Vejam estes exemplos fantásticos, que hoje seriam considerados pedofilia e chauvinismo puros.




1. Começo por um assunto que já cheira mal. Mas já que todos andam a bater no ceguinho há que tempos eu também sou filha de Deus. E prometo que vou ser breve. Adolfo Luxúria Canibal, vocalista dos Mão Morta disse em entrevista ao JN, desta forma sucinta e certeira que só os gajos inteligentes conseguem, que "Aquele comportamento (no Carolina Michaellis) é tão inconcebível que o meu filho nunca o faria. Foi instruído para isso". Basicamente é assim, se um gajo chamado Luxúria Canibal consegue educar o puto, tenham vergonha! Acabei. Mesmo!
2. D. Carlos Azevedo, bispo, acusa o governo de mentir e exige ética política, por causa daquelas tretas do costume, divórcio, aborto, e ai e tal. O que eu pergunto é, quem é o D. Carlos e o que é que interessa a opinião dele sobre o que quer que seja? Qual é o critério? Vamos começar todos a dar entrevistas aos jornais? Somos dez milhões, é capaz de não dar jeito!
3. Em Estarreja houve um incêndio no Qumiparque, logo debelado e que felizmente para a padaria, que mora aqui mesmo ao lado, não se passou nada. A Comissão de Utentes do Hospital de Salreu é que aproveitou logo para vir dizer que isto é a prova provada de que não devem fechar as urgências. E eu, Rosarinho, mesmo sem perceber nadinha de medicina (tal como eles), digo que já lá estive, vi a pinta daquilo (parece a enfermaria do liceu onde eu andei), e digo que se houver um incêncio a sério na Zona Industrial de Estarreja e as vítimas tiverem que fazer escala no Salreu antes de dar entrada no Hospital em Aveiro, bem podem rezar à Senhora dos Aflitos, porque só se safam com um milagre.
4. Para finalizar, a nova conta do BES, que eles dizem que é igual à do Cristiano Ronaldo. Eu, que sou preocupada com o esclarecimento dos clientes e já lá fui pedir informações, estou em condições de revelar que não é igual. É parecida. Mas não como os gémeos. Nem sequer como os gémeos falsos. É mais assim tipo a semelhança entre o Coreto da Palhaça e a Torre Eiffel.
É preciso comer 7 kg de queijo mozarella para sermos afectados pelas toxinas. Muito antes disso, já fomos afectados por uma congestão.
É preciso beber 7l de vinho carrascão, seguidos, para começar a achar que a Carla Bruni sabe cantar.
Mais tarde, em casa, tivemos a ideia peregrina de fazer risotto para o jantar, coisa que nunca tínhamos feito antes. Pegámos num livro de receitas e pimba! Como nos esquecemos que, antes de fazer as receitas dos livros temos que ir ao super-mercado comprar o que lá diz e na verdade fizemos ao contrário, o nosso risotto ficou capaz de fazer inveja ao melhor produto de calafetar portas e janelas existente no mercado. Tenho uma dor de barriga que pareço um puto depois de comer uma caixa de chocolates inteira.
Uma: Agora é moda dizer mal da China mas eu acho que é só inveja por serem eles a organizar os jogos olímpicos. O que é certo é que eles têm a máquina bem oleada e a funcionar e em termos de organização impecável ninguém os bate. Os transportes, por exemplo. Diz que fizeram um teste com a Bjork quando ela lá esteve estes dias a dar uns concertos e estima-se que, entre o momento em que ela disse em público no palco "Free Tibete!" e o momento em que fez check-in no aeroporto para se pôr nas putas passaram apenas uns minutos. Foi tão rápido que já se considera um record mundial de tempo mínimo para apanhar um avião.
Olá queridos clientes! Depois de termos feito uma desinfestação e já com o ar muito mais respirável, vamos rever os acontecimentos da semana que passou:
Sem exagero nenhum, acho que nunca ninguém, em toda a história da humanidade, teve hipótese de assistir a tantas mudanças e tão radicais como a minha geração. Senão vejam.
Lembrei-me duma de almanaque que me aconteceu há uma data de anos.
E a programação da televisão nesta altura? É que não há cu! Só sai filmes com actores de cabelo comprido penteadinho aos caracóis, descalços, de túnica até aos pés a fingir que são pobres, sempre a mandar bitates em estilo cool (assim tipo Menezes) enquanto olham o horizonte debaixo duns raios de sol que saem por entre as nuvens. E depois no próprio dia sai o papa a ler umas cenas em várias línguas com péssima pronúncia de todas elas e só desiste quando já toda a gente entrou em processo de catatonia.
Cresci a odiar a Páscoa. E com o tempo, acabei por esquecer os motivos, só sabia que ao chegar a páscoa, o tempo me sabia a amargo. Então, fui à procura nos ficheiros não classificados e acho que encontrei algumas razões, embora continue incapaz de as ordenar por grau de importância.

Finalmente e porque não se passa mesmo mais nada neste país, fiquem com o mais arriscado número de dança jamais experimentado no Dança Comigo. Eu, não faria pior.



Vocês andam no vosso carrito e um belo dia começam a ouvir uns barulhos estranhos, como se fosse qualquer coisa a bater. Isso acontece sempre que fazem ladeiras (a subir ou a descer) e quando fazem curvas. Vocês deduzem que têm uma traquitana a cair, daquelas que vêm agarradas aos carros tipo panela e isso. Então, fazem um grande drama em casa ao vosso cara-metade, para ele sentir como vocês estão preocupadas perante a ameaça de vos cair um cano qualquer no meio duma viagem. Até que ele pega no carro e, logo ao primeiro som, descobre que se trata dum tal de macaco, que está à solta no porta-bagagens e vai batendo em todo o lado graças à gravidade e à força centrífuga. Vocês não têm a mínima recordação de terem mexido naquilo e o ter posto assim à solta. Melhor ainda, nem sabiam que o vosso carro trazia uma peça solta chamada macaco. Sentem-se como se tivessem sido tele-transportadas naquele momento duma vida passada ou qualquer coisa do género.
1. Eu já tinha pensado em laquear as trompas quando a Floribella foi aprender a escrever o nome e desatou a dar sessões de autógrafos rodeada de fedelhos. Agora, é certinho! Ter filhos e ficar sujeita a que eles sejam educados (que é como quem diz), por um bando de inúteis, já mulherzinhas e homenzinhos crescidos, que se dá ao trabalho de alugar uma camioneta de excursão e ir para as ruas de Lisboa dizer "Piu piu piu, a ministra já caiu", juro-vos, não é coisa para mim. Mais uma beca estão no carnaval da madeira a fazer companhia ao Alberto João! O problema, digo eu, é não lhes darem que fazer, e se não acreditam no que vos digo vejam a estatística ali ao ladinho.
2. Mas passemos a temas mais eruditos. Através dum panfleto da Remax, fiquei a saber o que é arquitectura de design moderna: É uma casa mais ou menos como aquelas de papel que se vendiam nas papelarias e quiosques quando eu era chavala, mas em tijolo-burro. Mas não há nada como ir ver "in loco". O exemplar fica em Frossos, a partir de agora elevada a capital do modernismo. Tragam é o GPS porque aquilo fica no cu do mundo, e pelo menos assim, perdem-se com estilo.
3. Ontem comemorou-se mais uma vez aquela coisa que dá pelo nome de Dia da Mulher e que basicamente é mais uma oportunidade para as floristas e restaurantes facturarem uns guitos. Nada contra, mas não contem comigo. Olha se eles se lembravam de criar o Dia do Homem! Isso é que ia ser um estrilho!
4. Ainda numa temática parecida mas noutra onda, esta notícia segundo a qual "os homens que partilham a vida doméstica melhoram a vida sexual". Só tenho inveja de não ter sido eu a inventar esta, até porque era de caras. Pois se eles andam há gerações a difundir estudos falsos com conclusões que passam por o esperma fazer bem à pele, já era tempo de se dar abertura ao contraditório, que está tanto na moda.
5. Para terminar, uma bacana que tem imenso em comum comigo e, aposto tudo, com a maior parte dos mortais. Chama-se Rita Pereira e está à espera de um convite para se estrear no cinema. Eu, por exemplo, estou à espera dum convite para gerir uma multinacional... ou para ser para deputada na AR. Enfim... não sou esquisita. E para já vou aguentando este emprego onde só trabalho um dia por semana. Há quem esteja pior. Curiosamente, ninguém me entrevista para eu dizer isso e atirar o isco a ver se alguém morde.


Há lugares-comuns tão extraordinários que quase que deixam de ser lugares-comuns para serem verdadeiros enigmas. Um deles, amplamente divulgado nos recentes concursos tipo Big Brother e sucedâneos, mas já muito mais antigo, é "ser eu mesmo/a".............................
Na Focus desta semana vem esta notícia/insinuação espectacular: O ministro da cultura foi convidado por engano. A intenção era convidar outro gajo (esse sim, ligado à cultura) com um nome quase igual, mas como quando deram pelo gato (ou seja, quando o convidado apareceu e toda a gente pensou "quem é este gajo?"), o convite já tinha sido aceite, nada a fazer, ficou mesmo ele. Isto, na verdade, custa um bocado a engolir, não fosse a Focus da mesma editora da revista Maria e outras e eu nem acreditava. Não estou mesmo a ver o Sócrates a dizer à secretária - "Oh filha! Vai aí às páginas amarelas e tira-me o número do Pinto Ribeiro!" - e ela a pintar a unhaca - "É pra já chefe!". De qualquer maneira, e pelo sim pelo não, fico a torcer para que haja aí uma dondoca qualquer, candidata a um bom tacho, e que tenha um nome igual ao meu. Quem sabe...
ciência, quero saber onde é que se tira este curso: Observador de Árbitros. Também não deve ser nada mau. Há uma porrada de tempo que eu vejo este senhor a escrever umas coisas no Diário de Aveiro e fico cheia de raiva. Isto sim, é que era emprego para mim! Desde que não me obrigassem a observar os árbitros durante os jogos (que isso é muito chato), nem quando fossem à casa de banho (que sou uma apariga de estômago sensível), tudo na boa!
se quer convidar para ministro. Por exemplo, no Gana, os tipos da organização da Taça Africana das Nações 2008, foram à internet fazer uma busca de imagens do google para arranjar as bandeiras dos países e pespegaram com a bandeira do apartheid a representar a África do Sul, totalmente por engano. Acreditem que eu, só queria ser mosca!!!... Aquilo é que deve ter sido!
A não ser a reedição da Procissão dos Paços, desta vez na Lourenço Peixinho, mais concorrida, com mais beatério, mas a mesma chatice da outra. Não fui ver, não valia a pena sair de casa para isto. Ainda se metesse uns carros alegóricos, como no falecido Carnaval da Glória...
Era uma mãe e a respectiva cria (um corpulento e balofo rapaz a aparentar os trinta anos). Ele sentou-se, ela ficou de pé a dar as instruções (a ele) e as justificações (a mim), as quais ia intercalando. Acariciava a cabeça do filho como se faz a um bulldog de estimação.