que aquele lugar é para isso e ninguém para lá vai depois duma certa hora ler o jornal ou ouvir Rute Marlene. É assim tipo um pacto social. O que é preciso é ter cuidado com o tipo de carro que se leva, pois com a maquineta errada pode ser muito, muito perigoso. Um dia estava eu lá com o meu Alberto, muito entusiasmados, num daqueles Citroen Diane com mais de 20 anos e uma suspensão marada e, quando demos por ela, estávamos no meio do IP5 com o people todo a buzinar numa fila de perto de 10 Km. Olha se aquela merda tem saltado para a ria?!... Não estava aqui hoje a escrever isto de certeza! Quanto à outra questão, a do motel, devo confessar-te: Eu nunca estive num motel, acho uma exploração. Não há necessidade! Eu e o Alberto, quando precisamos, vamos por exemplo para casa da avó dele que está entrevadinha e muda. Toda a gente acredita que vamos para lá tomar conta da velha e ninguém chateia. Só há um inconveniente: a casa só tem uma assoalhada, mas também o máximo que a cota consegue é emitir uns ruídos e fazer uns gestos obscenos quando depois alguém lá vai visitá-la e toda a gente pensa que, além de entrevada e muda está maluca! Pronto, está bem, eu sei... copiei esta ideia do Crime do Padre Amaro!... Não deixam passar nada!

mfc : Pergunta se a patroazinha já deu o aumento prometido. Para já quem prometeu o aumento foi o patrão num dia em que foi lá à padaria e eu estava com a minha mini-saia tipo cinto, só que como eu acho que ele tem um bocado de medo dela nunca mais se chegou à frente, que a gaja, digo-te a verdade, é uma bruxa! Coitado! Por isso a resposta, já sabes qual é. Nepa. Mas também que raio de cavalheiro és tu? Não me digas que não me pagas umas voltinhas de carrinhos de choque! Irra!

Por hoje meus queridos, é tudo. A Rosarinho (isto é, eu) volta na próxima sexta-feira! Tenham todos um fim de semana baril! Beijinhos!

SOU SÓ EU OU ISTO TAMBÉM VOS ACONTECE?

Já todos entrámos, mais ou menos vezes, naquelas lojas onde o preço de venda ao público dos objectos se separa do custo de produção dos mesmos a uma velocidade superior à da luz. Por exemplo, um pratinho de sobremesa que custou 50 cêntimos a produzir, (ordenados incluídos) é vendido por 250 euros porque entretanto passa por um processo de construção de imagem que nos leva a acreditar piamente que a sua posse nos permite atingir um nível superior de existência.
O que eu nunca vou entender é porque motivo, quando eu faço involuntariamente e irresistivelmente, cara feia ao preço que o(a) empregado(a) me informa, este(a) olha para mim com ar de desdém, de nariz empinado, como quem está a pensar qualquer coisa como: "Esta pelintra não tem dinheiro para ter pratos destes."

O que eu penso sempre nessas alturas é: "Mas afinal quanto ganha este(a) gajo(a)?"

3/10/2005

COMO SE JÁ NÃO ME BASTASSEM AS PARVAS QUE AQUI TENHO

Recebi esta coisa por mail.
Despacho: "Tomei conhecimento, mas este assunto não diz respeito a este departamento".
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A PADARIA SEGUE DENTRO DE MOMENTOS

Apesar de habitualmente termos a boa ou má capacidade de amassar posts...

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...com uma perna às costas...

...hoje estamos numa crise de inspiração.

O que vale é que amanhã é dia de Rosarinho.

3/09/2005

É DO CARAÇAS!

Cada vez que vejo esta senhora na televisão penso sempre que ela vai dizer qualquer coisa do tipo “Roupa para passar era aos montes! Só camisas do marido, credo, mais de vinte! Aquelas casas de banho estavam um nojo! Era cabelos da gaja por todo o lado! Os quartos dos garotos era só embalagens de yogurte e papéis de chocolate! Mas os tectos não limpei eu! Por causa da minha espondilose! Que os limpe ela, aquela malandra!”
Afinal depois ela começa a botar discurso e aí é que eu me lembro que até tem um cargo importante! É doutora e tudo!
Ai o carago, a minha cabeça!

PASSATEMPO DIA DA MULHER FARINHA AMPARO - ACTA DO JÚRI

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Aos 9 dias do mês de Março de 2005 reuniu o júri do passatempo Dia da Mulher – Farinha Amparo, constituído por Didas, Rosarinho e Carminho, que deliberou o seguinte:

Ponto 1. Considerar como certas as respostas que fossem dadas da seguinte forma: Na pergunta 1, Inês de Castro, na pergunta 2 Maria, Nossa Senhora ou Nossa Senhora de Fátima e na pergunta 3 Amália Rodrigues.
Ponto 2. Analisadas as várias participações, foi deliberado atribuir prémios ex aequo a Kitty , Kalvin , Ângela e Papá Urso .
Ponto 3. Aceitar ainda como certas, apesar do abandalhanço e tendo em conta que ficou suficientemente explícita a intenção das respostas, as participações de Tiago e Papo-Seco .
Ponto 4. Eliminar por abandalhanço total os concorrentes mfc e Robina e exarar em acta um voto de protesto face à falta de respeito demonstrada por estes participantes relativamente às personagens em questão. Esta padaria é uma casa séria.
Ponto 5. Sujeitar os concorrentes Gotinha e Polittikus a uma sessão de 50 chibatadas em público e fazer queixa aos professores de história que eles tiveram no básico, por confundirem a Rainha Santa Isabel com a Inês de Castro. A primeira foi distinta esposa de D.Dinis, mãe de D. Afonso IV, que por sua vez era sogro de D.Inês de Castro, amante de D. Pedro, havendo portanto duas gerações de distância entre elas. Foi esta piedosa senhora, muito diferente da outra desavergonhada que, andando a prestar assistência aos fogosos pobres da região, terá proferido a célebre frase “São Rosas Senhor!” (quem é que não aprendeu esta merda na primária?). Existe sim uma descendente dela que tem hoje em dia um blog didáctico.
Ponto 6. Foi ainda apreciada uma reclamação apresentada pela Srª D. Maria do Rosário , segundo a qual as mulheres escolhidas não foram as mais indicadas. Neste ponto foi deliberado informar a reclamante que, de facto, estas escolhas são sempre subjectivas e discutíveis, tendo sido até por esse motivo que a menina Rosarinho já recusou um convite para fazer parte da comissão que escolhe os nomeados para os vários prémios nobel. No entanto, tendo em conta o objectivo (escolher personalidades que tivessem contribuído para moldar a imagem da mulher como entidade abstracta na cultura portuguesa), o júri foi de opinião que a Marisa Cruz não passa de um fait-divers e a Santa Joana um fetiche regional sem grande expressão. A outra, o júri nem sequer captou de quem se trata, pelo que apresenta as suas desculpas pela falta de cultura geral revelada. As escolhidas, na opinião do colectivo, espelham de forma clara a mulher portuguesa no imaginário popular, ou santa ou puta, mas sempre, sempre, sofredora por inerência do cargo.
Ponto 7. O júri deliberou solicitar aos concorrentes referidos nos pontos 2 e 3 que nos remetam, por e-mail, endereço completo para onde deverá ser enviado o prémio (com código postal certinho) já que desta vez o troféu é real e não virtual.

E nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e estas malandras do carago foram postas a bulir.

3/08/2005

GRANDE PASSATEMPO DIA DA MULHER FARINHA AMPARO

No seguimento da mais recente mania vigente aqui na loja (a de organizar passatempos idiotas com prémios virtuais), apresentamos o Magnífico Brioche Virtual Dia da Mulher 2005.
Eu e aqui as minhas empregadas (que como sabeis são todas mulheres) reunimos à pressa numa hora morta e decidimos prestar a nossa homenagem a três mulheres que, quer se queira quer não, influenciaram de forma indelével a cultura, a atitude e a imagem das mulheres neste nosso jardinzinho à beira-mar. Azarito para nós que nunca mais nos livramos disto.
Depois de muita discussão para escolher as homenageadas entre vários nomes que tínhamos em cima da mesa ao pé do rolo da massa, eu dei um berro, mandei as gajas trabalhar e ficou decidido por unanimidade que seriam estas que se seguem. A vossa missão, queridos clientes, é adivinhar quem elas são apenas através da descrição das suas vidas, características e dos seus heróicos feitos. Apenas uma ajuda: Estão por ordem cronológica. Vamos lá.

1-Apesar de se ter tornado famosa em Portugal, esta miúda era galega, o que vem a dar no mesmo mais coisa menos coisa. Veio para Portugal a acompanhar a patroa como aquilo que pode ser designado hoje por “assessora pessoal”. Mais tarde, amantizou-se com o marido dela, de quem teve vários filhos e não soube ser discreta, o que foi, literalmente, a morte da artista. Como naquele tempo o pessoal não estava com meias medidas o sogro, fartinho de ser espicaçado pela nora e legítima e mais alguns beatos que lhe f*diam a cabeça todos os dias, mandou limpar-lhe o sebo a pensar que ficava o caso arrumado. Enganou-se. Ainda hoje o pessoal se derrete todo com aquilo que intitula de grande amor e acredita que uns calhaus avermelhados que se encontram ali para os lados de Coimbra são o sangue da gaja, que, como se está a ver, ficou pela boazinha da fita. A este desfecho não terá sido alheio um gajo zarolho que viveu uns anos depois e escreveu uma porra duns versos sobre a chavala que são hoje de leitura obrigatória nas aulas de português. Quem é?

2-Esta ficou conhecida pela sua mania estranha de subir às árvores e meter-se com putos analfabetos que por ali andavam, pregando-lhes grandes sustos. Rezam também os escritos que sofria de grande megalomania nunca diagnosticada na época, que a levava a acreditar ser capaz de acabar com os regimes comunistas de leste, sozinha e sem qualquer ajuda da conjuntura económica e social. Além disso afirmava a pés juntos que era mãe dum gajo que tinha nascido há quase dois mil anos, o que era totalmente impossível como se sabe. Usava umas roupas completamente demodé e uma coroa na cabeça. Ainda hoje não se sabe se usava ou não cuecas, mas houve pelo menos um puto chamado Francisco que depois de a ter visto de baixo para cima empoleirada numa árvore, ficou catatónico e nunca mais falou, nem quando levou umas porradas do presidente da junta e do prior. Quem é?

3-Esta nasceu em 1920 e fez a primária na Tapada da Ajuda. Depois de descobrir que a vocação dela era ir ao programa “Ídolos” desistiu de estudar, ficou com o exame da terceira e passou a viver só para aquilo. Só que como ainda não havia esse programa limitava-se a passar grandes secas a todo o pessoal com as suas cantigas. Como já ninguém a podia ouvir lá no bairro encaminharam-na para uma casa daquelas onde pessoal que sofre de brutais depressões vai tentar passar as suas depressões aos outros e geralmente consegue e ainda é pago para isso, o que a ajudou a tornar-se no maior bluff musical de todos os tempos em Portugal, maior mesmo do que os mais recentes Maria João (aquela da voz Pato Donald) e Pedro Abrunhosa (aquele que como não tem voz limita-se a falar acompanhado ao piano). Ganhava rios de dinheiro mas, para manter a imagem de marca, andava sempre com uma cara que parecia que tinha morrido o cão de estimação todos os dias. Morreu em 1999 e foi parar ao Panteão, não se percebe bem porquê. Quem é?

ESTA PADARIA, HOJE, ASSOCIA-SE AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

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3/07/2005

THE SHOW MUST GO ON

Este fim de semana, dois acontecimentos (pelo menos) dignos de registo:

1.Cena digna duma donzela desgostosa de amor que reúne num laçarote de cetim as cartinhas e as vai devolver ao marmanjo que a desvirginou. Hoje ouvi, nas notícias da manhã, um querido qualquer do CDS de que não sei o nome afirmar que o envio da foto de Freitas do Amaral para o Largo do Rato, por correio, é porque ele “já não gosta do partido” (sic). É tão pitoresco este pessoal do sapatinho vela e da madeixita loira!


2.Na última edição do Expresso pode ler-se que Luís Filipe Menezes terá afirmado que os jovens licenciados à procura do primeiro emprego devem aprender chinês ou árabe e assim conseguirão arranjar emprego em 24 horas.
É bom ver que mesmo sem o Santana o PSD continua vivo e de saúde e com capacidade para nos proporcionar, no futuro, grandes momentos de boa disposição e galhofa!
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CACETES VIRTUAIS

E cá estou eu para fazer a entrega dos cacetes virtuais aos clientes participantes no passatempo Histórias Infantis.
Acertaram em cheio três clientes:
Saltapocinhas, Papá Urso e João Zun. Parabéns a todos.
O júri (ou seja, eu) deliberou ainda atribuir a Papo-Seco o cacete especial da inspiração literária e a mfc o cacete virtual do jet-set (preterindo as respostas acertadas que este cliente enviou por mail).
Quero apenas terminar informando que já enviámos à nova ministra da educação ainda não empossada, D.Maria de Lurdes Rodrigues (é assim?) os textos para adopção e leitura obrigatória no primeiro ciclo. Esperamos que a proposta seja aceite.

E pronto, cá estou eu fantasiada de Capuchinho Vermelho, a minha personagem preferida, para vos entregar, no cestinho, os vossos cacetes. Escolham à vontade mas não se peguem.

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3/04/2005

Pois é meus queridos, chegou finalmente mais uma Sexta-feira, dia em que a patroa já anda com tudo aos saltos a imaginar a sorna que vai fazer em dois dias seguidos a levantar-se às 11 e pelo menos deixa-nos em paz. E mais, nem dá pelo que eu aqui escrevo de tão atarantada que anda. Vamos então às dúvidas dos nossos clientes:
O MFC
coloca uma questão relativa ao seu clube que diz andar sempre a enganá-lo. Pois bem Mfc, se o teu clube é aquele que eu penso ainda ontem me enganou também porque ganhou ao Beira-Marzito à batota! Estamos iguais! Quanto ao jantar na Praça do Peixe não sei não, ainda aparece por lá o Alberto que é ciumento como o caraças e anda sempre de naifa no bolso. É melhor jantarmos lá em casa mesmo que eu deixo a chave por dentro e ninguém entra.
A Ritinha pergunta porquê tantas buscas por sexo em Odivelas. Olha Ritinha, eu penso que é em homenagem à vovó que mora lá com um pintor da construção civil mas que é uma senhora muito piedosa e, sempre que pode, dá assistência a todos os vizinhos. Também ajuda a corporação de bombeiros local e o quartel da polícia. Felizmente a vovó já está bastante recuperada desde que teve aquele avc quando estava a indicar o caminho a uns camionistas perdidos.
Por mail chegou-nos também uma questão do Bagaço Amarelo, perguntando se eu acho possível encontrar, em Portugal, pessoas como estas, para travar conhecimento ou quem sabe algo mais sério. Bagaço, posso dizer-te que a tua questão foi a que me deu mais trabalho, mas finalmente consegui chegar a algumas conclusões. Aqui em Portugal, é difícil encontrar pessoas com todos os predicados das que me mostras, especialmente no que toca ao formato de olhos e ausência de pestanas, mas consegue-se arranjar algo bastante aproximado aqui. Tenta. Tem pinta de não ser tão eficaz, mas nunca se sabe, às vezes estas sonsas dão surpresas.

E pronto. Para finalizar quero apenas deixar alguns apontamentos. Ao CosmicMen pela força. Obrigada querido, mas fica já a saber que com os ranhosos dos meus patrões é escusado, já acham que fazem um grande favor em me deixarem ter este consultório. Mas eles vão ver quando eu for famosa!...
À minha homónima Rosarinho para lhe dizer que já dei o recado à patroa que ias votar nela naquela cena dos Belascos. Ela manda dizer que muito obrigada mas é um bocado como o Garcia Pereira, toda a gente a conhece mas quando chega a vez de votar que é bom, tá quieto. Por isso perde sempre, mas tal como o outro também já está habituada. Eu cá quero agradecer a ideia de lançar o isco ao próximo governador civil. Foi genial! E então se for assim tipo Gilberto Madail, que além de governador civil ainda tinha tachos no futebol, melhor. Até já ando a escolher a lingerie com que lhe vou aparecer logo na primeira entrevista. Vai ser daquela loja brasileira no Oita que tem cuequitas em formato de cachorrinho e outros. Obrigada! Do patrão já desisti, não vale a pena, ele ainda há-de mas é arrepender-se de me ter desprezado, vais ver.
Para o Vasco tenho um recado da patroa. Ela manda dizer que muito obrigada pela alembradura e que toda a vida quis ter um belasco. Só que como ainda não vai ser desta, se não lhe arranjas uma cópia em plástico para ela pôr em cima da lareira.
À Sónia, queria só perguntar se já percebeu como é que a gente se faz passar por couve-flor e se deu resultado. Se for preciso mais algum esclarecimento estamos aqui para isso.
À Ângela quero esclarecer que já desisti de papar o patrão. Ele até anda a ficar com um ar fraquinho, quer-me cá parecer que é a bruxa da patroa que não lhe dá descanso. Pois que fique com ele que eu hei-de arranjar melhor.
Wakewinha! Então? Deu resultado com a melga?
E finalmente para o Patrãozinho. Por amor de Deus patrão! Onde foi buscar essas ideias que eu me estou a fazer ao bife e a querer enganar a patroa que é uma santa? Olhe. Combinamos assim, passa lá por casa logo à noite, a gente conversa um bocadinho, eu abro uma garrafinha de champanhe daquele fabricado em Anadia, relaxamos, depois amanhã de manhã quando se for embora vai ver que vai muito mais bem disposto. Está bem assim?

Beijinhos a todos, queridos, até para a semana e não se esqueçam de colocar as vossas questões à Rosarinho, que não sabe nada mas finge que sabe tudo que é o que é importante. Vejam o exemplo dos políticos, da Maya e do Paulo Cardoso, para só citar alguns!

PRECISAVA QUE ME INFORMASSEM...

Qual é o sítio onde a gente se dirige para encomendar leis como aquela dos monovolumes a pagar menos portagens, porque não sei e preciso duma a isentar totalmente de impostos os indivíduos do sexo feminino e nacionalidade portuguesa, nascidos antes de 1965, com 1,60m ou mais de altura e primeiro nome a começar por "D".
Também preciso de saber que papéis é preciso levar que é para não ter que lá ir duas vezes. Até porque desconfio que é preciso comprovativo de que se tem um ou mais amigos influentes e assim sendo, como na verdade não tenho, deixo aqui o meu apelo a eventuais pessoas importantes que leiam o farinha para se tornarem minhas amigas. Podem mandar proposta por mail. Obrigada.

3/03/2005

1, 2, 3 EXPERIÊNCIA

Como é do conhecimento geral está em fase de experimentação o sistema de reformas para os funcionários públicos só depois de mortos.
Para testar o novo método foi escolhido

este gajo.
Até agora está-se a aguentar.

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA EM FATOS DE BANHO

Andei a fazer mudanças e desenterrei do fundo duma gaveta uma colecção de fatos de banho. Postos por ordem, eles contam uma parte da história da minha vida, que reza mais ou menos assim:




Modelo 1: Data-Meados dos anos 80
Fase-Vocês têm celulite e eu não! Bem feito!
Reacção actual-Quem pôs esta merda na minha gaveta? Isto não é meu!

Modelo 2: Data-Transição anos80/anos90
Fase-Foleirismo vigente
Reacção actual-Quem pôs esta merda azul-turquesa na minha gaveta? Isto não é meu!

Modelo 3: Data-Finais dos anos 90
Fase-Já morri ok? Deixem-me em paz!
Reacção actual-Quem pôs um fato de banho de perna na minha gaveta? Isto não é meu!

Modelo 4: Data-2004
Fase-Tranquila
Reacção actual-Olha o meu fato de banho!

PS: Peço desculpa pela porcaria de modelo que arranjei para a imagem, que não tem nada a ver com a minha extraordinária elegância, mas é que não arranjei nada melhor. :-)))))))

3/02/2005

HISTÓRIAS DA NOSSA INFÂNCIA

Lembram-se daquelas histórias que todos ouvimos contar na infância?
Aqui estão cinco, sem título, os clientes que acertarem no títulos todos (ou seja, os que conseguirem fazer o pleno), receberão como prémio, um fabuloso cacete virtual! Vamos lá a puxar por essas cabecitas!

HISTÓRIA 1
Era uma vez uma miúda que vivia sozinha com a mãe e nunca ninguém tinha ouvido falar do pai. Nem se era vivo ou morto, nem se se tinha cortado quando soube que a namorada estava grávida, nem se era pura e simplesmente de identidade desconhecida (como se costuma dizer, tinha sido às escuras e de costas).
Ora essa miúda que não tinha pai também não tinha avô, mas tinha avó, que estava toda podre numa cama doente e ninguém lhe ligava bóia a não ser a filha, que de vez em quando mandava a neta levar-lhe umas garrafas de pinga em vez dos medicamentos receitados pelo médico da caixa, talvez quem sabe para a velha esticar o pernil mais depressa e deixar a casa, que ficava fora dos centros urbanos, num local provavelmente inserido em RAN no PDM local e por isso não valia muito mas sempre era qualquer coisa. E depois também se podia sempre subornar o pessoal do ordenamento urbanístico.
A mãe também mandava sempre a miúda a casa da avó pelo caminho mais perigoso, por onde costumava circular um famoso bandido violador pedófilo, possivelmente porque vivia numa só assoalhada ou nuns anexos alugados e precisava de ficar sozinha uns bocados para estar à vontade com o vizinho que tinha a mulher acamada e inválida.
A verdade é que o tal bandido acabou por violar e matar a velha fazendo-se passar pela miúda e logo a seguir a própria miúda fazendo-se passar pela velha.

HISTÓRIA 2
Era uma vez uma gaja já entradota que andava desesperadinha por homem. De tal maneira que resolveu enfiar-se à força num vestidão rosa choque cheio de folhos e com grande decote, dois números abaixo do dela, pintou-se com eye liner, pestanas falsas e baton da cor do vestido e foi-se pôr à janela a oferecer-se a todos os gajos que passavam. Só que a única coisa que conseguiu foi convencer um lingrinhas de voz fininha. Mas o desespero era tal que mais valia um lingrinhas do que nada. Só que afinal o gajo, além de roda 24, não tinha onde cair morto e só queria casar com uma gaja qualquer para não ter que dormir na rua e darem-lhe pelo menos uma refeição por dia. De tal maneira que no próprio dia do casamento, esgalgado de fome, foi à cozinha antes da cerimónia ver se conseguia trincar qualquer coisa, acabando por cair dentro duma panela gigante, onde morreu queimado.

HISTÓRIA 3
Era uma vez uma cota taradona, casada com um gajo viúvo, que tinha duas filhas também taradonas, todas adeptas do sado-maso. O único problema é que só tinham uma pessoa com quem praticar as suas taras. Era a filha do marido, que por sorte era completamente masoquista e passava a vida de rastos pela casa, sendo humilhada e maltratada. O pai fazia de conta que não sabia de nada para não se chatear e também porque assim sendo sempre evitava ser ele a levar umas chibatadas à noite no quarto. E assim viviam todos felizes.
Um dia apareceu um tipo todo bom, mas mesmo todo bom (assim com pinta George Clooney mas mais novo) e ainda por cima cheio de pastel, que convidou as garinas lá da terra todas para uma party na mansão.
Claro que as duas filhas da cota ficaram tolinhas para ir e já se estavam a imaginar a levar o chavalo para o quarto no meio da confusão e prendê-lo à cama com aquelas algemas cor-de-rosa que elas tinham para ocasiões especiais. A outra é que dessa vez não se quis ficar e resolveu ir também. Como não arranjou quem lhe comprasse uma roupinha à maneira para a festa teve que ir pedir à madrinha, gaja completamente passada dos pirolitos, que em vez de comprar um vestido para a rapariga, alugou, e tinha que ser devolvido até à meia-noite, o que é uma merda pois toda a gente sabe que é depois disso que as coisas começam a animar. Mas pronto, o que tem que ser tem muita força.
Acontece que por acaso o gajo foi muito mais à bola com ela do que com qualquer uma das outras que lá estavam na festa porque ,vá-se lá perceber porquê, tinha uma tara por gajas pequenitas, baixinhas e loiras assim um bocado para o desenxabido, o que provocou um burburinho tal que as outras todas já estavam por tudo e a dizer que mais valia terem ido ao concerto do U2 nem que tivessem ficado uma noite ao relento para arranjar bilhetes.
Por volta da meia noite menos um quarto a pobre rapariga, que estava no melhor da festa, recebeu uma chamada da madrinha a azucrinar-lhe a cabeça que tinha que devolver a roupa e, porque esse corte lhe tirou a pica toda, teve que bazar à pressa sem avisar nem nada. Como estava totalmente ganzada perdeu um sapato pelo caminho, que o chavalo encontrou e (suspresa!), afinal o gajo tinha era um fetiche por pés! Como já estava em suores a imaginar a cachopa a pisar-lhe a cara com aqueles sapatos de verniz preto e saltos de 12cm, não descansou enquanto não a encontrou.
Foi aí que ela descobriu que afinal não era masoquista como as outras a tinham convencido durante anos e anos a fio. E foram felizes para sempre.

HISTÓRIA 4
Era uma vez um casal já cota que não conseguia ter filhos. Por isso foram fazer um tratamento de fertilidade a uma clínica. Então, lá conseguiram ter uma miúda, que nasceu de cesariana e a quem chamaram Aurora. Só que uma vizinha, toda invejosa porque o tratamento não tinha dado resultado com ela, apareceu no dia do baptizado, sem ser convidada nem nada, e lançou uma praga dizendo que a miúda havia de ser “agarrada” até mais não.
Os velhotes, todos aflitos, resolveram mandá-la para casa de uma tia numa aldeia ali para os lados de Alijó mas, azarito, nunca pensaram que era mesmo ali no cu de judas que havia o maior consumo de droga do país.
E foi assim que a profecia de realizou. A Aurora picava-se frequentemente, até que um dia se picou e teve uma overdose tal que ficou sem sentidos e não havia maneira de acordar.
Foi o médico de serviço lá no centro de saúde que acabou por conseguir salvá-la com respiração boca a boca, e ela ficou tão agradecida que pegou nas trouxinhas e, farta de aturar a patega da tia, mudou-se lá para casa.

HISTÓRIA 5
Era uma vez uma miúda que vivia com a madrasta. Ambas tinham uma p*ta duma mania que eram boazonas que aquilo só visto. Era de tal forma que a cota chegava a pôr-se a falar sozinha para o espelho. E cada uma queria ser mais boazona que a outra. Quem não dava por nada, como sempre, era o paspalhão do pai/marido que só aparecia para jantar e dormir enquanto a mulher e a filha se degladiavam para papar os melhores gajos das redondezas.
Um dia a cota contratou um arrumador de automóveis para limpar o sebo à miúda em troca dumas coroas. Ele disse que sim, que fazia o serviço, porque era mesmo agarrado e tudo o viesse à rede era peixe. Só que no fundo não era má pessoa e até lhe fazia aflição ver sangue e em vez de levar aquilo até ao fim avisou a chavala que desaparecesse senão quem a fazia desaparecer era ele.
Assim, ela fugiu e foi viver com sete gajos muito baixinhos que trabalhavam numa mina e a partir daí foi a desbunda total em grandes geraldinas lá em casa.
Só que a outra, que era fina, começou a desconfiar não ver nenhuma notícia no telejornal da TVI sobre o aparecimento de uma cadáver em circunstâncias misteriosas e apertou com o arrumador para ele lhe dizer onde estava o corpo. Entretanto a pai da rapariga continuava tão mongo que nem deu pela falta dela.
O arrumador acabou por confessar que não tinha feito o serviço encomendado mas já não devolveu o dinheiro porque já o tinha gasto. Azar!
A madrasta, toda danada, tanto procurou tanto procurou, que acabou por descobrir onde é que a outra vivia e foi lá disfarçada de bruxa (estava-se no halloween e ela era professora de inglês por isso ninguém estranhou). O que é certo é que acabou por pôr a rapariga KO com uma cena que lhe ficou entalada na garganta mas entretanto apareceu um tipo que lhe deu uma murraça nas costas e aquilo saltou cá para fora e ‘tá-se bem.

GANHOU O BINHO

Pedi aos meus queridos clientes sugestões para saber como gastar o fabuloso aumento de ordenado que tive este ano mas infelizmente parece que a maioria quer ver-me com os copos. Porque será?

Pagar o jantar:Japinho e Saltapocinhas. Seus cravas! Não podem ver uma pessoa com um aumento!
Ir à manicura: Divas e Contrabaixos. Amassar broa com as unhas arranjadinhas deve dar de facto outra pica.
Depositar-lhe na conta:Rui. Rui, calma aí! E depois a minha comemoração?
Meia viagem na TAP para qualquer destino europeu, ou seja, ir num mês e voltar no outro:Kitty. Infelizmente não posso ficar um mês no estrangeiro. Não sei tocar nenhum instrumento para ir para uma estação de metro fazer umas coroas.
Mais um bibelot lá em casa:K@. A ideia é boa. Mas depois fico indecisa entre o galo de Barcelos, o Buda de porcelana, a Vénus de Milo em biscuit ou o passarinho cantador do chinês.
Jantar romântico no McDonald’s e passeio de moliceiro a seguir:Robina. A Robina não estava inteirada do preço das viagens de moliceiro e pelos vistos nem da adrenalina que pode ser um passeio na Ria de Aveiro no Inverno à noite.
Vinho!:Gotinha, Tita e Finúrias. Infelizmente, a quantidade de vinho necessária para eu perder minimamente o decoro não pode ser comprada com 31 euros!
Óleo extra para o carro: Wakewinha. Uau! Os carros levam óleo?! Onde? Onde?
Passear e aproveitar o sol de Inverno:Rititas. Ora aqui está uma ideia baratinha. Se for a pé...
Um fato de treino em nylon na feira da Brandoa para usar com uns sapatinhos de salto:Mascote. Sapatinhos de salto já tenho alguns. A Brandoa não sei onde fica. Terei dinheiro para a viagem de volta depois de comprar o fato de treino?
Uma sessão de compras no chinês: Ângela e TounaLua. Vocês vêm cá e ajudam-me a escolher? Ai, fico sempre tão deslumbrada na loja do chinês que nunca sei por que ponta começar...
McDonalds:Batatas E mainada.

3/01/2005

SEM TÍTULO

Quando havia vinte e cinco tostões no bolso poupados aos pequenos-almoços na escola, passávamos pelo carrocel a caminho de casa para uma voltinha. Íamos sempre nos cavalinhos de fora porque são os que andam mais e nós sabíamos isso porque nas aulas de atletismo corríamos sempre na pista de dentro.
A música misturava-se, em compassos desajustados, com o chocalhar da maquinaria do carrocel: "Eras tu, eras tu, oh Madalena! Eras tu, eras tu, oh meu amor!"
A Madalena, miúda franzina e sardenta com o cabelo curto mal aparado em casa, emocionava-se sempre: - "Estão a ver? Madalena sou eu! Esta música é para mim!" - e tinha dois minutos da mais pura felicidade por vinte e cinco tostões na feira do Rossio.

E porque diabo o programa de ontem à noite na RTP me fez lembrar isto?